Se passou um mês desde que Hina descobriu a verdade sobre seu passado. Essa revelação causou uma mudança muito grande, não somente nela como também no relacionamento entre ela e o príncipe.

A partir daquele dia tudo era motivo de brigas entre eles e cada vez mais eles se distanciavam.

Hina já não treinava mais com Naygara.

Naygara também não fazia mais questão, só se preocupava em se fortalecer para poder acabar com a pessoa que mais odiava. A pessoa que ele nunca se quer revelou o nome pra ninguém nem mesmo para Hina.

Estava uma manha linda Hina acordou e como sempre foi arrumar a casa quando ele entrou no quarto de Naygara teve uma grande surpresa. Tudo estava arrumado, parecia que ele não havia passado a noite lá. As únicas coisas que não estava eram seu arco e sua espada o resto estava intacto.

Hina ficou muito preocupada e resolveu verificar.

“Akiba cadê o Nay?”

“Hina ele foi embora!”

“Que? Como você o deixou ir embora assim?”

“Eu não pude fazer nada”

“Como não? Pra onde ele foi?”

“Não sei. Ontem eu vi ele arrumando a espada e o arco e perguntei pra onde ele ia. Ele só agradeceu por nós termos o salvo e disse que tinha que partir. Eu perguntei se ele não iria se despedir de você, ele apenas disse que não por que se ele fizesse isso você iria querer ir com ele, por causa daquela historia de guardiã”

“Como ele pode fazer isso?” – Ela disse muito brava, subindo para seu quarto.

Depois de algum tempo Hina saiu de casa deixando um bilhete para Akiba.

“Desculpa irmãozinho? Eu tentei, mas acho que devo seguir meu coração. Eu sei que o Nay vai precisar de mim. Pode ser impossível, mas eu sei que o encontrarei, pode demorar o tempo que for. Não se preocupe comigo. Eu te mandarei noticias. Se cuida

Hina”

“Eu não acredito! Ela foi atrás dele, mas o que essa menina tem na cabeça?” – Akiba disse preocupado.

Ele procurou a por todo vilarejo, mas não a encontrou, já devia estar muito longe seria impossível achá-la nessas alturas.

Hina saiu sem rumo. Ela não fazia a mínima idéia de onde começar a procurar por Naygara, mas tentaria.

Estava escurecendo quando Hina entrou em uma floresta. Ela começou a andar e sentiu sendo perseguida. Ela correu o quando podia, depois de um tempo ela parou perto de uma arvore enorme não ouvindo mais os passos do seu perseguidor.

“Quem tá ai? Aparece eu não tenho medo de você”

“Garota corajosa!” – uma sombra apareceu e começou a rir.

“Deixa ela em paz Rylu” – uma outra sombra apareceu.

Hina ficou apenas observando as duas sombras vindo na sua direção.

“Uma mocinha tão linda como você não deveria perambular na floresta da morte a noite” – uma das sombras disse se aproximando.

Hina continuou parada observando-os.

De repente a luz da lua iluminou-os. Hina ficou muito impressionada, eles não eram pessoas comuns. Pareciam um tipo de monstro. O mais alto tinha uma orelha pontuda olhos vermelhos e um par de chifres saindo da testa. A outra criatura parecia uma mulher. Com um rabo e orelhas de raposa. Dentes enormes e olhos dourados com apenas um risco preto.

A criatura parecida com uma raposa emburrou a outra e chegou perto dela. Observou o colar que estava em seu pescoço se virando para o outro.

“É ela!”

“Não acredito que uma criatura tão frágil pode ser...” – Ele parou de falar quando o outro se aproximou mais ainda.

“Estávamos te esperando!”

Hina não estava entendendo nada.

“Quem são vocês? ou melhor, o que são vocês?”

O monstro de chifres riu.

“Ela não sabe quem somos”

“Eu sou Kathua e ele é Rylu. Viemos pra te ajudar”

“Ajudar?”

“Sim fadinha! Nós somos do mundo mágico” – Rylu dizia ainda não acreditando que ela era realmente uma fada.

“Mundo mágico, mas me disseram...”

“Não se preocupe nós somos amigos. Como o portal entre os dois mundos esta prestes a abrir muitas criaturas do mundo mágico e do mundo das trevas se deslocaram pra cá, como as fadas não podem vir elas nó mandaram pra te proteger e ajudar no que for preciso”

“E por que eu confiaria em vocês?”

“A fadinha nunca viu um de nós?” – Rylo riu.

Hina fez um sinal negativo com a cabeça.

“Nós estamos por toda parte, mas somente à noite, que podemos voltar a nossa forma e ganhar nossos poderes de volta. Essa foi à maldição da família real”

“Hina não se assuste, nós na verdade somos criaturas das trevas, por isso somos assim, mas nós nos regeneramos e por confiarem em nós às fadas nos mandaram aqui”

“Você acha que não estaria morta numa hora dessas se nós não fossemos amigos?” – Rylu sorriu estendendo a mão.

Hina segurou na mão dele e eles a levaram para uma pequena casa em uma colina mais no final da floresta.

“...Quando você finalmente conseguir o colar você também poderá ter seus poderes”

Hina ouvia tudo muito atenta.

Assim que chegaram eles comeram alguma coisa.

“Você esta procurando o príncipe não é?” – Kathua pareceu bem interessada.

“É, ele foi embora sem me dizer pra onde”

“Mas você não é a guardiã dele?” – Rylo disse meio sarcástico.

“Ele não acredita em mim”

“Uhm! muito chato isso. Mais o melhor a fazer agora é descansar e pela manha a gente continua procurando-o, a gente vai te ajudar”

Depois de conversarem mais um pouco Hina acabou dormindo.

“Eu te disse, ela é muito ingênua, não desconfiou de nada” – Kathua riu alto, já fora do quarto onde Hina dormia - “E vê se você para com esse cinismo assim ela vai desconfiar”

“Desculpa. Eu sei que precisamos dela até achar o príncipe”

“Mas por em quando ela não pode desconfiar! Como o nosso chefe disse, ela não sabe de nada sobre os outros mundos paralelos a esse, ela descobriu a pouco tempo que é uma fada nojenta. Mas não podemos brincar muito com isso porque mesmo sem o colar ela pode ser muito perigosa...”

“Ela não pode descobrir que mesmo sem o colar tem poderes ilimitados”

“Não mesmo! Então segure sua boa seu imprestável” – Ela o olhou com desaprovação no olhar.

“Você que manta, mas assim que acharmos o príncipe a fadinha é minha” – Rindo como um maníaco.