Me Ensine Amor escrita por Stormy McKnight


Capítulo 3
Capítulo 3 - Beije e Diga


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?

Novo capítulo de Me Ensine Amor. Demorei para terminar esse capítulo e realmente ficou mais extenso que o anterior. Mas, finalmente a crusha da pp saiu.

Boa leitura!



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Centro Acadêmico Bowen 

 

No dia seguinte, eu abri meus olhos lentamente e me deparei com Mia usando uma toalha branca na cabeça como se fosse um turbante, e uma outra toalha enrolada no corpo indo dos seios até as pernas. Ela estava olhando para mim e com um sorriso nos lábios. 

 

"Bom dia, bela adormecida!", a mesma exclamou. 

 

Me levantei com um pouco de desânimo.  Meu cabelo estava todo desgrenhado. Eu havia dormido apenas com uma blusinha rosa bem claro, e um shorts da mesma cor. 

 

Saí da cama, dei uma ajeitada no meu pijama e uma penteada com a mão no meu cabelo. 

 

Voltei-me para Mia. 

 

"Bom dia!", eu a cumprimentei. 

 

"Bom dia! Dormiu bem?", a mesma inquiriu. 

 

"Sim. Foi super tranquilo.", balbuciei.  

 

Eu ainda estava com uma cara de Zumbi.  Com alguma maquiagem e eu poderia trabalhar em The Walking Dead... 

 

Nah!  

 

"Você está bem, Ava?", Mia quis saber? 

 

"Eu estou ótima. Só um pouco cansada...", repliquei. 

 

"Bem, tome um banho. Você irá se sentir 1000 vezes melhor", a mesma me aconselhou. 

 

"Está bem.  Eu vou indo lá para o banheiro.", me despedi de Mia. 

 

Eu fui me dirigindo ao banheiro, quando Mia me parou no meio do caminho. 

 

"Espera, Ava!", ela exclamou. 

 

Me voltei para ela. 

 

"O que foi?" 

 

Mia veio até mim e parou na minha frente.  Então ela ficou olhando fixamente para mim. 

 

"Tem alguma coisa no meu rosto?" 

 

"Não. É só que...", Mia se acanhou. 

 

Mia então se segurou. Pareceu tentar resistir à tentação de fazer algo que fosse se arrepender depois. Mordeu o lábio superior e continuou olhando fixamente para mim. 

 

"Mia, o que está tentando fazer?", tentei fazê-la revelar sua verdadeira intenção. 

 

Ela então bateu o pé lepidamente como se estivesse ansiosa para algo. Aquilo me assustou um pouco, pois eu não sabia o que ela realmente queria. 

 

"Desembucha, Mia!", exclamei. 

 

Mia fez uma pausa para respirar um pouco e soltou o ar pela boca, depois botou para fora o que ansiava para dizer. 

 

"Eu quero te beijar, Ava. Posso?", ela então me pediu permissão. 

 

Senti que Mia havia ficado um pouco descontável em revelar o fato, já que ela parecia estar com os nervos à flor da pele. 

 

"Bem...", comecei a analisar o pedido dela. 

 

"Posso?", ela insistiu ainda trêmula de medo. 

 

"Pode.", eu consenti. 

 

Eu confesso para vocês, eu de repente fiquei curiosa para saber como era beijar uma garota. 

 

"Sério?", Mia continuou a insistir. 

 

"Sim. Eu...eu quero que você me mostre como é o beijo de uma garota...", repliquei. 

 

"Tudo bem." 

 

Mia então reuniu suas forças para tentar deixar de lado todo o seu nervosismo e preocupação. Ela foi aproximando o rosto dela do meu, até nossos rostos colarem um no outro e os lábios dela tocarem os meus. 

 

Ela depositou um beijo carinhoso nos meus lábios. O contato pele com pele gerava um atrito prazeroso e bem-vindo na minha boca. 

 

Em seguida, a mesma se afastou por um tempo.  Eu fechei os meus olhos e comecei a sentir uma necessidade de retribuir aquele beijo.  Meu peito se inflamara. Meu coração palpitava intensamente, fazendo com que a tensão e as palpitações crescessem dentro de mim.  Eu comecei a sentir que já não tinha mais controle sobre o meu corpo. 

 

Abri meus olhos e me aproximei de Mia. Chegando perto dela, eu levei minhas mãos até perto das orelhas dela, segurando a cabeça da mesma e então comecei a beijá-la de volta. Mia retribuiu os meus beijos e então colocou as mãos na minha cintura enquanto continuava a me beijar. 

 

As mãos de Mia foram subindo para a minha costa e a mesma começou a esfregá-la perto da minha espinha dorsal.  

 

Logo, as esfregadas dela na minha costa culminaram em um abraço carregado de carinho.  Eu senti meus seios se atritarem com os dela enquanto nossas bocas capturavam os beijos. 

 

Instintivamente eu coloquei minhas mãos na cintura dela que estava envolta pela toalha. 

 

Mia começou a respirar ofegante e a emitir sons abafados pelos nossos beijos. 

 

"Mmmm....", a mesma grunhiu. 

 

Então interrompi o beijo e me afastei da mesma. Nós nos fitamos por um tempo, e depois eu desci os olhos até a toalha enrolada no corpo dela. 

 

Coloquei uma de minhas mãos entre a toalha e a pele dela, e puxei a toalha, desembrulhando minha querida vênus. 

 

A toalha caiu no chão e então eu a vislumbrei. Os seios de Mia me pareciam tentadores. Eles me intimidavam só de olhar.  

 

Depois desci os olhos para a pepeca dela. 

 

Me ajoelhei e então comecei a fazer oral nela. Passei minha língua de baixo para cima como um gato, arrancando espasmos de Mia, mas eu os ignorei e prossegui com o que estava fazendo. 

 

Voltei meus olhos para cima enquanto lambia a genital dela e a vi olhando de volta para mim. Aquele olhar dela... Era como uma mãe assistindo o filho recém-nascido mamando nas tetas dela. 

 

Fiquei um tempo lambendo a vulva dela. Quando me dei por satisfeita, me levantei e me afastei dela.  

 

Mia então se aproximou de mim e me ajudou a tirar a blusa de dormir, expondo o meu sutiã que estava por baixo, e a tirou. 

 

Em seguida, ela me ajudou tirando o sutiã, e assim que o soltou, descartou o mesmo.  Meus seios foram expostos para ela. 

 

Mia então foi aproximando o rosto dela de um dos meus seios e então começou a chupá-lo delicadamente e depois passou a língua ao redor do mamilo fazendo movimentos circulares. Deixando o molhadinho.  Eu olhei para ela e tentei resistir a provocação da língua dela, mas eu não conseguia.  Logo eu desafinei como uma corda de violino.  Meu peito ofegava enquanto a mesma me atiçava com sua língua. 

 

Eu senti mais uma vez o meu corpo se incendiar. Virei a cabeça para o lado enquanto ela continuava a chupar um de meus melões, e olhei para o relógio do quarto.  

 

O aparelho marcava exatamente 6:45 da manhã. As nossas aulas começavam pontualmente as 7:00. 

 

Eu não queria quebrar aquele clima que estava ótimo, mas eu precisava. 

 

"Mia", balbuciei. 

 

"Mmmm!", ela grunhiu. 

 

Eu passei uma das minhas mãos na cabeça dela fazendo um agrado.  E então eu a alertei. 

 

"Mia, são 6:45 da manhã. Logo nós teremos aula e eu não vou ter me aprontado." 

 

Mia então tirou a boca do meu seio, e se afastou.  E então ela ficou me olhando. 

 

"O que disse? Eu não ouvi.", Mia comentou. 

 

"Eu disse que são 6:45 da manhã!", repeti. 

 

"O QUÊ?!", Mia exclamou. "E porque você não me avisou?" 

 

"Bem, eu tentei. Mas, eu também não queria quebrar o clima.", explanei. 

 

Então eu esbocei uma cara de arrependida. Fiz até biquinho. 

 

"Awwn, Ava!  Está tudo bem.  Mas, é melhor você ir rápido para o banho e se vestir para não atrasar.", Mia retrucou. 

 

"Ok. Que dia é hoje?", perguntei. 

 

"Hoje é terça, eu acho. Você chegou ontem, na segunda, não é?", a mesma rebateu. 

 

É verdade. Eu nem me toquei de como o tempo havia passado. 

 

"É verdade. Eu esqueci...", fiquei arrependida. 

 

"Sem mais lamentações, Ava. Você tem que correr. Vai tomar logo esse banho e se trocar.", Mia falou como autoridade. 

 

"Sim, senhor! Digo, Senhora!", retruquei batendo continência. 

 

"Soldado, para o chuveiro, agora!", Mia demandou. 

 

Tirei rapidamente o meu short e fui correndo para o banheiro. Chegando lá, abri o registro e só molhei o corpo e passei o xampú. Fiz tudo bem rápido.   

 

[...] 

 

Saí do banho, me enxuguei na toalha e fui para o quarto.  Lá, eu peguei o vestido que eu tinha usado anteriormente, e o vesti, sem a roupa íntima dessa vez, porque eu não tinha tempo para vesti-la. 

 

"Mia, posso te pedir uma coisa?", falei para a minha amiga. 

 

Mia virou para mim. 

 

"O quê, Ava?", ela inquiriu. 

 

"Você tem um desodorante para me emprestar?", pedi. 

 

"Claro. Eu vou pegar nas minhas coisas.", Mia replicou. 

 

Mia então vasculhou as coisas dela que estavam espalhadas pelo dormitório e então pegou numa mala dela um desodorante Roll On e jogou para mim.  Peguei na hora. Abri, e passei. 

 

Depois de passado o desodorante, eu joguei para Mia. 

  

"Obrigada, Mia.", eu a agradeci. 

 

"De nada.", ela devolveu. 

 

E então foi guardá-lo. 

 

"Mia, você não vai se aprontar também?", questionei a mesma. 

 

"Eu vou.  Acho melhor você que está pronta ir na frente. Eu te encontro lá na sala de aula." 

 

"Ok." 

 

[...] 

 

Fui dar uma passada no armário para pegar o material, e acabei encontrando Stella que também parecia atrasada.  Ela vestia uma jaqueta preta, com uma blusa branca por baixo, uma echarpe rosa em volta do pescoço, calça jeans e botas pretas de cano curto. O cabelo da mesma estava presa com grampos de cabelo. 

 

"Oi, Stella!", acenei para ela. 

 

"Oi, Ava! Como você tá?", ela retrucou. 

 

"SUPER atrasada.", repliquei. 

 

"Eu também...", Stella fez uma pausa. 

 

Stella então olhou para mim. Ela já estava com o material na mão. 

 

"Não me diga que você e a Mia estavam...", a mesma deduziu. 

 

"Nos chupando? Sim.", respondi. 

 

"Eu também. A minha companheira de quarto estava com um fogo na pepeca...", Stella comentou. 

 

"É, eu sei como é..." 

 

Enfim, eu peguei meu material e fechei a porta do armário. 

 

Stella então acomodou o material dela em um dos braços ao lado do seio esquerdo, e me ofereceu a outra mão que estava livre para mim. 

 

"Vamos? Eu te levo para classe.", ela se ofereceu. 

 

"Vamos!", não pensei duas vezes antes de aceitar já que eu não tinha mais tempo. 

 

[...] 

 

Quando cheguei com Stella na sala de aula, o professor estava fechando a porta. Ele era um senhor baixinho, careca, usava óculos, tinha um bigode espesso, vestia uma camisa branca que estava toda marcada pela enorme barriga, uma calça marrom, e sapatos da mesma cor. 

 

Eu e Stella conversamos com ele. 

 

"Desculpa o atraso, professor.  Mas, é que...", Stella começou e parou. 

 

"É que nós esquecemos que dia era hoje. Nós estávamos dormindo...", tentei convencê-lo. 

 

"Quais são seus nomes?", ele quis saber. 

 

"Eu Sou Stella Di Mare", Stella replicou. 

 

"E eu sou Ava Garlant", repliquei. 

 

"Vocês estão atrasadas e sabem disso, não? A aula de geografia já começou. Eu não posso deixá-las entrar.", o professor rebateu. 

 

"Por favor! Nós sentimos muito. Você não pode abrir uma exceção?", falei para ele. 

 

"Por favor! Só dessa vez?", Stella suplicou. 

 

O professor ficou a refletir sobre o nosso caso e nós ficamos dando pulinhos, suplicando para ele abrir uma exceção. 

 

O ser era bem lerdo. Achei que iria levar uma eternidade para ele uma exceção. 

 

Logo eu comecei a ouvir passos no corredor e olhei ao redor para ver quem era.  Era Mia, vestindo uma camiseta com o rosto de um gatinho fofinho no peito, uma calça preta e uma sandália de couro bege com salto nos pés. 

 

Mia levantou as mãos para cima e acenou para mim. 

 

Ela então chegou correndo e se juntou a mim e a Stella. 

 

"Oi, garotas! Desculpa. Eu não conseguia me decidir quanto a roupa que ia usar.", Mia se desculpou. 

 

"Que ótimo! Outra aluna atrasada!", o professor balbuciou. 

 

"Desculpa, professor. A aula de hoje é de quê?", Mia inquiriu. 

 

"Geografia e vocês três estão atrasadas.!", ele frisou rispidamente. 

 

"E o senhor não pode abrir uma exceção só dessa vez?", Mia repetiu o que Stella havia dito. 

 

"Foi o que a outra aluna, a senhorita Stella Di Mare disse também.  E... não sei. Quem é você, a propósito?", o mesmo retrucou. 

 

"Meu nome é Mia Massett. Eu também estou nessa turma.", Mia o lembrou. 

 

Farto daquela situação, o professor acabou cedendo. 

 

"Tudo bem, vocês podem entrar. Mas sugiro que depois vocês procurem a diretora antes de irem para a próxima aula. A minha aula já está para acabar.", o mesmo suspirou. 

 

"Obrigada, professor.", eu agradeci em nome das minhas amigas. 

 

Então, nós entramos e o professor continuou a aula até o sinal bater. Ficamos prestando atenção no professor. 

 

[...] 

 

Quando o sinal finalmente bateu, os alunos foram se retirando da sala e a mesma foi se esvaziando até que restaram apenas nós três e o professor que ficara arrumando suas coisas. 

 

Então o mesmo nos chamou e nós três nos levantamos de nossas carteiras. 

 

"Ava, Mia e Stella...venham aqui, por favor." 

 

Nós fomos até ele. 

 

"Sim, professor?", nós três dissemos em uníssono. 

 

"Bem, eu vou fazer uma coisa, mas não quero que contem para ninguém. Está bem?" 

 

Nós assentimos com a cabeça. 

 

Então ele abriu uma última vez o seu livro de chamadas e fez uma anotação nele que nós não sabíamos o que era. 

 

Quando terminou de escrever, ele mostrou o livro aberto na página que tinha escrito a anotação. 

 

"Eu marquei presença para as três. Mas, não me agradeçam. Foi apenas dessa vez. Nas próximas aulas eu quero que vocês não se atrasem e cheguem no horário. É regra desse centro acadêmico.", ele nos lembrou. 

 

"Sim, professor", replicamos juntas. 

 

"Tudo bem. Podem ir para o intervalo.", ele consentiu. 

 

Então nós nos retiramos para o refeitório. 

 

Quando chegamos lá, fomos pegar comida, mas não tinha lugar para ficarmos. Estava muito cheio, então nós nos retiramos. 

 

[...] 

 

Voltamos para a sala de aula e pegamos o nosso material para guardar. 

 

Pego o material, nós saímos e fechamos a porta. Levamos o mesmo até os nossos armários no corredor e o guardamos, fechando a porta dos mesmos em seguida. 

 

"...Hoje ficamos sem comida", suspirei. 

 

"..., mas o professor até foi legal com a gente e marcou presença para nós", Stella me lembrou. 

 

"Bem, nós ainda temos tempo até o próximo professor chegar.", Mia interrompeu. 

 

"Então vamos conversar.  Ava disse que você estava com a perseguida em chamas...", Stella comentou com a mesma. 

 

"Ela te contou?", Mia ficou surpresa. 

 

"Bem, não com todos os detalhes, mas...", eu adicionei. 

 

Mia começou a gargalhar e parou. 

 

"Está tudo bem. Aliás, eu queria saber o que você achou da nossa experiência, Ava?", a mesma rebateu. 

 

"Bem, eu não pude comentar porque estava com pressa antes. Mas...eu gostei muito. Muito obrigada, Mia.", declarei. 

 

"De nada. Que bom que você gostou.  Agora você é como nós. Bem-Vinda ao clube.", Mia retribuiu. 

 

"A Ava se oficializou? Eba! Agora ela só precisa de uma garota", Stella ficou bastante animada. 

 

"Sim, eu acho que peguei gosto por garotas. Mas, eu prefiro deixar a coisa rolar.", falei para elas. 

 

Algum tempo depois da conversa, os alunos todos incluindo nós três, nos reunimos no corredor como se estivéssemos no exército. 

 

Todos nós estávamos enfileirados um do lado do outro, uma parte encostada nos armários da direita e a outra nos da esquerda. 

 

Estalos sobre o piso do chão começaram a surgir e foram crescendo. 

 

Logo uma figura feminina foi se aproximando.  A mesma era alta, mais ou menos 1.90 de altura, eu acho, o porte de uma modelo, cabelos pretos, compridos na altura dos ombros, os mais belos olhos verdes, um busto avantajado.  Vestia uma camisa de seda branca com um laço preto no decote, uma saia preta de alfaiataria, sapatos da mesma cor da saia, e um belo par de pernas.  Ela usava um batom vermelho escuro. Tinha um rosto em forma de coração. 

 

A Beldade caminhava como uma diva, esbanjando o seu charme, e emanava um perfume delicioso. Era adocicado, mas não muito forte. 

 

A julgar pela aparência, a mesma devia ter uns 30 e poucos anos. 

 

Pau! Aquela mulher era uma tentação.  Que visão! 

 

Quando ela passou perto de mim e viu que eu estava observando, ela parou no lugar e fixou os olhos em mim. 

 

Agi por impulso e toquei no braço dela sem saber o porquê de eu estar fazendo aquilo. 

 

A mesma se virou para mim. 

 

"Oi!", ela exclamou. 

 

"Oi!", devolvi. 

 

"Você é nova por aqui?", eu a questionei. 

 

"Bem, na verdade não.  Mas você deve ser nova por aqui.", ela replicou. 

 

"Sim, eu sou.  é a minha primeira vez nesse colégio, eu cheguei na segunda. E... foi meu aniversário", comentei. 

 

"Sério? Parabéns!", ela me congratulou. 

 

"Obrigada. Qual é o seu nome?", eu quis saber. 

 

"Meu nome é Lavínia Fontana", ela se apresentou para mim. 

 

"Muito prazer. Sou Ava Garlant", repliquei. 

 

"Muito prazer, senhorita Garlant.  Eu vou me lembrar desse nome...", Lavínia sussurrou. 

 

"Então, o que alguém como você está fazendo aqui?", tentei cantá-la. 

 

"Eu? Eu sou a nova professora de artes", a mesma explanou. 

 

Eu fiquei chocada.  Uma beldade daquela, professora de artes? Parecia bom demais pra ser verdade. 

 

"Eu não consigo acreditar que você seja professora. Você é muito bonita, achei que você fosse mais do tipo que curte sair para uma balada, dar em cima de uns caras novinhos...sei lá.", comentei. 

 

Lavínia começou a gargalhar e depois parou. 

 

"Que fofa! Eu...sinceramente prefiro não comentar quando o assunto é garotos.  O último quase me fez perder o emprego nessa instituição. Na verdade, eu é que aticei ele, mas...ele acabou assumindo a culpa por mim e desapareceu dessa escola para que eu mantivesse o meu cargo de professora. Foi por isso que a diretora criou a regra 6 do livro de regras de conduta dessa instituição. Mais ou menos e a regra 5, embora ele não tenha me desrespeitado de nenhuma forma. Mas, a diretora resolveu nos punir pelo nosso relacionamento, por isso ele se ofereceu para levar a culpa.", a mesma contou. 

 

"Entendo. E quem é "ele"?", fiquei interessada em saber. 

 

"Meu ex – namorado.  Ele costuma ser muito quieto, mas era um bom garoto comigo. Lembro que ele era mais conhecido pelo apelido de:  "O Ouvinte Andarilho". Lavínia revelou. 

 

"Entendi. Bem, nesse caso, eu mal posso esperar para ter aula com a senhora.", retruquei. 

 

"Você está tão animada assim, é?", pergunta retórica da Lavínia. 

 

"Eu não vejo a hora de termos umas aulas extras.", rebati. 

 

Lavínia pareceu lisonjeada com o meu comentário. Ela sorriu e deu uma piscadela de olho para mim, me enfeitiçando com todo o seu charme. 

 

Eu não vou negar, me amoleci toda. Coloquei minhas mãos em um gesto parecido com o de oração e pisquei meus olhos para ela. 

 

Então ela quebrou o momento. 

 

"Bom, eu vou estar lá na sala esperando por você e os outros alunos.", Lavínia se despediu de nós.  

 

Ela então foi se retirando e eu fiquei à sós com minha BFFs. 

 

"Garota, o que foi aquilo?", Stella exclamou. Ela parecia bastante surpresa. 

 

"Aquilo o quê?", inquiri. 

 

"Você estava flertando com a nova professora?", Mia questionou. 

 

"Não.  Imagina!", disfarcei. 

 

"Estava sim que eu vi como vocês se olhavam.", Mia contestou. 

 

"Eu vi isso com o meu Gaydar",  Stella observou. 

 

"Aí, que coisa, meninas! Eu confesso. Eu estou me sentindo muito atraída por essa professora.", confessei. 

 

"Não é para menos, aquela mulher é uma tentação mesmo.", Stella concordou comigo. 

 

"Ahn...vamos mudar um pouco de assunto?", cortei. 

 

"Vamos.  Eu quero saber o negócio do seu aniversário. Você não nos contou que você fazia aniversário ontem", Mia lembrou. 

 

"Pois é. Eu esqueci de falar para vocês.  Eu completei 20 anos.", comentei. 

 

"Parabéns, Ava! Felicidades!", Mia me parabenizou. 

 

"É, Ava! Meus parabéns. Muitas felicidades, muita saúde", Stella fez o mesmo. 

 

"Obrigada, garotas.", agradeci. 

 

Não demorou muito e o sinal tocou.  

 

[...] 

 

Quando chegamos na sala de aula, nós nos sentamos e a professora fez a sua apresentação. 

 

"Bom, para quem não me conhece, o meu nome é Lavínia Fontana. Eu sou sua professora de Artes", a mesma retrucou. 

 

Lavínia então foi até a lousa e escreveu o seu nome no quadro negro para todos verem. Depois virou-se para nós. 

 

"Bom, como eu dou artes, as minhas aulas sempre terão alguma atividade diferente para vocês fazerem a cada aula minha.  Eu darei uma atividade diferente por aula, assim todos participam e se divertem", Lavínia anunciou. 

 

"Então basicamente é isso, pessoal. Vamos para a chamada." 

 

A professora então foi para a mesa dela e começou a fazer a chamada até chegar em mim. 

 

"Ava Garlant?", a mesma então chamou o meu nome. 

 

"Presente, meu anjo! Digo, professora!", repliquei. 

 

A classe toda com exceção das minhas BFFs acabou gargalhando de mim. 

 

Eu não conseguia evitar a tensão entre eu e ela.  A mesma até lançou um olhar malicioso para mim enquanto marcava a minha presença no livro de chamada. 

 

De repente, eu congelei só de olhar para ela. 

 

[...] 

 

Quando a mesma terminou a chamada, o sinal bateu e os alunos todos foram se retirando, até ficar apenas eu, e minhas BFFs. 

 

Nós nos levantamos de nossas carteiras e fomos conversar com a professora.  Andamos até a mesa dela e paramos.  A professora virou a cabeça para nós e nos fitou. 

 

"Sim? Eu posso ajudá-las?", ela quis saber. 

 

"Na verdade, eu acho que você pode ajudar a Ava.  Ela está com uma quedinha por você", Mia retrucou. 

 

"Mia! Para!", eu a contestei. 

 

"É, a Ava tá super apaixonada por você, senhorita Fontana!", Stella exclamou. 

 

"Stella!", chiei. 

 

"Bem, eu devo dizer que também te achei muito atraente, senhorita Garlant.", Lavínia confessou. 

 

"Sério?", exclamei de felicidade. 

 

"Sim. Quantos anos você disse que tinha feito mesmo?", ela me interrogou. 

 

"Na verdade, eu não disse. Mas eu fiz 20 anos ontem.", comentei. 

 

"Bem, parabéns!", ela me parabenizou. 

 

"Obrigada." 

 

"De nada. ", a mesma devolveu. 

 

"Bem, acho que vou indo lá para o refeitório", Mia cortou.  

 

"Eu também. Você vem, Ava?", Stella perguntou para mim.  

 

"Eu vou indo, vão na frente.", repliquei. 

 

Mia então trocou olhares com Stella insinuando o que iria acontecer. E a mesma entendeu a mensagem. 

 

As duas então se retiraram da sala e fecharam a porta deixando eu à sós com a professora. 

 

Voltei minha atenção para a professora. 

 

"Então, você não vai lanchar com suas amigas?", Lavínia puxou assunto comigo. 

 

"Eu...meio que estou sem fome", menti. 

 

"Sério? Se você quiser, você pode lanchar comigo na sala dos professores, eu divido o meu lanche com você.", a mesma sugeriu. 

 

Ahn...pensando bem, até que não seria uma má ideia. Quero dizer, ficar perto do meu crush... 

 

"Você é muito gentil. Eu não sei como agradecer. Eu vou aceitar o seu convite.", declarei. 

 

"Obrigada. Não é nada. Eu só...meio que fiquei com pena de você ficar sozinha...", ela explanou. 

 

"Bem, anteriormente eu e as minhas amigas fomos para a cafeteria, mas...não tinha lugar para comer, então...nós saímos de lá. Então...obrigado pela gentileza de me convidar para lanchar com você.", comentei. 

 

"De nada. Vamos?", Lavínia disse já se levantando e pegando o seu material na mesa. 

 

"Vamos!" 

 

Nós duas saímos da sala, apagamos a luz, e fechamos a porta na saída.   

 

[...] 

 

Entramos na sala dos professores. O lugar estava vazio. Lavínia colocou o material dela numa mesa perto de onde ficava o bebedouro e então pegou a bolsa dela e a abriu.  De dentro da mesma, ela tirou um saco plástico com um fecho, onde havia um sanduiche dividido no meio com um corte diagonal. 

 

A mesma então abriu o saco plástico, pegou uma das metades, e ofereceu a outra para mim. 

 

"Você quer? É sanduíche de atum com maionese", ela disse. 

 

"Obrigada. Eu quero sim. Mas, você tem certeza de que não se importa que eu coma do seu sanduíche?", fiquei incerta, mas peguei a metade do sanduiche que estava no plástico. 

 

"Não. Tem duas partes, então eu não me importo de dividir comida com você.", Lavínia retrucou de boca cheia. 

 

Entendi tudo, eu acho... 

 

"Está bem. Obrigada" 

 

Comecei a comer a metade do sanduíche.  Dei uma mordida e saboreei.  Aquele sanduíche estava muito gostoso. 

 

Nós então ficamos olhando uma para outra enquanto tentávamos terminar os nossos sanduíches. 

 

[...] 

 

Ao terminarmos o sanduíche, eu joguei o saco plástico e ela o guardanapo que tinha vindo com o pedaço dela, e que havia sido usado para limpar a boca. 

 

"Me tira uma dúvida aqui, você namorou esse cara, "O Andarilho Ouvinte", e só? Não namorou mais ninguém?", fiquei curiosa. 

 

"Bom...não gosto de falar muito sobre ele, mas.... depois que eu e ele nos separamos, eu comecei a namorar uma aluna minha, mas acabou não dando certo. E então eu fiquei solteira.", Lavínia revelou. 

 

"E você pode me dizer o nome dessa sua ex? Se não quiser, tudo bem. Eu entendo", falei. 

 

"Georgette Berger", ela revelou. 

 

 

"E você amava ela?", quis saber. 

 

"Sim. Mas não a ponto de me tornar obcecada pela mesma.  Eu penso nela mais como um amor de verão, passageiro. Ela despertou em mim o interesse por garotas também." 

 

"Que interessante. Eu descobri o gosto por garotas com a minha amiga, a Mia. Nós nos beijamos no nosso dormitório.", falei para ela. 

 

"A Mia? Aquela garota que estava com a Stella? E você gostou?", Lavínia ficou me enchendo de perguntas. 

 

"Sim para todas. ", respondi. 

 

"Você...quer água, café?", Lavínia me ofereceu. 

 

"Água, por favor", pedi. 

 

"Eu vou buscar", a mesma replicou. 

 

Lavínia foi até o bebedouro, pegou um copinho plástico e encheu de água. 

 

"Lavínia, essa Georgette Berguer, quem ela era?", perguntei. 

 

"Ela era uma estudante de intercâmbio que veio para esse colégio passar o verão, por isso eu chamo de "amor de verão", ela era belga. Eu tentei ensinar inglês para ela, e também um pouco sobre arte.  Mas, ela foi embora antes de concluir os estudos aqui no centro.", Lavínia comentou enquanto terminava de encher o copo de água. 

 

"Entendi.", repliquei. 

 

Então, Lavínia veio trazendo o copo de água e me deu. 

 

"Aqui está" 

 

Peguei o copo de água da mão dela e comecei a entorná-lo. 

 

Fui bebendo e engolindo cada gota de água.  Ao final, eu já tinha esvaziado o copo.  Dei o copo para ela. 

 

"Muito obrigada", agradeci. 

 

"De nada", ela pegou o copo da minha mão e foi jogá-lo no lixo perto do bebedouro. 

 

Depois de jogá-lo, ela voltou. 

 

Nós ficamos ali paradas, nos fitando.  Começamos um jogo de olhares para ver quem iria tomar a iniciativa. 

 

"Deus! Como eu quero te beijar nesse momento", suspirei. 

 

"Eu também!", Lavínia rebateu. 

 

Então eu me aproximei dela, coloquei as minhas mãos na cintura dela, colando o corpo dela no meu, fui aproximando o meu rosto do dela. Eu estava com os nervos à flor da pele. E então, os meus lábios se encontraram com o dela e nós começamos um beijo. 

 

Os nossos lábios se debatiam um contra o outro. Meu corpo ansiava por Lavínia. 

 

Nós passamos o tempo ali nos beijando na sala dos professores. 

 

Tudo começou com um beijo de Mia e terminou com um beijo de Lavínia, aquele sonho de mulher. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado^^

Notas:

Lavínia Fontana foi uma pintora renascentista italiana. Eu escolhi esse nome pra professora da PP, pois os nomes que eu tinha pensado inicialmente, não combinavam muito com a personagem.

Se quiser saber mais sobre quem foi Lavínia Fontana, veja esse link:
https://artesehumordemulher.wordpress.com/pinturas-de-lavinia-fontana-2/

Georgette Berguer, é o nome da esposa de um pintor que eu pretendia usar como inspiração pro nome da professora da PP, René Magritte. Ela era Belga como na trama desse capítulo, mas morreu de câncer. Achei que ficaria melhor fazê-la como uma estudante de intercâmbio, para se encaixar nessa trama.

"O Ouvinte Andarilho", originalmente seria "The Walking Listener", é um pseudo que eu criei para mim quando fiz um blog onde eu contava as discussões do cotidiano que eu ouço quando to na rua, no supermercado, etc. Esse personagem em breve deverá dar as caras nessa trama. Ele vai ser mais como um "Observador", mas que participa da trama sem ter contato com as PPs. E será espelhado em mim.

Acho que é só. Obrigado por ler^^

Até a próxima postagem!



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