Discretamente, Sandra saiu do apartamento dos pais, foi para seu apartamento e de lá, telefonou para a antiga casa. Otávio ainda estava na sala e atendeu:

—Alô!

—Alô, Otávio! Sou eu, Sandra. É com você mesmo que eu quero falar.

—O que houve, Sandra?

—Você poderia passar aqui no meu apartamento hoje á noite? Eu preciso conversar com você a sós. O Rafael foi fazer um vôo internacional e só vai voltar amanhã. A gente vai ter tempo suficiente.

—Mas conversar sobre o quê? - Otávio não entendia aquele convite repentino da irmã.

—É um assunto delicado que não dá pra falar por telefone. Quando você chegar aqui, você vai saber.

—Tudo bem. Ás seis, eu tô aí.

—Então tá. Vou estar te esperando. Tchau.

                                       ...

Á noite, Sandra estava esperando o irmão caçula. O que ela faria podia ser considerado um pecado mortal, ela sabia disso, apesar de Otávio não ser seu irmão de sangue. Mas ela sabia também que a primeira experiência sexual de um menino daquela idade tinha que ser com uma mulher em quem ele confiasse e com quem ele se sentisse seguro. "E se essa mulher que vai deixar meu irmão seguro pra ter sua primeira vez for eu, então que seja assim", pensava a enfermeira. "Comigo, ele vai estar seguro"

A campainha tocou. Sandra foi atender e era Otávio.

—Oi, Sandra.

—Que bom que resolveu aparecer, Otávio. Eu estava na dúvida se você ia vir. - disse Sandra, fazendo sinal pra ele entrar e ficar á vontade.

Otávio entrou e se sentou no sofá. Sandra estava fazendo pipoca na cozinha e ofereceu ao irmão, que aceitou. Os dois irmãos se divertiram assistindo TV durante algumas horas e falaram sobre vários assuntos. Até que Sandra resolveu ir direto ao ponto:

—Otávio, eu te chamei aqui porque eu ouvi sua discussão com o meu pai hoje de manhã. Eu ia entrar e acabei ouvindo escondida. Ele tá te pressionando a perder a virgindade, não é?

Otávio ficou branco. Ele não esperava que o assunto da conversa fosse aquele. Meio sem jeito, ele fez que sim com a cabeça.

—Ele quer te levar a um prostíbulo qualquer pra você transar com qualquer uma. E eu sei que não é isso o que você quer. Você quer que sua primeira vez seja especial, com alguém que você confie e se sinta seguro, não é. E se depender de mim, nosso pai não vai te obrigar a perder a virgindade com uma prostitutazinha qualquer.

—Mas, Sandra, ele é responsável por mim. -respondeu Otávio - Se ele me obrigar, não há nada que você possa fazer!

—Eu também pensei nisso. - disse Sandra. - E foi por isso que eu te chamei aqui. Eu tomei uma decisão. Você já tem a mulher perfeita pra iniciar sua vida sexual. E nessa mesma noite, agora!

Otávio ficou empolgado.

—Legal! E quem é ela?

Sandra respirou fundo e respondeu, aproximando seu rosto do dele:

—Sou eu!

E segurando de leve sua cabeça, beijou-o na boca. Um beijo carinhoso, porém longo, quente...

Continua.