Someday escrita por Florence


Capítulo 13
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, tudo bem com vocês? Demorei um pouco para voltar porque esse capitulo foi dificil de escrever, vocês irão entender... Espero que gostem
Obs: ESSE CAPITULO CONTEM CENA DE SEXO.



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[...]

—Fiquei surpresa por você estar aqui. –eu disse a Edward.

—Espero que tenha sido do lado bom. –sua boca se curvou num sorriso torto e eu suspirei.

Edward estava incrivelmente irresistível vestido com um jeans, uma camisa social preta e jaqueta de couro por cima. Pude ver que um óculos de sol estava pendurado no bolso da sua jaqueta. Eu poderia ficar o observando um dia inteiro se fosse possível, e eu odiava o tanto que ele era perfeito.

Ele estava sentado de frente para mim na bancada da cozinha enquanto eu bebia um suco e servia um copo para ele. Rosalie e Emmett estavam na sala entretidos em alguma coisa que passava na TV.

—Sempre é bom te ver. –eu disse.

Edward olhou para mim, ignorando o copo de suco que eu havia dado para ele. Ele se levantou e caminhou lentamente até mim, Edward deu um beijo suave nos meus lábios e me abraçou com o rosto enterrado no meu pescoço. Senti ele inspirando profundamente em meu pescoço e depositando um beijo suave ali.

—Você é meu vício, senhorita. –ele sussurrou.

—Nós não costumamos ficar sem os vícios. –eu disse sem folego, agarrada a sua camisa.

—Você não imagina a tortura que foi ficar longe de você. Odeio ter que trabalhar tanto assim.

Eu não poderia contestar diante da verdade absoluta que seus olhos transmitiam.

—Só não faça mais isso certo? Estava com muita saudade. –eu disse e ele sorriu, me beijando em seguida.

—Você está diferente, e está muito mais cheirosa. –ele disse e eu me afastei para olhar em seus olhos. –E sua pele mais macia que naturalmente, onde esteve? –Edward disse passando o polegar em minha bochecha.

Eu sorri em agradecimento.

—Obrigada, Rosalie e eu passamos o dia em um spa.

—Isso é muito bom. Você deve ter se divertido.

—Ei, vocês dois vão ficar cochichando ai? –Emmett gritou da sala.

—Nos deixe em paz, Emmett. –eu disse.

—Bella, você sabe que tenho ciúmes do meu amigo.

Edward gargalhou.

—Vocês já passaram muito tempo juntos. –Rose disse para Emmett.

—Assim como vocês, querida. –Emmett respondeu.

.

Edward e eu saímos para jantar logo depois de ficarmos um tempo com Rosalie e Emmett.

 Nós fomos até a marina, onde Will estacionou o carro e nós dois descemos para caminhar, pois ainda estava um pouco cedo para irmos ao restaurante. Edward contou como havia sido os dias que não nos vimos, além dos problemas administrativos, ele havia assumido muitos casos difíceis.

Eu gostava de ouvir Edward falar porque era raro, na maioria das vezes ele só me ouvia e eu gostava também de andar com os dedos entrelaçados nos dele. Não que isso indicasse que seriamos para sempre um do outro, mas indicava que ele era meu no momento, e ele conferia toda a sua atenção para mim, sem nem se importar com a quantidade de mulheres que lançavam olhares mais que sugestivos na sua direção. Nós andamos alguns minutos até chegar diante de um barco que eu me lembrava bem, era o dele.

—Preciso conferir uma coisa com Taylor, ele relatou sobre alguns problemas de engrenagem. –ele explicou.

Edward me ajudou a entrar no barco e logo Taylor veio ao nosso encontro nos cumprimentando. Eu fiquei sozinha e então resolvi esperar Edward na parte de trás do barco em um dos sofás. De repente senti um vento frio e me encolhi mais no banco. Eu vestia uma meia calça por baixo do vestido preto, e botas, estava com um casaco devido ao vento frio.

 Um arrepio percorreu meu corpo inteiro, mas o arrepio não era devido ao vento. Era diferente. Senti minha nuca pinicar e minhas mãos começaram a suar. Eu tive a sensação de estar sendo vigiada e aquilo quase despertou sentimentos que eu lutei para apagar. Meu coração disparou. Eu me levantei imediatamente de onde estava e fui atrás de Edward. Ele estava no segundo andar e quando me viu arregalou os olhos, talvez pela minha expressão de pânico. Eu me agarrei na sua jaqueta e nem me dei conta se Taylor estava ali ou não.

—Ei, o que foi? –ele perguntou preocupado. –Bella...?

—Edward, nós podemos ir embora? –eu disse em meio ao pânico.

—O que aconteceu? –ele se afastou de mim e segurou meu rosto entre suas mãos.

O contato com seus olhos verdes, sua voz e o toque de suas mãos fizeram minha respiração começar a se normalizar, eu respirei fundo algumas vezes e então abracei Edward novamente.

—Eu tive a sensação que tinha alguém me observando, Edward.

—Como assim?

—Eu não sei, pode ter sido apenas uma má impressão... por favor, podemos ir embora?

Ele me olhou preocupado, então pareceu ceder.

—Nós vamos.

Edward pegou na minha mão, descemos para o primeiro andar e fomos de encontro ao Taylor. Edward conversou com ele e disse que ia providenciar um técnico para resolver o problema, nos despedimos e Edward fechou o barco.

—Eu tinha planejado de ir a algum restaurante para jantarmos, mas podemos ir para casa se quiser. –Edward disse.

—Não, vamos para onde você planejou.

—Tem certeza?

—Absoluta.

Entramos em seu carro e Will conduziu a um restaurante francês que ficava localizado no hotel Fairmont Olympic. O restaurante era simplesmente magnifico e me trazia a sensação de estar na França, sem ao menos ter conhecido lá. Lustres luxuosos estavam espalhados pelo teto, o chão era um carpete típico, e as mesas eram de madeiras com cadeiras acolchoadas. Quando a recepcionista perguntou se tínhamos uma reserva e Edward disse que não, vi seu sorrisinho fútil para ele, e sua voz enjoada quando ela disse que isso não seria um problema.

—Qual lugar o senhor prefere? –ela perguntou batendo os cílios.

—Nós vamos querer um lugar mais reservado. –Edward disse passando a mão possessivamente pela minha cintura e me trazendo próximo a ele.

A recepcionista continuou se insinuando para Edward mas ele não trocou um olhar para ela até que chegamos a nossa mesa. Ele simplesmente agradeceu e ela saiu andando murcha.

—É incrivelmente irritante todas as mulheres serem atraídas pelo seu charme e beleza. –eu disse.

—O que posso fazer se sou o homem mais lindo que elas já viram?

—Edward, você é um porre.

Ele gargalhou.

—Você é atraída por mim? –ele perguntou.

—Com certeza eu sou.

—É o que importa. –ele sorriu suavemente e eu quase tive uma parada cardíaca.

Edward escolheu nossos pratos e um vinho para acompanhar. Ele não mencionou em nenhum momento o que havia acontecido no barco.

—Você já foi a França? –perguntei a Edward.

—Sim, é um país incrível.

—Sempre foi meu sonho conhecer, eu fazia buscas na internet sobre o país.

—Eu poderia te acompanhar nessa viagem, acho que sou a melhor pessoa para ir com você.

—E porque você acha isso? –eu arqueei a sobrancelha.

—Porque eu conheço tudo por lá. –ele deu de ombros. –E também sei falar francês, você não passaria nenhuma necessidade.

Eu gargalhei.

—Edward você se acha muito, não é? –eu tombei a cabeça de lado.

—Claro que não, Bella, só estou falando meus pontos fortes. Quem sabe você não se apaixona?

Eu suspirei. Eu já era perdidamente apaixonada por ele.

—Eu não teria outra pessoa em mente para me acompanhar, a não ser você.

—Quando você for uma escritora famosa vai viajar pelo mundo e vai ter muitos fãs e eu vou te acompanhar em tudo.

Eu sorri para ele. O otimismo e a leveza de Edward era uma das coisas que eu mais admirava nele, eu poderia ficar horas conversando e rindo.

Ele deu de ombros e bebericou seu vinho. Nossa conversa fluía normalmente até que nossos pedidos chegaram. Depois Edward propôs de irmos embora e eu aceitei imediatamente.

.

Enquanto subíamos para seu apartamento eu percebi que ele havia adquirido uma postura tensa, um tanto enigmática, seu aperto firme em minha mão mostrava que alguma coisa havia mudado de repente. Quando chegamos ele não disse nada e subimos para seu quarto.

—Edward, você está bem? –eu disse enquanto ele tirava sua jaqueta e sapatos.

—Sente-se, Bella. –ele indicou a cama. Eu me sentei e vi quando ele foi até seu closet e voltou com vários papeis em suas mãos.

—O que é isso?

—Já vou te explicar.

Edward puxou uma cadeira e se sentou nela ficando de frente para mim.

—Você me pediu para que eu procurasse sobre uma pessoa do seu passado. –eu balancei a cabeça positivamente. –Então eu pedi para o Wench pesquisar sobre isso, e tenho notícias.

Senti minha garganta fechar, incapaz de falar eu apenas balancei a cabeça novamente.

—James não está preso. Ele cumpriu sua pena rigorosamente e foi solto há dois meses.

—Isso é possível? –eu sussurrei.

—Ele cumpriu sete anos de prisão e agora faz serviços sociais.

Senti minha garganta secar.

—Wench tentou rastrear ele em todos os lugares dos Estados Unidos, mas ele sumiu do mapa. Não há passagem dele por rodoviárias, aeroportos, locadora de carros, nada. Ele não saiu do pais, mas também não está aqui. Era tudo muito estranho até Wench se lembrar que ele poderia estar usando uma identidade falsa.

Eu arregalei os olhos.

—Identidade falsa? Por que ele usaria uma?

—Para não ser encontrado, se está planejando algo, seria facilmente detectado e preso novamente. Wench está investigando todas as pessoas que morreram recentemente. Você se lembra a idade dele?

—29 anos agora.

—Certo. –ele anotou em um dos papéis.

Encarei as mãos de Edward enquanto ele analisava todos os papéis, eu devia estar branca, sentia minha pressão cair pouco a pouco, e minhas mãos ficarem geladas. Meu peito doeu e eu passei a mão para tentar acalma-lo. Se James estivesse atrás de mim ele não poderia me achar agora. Foi quando de repente a ficha caiu, eu não havia sentido medo e sensação de que alguém observava no barco a toa, James estava lá.

—Edward... eu não acho que seja preciso tudo isso. –falei com a voz um pouco histérica.

—O que? –ele levantou os olhos para mim.

—Vocês não precisam rastreá-lo tão longe.

—Por que não?

—Porque ele está perto.

Senti minha nuca pinicar pelo medo que me tomou. Edward me encarava.

—Escute, eu o conheço. Ele não está longe, se ele está solto, então eu tenho quase certeza que está atrás de mim e pode ter sido ele que invadiu meu apartamento, e ele que me observava no barco.

Os olhos de Edward se arregalaram.

—De qualquer forma, Wench precisa saber que nome ele está usando para encontrarmos ele.

—Você disse que não conseguiram identificar o segundo homem nas filmagens, talvez se eu visse poderia dizer se era James ou não.

—Bem pensado, vou falar com Wench.

Meu corpo começou a tremer involuntariamente. Edward pegou na minha mão e voltou a falar comigo.

—Escute, eu te contei porque acho importante você saber, não queria falar durante nosso jantar porque eu percebi que de alguma forma isso te intimida. Ele não iria ficar preso pelo resto da vida, Bella. Não quero que fique apavorada, eu vou cuidar de você, eu tenho um bom pessoal e esse homem não vai chegar perto de você.

Eu abaixei a cabeça, mas logo senti os braços de Edward a minha volta. Eu me agarrei a ele como se ele fosse minha salvação.

—Nada vai acontecer, confie em mim.

Eu me afastei de Edward e murmurei um obrigada, meus olhos estavam cheios de medo e lagrimas. Edward depositou um beijo suave na minha testa e me abraçou novamente.

Edward não havia perguntado, mas eu sabia que ele deveria saber quem era James e o que havia acontecido comigo. Eu me sentia capaz de contar isso a ele, nunca até aquele momento havia sentido aquela sensação. Mas, com Edward era diferente, eu sentia como se ele fosse meu confidente e precisasse saber com quem estava lidando.

—Edward...

—Sim? –ele murmurou ainda abraçado a mim.

—Preciso te contar uma coisa.

Ele se afastou e eu me endireitei na cama ficando de frente para ele.

—Eu sei que você não perguntou, mas sei que esse pensamento deve estar vagando na sua cabeça. Quem afinal é James.

 Ele esperou.

—Você não precisa fazer isso. –ele disse sério.

Edward era um verdadeiro cavalheiro, eu percebia através das suas atitudes que ele gostaria de me poupar de tudo aquilo que viesse a me fazer mal, por isso talvez ele não quisesse que eu tocasse nesse assunto agora. Mas, era importante para mim ele saber.

—Eu preciso, Edward. Quando eu morava em Phoenix, eu conheci James. Nós não tínhamos amigos em comum, nos conhecemos ao acaso, mas foi muito fácil gostar dele e logo eu estava inserida em seu grupo de amigos. Ele era espetacular no começo sabe? Eu poderia dizer que era parecido com um príncipe, e eu totalmente ingênua e vulnerável acreditei fielmente. Ele me respeitava, mandava flores, dizia que me amava, me levava para sair, me exibia como se eu fosse um troféu. Cuidou de mim em muitos momentos difíceis. Ele me levava e me buscava no colégio e depois nós ficávamos juntos o resto do dia. James jogava no time da escola por isso era muito conhecido, eu nunca havia tido tanta atenção como estava recebendo e ele nunca havia namorado, por isso era tudo muito novo e interessante. Nós tínhamos um relacionamento normal no começo, porém pouco a pouco eu fui conhecendo ele de verdade. Ele começou com um ciúmes pequeno de um amigo que eu tinha e até mesmo do meu pai e depois passou para extremo, ele não suportava nem a ideia de algum outro homem se aproximando de mim. James queria que eu passasse o dia inteiro com ele e se eu passasse algum tempo com meu pai ele surtava.

Eu respirei um pouco antes de voltar a falar.

—Então eu comecei a dizer para ele que se aquilo não parasse não havíamos como permanecer juntos, eu gostava dele e não havia porque tanto ciúmes, aquilo era demais. Foi quando ele começou a me ameaçar e ameaçar meu pai. Meu pai é minha vida Edward, ele é uma das coisas mais preciosas para mim e eu já havia perdido a minha mãe, eu não poderia correr o risco de deixar que qualquer um fizesse mal a ele. Então eu cedia, tudo o que James queria eu fazia e aquele relacionamento se tornou tão abusivo que eu não sabia mais quem eu era. Eu havia perdido minha identidade.

Eu dizia aquilo sentindo a escuridão me consumir, sentindo a dor me dilacerar. Minhas mãos começaram a tremer e Edward percebeu. Edward segurou em minha mão, e a levou até os lábios para beijar.

—Eu sinto muito. Você não precisa terminar isso. –ele murmurou com os lábios encostados em minhas mãos ainda.

Eu levantei os olhos, mas minha visão estava embaçada pelo choro.

—Você não fez nada. –eu disse acariciando seu rosto com a mão que ele segurava. -Eu quero te contar. Isso durou por dois anos. Ele dizia que ia mudar, dizia que ia me tratar melhor, não ia mais me ameaçar... Eu quis acreditar, eu estava apaixonada por ele. Mas, então de repente me tomei conta que ele nunca iria mudar.

—Ele te batia? –Edward trincou os dentes.

—Não. Nunca fez isso. Mas, era perseguidor, compulsivo e abusivo. Eu tinha que terminar com aquele relacionamento. Então, criei coragem e terminei. Ele ficou transtornado, dizia que me amava, ia na minha casa, ficava me seguindo em todos os lugares que eu frequentava e chorava para eu voltar com ele. Mas, meu pai percebeu que as coisas estavam estranhas, qualquer pai tem a intenção de defender a filha, mas como Charlie é polícia, foi mais fácil de conseguir com que ele se afastasse. Ele disse a James que se não parasse com aquilo, iria denuncia-lo. Ele deu uma chance para não o prender.

—E ele parou? –Edward disse baixinho.

—Sim. –Edward suspirou. –Mas, fez algo pior.

Edward prendeu a respiração. Os únicos ruídos eram da chuva grossa que caia lá fora e batia na janela do quarto de Edward e da minha respiração pesada.

—Nós sempre íamos a igreja aos domingos, eu e meu pai. James sabia disso, porque algumas vezes nos acompanhou. Um certo dia, estávamos cultuando e de repente a igreja começou a pegar fogo. Foi tudo tão rápido, mas se eu repassar aquele dia na minha cabeça, parecia que eu estava em câmera lenta.

Eu foquei meus olhos atrás de Edward, além de sua janela onde eu podia ver Seattle iluminada. E então as recordações vieram como uma enxurrada de lembranças.

—Eu sai correndo junto com os outros, mas quando olhei para trás Charlie não estava, ele tinha ficado lá dentro. E ele não saia. A igreja era feita por uma construção antiga e estava começando a cair, pouco a pouco. Todo mundo gritava e os bombeiros demoraram 7 minutos para chegar. Então eu entrei e comecei a procurar por ele desesperadoramente. Aquela fumaça me invadiu e eu tive que focar em achar Charlie, antes que eu desmaiasse. Fiquei uns bons minutos o procurando, até que por um milagre eu consegui o achar. Ele estava caído. Tinha desmaiado. Só quando cheguei perto vi que seu braço estava queimado.

Eu suspirei enxugando as lagrimas. Edward estava com uma expressão indecifrável quando voltei meu olhar para seu rosto, ele estava mais perto de mim e ainda segurava minha mão.

—Charlie e mais uma mulher se feriram. Depois ele me contou que havia ficado para ajudar as outras pessoas, um ato heroico e eu não esperaria menos do meu pai. Todos nós fomos encaminhados ao hospital naquele dia enquanto a polícia analisava o que havia acontecido. Foram feitas 5 cirurgias para reparar o braço dele. As investigações começaram e de começo havia informado que era um curto circuito. Depois acharam testemunhas e uma câmera que não havia sido destruída. O incêndio foi criminoso e James foi o culpado, foi ai que ele fora preso. Edward eu não conseguia suportar a culpa que eu sentia, era um fardo tão pesado... era uma fase tão ruim. James sabia que não podia mais me dominar, por isso ele atentou isso. E a culpa era toda minha. Mas, meu pai e eu erámos praticamente a força um do outro e foi assim que saímos juntos daquela situação. E por isso que não me arrependo um minuto se quer do tempo em que dediquei minha vida somente a ele, entende? Ele também dedicou sua vida a mim.

Edward assentiu.

—Quando meu pai recebeu a proposta de Forks, nós achamos que aquela era nossa hora de seguirmos em frente e começar novamente em um outro lugar. Um lugar bem diferente de tudo que havíamos vivido, até então. Hoje Charlie é chefe de Forks. James me deixou marcas Edward, marcas irreparáveis e marcas na alma. Durante muito tempo eu não me relacionei com nenhum outro homem.

Quando parei de falar percebi que me faltava o ar, eu inspirei e expirei, percebi também que chorava muito. Edward estava a minha frente, sua expressão era de dor e raiva, mas também tinha traços de compaixão. Ele me puxou para seu abraço.

O abraço de Edward passara a ser o meu porto seguro.

—Se você não estivesse em meus braços agora eu mesmo caçaria esse filho da puta e o mandava direito para a cadeia de volta.

Eu sorri em silencio contra seu peito.

—Você já está fazendo muito por mim.

—Eu sinto muito por tudo o que aconteceu com você e seu pai. Obrigado por ter dividido sua história comigo e ter confiado em mim, sei que não é fácil relembrar tudo isso. Mas, eu quero te dizer que nunca mais isso vai acontecer com você, nem com Charlie. Você está segura. Se James está atrás de você, ele nunca vai conseguir chegar perto e nós vamos pegar ele. Confie em mim.

Eu fiquei em sua frente novamente e olhei dentro dos seus olhos.

—Eu confio em você.

Edward depositou um beijo suave em meus lábios, porém carregado de sentimento.

—Você disse que namorou Jacob em Forks, não é? –ele disse mudando de assunto.

—Sim.

—Como você conseguiu?

—Bom, quando ficamos amigos, percebi que ele gostava muito de mim, e ele me provou diversas vezes que era um cara totalmente diferente de James. Jacob era tão gentil e teve muita paciência. Ele investiu muito em mim, então eu cedi e dei uma chance para ele e para mim também. Ele me fez sentir amada e curou o trauma. Mas eu não o amava da mesma forma, eu sempre serei grata ao que ele fez por mim e ele sempre será meu amigo, uma das pessoas mais importantes para mim. Jacob merece ser muito feliz, ele há de encontrar alguém que o faça muito feliz.

—Você também merece ser feliz.

—Eu estou feliz, como nunca estive na minha vida.

—Eu vou cuidar de você, linda, vou cuidar como minha própria vida.

.

Acordei atordoada naquela madrugada, quando percebi que estava sozinha um ataque de pânico me atingiu, mas logo minha respiração se normalizou quando vi que estava na casa de Edward.

Eu vestia uma de suas camisetas e somente uma calcinha de renda por baixo, eu não me incomodei com o clima frio, precisava achar Edward e ele não estava em lugar nenhum no quarto. Percebi que ainda estava chovendo forte.  

—Edward? –eu chamei no corredor mas obtive nenhuma resposta. Desci as escadas e vi a luz de seu escritório acesa. Eu andei até lá e espiei pela porta encostada.

Dei um toque de leve e a porta se abriu. Edward estava sentado atrás da sua mesa, encostado na cadeira e lendo alguns papeis, estava tão concentrado que não notou minha presença. Ele estava de tirar o fôlego, dali pude ver que estava sem camisa, sua expressão era séria, e ele realmente parecia o advogado que era, mas muito mais sensual. Edward era muito mais lindo do que ele imaginava, ele deveria saber porque prendia o olhar de muitas mulheres, mas só eu tinha a oportunidade de o ver assim.

—Oi. –eu murmurei e tombei a cabeça para o outro lado.

Ele levantou os olhos para mim e sorriu suavemente.

—O que faz fora da cama?

—Ela é muito sem graça sem você.

Eu andei até ele no mesmo momento que ele se levantou e veio até mim.

—O que você faz fora da cama essa hora, Dr. Cullen? –eu disse colocando a mão em seu peito.

—Perdi o sono, resolvi vim ver alguns casos. Vamos voltar.

Eu levantei os olhos e olhei dentro dos seus.

—Eu não estou mais com sono. Edward, você tem trabalhado muito, precisa relaxar.

Eu subi minha mão até sua nuca e puxei seu rosto para perto do meu, Edward subiu a mão pela minha cintura e me puxou para perto do seu corpo.

—Você é uma mulher muito perigosa. –ele sussurrou e sorriu torto.

Eu ergui meus pés para ficar na sua altura e o beijei. Edward me puxou pela cintura e me colocou sentada sobre a sua mesa, enquanto aprofundava o beijo. Sua língua explorava minha boca tanto quanto ele podia, o desejo que sentíamos um pelo o outro que parecia nunca ter fim. Edward cessou o beijo e eu apertei a pele da sua costa pela frustação.

—Edward...

—Você quer tomar uma taça de vinho?

—Não. Eu quero você.

Eu disse beijando seu peito, subindo para seu pescoço e sua boca. Edward riu sobre minha boca e apertou minha cintura me fazendo cocegas.

—Mulher, eu não costumo fazer o tipo romântico, deixa eu tentar fazer algo para você. Depois podemos fazer o que você quiser.

Eu bufei.

—Tudo bem.

.

Edward fazia tudo tão rápido que era difícil de acompanhar, ele subiu as escadas correndo e pegou dois cobertores. Logo depois ele foi até a cozinha e trouxe uma garrafa de vinho e duas taças.

—Vem linda, sente aqui. –ele indicou o tapete fofo que ficava em frente a lareira.

Eu fiz o que ele pediu, enquanto segurava as duas taças.

Edward se agachou em frente a lareira e a ligou, logo depois ele se sentou ao meu lado. Com bastante habilidade ele abriu a garrafa de vinho e encheu as duas taças até a metade.

—E então o que achou?

—Eu estou encantada. –disse sinceramente.

—Um brinde a nós. –ele propôs.

Nós juntamos as taças no ar e logo depois bebemos. Eu olhava o fogo pensando sobre tudo o que Edward me dissera naquela noite e imaginando tudo o que estava se passando na cabeça dele. Eu era um problema para ele, Edward em hipótese alguma merecia todo aquele peso sobre ele. Todos os meus receios sobre a semana não existiam mais, eu sabia porque ele havia se afastado um pouco.

Edward era tão incrível comigo, ele era forte quando eu precisava dele, era meu amigo, era engraçado, gentil, carinhoso, talvez uma das pessoas mais extraordinárias que eu já conhecera. Eu queria ter forças para não o ver mais, queria ter forças para não o querer, para não o amar... Era isso. Eu o amava, amava mais do que seria capaz de imaginar um dia amar alguém, amava tanto que eu nunca havia sentido tanto medo em o perder. Eu não conseguia cogitar a ideia de nunca mais o ver, eu queria ele para sempre, eu poderia viver minha vida inteira ao lado dele como estávamos agora, eu poderia o admirar para sempre, não só porque ele era lindo de morrer, mas pela sua força e coragem, sua determinação.

Quando voltei a encara-lo minha visão estava turva, meus olhos um pouco marejados e um nó enorme em minha garganta.

Ele colocou as duas taças de lado e me olhou de volta.

—No que você está pensando, Edward?

—Por que você aceitou ter uma relação comigo? Você sofreu tanto, nunca passou pela sua cabeça que não poderíamos dar certo, tendo amizade colorida?

—Eu não sei, Edward. Eu senti muito medo sim, desde quando te encontrei de novo, mas parece que é uma coisa a qual não consigo fugir nem resistir.

—Acho que eu entendo. –ele passou as mãos nervosamente pelos cabelos.

—Olhe, eu não quero que você fique pensando no que eu te contei Edward.

—Como não? Aquele cara merecia estar na cadeia ainda por tudo o que fez com você, ele maltratou seu coração e sua alma, como eu poderia saber que não vou fazer igual?

Seus olhos verdes estavam carregados de culpa, eu so não entendia o porquê.

—Porque você não é igual a ele, de maneira alguma. –eu disse com toda certeza.

Edward estava com as pernas esticadas para frente, e eu ao seu lado, mas eu queria ficar mais perto dele. Então sentei em seu colo, com uma perna de cada lado do seu corpo e coloquei minhas duas mãos em seu rosto.

—Você é totalmente diferente, Edward. E eu sei que você nunca me faria mal.

—E como você sabe? –ele sussurrou.

—Porque eu vejo nos seus olhos, eles me transmitem algumas coisas. –sorri de leve.

—Você não me conhece. –ele sussurrou. Edward parecia estar vivendo uma luta interna e eu queria o livrar daquilo.

—Eu conheço o suficiente para dizer o quanto você é extraordinário e importante para mim.

—O que você vê?

—Que você gosta de mim. –Edward riu triste.

—O que eu sinto é muito mais que gostar, por isso estou confuso e com medo de te machucar com tudo isso. –ele disse sinceramente.

—Você sente algo por mim?

—Sim, Bella.

Meu coração se ascendeu mais que o céu com a explosão de fogos para o ano novo.

—Escute Edward Cullen, eu te amo e hoje eu sei que você foi a única pessoa que amei, desde 10 anos atrás, meu coração é seu desde o dia que você me olhou com seus olhos doces verdes de menino e seu cabelo bagunçado. Hoje, vendo você assim, um homem bom, forte, corajoso, gentil e lindo de morrer, vejo que seria impossível não me apaixonar por você. Você é o único que desperta isso em mim, é o único que eu nunca tive medo de me entregar, é o único que confunde todos os meus pensamentos, mas traz paz ao meu coração, se você sente algo por mim eu peço para que você tente, vamos fazer isso juntos.

Edward me beijou eu tentei continuar meu raciocínio, mas eu perdia qualquer pensamento quando ele me beijava. Meu mundo passava girar só em torno de nós.

Senti suas mãos agarrando a bainha da camiseta e subindo pelo meu dorso, eu levantei os braços para o ajudar a retirar e ele jogou para longe. Eu inclinei meu tronco para beijar seu pescoço, eu ainda não conseguia dizer que o amava, mas eu queria demonstrar a ele. Eu deixei uma trilha de beijos pelo seu pescoço e ombro, desci pelo seu peito onde deixei um beijo molhado, poderia ser considerado como uma lambida. O gemido que veio do fundo da garganta de Edward me deixou extremamente excitada e animada para continuar. Eu desci para seu abdômen, depositei vários beijos e mordi de leve sua pele, cheguei até sua barriga onde empurrei seu peito com a mão para que ele se deitasse. Edward tinha duas entradas na virilha que mais parecia com o caminho para o paraíso, eu beijei demoradamente e lambi de leve cada uma das duas. Pude ouvir seus dentes trincando e as mãos fechadas em punho ao redor do corpo. Quando abaixei sua calça ele me ajudou a retira-la e sua enorme ereção pulou pronta para mim. Eu dei uma leve lambida em sua ponta e então o coloquei em minha boca, somente para o estimula-lo mais. Edward gemeu alto e pronunciava meu nome com adoração. Eu o deixei e subi beijando e mordiscando todo o seu dorso novamente, até chegar em sua boca. Edward agarrou um punhado de cabelo, e forçou sua língua dentro da minha boca. Ele forçou meu corpo para trás e deitou por cima de mim, esfregando sua ereção sobre minha calcinha. Sem paciência ele a puxou para fora do meu corpo, enquanto beijava, mordia e chupava a pele do meu pescoço e ombro.

—O que você está fazendo comigo mulher? –ele disse sem fôlego. 

Edward me beijou novamente enquanto me atormentava colocando seu membro sobre meu clitóris e o estimulando.

Edward...

—Eu não consigo ficar longe de você mais, eu tentei... tentei.

Edward me penetrou tão fundo quanto podia, nos dois gritamos juntos. Ele agarrou minha coxa tão forte que com certeza ficaria a marca de seus dedos.

Puxei sua nuca novamente para beijar enquanto ele metia forte e duro em mim. Minha costa saia do chão devido ao impacto toda vez que ele se chocava contra mim. Edward desceu a boca para meus peitos e me tirou da realidade, eu fui para um lugar onde só existia ele e todo o prazer que ele me concedia. Ele subiu com a boca para minha orelha onde chupou o lóbulo.

—Você é minha Isabella.

—Eu sou, toda sua. –murmurei desorientada.

Usei alguma força que me restava e forcei meu corpo sobre o de Edward e o montei. Edward murmurava alguns palavrões e umas palavras que eu não conseguia identificar. Ele se sentou e encostou a costa em uma das poltronas que ficava ali. Aquela posição talvez fosse uma das melhores, a ficção que seu membro fazia com meu clitóris, estava me levando ao extremo. Eu subia e descia, tantas vezes... meu ventre estava começando a formigar e minhas pernas estavam tremulas, eu estava perto.

Eu temia pelos braços e costa de Edward, de tanto que enfincava a unha nele, mas ele parecia não se importar, ou se importava tanto quanto, pois apertava a minha coxa e cintura com vontade. Enquanto sentia o orgasmo se formar eu deitei meu corpo para trás, formando uma ponte. Não vi o que Edward fez, mas percebi que estava com o quadril no alto e ele começou a ditar o ritmo. Eu gozei instantes depois, e ele continuou com as estocadas, Edward encontrou aquele ponto e foi capaz de me fazer gozar novamente, e dessa vez ele veio comigo, gritando meu nome e deixando seu corpo cair em cima do meu. Edward passou os braços como garras ao meu redor, e depois puxou a coberta sobre nossos corpos quando percebeu que eu tremia, mas eu não estava com frio, estava dominada pela sua presença, meu corpo tremia de tanta emoção.

Nós esperamos algum tempo nossas respirações se normalizarem. Edward olhou em meus olhos e eu via algo diferente neles, eu sabia que alguma coisa tinha mudado, seu verde era tão intenso e tão real... seus olhos mostravam rendição e baixa guarda. Então ele me beijou.

—Me desculpe por ser seco as vezes e não falar sobre romance. Eu nunca na minha vida havia experimentado isso, ou se quer pensado em ter alguém. Estou aprendendo tudo com você. Eu só peço que você tenha paciência comigo, eu não me imagino mais sem você.

—Obrigada. –eu murmurei contra sua boca.

Então eu entendi que meu coração poderia estar fechado para qualquer outra pessoa, porque ele sempre esteve aberto para Edward, desde da primeira vez que ele bateu por Edward, ele nunca mais conheceu outra pessoa, ele nunca mais foi capaz de ser de outra pessoa. Edward deitou com a cabeça em cima do meu peito, perto do meu coração, enquanto eu passava a mão pelos seus cabelos.

Depois de um tempo ele sugeriu para que esquentássemos uma refeição, nós comemos e tomamos vinho novamente em frente a lareira. Edward e eu transamos o resto daquela madrugada, sobre a mesa, contra a parede, novamente em frente a lareira e quando finalmente a exaustão tomou conta de nós, eu senti ele colocando seus braços embaixo de mim e me colocando sobre uma superfície macia e se aconchegou contra mim, enquanto eu sentia leves caricias em meu cabelo.

 


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Notas finais do capítulo

Então pessoal como vocês podem ver Bella nos contou a sua historia, depois dessa quem ai acha que realmente é James atras dela novamente?
Vocês se lembram no primeiro capitulo da fic, onde a Bella esta lendo uma reportagem sobre Incêndio? Era a reportagem desse dia que ela contou ao Edward.
O que acharam?
E esses dois no final, uh? Tivemos uma declaração de amor! Mesclei um pouquinho das duas coisas para vocês, espero que tenham gostado.
Eu quero agradecer imensamente o retorno positivo para a fic, muitas leitoras gostaram do POV Edward no capitulo anterior, por isso pretendo escrever mais vezes.
Algumas me questionaram sobre o Edward ser tao frio a respeito dos sentimentos, peço paciência a vocês, existe um motivo para ele ser assim e vocês vão descobrir em breve, os dois possuem um passado e a Bella ja contou o dela, agora é a vez dele.
Obrigada a todas leitoras que vem acompanhando e comentando a fic, as novas leitoras que comentaram e aquelas leitoras que ainda nao deixaram um comentario, mas eu sei que estão lendo. Obrigada a TODAS! Vocês sao muito importantes para mim, por isso peço que continuem comentando, favoritam e se puderem recomendar a fic me deixaria imensamente feliz. Um grande beijo a todas. Ate breve.