Someday escrita por Florence


Capítulo 5
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, voltei com mais um capítulo dessa historia para vocês, com um encontro super especial... espero que gostem!



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Sábado sempre era um dia chato e monótono para mim, se resumia a ficar em casa grudada em algum livro. Mesmo na grande Seattle. Rosalie havia saído a tarde com Emmett, o que me dera um tempo sozinha. Ela se desculpou comigo pela breve discussão no dia anterior e logo estávamos abraçadas novamente.

Eu decidi finalmente continuar o manuscrito que havia vindo escrevendo algum tempo. Liguei o notebook e fiquei olhando as páginas já escritas, lendo e relendo, mas nada vinha como nova ideia. O problema era que eu não havia ideia de como continuar, não tinha inspiração alguma para continuar.

Eu havia tentado ignorar todos meus pensamentos sobre Edward a semana inteira, eu não podia ignorar o tanto que havia ficado furiosa com ele. Mas, durante toda a semana passei a me conformar que talvez eu não tinha a mesma importância que ele tinha para mim. Edward havia passado a semana inteira fora. E então eu me dei conta que não sabia exatamente nada sobre ele. Quando dei por mim estava fazendo buscas na internet sobre Edward.

Os relatos estavam sempre ligados a sua família, Carlisle Cullen seu pai era um famoso advogado que havia perdido duas causas em toda sua carreira e Edward estava no mesmo caminho, mas sem causas perdidas até então. Vi uma foto com quatro pessoas, eu me lembrava casualmente de seus pais. Edward estava ao lado do pai, um homem loiro com as mesmas feições de Edward, ao lado uma mulher –sua mãe-, tinha cabelos castanhos claros e olhos verdes, muito bonita, e ao lado dela uma moça muito linda, cabelos pretos, pele bem clara e os olhos verde, a legenda dizia Alice Cullen. Uma família muito bonita.

Descansei a cabeça sobre as mãos. Eu me sentia extremamente mal depois do fracasso com Mike, me sentia irritada com tudo, talvez eu não devesse me envolver nunca mais com homens. Uma transa ruim era capaz de acabar com qualquer humor.

Senti um arrepio ruim quando me lembrei de James e todas as vezes que ele me forçou a fazer algo com ele. Eu nunca soube o que era se sentir amada com ele. Então veio Jacob, ele fora o único homem depois de James e o ultimo antes de Mike.

Olhei mais uma vez para a tela do computador que continha algumas coisas escritas, mas minha mente estava bloqueada. Eu não conseguia pensar. Então resolvi sair.

Seattle estava carregada de uma nuvem cinzenta, mas não me importei e comecei a caminhar. Passei por várias lojas e restaurantes. Depois de meia hora caminhando, senti gotas finas de chuva molhar meu rosto, mas eu estava longe de alguma cobertura, quando a chuva finalmente decidiu despejar eu estava próxima a um restaurante um tanto sofisticado. Não tinha alternativa a não ser entrar.

Para não ficar somente esperando a chuva, decidi sentar no bar e pedir uma taça de vinho, para aquecer. Minha mente vagou novamente. Eu estava agradecida pelo emprego, mas eu realmente deveria ter procurado em outro lugar, pelo menos não ficaria tão embaraçada com Edward.

—OI. –uma voz masculina soou ao meu lado e eu dei um pulo no banco pelo susto. Quando olhei para o lado para ver quem era, Edward estava lá.

Eu teria rido da minha situação se não estivesse tão nervosa. Eu não conseguia acreditar no que estava vendo.

—Que porra. –eu murmurei. -O-o que você está fazendo aqui? –minha mente girava pela surpresa.

—Você poderia ao menos dizer “Oi Edward, que bom te ver”. –eu revirei os olhos para ele. –Você não era mal educada assim Isabella.

Eu estava feliz em o ver e ouvir sua voz e principalmente por ele estar falando comigo. Estava tão feliz que nem parecia que eu estivera irritada com ele. Mas, então senti aquela carga de energia, Edward parecia um imã e eu atraída diretamente para ele.

—Ah que ótimo você também não era formado pela sua ignorância, Edward.

Eu sentia como se devesse descarregar sobre ele toda minha raiva.

Reparei em como ele estava lindo, com o cabelo desdenhado, os olhos extremamente verdes, a camisa social azul clara que ele vestia cabia exatamente em seu corpo, delineando todas as curvas de seu peitoral. As mangas estavam dobradas exibindo seu antebraço musculoso, ele estava muito sexy. Caramba, eu me senti excitada so de imaginar aquelas mãos em mim. Eu balancei a cabeça tentado clarear a mente.

—Aliás, pensei que você não me conhecia. –disse amarga.

—Acho que mereci essa.

—Mereceu, bastante. –eu desviei o rosto. –Ei, quanto eu devo? –perguntei ao barman.

—São 9 dólares. –peguei as notas na carteira e deixei em cima do balcão. Quando estava me levantando senti uma mão em meu braço.

—Aonde você vai? –pude ver um lampejo de confusão naquele rosto lindo.

 -Embora. –disse secamente. Retirando meu braço de seu toque. Não pude ignorar o estranho formigamento na minha pele no lugar que ele havia tocado. Mesmo com o casaco que eu vestia.

—Não, Bella, não precisa ir só porque eu cheguei.

—Não estou indo porque você chegou.

—Sua taça está cheia. –ele apontou.

—Ah, Edward, dane-se.

Não poderia ficar na presença dele. Edward segurou meu braço novamente.

—Você quer me soltar? –eu disse furiosa.

—Desculpe, só escute o que eu tenho a dizer. –ele pediu batendo aqueles ridículos cílios espessos.

Tudo nele era ridículo. Alias. E eu certamente estava tendo um transtorno de bipolaridade.

Eu senti tanta raiva dele que me levantei bruscamente e sai andando. Abri as portas do bar, e me refugiei embaixo da cobertura. A chuva estava muito grossa e eu não fazia ideia de como sair dali. Por que as merdas sempre aconteciam comigo?

—Bella, você pode me ouvir por favor? –sua voz surgiu atrás de mim, me virei para olha-lo e me arrependi imediatamente. Edward estava tão próximo a mim que fez minha mente girar um pouco.

—Eu não tenho nada para falar com você. –disse um pouco alto por causa do barulho da chuva.

—Você tem, assim como eu tenho. –eu não virei para olha-lo novamente.

Se eu corresse até pegar um taxi ficaria muito molhada. Se eu ficasse aqui e o ignorasse Edward provavelmente desistiria. Mas, porque exatamente eu não queria falar com ele? Há alguns minutos estava extremamente feliz por ele estar falando comigo e agora queria sumir dali? Bom, pelo menos eu tinha senso de autopreservação.

—Eu sinto muito, Bella. Sei que não tratei você como merecia, na verdade fui um covarde com você. –sua voz soou novamente atrás de mim.

—O que? –eu me virei para ele.

Seus olhos estavam verdes intensos e com uma certa suplica. Eu odiava o tanto que ele era lindo. Percebi também o quanto ele era mais alto que eu.

—Você sabe do que eu estou falando.

—É claro que sei, só não sei porque isso te incomoda tanto já que você não tratou uma palavra comigo. –eu cuspi.

—Será que a gente pode entrar novamente? Eu não quero ter que conversar com você aqui praticamente gritando, mas se for a única solução eu fico. –pela sua expressão eu sabia que ele ficaria. Ele era determinado.

Eu suspirei. E empurrei a porta atrás dele, antes que eu pudesse mudar de ideia. Me sentei no mesmo lugar de antes e vi quando ele se sentou ao meu lado.

—Me vê um drink desse, por favor. –Edward pediu e o homem mais que prontamente colocou a bebida para Edward.  –Voltando ao assunto, eu vou te dizer porque me incomoda... Eu fui um babaca com você, eu te conheço. Caramba te conheci há 10 anos atrás, e eu não deveria ter tratado assim. Onde está minha educação?

—Edward, sério, você não precisa fazer isso tudo bem? Já passou e está tudo bem. –menti.

—Estou fazendo porque eu quero. –seus olhos tinham uma intensidade absurda. –Eu realmente sinto muito, não tenho justificavas, só posso te falar que eu não sabia como reagir. Eu só não podia passar mais um dia sem pedir desculpas.

—Edward Cullen não sabe como reagir? Uau.

—Você quer parar de me provocar? –ele disse com uma certa irritação.

Silencio. Só depois de alguns minutos ele voltou a falar.

—Você está gostando do trabalho?

—Sim, sua empresa é muito boa.  –ele era bom em contornar situações.

—Emmett me disse que você precisava muito e ele precisava de alguém competente e tinha ótimas referências sobre você.

—Ele foi modesto.

—Jura? Olha que assim posso me arrepender da decisão então. –olhei para ele de novo e vi um breve sorriso em seu rosto, que desapareceu da mesma maneira que surgiu.

—Edward qual é a sua, por que quer puxar assunto comigo?

—Achei que você seria boa companhia.

—Mas eu não quero companhia. –Edward assoviou baixinho.

—Caramba, você está em um mal dia?

Eu não sabia qual era a intenção de Edward, ele estava sendo legal, mas ainda assim me confundia muito.

—Sim e... é um dia ruim hoje. Me desculpe. Eu não tinha a intenção.

—Você está brava comigo.

—Brava não chega perto, Edward. –eu disse voltando a beber o drink.

—Será que eu posso leva-la para jantar quem sabe eu consigo fazer você não ficar tão brava comigo?

—Não sei se é boa ideia...

—Podemos jantar aqui mesmo.

—Edward, não me leve a mal, mas por enquanto não estou podendo pagar por um restaurante desse, só vim porque a chuva me pegou e não vai me custar muito caro dois drinks. Rosalie está num momento a dois só por isso estou aqui. Essa é a grande parte ruim de morar com alguém que namora. –ele riu baixinho. –O que foi?

—Você não perdeu seu jeito de tagarelar. Rosalie não é a namorada de Emmett?

—Merda, quem veio conversar comigo foi você. –eu suspirei. –E Rosalie e minha melhor amiga e namorada de Emmett.

—Eu sei, não estou reclamando não. –ele riu mais. Eu me dei conta que gostava demais de ouvir a risada dele. -E se eu estou convidando para jantar, eu vou pagar. Podemos conversar melhor.

—Edward, por que você iria querer conversar comigo?

—Será que você pode parar de tentar fazer isso? Eu estou aqui tentando ser legal, te pedindo desculpas e pedindo para que você aceite meu pedido, eu realmente gostaria muito de conversar com você depois de 10 anos.

—Ai que merda. –eu murmurei.

Ele se levantou do banco e por um momento eu estava arrependida. Eu estava sendo extremamente irritante.

—Edward... –eu segurei seu braço e ele me encarou. –Me desculpe, ta? Eu... a verdade é que eu adoraria conversar com você.

Eu estava cansada de fugir, acho que ele viu sinceridade em meus olhos, por isso abriu um breve sorriso.

Edward me estendeu a palma da mão para mim. Eu não coloquei minha mão na sua, mas me levantei e senti sua mão na minha lombar, enquanto ele me guiava.

—Você não acha melhor procurarmos algo mais acessível?

—Aqui e acessível, Bella. Eu sou o dono daqui. –minha boca se abriu num perfeito O, mas eu não comentei nada.

Edward nos dirigiu para um canto mais reservado, o restaurante estava lotado e era bem mais sofisticado que o bar. Não conhecia o cardápio então pedi para ele escolher um prato. Depois dos pedidos ele voltou a falar comigo. Naturalmente.

—E então você veio de onde?

—Forks, uma pequena cidade de Washington.

—Nunca ouvi falar. –ele disse e eu escondi o sorriso. –Mas não foi esse lugar que você me disse quando nos conhecemos.

—Sim, naquela época morava em Phoenix. Poucas pessoas conhecem Forks, Edward. É um lugar chuvoso, frio, mas é muito calmo e agradável.

—Você parece gostar de lá. –ele estudava minhas expressões e olhava o tempo inteiro dentro dos meus olhos.

Edward era um homem intimidador. Mesmo que ele não tivesse a intenção de ser, ele estava sendo. Ele era um advogado, então a sua postura era digna a sua profissão.

—Sim, gosto muito.

—Então por que se mudou?

—Precisava mudar de vida, cursar uma faculdade, ter uma carreira talvez.

—Seattle é o lugar então. –ele disse sorrindo pela primeira vez. E eu me dei conta do quanto ele ficava bonito enquanto sorria. Realmente muito lindo, e eu tive que me lembrar de como parava de encarar ele como uma boba.

—Não sei, mas pode ser o começo. Eu sei que na sua empresa vocês só aceitam pessoas altamente qualificadas, mas eu fiquei muito feliz pelo emprego.

—Emmett me explicou, infelizmente foi a única coisa que consegui dentro do seu currículo.

—É o bastante para mim. –eu sorri.

Ele olhou para mim de um jeito estranhamente bom.

—Você está morando aonde?

—Moro com Rosalie, mas pretendo arrumar alguma coisa para mim.

—Se você tem amigos por que estava sozinha aqui?

—Eu não tenho amigos, tenho Rosalie, e entendo que ela tem namorado, eu já sabia disso quando vim para cá. E você?

—Eu o que? –rebateu.

—Não tem amigos?

—Tenho alguns, mas as vezes gosto de sair sozinho, ainda mais depois de dias tão cansativos.  

—Emmett disse que você não gosta de sair.

—Emmett falou sobre mim? –seu rosto se iluminou e sua boca se curvou num sorriso novamente.

—Um pouco. –disse envergonhada.

—Bom, ele é um dos melhores amigos que tenho, e tem uma namorada como você mesmo disse, eu acho um pouco errado sairmos nós três. Então quando dá nós saímos após o trabalho para beber algo, mas na maior parte do tempo estamos trabalhando, não temos muita folga.

—Você trabalha muito. –observei. Ele deu de ombros.

—Realmente uma das únicas coisas que faço.

—Você não namora, não tem um relacionamento? –prendi o ar, se a resposta fosse sim, meu mundo pararia.

—Não. –ele disse rindo, mas percebi que era um riso nervoso. –E você, alguém sério?

—De nenhuma forma, se eu tivesse provavelmente não poderia estar jantando com você. –ele sorriu e eu não consegui evitar, sorri com ele.

Nessa hora nossos pratos chegaram e nosso assunto foi interrompido. Eu não poderia estar mais aliviada. Pelo menos ele era solteiro. Enquanto comíamos, Edward me contou sobre como ele abriu o restaurante e disse que tem outros além do que estávamos. Edward contou um pouco mais sobre a empresa e um pouco de si.

“Esta vendo, Bella, isso pode ser facil.” Eu pensei. Era muito fácil conversar com ele quando ele não estava sendo ignorante.

—Estudei direito em Havard.

—Por que isso não me impressiona? Eu me lembro que quando te conheci você falava na maioria do tempo sobre como curtia a escola, como gostava de estudar. Posso dizer que isso me impressionou em você, Edward. –eu sorri.

—Eu sempre gostei, Bella, e por sorte consegui uma bolsa em Havard, meus pais ficaram um tanto orgulhosos na época.

—Eu imagino como eles devem se orgulhar de você, Edward. Você é muito inteligente.

—Obrigado. –ele sorriu tímido.

—Então você foi ao sucesso muito cedo.

—Sim, logo que me formei comecei a trabalhar com meu pai, e hoje administro meu próprio escritório.

—Como você construiu seu próprio negócio?

—No começo foi difícil... –seu rosto adquiriu uma expressão tensa. –Acho que deve ser assim para todos, não?

—Mas hoje você tem uma das empresas mais importantes.

—Sim, muito trabalho.

—Eu imagino. Você gosta do que faz?

—Sim, Isabella, é muito gratificante poder tocar para frente algo que eu criei e tem raízes na família. E você? Por que não entrou para faculdade?

Ele sabia. Essa pergunta vinda de outra pessoa eu teria considerado invasiva, mas dele não. Eu quis responder.

—Tive problemas na adolescência, tive que cuidar do meu pai e simplesmente perdi a vontade.

—Você não pode simplesmente perder a vontade. –ele disse preocupado.

Sua preocupação era genuína.

—Sim, eu sei. Eu a recuperei por isso estou aqui. Quero fazer algo por mim.

Percebi quando seus olhos queimaram em mim. Por um momento o tempo parou também. Só conseguia perceber que nos dois estávamos respirando, porque eu também não conseguia desviar os olhos dele.

Era fácil e ao mesmo tempo perturbador conversar com ele. Edward me causava sentimentos e sensações estranhamente boas, eu nunca havia sentido aquilo. Era uma intensidade absurda.

—O que foi? –perguntei baixinho.

—Nada... só estava percebendo o quanto você esta diferente e o quanto ainda possui daquela garota que conheci.

—Eu tenho vinte e seis anos agora, Edward, com certeza estaria diferente. –disse sorrindo suavemente e tomando um gole da bebida.

Edward sorriu também e balançou a cabeça.

—Claro, você é uma mulher agora, uma mulher muito bonita.

Seu olhar era mais que penetrante e me fez ficar um pouco zonza.

—Err... obrigada. –eu disse corando.

Depois da nossa janta, Edward me guiou para a saída. Já do lado de fora ele entregou a chave para o homem que ficava de guarda dos carros, e parecia que Edward havia feito o dia daquele homem só pela felicidade dele em saber que dirigia o carro.

—Será que consegui tirar a má impressão que deixei em você? –ele se virou para mim.

—Edward a primeira impressão é a que fica. –eu ri. –Estou brincando, você não foi tão mal assim, é outra pessoa quando não está no ambiente de trabalho.

Edward riu.

—Então foi um pouquinho ou quase nada?

—Um pouquinho.

—Valeu a pena então. –ele sorriu. -Para onde você vai?

—Pegar um taxi.

—Oras Bella, até parece que eu iria deixar você pegar um taxi, vem eu te levo.

Eu tinha certeza que não suportaria ficar perto demais dele.

—Não Edward, eu não vou te dar esse trabalho...

—Bella, eu vou te levar.

No segundo seguinte o carro de Edward foi parado próximo de nós. Eu ainda não havia visto seu carro de perto, um volvo preto, que me impressionou. Eu não entendia nada de carros, mas aquele parecia ser um modelo caro. O homem saiu do carro, Edward lhe deu algum dinheiro, e abriu a porta do lado do passageiro.

—Vamos? –ele apontou.

—Edward...

—Bella, entre. –disse firme.

Bom, tudo bem. Seria mais um tempo com ele.

Eu não contestei e entrei. Edward entrou logo em seguida.

—Você e sempre mandão?

—Na maioria das vezes.

O caminho de volta para casa foi no silencio, exceto quando eu disse meu endereço para ele. Para minha surpresa não foi angustiante, pelo ao contrario foi totalmente aconchegante. Ri comigo mesma em pensamento, como Edward conseguiu mudar a visão que eu tinha dele em apenas uma noite. Ele não era totalmente arrogante. Talvez era uma máscara que ele usava, e por trás dela estava o homem que havia passado a noite comigo conversando e rindo como se nos conhecêssemos há anos. Ainda havia traços do menino que eu havia conhecido na Carolina do Norte. Eu estava disposta a descobrir seus mistérios, mas também sabia que nunca seria capaz de chegar ao seu nível para ter essa oportunidade.

—Bom, chegamos.

Me despertei com a sua voz e nem havia percebido que já estávamos em frente ao prédio onde morava. O rosto de Edward estava iluminado apenas pela luz fraca dentro do carro.

—Devo agradecer, pela noite e pela carona.

—Obrigado pela sua companhia, Bella. Será que você poderia me passar seu telefone?

—Para que?

—Para passar ao manobrista, ele ficou encantado com você, não percebeu?

Edward disse sério e eu o encarei até ele gargalhar.

—Bella, você consegue ser muito ingênua... me passe seu telefone para que possamos manter contato.

Edward pegou seu celular e o desbloqueou, passando o aparelho para que eu pudesse anotar meu número. Depois de feito eu o devolvi. Nossos dedos se roçaram e eu prendi a respiração, a boca de Edward formou uma linha fina e ele desviou os olhos do meu.

—Certo. Obrigada mais uma vez por hoje. –eu disse.

—Eu que agradeço. –ele disse sem me olhar. -Tchau Bella.

—Tchau, Edward.

Sai do carro e vi quando ele deu partida e sumiu pela rua. A chuva já havia passado, dando lugar a uma noite fria. Subi para o apartamento pensando em como Edward Cullen era encantador, tudo nele era insuportavelmente lindo.

O sorriso.

O maldito sorriso que tantas vezes me fizeram perder o ar durante o jantar.

Os olhos.

Aqueles olhos que hora me olhavam com tanta intensidade que me faziam perder o raciocínio.

E tinha também a voz, céus até a voz do homem era perfeita.

Ele tinha uma postura que intimidava, mas quando abria o sorriso era capaz de conquistar o que quisesse. A conversa com ele fluiu fácil, e de repente me peguei pensando quando eu o veria assim novamente.

Eu estaria muito feliz se fosse verdade quando Edward dissera que queria sair mais vezes. Mas, eu sabia que não estava ao seu alcance. Essa noite havia sido somente uma sorte. Um encontro ao acaso, como há 10 anos atrás. Tentei fugir dos meus pensamentos, mas a primeira coisa que eu sonhei foi com um par de olhos verdes.


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Notas finais do capítulo

E então??? Bella marrenta ein kkkk e Edward super arrependido, o que acharam??
Como ainda é começo muitas coisas vocês vao conseguir entender no decorrer da fic... tenham calma e desfrutem do momento hhaha ja estou torcendo para nosso casal, e vocês?
Quero agradecer a TODOS os leitores, a fic esta tendo uma otima visualização e um ótimo retorno através dos comentários, por isso agradeço de too meu coração.
E queria pedir que continuem comentando, que vocês venham a favoritar e recomendar, para que eu possa saber se estão gostando ou não... MUITO OBRIGADA MEUS AMORES



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