Um leve toque de sua mão foi o suficiente para arrumar os fios de cabelo que se rebelavam tentando fugir do gracioso e pequeno enfeite de cabelo feito de flores brancas que segurava parte do cabelo de Sadie atrás de sua cabeça. Alheia, mas não por muito tempo, ao o que acontecia no local onde seria realizada a cerimônia, Sadie terminava de se arrumar.

Com ajuda de Annabeth, Liz, Emma e de sua querida avó, Catherine Faust, Sadie colocava o véu sobre sua cabeça com muita paciência. Ele era o toque final pois, com a maquiagem já feita e o vestido branco e elegante com decote tomara que caia no formato de um coração, ela podia finalmente se declarar pronta. Gostava de como o vestido havia sido feito de forma com que o decote não passasse de uma espécie de top que, no melhor estilo princesa, fazia a saia se abrir a partir da cintura marcada descendo até o chão com detalhes prateados tal como se a garota trouxesse com ela para o casamento uma chuva de estrelas. Era injustiça comparar o elegante vestido de Sadie com os vestidos lilás que Annabeth, Liz e Emma usavam.

— Você está linda... - disse Emma com o olhar brilhando.

— Minha garotinha... - disse Catherine não conseguindo conter as lágrimas.

— Acho que poderia ficar me olhando no espelho assim eternamente - respondeu Sadie como que perdida em um maravilhoso sonho.

— Nem parece que está grávida com esse vestido. - comentou Annabeth.

— Exatamente por isso ele foi escolhido. - disse Sadie rindo - A saia começa bem alta... já pensou se eu escolhesse o vestido, chegasse o dia e não entrasse nele?

— Que pesadelo. - disse Liz rindo também.

A conversa foi interrompida quando alguém bateu na porta. Primeiramente, achavam que seria alguém tentando apressar elas mas, quando Annabeth abriu a porta, todas as quatro garotas ficaram surpresas ao ver Nico.

— Hey... - disse Annabeth ao deixar Nico entrar - Você não deveria estar fazendo seus deveres como padrinho?

— Nossa... - disse Nico olhando boquiaberto para Sadie.

— Gostou? - perguntou ela com um sorriso.

— Se eu já achei bonito, ele vai adorar - comentou Nico - E eu estou fazendo meus deveres como padrinho, ok? Pediram para eu vir até aqui dar um recado.

— O que é? - perguntou Annabeth.

— Então.... ahm... - disse Nico olhando rapidamente num relance para a avó de Sadie sem saber se ela sabia ou não não de todas as coisas mágicas que sua família estava cada vez mais envolvida - Todos acharam melhor te avisar para que não leve um susto ao entrar. Seu futuro sogro decidiu vir ao seu casamento.

— Ah não... não não não não! - bufou Sadie já sentindo seu dia perfeito ser estragado.

— Ora Sadie, porquê tanta relutância com o pai do Anúbis? - perguntou Catherine completamente perdida.

— Ai vó... é complicado... - resmungou Sadie suspirando - A gente nem convidou ele para começo de conversa. O cara não é muito bom e os dois não se dão bem. Sem falar que ele é podre.

— Diz ele que não vai fazer nada... - disse Nico dando de ombros ante a história que resumiu milhares de anos de problemas de um jeito tão simples e superficial - Estão todos de olho nele para garantir nisso. E, sinceramente, com o tanto de se.... gente... que está lá, ele seria realmente doido de tentar alguma coisa.

— Espero que esteja certo. - disse Sadie bem notando que ele quase havia mencionado os semideuses e provavelmente todos os magos e deuses viriam em seguida na listagem de motivos que fariam Seth ficar quieto.

— E seu irmão parece pronto para explodir a cabeça dele caso ele tente algo. - disse Nico dando de ombros - Bem, recado dado.

Nico então saiu voltando para o casamento enquanto Sadie inspirava profundamente ao tentar lidar com mais aquele nervosismo. Entendendo bem o que a amiga passava, Annabeth se aproximou e apertou gentilmente sua mão.

— Vai dar tudo certo. - disse a avó de Sadie dando uma breve piscadinha para neta e saindo dali apressadamente dando pequenos passinhos.

— Vai dar tudo certo. - repetiu Sadie - Não vou deixar aquele idiota e nenhum outro idiota mais estragar meu grande dia.

Sadie então pegou o buquê de flores rosas vermelhas que Emma lhe passava e admirou, por alguns breves segundos mais, a sua imagem completamente pronta no espelho. Certamente aquele conjunto de vestido de saia rodada fazia ela se parecer uma linda princesa. Duvidava que algum dia tivesse se sentido tão bela como se sentia naquele momento.

A alguns metros dali, nervoso arrumando a gravata pela milionésima tal como se ela tivesse o enforcando, Anúbis apenas esperava o começo da cerimônia. Dentre as várias cadeiras organizadas elegantemente sobre um belo, e provavelmente caro, piso de madeira que certamente havia sido construído pelo hotel apenas pensando em todas as pessoas que queriam se casar na praia mas não estavam muito afim de se sujar de areia, o noivo podia ver praticamente todos os convidados. Era estranho observar a combinação de deuses, semi-deuses e de humanos normais e desavisados que nem sabiam a quantidade de poder que sentavam ao seu redor.

— Faz muito tempo que os deuses não vão à um casamento por acaso? - sussurrou Will ao seu lado.

Havia sido certamente difícil arranjar uma mesma quantidade de padrinhos para a quantidade de madrinhas de Sadie. Anúbis bem sabia que não era tão sociável quando a noiva. Foi meio sem escolhas que acabara convidando Will, já que o único que tinha realmente certeza era Nico. Para completar o trio, achou que Carter, por ser irmão de Sadie, merecia um cargo de importância também.

— Até onde eu saiba, sim, faz... - respondeu Anúbis observando Néftis, sua mãe, conversando com Tawaret estando já mais relaxada por ter algumas várias cadeiras separando ela do odioso Set.

— Aquele é... ? - perguntou Will notando alguém mais chegando, um casal - Você realmente chamou o Hades e a Perséfone, eim?

— No seu casamento não vai convidar as pessoas que trabalham ou estudam com você? - perguntou Anúbis - Dividi almas com Hades por mais de 2 mil anos. E ele faria o mesmo. Sei disso.

— Certeza que não está dando crédito demais pro Hades? - perguntou Will.

— Certeza que lembra que ele é seu futuro sogro?

— Justo... - disse Will suspirando.

Cada segundo que passava parecia bem mais como uma eternidade até que, felizmente, tudo e todos iam ficando em seus devidos lugares para começar a cerimônia. Até o ponto em que ficou esperando pouco a frente do cerimonialista, tudo passou para Anúbis quase que como um borrão. A doce melodia tocada pelo piano, violinos e outros instrumentos que ele não se preocupava em saber o nome logo enchia o ambiente como uma agradável música de fundo. Apesar da tranquilidade proporcionada pela música, ele estava cada vez mais ansioso para ver Sadie e também incomodado pela cerimônia ser tão demorada. Casamentos no Antigo Egito eram tão mais rápidos, num piscar de olhos já estavam todos bêbados.

Nervoso, sem realmente se preocupar muito com toda a entrada dos padrinhos e madrinhas, e das alianças que foram entregues por Anne, a pequena aprendiz do Nomo Britânico, ele distraiu sua atenção arrumando a solitária rosa branca que Sadie havia tanto insistido que ele colocasse no terno negro que caía tão bem nele. "Fica chique", foi o que ela dissera. Como se toda a combinação de terno e sapato social já não deixasse o ex-deus da morte extremamente elegante.

E então, como se finalmente Rá tivesse ouvido Anúbis pedindo para que Sadie chegasse logo e ele pudesse admirá-la, lá estava ela, tal como uma rainha, andando pelo corredor de braços dados com o avô ao ritmo da doce melodia que tocava. Sadie sorria de um canto a outro de maneira graciosa e corou quando Anúbis lhe sorriu de volta com o rosto também corado. Ele não pode deixar de notar o quão linda ela estava. E ela, controlando as pernas que tanto queriam ficar bambas, pensava o mesmo. Sadie queria poder pedir que a beliscassem, pois estava se sentindo num sonho.

Os dois trocaram um longo e amoroso olhar quando ficaram um ao lado do outro, mal notaram o olhar choroso do avô de Sadie. Era difícil acreditar que tudo aquilo era real, principalmente enquanto começavam o que se provaria uma árdua batalha contra as lágrimas. Foi difícil, mas Anúbis desviou o olhar de Sadie para o avô dela que chorava como um bebê. Sem conseguir encontrar qualquer palavra que precisasse ser dita naquele momento, o senhor afirmou brevemente com a cabeça e passou delicadamente a querida neta para Anúbis com um olhar que dizia "Cuide bem dela". O casal continuou perdido na troca de olhar por uns segundos mais, até que Anúbis tocou a bochecha de Sadie delicadamente e depositou um doce beijo em seus lábios. O beijo fez o sorriso de Sadie aumentar e uma lágrima escapar de seus olhos. O feliz casal ficou ali, cheio de sorrisos, tocando delicadamente a ponta de um nariz no outro, antes de se afastarem e, de braços dados, completar a distância até o ponto principal de toda a cerimônia diante do cerimonialista.

— Você está maravilhosa. - sussurrou Anúbis ignorando as palavras que já começavam a ser ditas pelo cerimonialista.

— Você está sempre bonitão, nem preciso elogiar - sussurrou Sadie de volta fazendo ele revirar os olhos.

— Pois digo que nada, nem ninguém, nem a mais brilhante estrela no céu, é mais bela que você.

— T-Tá virando poeta é? - retrucou Sadie num sussurro ficando com o rosto extremamente vermelho.

Se o cerimonialista havia ficado incomodado com eles conversando ali, não esboçou nenhuma reação. Talvez estivesse acostumado a coisas assim. Independente do que ele estivesse pensando no momento, o casal eventualmente parou com os cochichos e prestaram atenção nas palavras que eram ditas. Especialmente quando o cerimonialista chegou na primeira parte importante.

— Agora, com as palavras que vocês estão prestes a trocar, vocês passarão para a próxima fase. - dizia o cerimonialista - Pois, com estes votos, vocês estarão dizendo ao mundo: "este é meu esposo", "esta é minha esposa".

Um breve segundo de silêncio marcado por corações palpitantes e ansiosos para a próxima parte se passou antes de o cerimonialista continuar.

— Anúbis, você aceita Sadie como sua esposa para amar e proteger até que a morte os separe?

— Aceito. - respondeu ele com um doce sorriso.

— Sadie, você aceita Anúbis como sua esposo para amar e proteger até que a morte os separe?

— Aceito. - respondeu ela sorrindo com olhos brilhantes.

— Assim sendo, - continuou o cerimonialista sem conseguir conter o próprio sorriso - por favor, dêem-se as mãos e preparem-se para dar e receber os votos de amor, que estão entre os maiores presentes da vida.

Com um papel em mãos, Sadie respirava fundo tentando não tremer enquanto Anúbis a olhava com olhos carinhosos prestando atenção em cada pequena ação da garota.

— Bem... - começou Sadie com o olhar alternando entre o rosto dele e de sua letra arredondada escrita no papel com tinta preta - Eu não sei quem tradicionalmente começa lendo os votos, mas você insistiu que fosse eu porque se não, segundo você, eu não ia conseguir ficar quieta durante o seu. Já que eu sou tão tagarela e tudo mais. Acho que seria verdade verdade já que mencionar o tanto que eu falo foi uma das primeiras coisas que você notou quando a gente se conheceu. Bem, falando em a gente se conhecer, acho que posso dizer que foi de um jeito bem doido e inesperado. Lembro bem de pensar naquela época que eu nunca poderia atrair a atenção de alguém como você e...quem diria, aqui estamos nós. Só de pensar o tanto de coisa que você abriu mão pra ficar comigo eu...

Sadie parou um momento para recuperar o ar enquanto sentia uma lágrima escorrer delicadamente pelo seu rosto. Sabia que, depois, quando estivesse vendo as fotos que a fotógrafa tirava como se fosse um ninja invisível, iria agradecer por usar maquiagem a prova d'água naquele dia tão especial, pois sentia que não poderia segurar as lágrimas por muito tempo. Ainda mais com aquele olhar extremamente carinhoso e amoroso que Anúbis lhe lançava fazendo ela ficar ainda mais tocada.

— Eu ainda não consigo acreditar que abriu mão de tanto pra ficar comigo. Sério. - disse Sadie abaixando o papel e falando do fundo do coração - Também não acredito que achei um cara tão gentil e cavalheiro e que ainda usa os mesmos coturnos que eu. E... droga... eu tô toda tremendo. E-Eu te amo. Eu te amo, Anúbis.

Por trás do sorriso que Anúbis exibia em seu rosto, Sadie podia ver seus olhos ficando marejados. Era tão raro ver qualquer lágrima ousando sair dos olhos do ex-deus da morte.

Vendo o sorriso de expectativa se abrir no rosto de Sadie, Anúbis respirou fundo e pegou delicadamente uma das mãos dela. Seu papel com a cola dos votos estava no bolso interno do elegante terno italiano que vestia. Escrito com letras de uma elegância arcaica, as palavras tinham demorado algumas horas para se juntarem. No entanto, ele não sentia que precisava do papelzinho. Sua memória e o coração pareciam ser suficientes.

— Fiquei pensando em como descrever a forma como me captura com o olhar, me envolve com seu brilho e faz-me sentir vivo com sua presença. Percebi então que não era nada fácil passar para palavras isso, pois nada parecia digno o suficiente para ti. Certamente não imaginava quando lhe vi a primeira vez que iria surgir alguém para mudar tanto minha vida a ponto de fazer escolhas que muitos me chamaram de doido por fazer. Agora, olho para ti, o desejo de meu coração, aqui diante de mim, pensando no que o futuro trará. - dizia ele olhando para ela profundamente nos olhos, tal como se visse sua alma. Mas, nessa leve menção do futuro, seus olhos escaparam brevemente para a barriga dela escondida sob a saia elegante e volumosa do vestido de princesa - Meu coração, que pulsa ansioso, a ti pertence, pois amo-te com todo o meu ser.

Soluçante, Sadie deixou as lágrimas escorreram pelo seu rosto enquanto, de forma discreta, Anúbis limpava as três lágrimas que haviam escorrido de seus olhos. Dentre os convidados, outras lágrimas se somavam as deles, principalmente aquelas de amigos mais próximos ou emotivos e dos familiares. Claro, com exceção de Set, que permanecia de braços cruzados como se estivesse extremamente entediado.

O leve detalhe de Sadie mordendo o seu próprio lábio inferior e mal conseguindo ficar quieta no lugar já mostrava o quão ansiosa ela estava para as tais falas e momentos clichês que tantas noivas sonham em finalmente escutar.

No momento ideal, a pequena Anne, cujo vestido branco com flores rosas e lilás tanto faziam ela parecer uma boneca, se aproximou com uma bela almofada de cetim branco em suas mãos. No meio da almofada estava um elegante laço que segurava o par de alianças.

Anúbis pegou primeiro a aliança delicada e dourada com brilhantes encrustrados em toda a sua extensão. Em seguida, tal como se estivesse segurando uma valiosa peça de porcelana, ele pegou a mão levemente trêmula de Sadie.

— Sadie, eu te dou esta aliança como prova de meu amor e como sinal de que escolhi você para ser minha esposa e minha melhor amiga. Receba-a e saiba que eu te amo. - disse ele enquanto colocava a aliança do dedo de Sadie, que não conseguia parar de sorrir.

Em seguida, Sadie fez o mesmo ao pegar a outra aliança que fazia par com a sua e, com suas mãos delicadas pegar a mão de Anúbis enquanto tentava parar de admirar a própria aliança por ao menos alguns segundos.

— Anúbis, eu te dou esta aliança como prova de meu amor e como sinal de que escolhi você para ser meu esposo e meu melhor. Receba-a e saiba que eu te amo.

Toda arrepiada e mal conseguindo segurar a emoção, Sadie mal ouviu as demais palavras do cerimonialista, uma vez que estava doida para ouvir a frase que era mais clichê de todas em cerimônias de casamento.

— ... é com grande alegria... - dizia o cerimonialista - que eu vos declaro então, marido e mulher. Você pode beijar a noiva.

Anúbis mal conseguiu se aproximar um centímetro sequer, pois logo Sadie pulava em seus braços beijando-o amorosamente. Os braços dela envolviam seu pescoço ao passo que os dele abraçavam delicadamente sua cintura enquanto se envolviam e se entregavam aos sentimentos que batiam tão forte em seus peitos.

Perdidos no próprio momento e no próprio amor, mal prestaram atenção nos convidados que comemoravam e choravam. Os avós de Sadie, Carter, Tawaret, Néftis e Frank choravam como bebês. Lágrimas também escorriam pelo rosto de Annabeth, Zia e Will acompanhados de um olhar orgulhoso. Sorrisos de felicidade marcavam o rosto de Nico, Sam e Alex, e talvez até uma ou outra lágrima tenha escapado. Todos pareciam muito felizes... isso é, menos Set, que nem parecia estar prestando o mínimo de atenção. Até mesmo Hades tinha deixado seus lábios formarem um pequeno sorriso.

Em questão de segundos a alegria se espalhou e contagiou a todos a ponto que, conforme o sol se aproximava das dunas de areia que marcavam o horizonte do lado oposto ao mar, todos já estavam de pé celebrando e comemorando querendo chegar até os noivos que não ousavam se separar do abraço.

Obviamente os parentes mais próximos tiveram a honra da preferência, e isso começou com os avós de Sadie.

— Estou tão feliz por você, minha garotinha! - dizia Catherine abraçando sua neta que a abraçava de volta mas deixando uma das mãos ainda entrelaçada com a mão de Anúbis.

— E você... - disse o avô de Sadie, ainda choroso, dando uma fungada e apontando para Anúbis - trate de cuidar bem de minha garotinha. Não sei como era na sua época, mas na minha época dávamos mais valor às nossas esposas do que parecem dar hoje em dia. 

— Ai querido... para... - disse Catherine toda sem graça e vermelha enquanto Anúbis e Sadie trocavam um olhar carinhoso.

Eventualmente os avós de Sadie começaram a ficar mais absortos em uma conversa entre eles mesmos, até que Carter chegou para abraçar Sadie e Néftis fez o mesmo com Anúbis.

— Acha que os humanos notaram minha magia para parecer velha? - sussurrou ela no ouvido dele.

— Acho que não. - disse Anúbis depois que ela se afastou.

Ainda podia ver ali sua mãe tal como ela era, jovem, na casa dos trinta anos, mas não precisava de muita concentração para ver a camada de magia que Néftis havia posto sobre si mesma para poder entrar com o filho no casamento mais cedo. Afinal, tinha que parecer ter idade o suficiente para ter um filho daquela idade.

Carter logo chamou a atenção para si começando a falar várias coisas, muitas delas, promessas para que Sadie continuasse feliz e segura, mas, no meio da conversa, o olhar de Anúbis escapou para os fundos da festa onde Hades estava de pé ao lado de Perséfone com uma taça de vinho na mão. Os dois deuses da morte trocaram um olhar sem qualquer grande emoção. Hades ergueu a taça levemente como em um brinde, acenou brevemente a cabeça. Anúbis respondeu ao aceno de cabeça e, no segundo seguinte, o deus grego não estava mais lá.

Conforme os minutos e as horas passavam, até o ponto em que a equipe do hotel achou por bem ligar as luzes externas que iluminavam a festa que, com comida, música e alegria se desenrolava, mais e mais Sadie e Anúbis achavam que talvez nada de estranho fosse acontecer. Claro, Set tinha aparecido, mas ele realmente não tinha feito nada demais. Talvez, só talvez, pudessem passar por aquele casamento sem nada de anormal ou diferente acontecendo ou sem ninguém para os importunar.

Mas eles estavam errados.