Someday escrita por Florence


Capítulo 14
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meus amores, mais um capitulo da fic para vocês... espero que gostem!
Obs: Esse capitulo contem cena de sexo.



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Durante a semana, Edward pediu que Will acompanhasse mais de perto e fizesse a parte da minha segurança. Eu contestei muito. Mas, ele disse que não deixaria que eu andasse com medo em qualquer lugar que eu fosse. Percebi também uma aproximação de Edward, ele parecia que tinha abaixado a guarda e nós estávamos mais próximos. Edward me levou até para fazer exercícios com ele, nós corríamos ou andávamos de bicicleta pelo parque. Eu odiei no começo, mas depois passei a gostar da ideia.

Havíamos tido a informação que James estava usando uma identidade falsa, e foi muito mais fácil de localizar, ele estava do outro lado do país, o que me deixou mais tranquila.

Na quinta feira, eu estava ansiosa demais para conhecer a casa da família de Edward e achava que não deveria ir. Mas, eu no impulso havia prometido a Alice. Eu poderia dizer que estava com uma baita dor de cabeça ou com dor de estomago, mas Edward havia me visto no mesmo dia na empresa mais cedo e confirmado comigo. Ele havia dito que queria muito que eu fosse e seria importante.

Eu me sentia intima demais indo conhecer a família dele mais de perto.

O jantar seria um pouco formal, e o clima estava quente então optei por um vestido mais fresco. Ele era azul marinho, um decote um pouco mais reservado na frente, ele descia colado em todo meu dorso e se abria em uma saia rodada após a cintura, atrás descia um grande V até o final da costa. Para completar deixei o cabelo solto, e coloquei uma sandália preta. Edward me esperava encostado no carro com as mãos nos bolsos. Ele parecia um modelo de perfumes masculinos, ou qualquer outra coisa que precisasse de homens perfeitos. Vestindo uma camisa social cinza e uma calca jeans escura, ele estava muito mais que lindo.

—Oi Edward. –eu disse me aproximando.

Ele me puxou para perto do seu corpo com um braço em minha cintura e beijou o espaço entre o pescoço e o ombro. Edward fazia sempre isso e eu amava, era nosso particular.

—Oi, linda. –ele beijou de leve meus lábios. Senti quando seus dedos tocaram minha costa nua e ele sorriu. –Você está linda como sempre e muito cheirosa, fico com inveja dessa arrumação para um jantar com meus pais.

Eu ri revirando os olhos.

—Pelo menos estou apresentável.

—Você fica apresentável até nos seus pijamas doidos... –ele se aproximou de mim novamente encostando a boca na minha orelha. –E principalmente nua.

—Edward...-eu gemi apertando seu braço.

—Passei muito tempo longe de você enfiado naqueles papeis. Senti sua falta.

Edward havia trabalhado muito durante a semana, mas ainda assim ele se esforçou para que ficássemos juntos o maior tempo possível. Edward passou mais tempo no apartamento de Rosalie também, ele e Emmett sempre chegavam e saiam juntos.

—Eu também senti.

—Melhor nós irmos antes que eu arrume uma desculpa com meus pais e te carregue para cima. –ele disse sorrindo como se não tivesse feito nada e abriu a porta da carona para que eu pudesse entrar.

.

A casa não era muito longe, mas era num bairro de mansões de Seattle. Bom, não era de se espantar. Edward parou em frente um portão fechado e se identificou, logo o portão se abriu e nós entramos. A fachada da casa já era de tirar o folego, era uma mansão, disso eu não tinha dúvidas, era cercada por grama e no meio o caminho formado por um tipo de pedras, pelo qual estávamos seguindo e dava até a casa. Como era a noite não pude ver muito bem os detalhes, mas eu vi que possuía dois andares, as janelas era de estilo vitoriano, e a porta principal também. A casa era creme e as janelas brancas. Edward parou o carro perto da entrada principal, e um homem de terno preto veio pegar as chaves, Edward deu a volta chegando próximo de mim e olhou para mim.

—Não fique nervosa.

—Não estou.

—Eu te conheço. –ele colocou um dedo em meu rosto. –Se quiser podemos ir embora.

—De jeito nenhum, vamos entrar.

—Não vou sair do seu lado, certo?

Eu balancei a cabeça positivamente, Edward tocou a campainha e uma mulher de meia idade veio nos recepcionar. Ela tinha um sorriso caloroso e certamente conhecia Edward, porque ele se abaixou para a beija-la no rosto. A porta nos deu direto a um cômodo com alguns sofás, cadeiras, mesa de centro e enfeites. Eu supostamente pensei que eles se reuniam ali para conversar. Mais ao fundo da sala eu pude notar um piano de calda e fiquei muito curiosa para saber quem o tocava. Vi ao meu lado uma escada certamente levando para o segundo andar.

Minha primeira visão era essa.

Esme e Carlisle apareceram logo em seguida para nos cumprimentar.

—Oi Edward querido. –Esme lhe abraçou.

—Oi Bella, que bom que veio. –ela mantinha um sorriso gentil no rosto e deu um abraço em mim também.

Carlisle se manteve um pouco mais afastado e só cumprimentou Edward com um tapinha de leve na costa e eu com um aperto de mão.

—Oi Edward. Oi Bella.

Pelo visto nos éramos os primeiros a chegar. Edward pegou minha mão e acompanhamos Esme e Carlisle até o centro da sala, onde nos sentamos. Menos de um minuto tinha uma mulher com uniforme servindo drinks para nós. Peguei um Martini quando Edward me olhou sugestivamente, eu dei um olhar prometendo beber pouco, ele sorriu torto.

—Então mãe, quando os outros vão chegar?

—Em breve, Alice disse que já estava a caminho.

—Que ótimo.

—Estou feliz que esteja aqui filho, faz realmente muito tempo que não janta conosco. –Esme disse e Edward se manteve sério.

—Mãe...

—Edward, nós somos sua família e eu sinto falta do meu filho. Sua avô e suas tias perguntam muito sobre você também, você não veio no nosso jantar no sábado.

Eu parei no meio do gole que estava tomando da minha bebida e quase engasguei. Sábado Edward estava no meu apartamento e não comentou nada sobre jantar na casa de seus pais.

—Eu não me misturo com aquela gente que vocês costumam convidar.

—Aquela gente é nossa família, Edward. –Carlisle disse.

—Edward, você se afastou de todos. –Esme disse. –Você não vêm nem na nossa casa mais.

Esme fez beicinho e eu quis muito dizer a ela que Edward andava apenas muito ocupado, mas sentia que eu não deveria me intrometer.

—Eu não acho que isso seja um assunto para ser tratado na frente da Bella. –Edward disse irritado.

E Carlisle lhe olhou feio.

Eu queria é não estar aqui.

—Você tem razão, Edward. Desculpe Bella, estar repreendendo meu filho na sua frente, mas até adultos precisam de correção. –Esme me disse e eu simplesmente sorri concordando.

Vi as mãos de Edward fechadas em punho sobre seu colo.

—Bella, eu não posso deixar de te falar como eu fiquei encantada em saber que você era a Bella da Carolina do Norte, amiga de Edward.

Eu olhei para ela curiosa.

—Eu também fiquei feliz, Bella. –Carlisle disse. –Você foi uma das melhores pessoas que Edward conheceu.

—Edward nos contou depois que eu te reconheci no baile, eu sabia que conhecia você de algum lugar, mas não conseguia me lembrar de onde. –ela sorriu para mim. –Fico muito feliz que vocês se reencontraram. Edward falou muito sobre você naquela viagem.

—Obrigada, Esme. –eu sorri para ela. –Obrigada, Carlisle.

Ouvi Edward bufando atrás de nós, ele estava muito irritado e eu não fazia ideia do porquê. Eu coloquei minha mão sobre a dele, e ele pela primeira vez deixou ela ali.

—Imagino que seus pais não estão morando aqui? –Carlisle perguntou.

—Meu pai mora em Forks e minha mãe faleceu quatro meses após a viagem.

Ouvi Esme suspirar e senti a mão de Edward apertando de leve a minha.

—Eu sinto muito querida.

—Nós sentimos muito. –Carlisle disse.

Eu sorri para eles em agradecimento.

—Faz alguns anos e várias coisas mudaram desde estão. Eu morei por seis anos com meu pai, então decidi vir para Seattle.

—Isso e ótimo querida, você mora sozinha aqui? –Esme perguntou.

—Não, eu moro com Rosalie, namorada do sócio de Edward.

—E você Bella, está gostando do emprego? –Carlisle me perguntou.

—Sim, com toda certeza, é um emprego bom.

Vi quando Carlisle trocou um olhar com Edward, um olhar enigmático, Edward suspirou incomodado e voltou a beber seu drink.  

—Você sabia que era Edward o dono do escritório? –Esme perguntou. Eu não via nada além de curiosidade em seus olhos.

—Não, eu estava há duas semanas em Seattle procurando vários lugares para trabalhar, então Emmett me disse da vaga, eu nem imaginava que iria encontrar Edward.

—O destino sempre dá um jeito de unir as pessoas. –ela disse piscando para mim.

A mulher de uniforme entrou de novo na sala e dessa vez chamou Esme.

—Bella querida, com licença, preciso ver como estão os preparativos.

—Sim, não se incomode comigo. –eu disse meio envergonhada.

—Como anda o caso dos Parkers, Edward? –Carlisle perguntou.

—Um caso difícil e trabalhoso, mas estamos indo bem, as peças antigas são de fato da família e estamos quase lá para comprovar que elas foram roubadas na 2ª Guerra Mundial.

—Isso é bom, será um avanço para você.

—Já o caso dos Willians é mais complicado, o outro lado está vindo com todas as forças para comprovar que foi erro do meu cliente, mas estamos reunindo todas as provas, a indenização será muito alta, por isso estão com medo de perder.

—Mas, Emmett reuniu as provas necessárias, não?

—Sim, estamos com tudo armado. Temos a carta na manga.

Enquanto eles conversavam sobre casos e mais casos eu me levantei e fui até uma porta que ficava na parede ao fundo da sala. A cortina estava aberta, mas a porta fechada, era de vidro e ela me revelava um quintal extremamente grande com uma grama muito verde e eu até pude ver uma piscina imensa. Eu imaginei os Cullen ali de final de semana curtindo a familia, de repente eu surgi na visão, estava sentada ao lado de Esme e Alice, quando Edward saia da piscina e vinha em direção a mim, me beijando.

Olhei de relance para Edward que ainda estava sentado no sofá com seu pai e suspirei. Ultimamente eu andava tendo uns pensamentos um tanto esquisitos, mas eram muito bons, eles me faziam ter uma perspectiva de futuro ao lado de alguém. E aquele alguém era o homem mais lindo que eu já havia visto. O amor fazia isso, Rosalie dissera.

Eu andei mais um pouco até próximo ao piano, toquei de leve sua madeira.

Rosalie não me perguntou exatamente o que estava acontecendo, pois até ela ficou confusa. Eu não sabia qual status dar para nosso relacionamento, depois da nossa conversa no sábado. Eu sabia apenas que as coisas vinham mudando desde então e eu não queria apressar nada. Edward precisava de um tempo e eu daria a ele. Mas, só de ter dito sobre meus sentimentos com ele eu sentia que nada mais estava entre a gente.

Assuntei com uma mão que tocou de leve minha cintura.

—Nossos assuntos se tornaram entediantes para você.

Me virei para olhar o rosto de Edward.

—Não, eu só achei que deveria deixar vocês conversarem a sós. –ele assentiu. –Seus pais possuem uma piscina gigante aqui. –Edward riu.

—Sim, funciona bem nos dias de sol e bifes na grelha.

—Bom... e esse piano, alguém tem o dom?

—Sim, ele é meu.

—Você toca? –eu não escondi a surpresa. Ele sorriu.

Edward passou por mim e se sentou no pequeno banquinho atrás do piano. Ele levantou a peça que tampava as teclas, Edward olhava para suas próprias mãos, quando elas começaram a se mover pelas teclas brancas e pretas. As primeiras notas e acordes surgiram, acompanhada de uma melodia e a música se formava preenchendo aquela sala grande que agora estava vazia, a não ser por nós dois. Eu reconheci de imediato a música clássica, era Clair de Lune de Debussy, e era uma música que eu amava, ela me fazia lembrar de Renee.

Edward a tocava fielmente, a música transmitia paz, e parecia que ela estava narrando um clarão, que ia e vinha, algo muito próximo de mim e muito distante, segundos depois. Edward não tentou me impressionar, ele levantou os olhos para mim, e eu vi ali um amor pelo que ele estava fazendo, vi como ele tocava com dedicação e me parecia que era seu melhor. A música foi se findando e quando ele deu a última nota, eu não consegui fazer nada além de bater palmas.

Edward sorriu olhando para mim. Ele se levantou e eu o abracei.

—Isso foi lindo Edward. –eu disse só para ele. –Acho que ninguém fez nada tão bonito para mim quanto isso.

Edward olhou no fundo dos meus olhos, e secou uma lagrima que tinha escorrido em meu rosto. Ele sorriu com o mais lindo dos sorrisos.

 Eu o amava muito.

—Você chora muito. –ele disse me fazendo rir.

—Não tenho culpa se me emociono fácil. Onde aprendeu tocar?

—Eu tinha aulas particulares e parei com as aulas quando fui para faculdade. Eu tocava sempre, hoje não toco tanto porque o piano fica aqui.

—Você toca muito bem, parabéns. –eu sorri para ele.

—Vem dar uma volta comigo. –ele pediu.

Edward abriu a porta da sala e nós saímos para o ar livre. O quintal estava iluminado por postes de luzes e era imenso. Como eu estava de salto, nós nos contentamos em só andar onde havia piso firme e não grama.

Ele me levou pelo um caminho com escadas que dava acesso a piscina. A piscina estava refletida e eu pude ver que várias luzes estavam ligadas por dentro dela, em volta havia alguns guarda sol montados, alguns sofás, cadeiras esticadas para deitar e havia uma cascata na ponta principal.

—Uau, é muito mais lindo de perto. –eu disse sorrindo, mas logo murchei quando percebi a expressão tensa de Edward. –Ei, o que foi?

Eu disse enquanto passei a mão pelo seu rosto lindo. Edward formou pequenos vincos na testa, eu passei o dedo suavemente neles para os desfazer.

—Edward, fale comigo.

—Não queria que você tivesse presenciado aquele drama familiar.

—Não foi nada, sua mãe sente sua falta aqui, Edward, por isso ela disse aquilo.

—Mas, eles sempre convidam aquela parte da família para vir aqui também e eles não me agradam em nada.

—Eu duvido que sua família venha aqui todos os dias.

—Você também está contra mim? –ele disse chateado.

—Não. –eu coloquei minhas duas mãos sobre seu braço. –Escute, não estou contra você e nem sua família está. O que eu estou querendo dizer é, para você vir aqui não precisa ser somente em grandes jantares, você pode passar aqui mais vezes depois do trabalho por exemplo, e também chamar seus pais para ir até sua casa. Tudo o que eu vejo é uma mãe sentindo falta do filho.

Edward suspirou.

—Edward olhe, as vezes você precisa enxergar o outro lado também.

—Eles não sabem o motivo porque eu odeio algumas pessoas daquela parte da família ou porque me afastei.

—E por que você odeia?

Edward olhou no fundo dos meus olhos, ele parecia confiar em mim.

—Quando eu era criança meus primos zombavam de mim, dizendo que eu não tinha pais, que era um órfão, que eu ia morrer e ninguém nunca ia me amar. Eles provavelmente não se lembram dessa merda, mas eu lembro.

Meu coração se apertou, minha garganta se fechou e eu tive que respirar algumas vezes antes de voltar a falar. Edward era traumatizado, só de pensar em um menininho sendo tratado dessa forma ouvindo coisas tão horríveis me causava náuseas.  

Edward olhava dentro dos meus olhos e eu simplesmente cheguei mais perto dele, jogando meus braços sobre seus ombros e o abraçando o mais forte que eu podia, como se meu abraço pudesse consertar seu coração.

—Ah Edward... eu sinto muito. Uma coisa quero que você saiba, você é muito amado, por todos. Por favor, não deixe essas coisas te afetarem, você não precisa disso, você é muito mais que isso.

Edward segurou meu rosto entre suas mãos e me beijou demoradamente, enquanto segurava minha cintura. Depois ele me abraçou novamente.

—Não consigo entender porque você é tão boa comigo.

—Deve ser porque você é lindo e rico.

Ele me afastou rindo.

—É sério? Tudo isso somente por interesse?

Eu ri.

—Você sabe que eu te amo.

Ele me encarou com aqueles olhos verdes lindos que mais pareciam duas pedras preciosas e sorriu tímido.

Edward se aproximou de mim, e me puxou pela cintura para me beijar. Edward não falava sobre seus sentimentos, mas ele demonstrava pelo seus beijos, toques e principalmente pelos seus olhos.

—Minha Bella.

 Nos ficamos um tempo abraçados e depois ele achou melhor voltarmos para cima. Assim que passamos pela porta eu parei imediatamente.

—BELLA!!! –ouvi grito vindo da porta. Quando me virei para olhar era Alice.

Ela atravessou a sala e correu para me abraçar.

—Ah que bom que veio, eu estou tão feliz.

—Oi, Alice, eu estou feliz também. –disse só para ela.

Alice se afastou de mim sorrindo e foi falar com o irmão. Ela estava linda, vestia um vestido vermelho, marcando sua cintura pequena e rodado da cintura para baixo. Mais parecida com uma fada de tão encantadora.

—Oi, Bella. –Jasper que estava ali também me cumprimentou.

—Oi, Jasper.

Os dois estavam muito formais para um jantar comum, achei um pouco estranho.

Assim que eles passaram pela abertura que levava em algum lugar, Edward pegou a minha mão e me conduziu também.

Nós entramos em uma sala de jantar, muito linda, era decorada com branco e dourado, a mesa era enorme e as cadeiras me pareciam bem confortáveis. A sala era rodeada por alguns espelhos e no meio um lustre. A mesa estava posta para nós.

Alice apareceu segundos depois com Esme e Carlisle.

—Estou tão feliz! –Alice disse e bateu palminhas.

—Uma ocasião especial para tudo isso, querida? –Carlisle disse.

—Logo vocês vão descobrir. Antes nós vamos jantar.

Carlisle se sentou na beira da mesa como o verdadeiro anfitrião, Esme ao seu lado esquerdo, Edward ao seu lado direito e eu ao lado de Edward de frente para Alice e Jasper ao seu lado.

O jantar começou a ser servido. A comida era sofisticada servida com acompanhamento de vinho e depois sobremesa. Os Cullen conversaram um pouco durante o jantar, mas percebi que eles preferiam o silêncio. Eu me sentia estranhamente confortável com eles, eles não ficavam olhando para mim toda hora e nem perguntando se estava tudo bem. Muito menos conversavam sobre coisas que eu não sabia do que se tratava. Eles me deixaram a vontade.

Depois do jantar, Alice se levantou e disse:

—Claire, traga as champanhes por favor! –disse saltitante.

Alice puxou Jasper para seu lado ficando de braços dados com ele. Jasper parecia que tinha sido eletrocutado, tinha os olhos arregalados e ficava engolindo em seco. Olhei para Edward que deu de ombros para mim. A mulher de uniforme entrou de novo na sala, dessa vez com uma bandeja com taças cheias de champanhe e nos serviu, cada um pegou uma taça e então esperamos. Jasper pigarreou. Todo mundo olhou para ele.

—Bom, agradecemos a presença de todos hoje.

—Obrigada Bella, por ter vindo, é especial para mim ter a namorada de Edward aqui. –Alice disse.

Ah merda. Senti todo o ar do meu pulmão sair.

—Eu não... –comecei a dizer mas Edward apertou meu joelho embaixo da mesa. Eu olhei para ele. Edward parecia relaxado e feliz. Esme sorria como se sua vida resumisse nesse momento.

—Nós temos uma novidade.

Vi os olhos de Esme se arregalarem. E vi Carlisle colocando uma mão sobre a dela.

—Eu e Alice estamos juntos há algum tempo já, e ontem eu a pedi em casamento...

Foi a vez de Carlisle arregalar os olhos.

—E eu sou o homem mais feliz do mundo por ela ter aceitado.

Alice parecia que ia explodir de tanto sorrir, quando ele terminou de dizer ela soltou um gritinho histérico e pulou no pescoço dele o abraçando e beijando. Ele virou um pouco o rosto para voltar a falar com os pais, enquanto Alice ainda estava agarrada em seu pescoço.

—Mas, nos queremos anunciar a vocês e claro, pedir a benção de Esme e Carlisle. Como vocês sabem, vocês são a única família que tenho.

Vi quando eles trocaram olhares e sorriram.

—É claro que nós damos a benção. –Carlisle disse. –Você já faz parte da família Jasper.

Esme se levantou e abraçou a filha, assim como Jasper, depois Carlisle também.

—Então vamos fazer o brinde. –Carlisle anunciou.

Nós nos levantamos e juntamos a taça no ar.

Edward deu a volta na mesa para abraçar os novos e eu o acompanhei.

—Alice, eu mal posso acreditar eu estou tão feliz por vocês. –disse aos dois depois de ter dado um abraço neles.

—Obrigada por estar aqui, Bella.

Eu a puxei um pouco afastada dos outros.

—Certo, mas você pode me dizer por que insistiu tanto para que eu viesse e por que disse que eu sou a namorada de Edward?

—Porque você é a minha amiga que mora mais perto de mim e é a namorada de Edward.

—O que? Nós não estamos juntos.

Alice riu.

—Bella, por favor.

—Alice, estou falando sério, nós não estamos namorando.

Ela olhou me repreendendo e bufando.

—Você quer dizer que é apenas uma amiga? Oras, Bella, por favor. E tem mais uma coisa...Eu não ia dizer agora, mas quero que você seja minha madrinha junto com Edward.

Eu fiquei encarando-a. Como se ela tivesse duas cabeças.

—E então, Bella? –ela disse impaciente.

Eu não poderia recusar, gostava demais de Alice.

—Edward? Vem aqui. –eu ouvi ela o chamando. E vi quando ele se aproximou. –Quero que você e a Bella sejam meus padrinhos de casamento.

—Uau. Por mim tudo bem. –ele aceitou de prontidão. Edward me encarou também, agora eram dois pares de olhos verdes implorando por uma resposta.

—Bella?

—Sim, eu aceito também.

Ela pulou em cima de nós, nos abraçando ao mesmo tempo.

Depois de toda a comemoração, Alice nos mostrou seu anel e começou a contar sobre todos os preparativos para a festa e a data. O casamento seria dali a dois meses. Enquanto isso, Carlisle chamou Edward para conversar a sós. Eu queria ter tido uma sensação diferente da que eu tive.

—Então, nós estamos pensando em algo pequeno, umas 300 pessoas.

—Isso é pequeno? –eu disse assustada e Esme riu.

—Bom, a primeira lista tinha 600 pessoas.

—Caramba Alice.

—E como um dia já havia falado com a mamãe, pretendo fazer a festa aqui.

Esme sorriu carinhosamente.

—Com certeza, filha.

—Vai ser lindo, Alice. Eu tenho certeza.

—Eu já havia pensado no vestido, amanhã mesmo irei mandar fazer. Ah, Bella gostaria que você fosse comigo e minha mãe, claro, na primeira prova.

—Claro, Alice.

—E claro vamos escolher um vestido para vocês.

No final, eu estava empolgada e ansiosa para ajudar Alice.

..

Edward decidiu ir embora assim que ele voltou da sua conversa com Carlisle. Eu não contestei, ele parecia um pouco tenso e zangado. Ele beijou sua irmã e mãe e se despediu de Jasper, e nós partimos. Edward deu a mão para mim, e a cada passada dele eram duas minhas, considerando o salto.

—Edward você quer ir mais devagar, por favor?

Ele pareceu pela primeira vez notar que quase corria.

—Desculpe, Bella.

—Você está bem? –eu disse enquanto voltamos a caminhar para o carro.

—Um pouco assustado com a ideia da minha irmã se casar.

—Jasper é ótimo, eles vão ser muito felizes. –ele assentiu. –Você parece não estar incomodado com Alice dizer que sou sua namorada.

—Bem, não estou. Eu deveria? –ele me olhou com os olhos duros.

—Não sei. –disse receosa.

—Você está?

—Eu pensei que você ficaria.

—É isso que casais fazem não é? –ele perguntou irritado.

—Por que você está falando assim? Você sabe que eu não estou cobrando nada de você, as pessoas estão dizendo isso.

—Sempre são as pessoas, Bella. Elas se intrometem muito aonde não são convidadas. –Edward disse sarcástico.

Assim que chegamos perto do carro ele abriu a porta do carona para eu entrar e deu a volta para se sentar.

—Eu não quero forçar nada Edward, não quero tornar isso difícil para você. Se quiser eu digo a Alice para chamar outra pessoa para ser a madrinha. Eu sei que você me ofereceu somente amizade e isso passa um pouco, eu não quero que se sinta pressionado. –eu disse olhando para a frente, a escuridão.

Ouvi Edward suspirar, então sua voz saiu baixa, mas já não era carregada de raiva.

—Você não está forçando nada. É claro que as pessoas achariam que somos namorados, eu nunca apresentei nenhuma mulher para a família, nem sai com ela ou levei ela comigo para os lugares. Você é a primeira. –Edward segurou a minha mão e quando voltou a falar sua voz era menos que um sussurro. -Acho que o conceito de sermos só amigos foi quebrado na nossa primeira noite.

—O que você quer dizer?

Eu olhei para seu rosto, pouco iluminado, mas era possível observar seus olhos. Da onde eu estava era possível ver que eles haviam se tornado verdes claros, como se quisessem revelar alguma coisa com aquela transparência.

—Quero dizer que está claro para todos e para mim, que não somos apenas amigos. Só isso.

Não era só isso, estava bem claro em seus próprios olhos que ele tinha algo mais a dizer. Mas, eu preferi deixar ele em sua própria bolha, estava claro que ele estava incomodado com alguma coisa e força-lo iria deixar ele pior.

Percebi o quanto ele estava tenso. Coloquei a mão em sua perna e ele me olhou.

—Vamos embora. –eu disse baixo.  

—Eu ficaria feliz se você passasse a noite comigo. –ele pediu mas soou como se ele estivesse implorando.

—Tudo bem, eu só preciso de outras roupas, podemos passar em casa antes?

—Não se preocupe, Alice deixou várias trocas de roupas para você essa semana.

—Sério?

—Acredite se quiser.

.

Edward colocou uma música tranquila enquanto viajávamos pelo trafego de Seattle, ele cantava baixinho junto com a cantora.

—Você canta bem. –eu disse.

—Só nas horas vagas. –ele sorriu torto.

Continuei ouvindo aquela junção maravilhosa de vozes e eu sabia que poderia me perder fácil naquela voz.

Edward parou seu carro no mesmo local de costume, e então nos descemos e caminhamos até o elevador. Quando as portas fecharam eu senti o ar pesando sobre nós. Aquela sintonia, energia e atração estava ali, tão forte que eu conseguia apalpa-la. Eu não tive muito tempo para pensar porque no segundo seguinte a boca de Edward estava na minha e a sua mão prendeu meu cabelo entre os dedos, a outra me puxou pela cintura me deixando tão próxima do seu corpo que eu fiquei zonza, e só no segundo seguinte eu correspondi ao seu beijo.

Edward pegou minha perna e colocou em sua cintura, a saia do meu vestido subiu revelando minha pele, ele subiu sua mão desde minha panturrilha, coxa, até minha cintura, novamente. A outra mão ele mantinha agarrada em meu cabelo, não deixando minha cabeça sair do lugar.

As portas do elevador se abriram e nós estávamos dentro do seu apartamento. Ele nem se deu o trabalho de ascender as luzes. Percebi quando sua mão estava em baixo dos meus joelhos, me puxando para seu colo. Nós não quebramos nenhuma vez o contato do beijo e eu percebi quando ele subiu as escadas.

Edward empurrou uma porta já no segundo andar, e me colocou em pé, ascendendo a luz. Nos dois estávamos ofegantes. Devagar comecei a desabotoar a camisa de Edward, e deixei cair em seu pé. Ele fez o mesmo com meu vestido. Eu abri o botão de sua calça e agora estávamos apenas de roupa intima. Eu só vestia uma calcinha mínima de renda branca. Edward me levou delicadamente para a cama, onde se encaixou perfeitamente no meio das minhas pernas.

Ele me tomou um beijo profundo, eu percebi naquele instante que havia sentido mais falta dele do que imaginava, nosso último contato havia sido na segunda feira.

Os lábios de Edward desceram para meu pescoço e logo estavam em meus seios. Ele provocava deliciosamente meus dois mamilos, hora com boca, hora com dedos, beliscando, chupando, esfregando... Então senti seus dedos atingirem minha carne úmida, eu gemi quando ele me penetrou com dois dedos.

—Olha para mim. –ele ordenou e eu abri os olhos. O verde dos olhos de Edward estava escuros demais. –Você é minha.

Ele atingiu meu clitóris com o polegar, eu estava ofegante só com o toque dos seus dedos.

—Eu sou sua.

Senti minha calcinha sendo rasgada e eu nem havia percebido quando Edward havia tirado sua boxer, mas ele já estava nu também, vi quando ele se vestiu com o preservativo. Eu pude ver o quanto ele estava excitado, duro e inchado, e aquilo só me fez querer ele o mais rápido possível. Eu quase gritei para ele me tomar.

—Edward, vamos logo com isso. –eu gemi.

Edward tomou minha boca num beijo selvagem e então me penetrou duro de uma vez só, nós dois gememos juntos. Ele saiu e meteu novamente, e fazia isso repetidas vezes, meu corpo saia do colchão devido a sua força, Edward chupava meu pescoço, seios e depois voltava para boca, enquanto eu cravava minha unha em sua costa.
Me senti fora de órbita, com a visão brilhando quando ele atingiu aquele ponto e eu sabia que era um ponto onde ninguém havia conseguido encontrar, eu gritei fora do normal, Edward deu mais duas estocadas no mesmo lugar e eu havia gozado. Mas ele não, então respirei fundo, encontrei minhas forças e girei meu corpo ficando em cima dele e o montando. Eu subi e desci em sua ereção repentinas vezes enquanto sentia seu olhar queimar em meu corpo. Senti suas mãos em meu traseiro apertando-o, de repente um estalo ecoou e eu senti uma pequena ardência no local. Seria um crime eu dizer que aquilo me excitou mais, porque quase me levou ao orgasmo instantâneo.  Eu espalmei seu peito, eu me apoiei nele, enquanto rebolava em sua ereção, subindo e descendo, Edward me deu mais dois tapas no traseiro, eu quis dizer para ele parar senão, eu não iria conseguir terminar com aquilo, mas era tão bom que minha fala havia sumido. Edward parecia estar gostando do show que eu estava lhe dando, e parecia tentar se segurar ao máximo para não gozar, ele gemia, rugia, falava coisas sem nexo.

Edward se levantou e se recostou na cabeceira da cama ficando de frente para mim. Eu subi minhas mãos para seus braços, e o agarrei perto do ombro, me equilibrei e continuei meus movimentos... Edward não olhava para mim, ele olhava para seu pau entrando e saindo de mim, eu só podia ouvir seus gemidos o que meu deu mais satisfação. Eu gemia tanto também e ele parecia gostar dos meus sons. Ele ergueu sua cabeça novamente, eu encostei minha cabeça na sua deixando sua boca no meu ouvido, quando eu aumentei os movimentos, ele levantava o quadril sempre que eu ia de encontro a sua pélvis, nos chocávamos com força. Edward gozou rugindo como um leão o meu nome, e eu estava perto também, ele me ajudou e mais duas estocadas eu gozei, desmontando sobre seu corpo.

Eu deixei minha cabeça cair sobre seu ombro, e senti seus braços abraçando forte meu corpo. Ele fazia caricias por toda minha costa, cabelos, braços e pernas.

—Você tem sido o meu salva vidas. Estar com você, tem sido a melhor coisa.

Eu beijei seu peito e continuei ali só absorvendo aquele contato e suas palavras.

Edward me colocou na cama e se levantou para jogar o preservativo fora.

—Eu odeio essa porra. –ele disse já apagando as luzes e se deitando ao meu lado. Apenas as luzes do abajur acesas.

—Eu tomo anticoncepcional, Edward.

—Serio? –ele disse visivelmente animado.

Edward me puxou para o seu peito e me abraçou passando uma de suas pernas sobre as minhas.

—Sim, sempre me cuidei.

—Eu também sempre me cuidei, estou limpo.

—Isso quer dizer que...

—Vamos eliminar essa porra de látex.

Ele disse me beijando em seguida.

—Você quer conversar agora?

—Não quero estragar nossa noite com isso, podemos amanhã?

—Tudo bem. –eu esperei por um momento. –Edward?

—Hum...-ele disse contra meu cabelo.

—Você é muito importante para mim.

Ele suspirou.

—Eu não quero que você se afaste de mim.

—Por que está dizendo isso?

—Não sei, só um pressentimento.

E era verdade, a conversa dele com Carlisle não me deixou nada a vontade.

—Bella, eu nunca quis uma mulher tanto quanto você, e eu realmente quero tudo de você. Seus conselhos, a calma e tranquilidade com que você leva as coisas, quero seu carinho, eu me sinto especial com você, como se só eu existisse no seu mundo.

—Só existe você.  -disse contra seu peito. Ouvi Edward suspirando, e senti seus braços se apertando ao meu redor.

—Durma agora, linda. Amanhã temos muito trabalho e o aniversário de Emmett.

Ele beijou o alto da minha cabeça e eu me acomodei mais contra seu peito e adormeci.


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Notas finais do capítulo

Bom, voces devem estar pensando porque Alice resolveu se casar... a historia nao era sobre Bella e Edward? Sim, a nossa historia é Beward, mas eu quis introduzir algumas coisas sobre outros personagens e Alice é uma das minhas favoritas da saga, por isso quis dar um destaque a ela. Adianto que o casamento irá acontecer e será num momento muito delicado da historia, porém mais para o final.

Agora quero agradecer a todas que comentaram o cap anterior, ele só teve feedbacks positivos e isso me deixa extremamente feliz.
Agradeço a voces que estao sempre me dizendo sobre os erros na fic, é dificil ficar revisando capitulo e as vezes os erros acontecem, por isso quero pedir desculpas.
Agradeço as novas leitoras que apareceram nos comentários e quero dizer que senti falta de algumas, não me abandonem por favor, estamos construindo a fic juntas.
Obrigada a todos os elogios que tenho recebido, vocês são demais!
Queria propor um desafio a voces, se a fic passar dos 120 comentarios e pelo menos 5 recomendações postarei um bonus e vocês poderão escolher sobre o que... um pov edward, uma cena extra... e ai topam? Nós podemos fazer votação!
Estou super empolgada para continuar a postando, mas estou mudando algumas coisas e escrevendo novos capitulos entao pode ser que demore alguns dias, mas eu nao abandonarei jamais.
Um grande beijo a todas!