Centro Acadêmico Bowen 

Então finalmente chegou o dia em que eu iria começar os meus estudos no Centro Acadêmico Bowen.   

Eu e meus pais chegamos no campus e avistamos aquele bando de adolescentes que ou estava namorando ou estavam vagabundeando pelo local 

Minha mãe revirou os olhos com o comportamento dos adolescentes que pareciam não ter nenhuma classe. 

"Olha isso, parecem um bando de primatas! Para um centro acadêmico sério como na carta dava a impressão, isso aqui parece mais um zoológico. Cruzes!", minha mãe praguejou. 

"Adolescentes, querida. Não se esqueça que nós já fomos assim um dia.", meu pai a lembrou. 

"Eu sei, querido...", minha mãe suspirou. 

Eu lembro de quando os meus pais me contaram sobre como se conhecessem. Eles costumavam ser hippies nos tempos de Woodstock, o famoso festival de música. Eles fizeram uma fortuna traficando drogas, chegaram até a trabalhar para o Pablo Escobar. Mas, depois de uns anos, eles resolveram se redimir. Meu pai investiu o dinheiro dele na bolsa de valores de Nova York e minha mãe resolveu contribuir com instituições de caridades. 

"Bem, vamos entrar.", meu pai retrucou. 

Eu fui puxando a minha mala como se fosse uma aeromoça se dirigindo ao Gate de embarque do aeroporto. Na verdade, eu sempre quis ser aeromoça.  

[...] 

Chegamos no corredor do colégio. 

Paramos no meio do corredor e ficamos olhando para os adolescentes pegando suas coisas no armário ou então se beijando nos mesmos. 

Logo a Diretora de Bowen veio nos receber.  A tal Rebecca Wilson, era uma mulher de estatura baixa, cabelos castanhos como os olhos dela, vestia uma blusa de Tweed marrom aberta com uma blusa de gola roulê branca, uma saia preta comprida até os joelhos, meia calça da mesma cor da saia e saltos também da mesma cor.  Ele usava uns óculos estilo gatinho, preto. 

"Olá! Bem-vindos ao Centro Acadêmico Bowen.  Eu sou a diretora, Rebecca Wilson é o meu nome.", a mesma se apresentou.  

"Senhora Wilson, é um prazer conhecê-la.  Meu nome é Gary Garlant, e essa é a minha esposa, Gia. Nós somos os pais da Ava.", meu pai introduziu. 

A Diretora então olhou para mim. 

"Você deve ser a Ava, então?", a mesma quis saber. 

"Sim, Ava Garlant. Eu...recebi o seu e-mail sobre a minha ficha de inscrição", comentei. 

"Mas é claro.  Bem-vinda ao Centro Acadêmico Bowen. Eu espero que se sinta em casa. Eu presumo que você já tenha dado uma lida nas regras de nossa instituição.", a diretora retrucou. 

"Sim. E os meus pais também já deram uma olhada.", atestei. 

"Entendo. Por que não vamos até a minha sala para conversarmos um pouco?", a mesma sugeriu. 

"Claro, por favor nos guie, diretora Wilson", meu pai replicou. 

"Por favor, me chame de Rebecca. E me sigam!", a diretora replicou. 

[...] 

Mais tarde na sala da diretora eu e os meus pais nos sentamos com a diretora. 

"Vamos começar, sim?", a Diretora começou. 

"Por favor, Rebecca.", meu pai insistiu. 

"Ok. Vamos começar...então...eu recebi a ficha de inscrição da Ava.  E...eu estou muito contente que você tenha escolhido essa instituição, Ava.", a diretora discursou. 

"Obrigada, diretora Wilson.  Eu acredito que eu vou me dar muito bem por aqui. Digo, esse centro acadêmico parece ser um lugar incrível.", comentei. 

"Me diz uma coisa, Ava. Por que resolveu escolher o Centro Acadêmico Bowen? Só por curiosidade.", a diretora ficou curiosa. 

"Bom, porque eu vi o site de vocês e... achei que o programa de ensino de vocês, muito bom. Vocês têm um ótimo campus, e também as suas instalações...tipo assim, maravilhosas.", justifiquei. 

"Ava está bastante animada para começar as aulas aqui no centro acadêmico de vocês.", meu pai cortou. 

"Sim. É verdade.", atestei. 

"Eu tenho certeza de que nossa filha estará bem acolhida aqui nessa instituição, não é mesmo, Rebecca?", minha mãe rebateu. 

"Absolutamente, Senhora Garlant.", a diretora frisou "Sua filha está em boas mãos. Eu lhe asseguro" 

"Bom Saber.", minha mãe comentou. 

"...continuando, o nosso ensino foi altamente aprovado e recomendado pelo MEC, então...vocês podem ter certeza de que o nosso ensino está altamente qualificado.", a diretora declarou. 

"Vocês têm alguma pergunta? Alguma dúvida sobre as regras, o programa do centro acadêmico, a matrícula...?", a mesma continuou. 

"Sim, sobre a matrícula. Como é o pagamento?", meu pai quis saber. 

"Bem, a matrícula vocês podem pagar agora com um pagamento único, ou parcelado.  Nós não cobramos nenhuma taxa na matrícula, e a mensalidade, vocês podem pagar como preferirem, no começo do mês, ou no final do mês, da forma que vocês preferirem.", a diretora replicou. 

"Certo. Onde nós assinamos?" 

A Diretora pegou umas folhas grampeadas numa das gavetas da mesa dela e uma caneta e deixou sobre a mesma para os meus pais assinarem. 

Ela então pegou a caneta e foi apontando os locais onde era para assinar.  Até eu tive que assinar o contrato. 

[...] 

Depois de assinado os papéis... 

"Ava, eu acredito que você está liberada. Vá se enturmar por aí.", a diretora me disse "Eu vou ficar aqui para conversar com os seus pais sobre o pagamento das mensalidades e da matrícula." 

"Ok. Por onde eu começo?", perguntei para a diretora. 

"Ahn...ok. Eu vou te dar o número do seu armário e do seu dormitório, só um minuto.", a mesma retrucou. 

A diretora pegou algumas folhas de um bloco de anotação da mesa dela e anotou nelas os dados que ela havia falado.  

Quando a mesma terminou de anotar, ela me chamou para ir pegar as notas. 

Então eu fui e peguei. 

Dei uma olhada nas notas e tentei memorizar. 

Então me voltei para a diretora e a gradeci antes de me retirar da sala. 

"Obrigada, diretora", exclamei. 

"De nada.  Divirta-se!", a diretora me desejou. 

[...] 

Voltei no corredor e fiquei procurando pelo meu armário com a anotação da diretora nas mãos.  Vasculhei em todos os cantos... 

A busca estava realmente complicada. 

Logo, esbarrei em uma garota de cabelos escuros, olhos verdes, vestindo uma blusa de moletom azul, com uma camiseta branca por baixo, e uma calça jeans e tênis branco com detalhes em azul. 

"Com licença?", eu a chamei. 

Ela parou e se voltou para mim. 

"Sim? Você está perdida?", a mesma me interrogou. 

"Sim, ahn...eu sou nova aqui. É o meu primeiro dia, a diretora me mandou essas notas...", balbuciei e mostrei para a mesma as duas notas. 

"Ok. Armário 66, ahn...é um armário perto do meu, então...eu posso te mostrar onde é.", a garota retrucou. 

"Sério? Obrigada", eu a agradeci. 

"Sem problemas.", ela replicou. 

Nós fomos andando pelo corredor até os armários que ficavam no canto esquerdo do mesmo.  Ela então apontou para o meu armário. 

"É esse aqui, o meu é o anterior.", a mesma sinalizou. 

"Obrigada. Qual é o seu nome?", retruquei. 

"Meu nome é Mia Massett.", ela se apresentou. 

"Prazer, meu nome é Ava Garlant.", estendi a mão para cumprimentá-la. 

Mia apertou a minha mão e olhou fixamente para o meu vestido. 

"Nossa! Onde vai ser a festa? Me convida? Você está muito chique para estar num colégio como esse.", a mesma exclamou. 

"Que baile? É o meu uniforme. Eu sou rica, querida", falei para ela. 

Mia começou a gargalhar. 

"Que foi? É verdade.", eu atestei. 

"Que legal! Eu também sou rica. Meu pai é engenheiro naval. Ele projeta barcos e navios", Mia comentou. 

"Que legal.  Vamos ser, amigas, então?", sugeri. 

"Claro, por que não?", Mia assentiu. 

"Ah! A propósito, o meu dormitório fica aonde?", lembrei de repente. 

"Deixe-me ver o papel de novo.", Mia pediu. 

Eu mostrei a nota para ela. 

"Ok. Que coincidência, você vai ficar no mesmo dormitório que eu.  Você vai ser minha colega de quarto", Mia comentou. 

"Que legal! E tem mais alguém no mesmo dormitório?", quis saber. 

"Não. É um dormitório para duas pessoas.", Mia explanou. 

Ok. Isso vai ser interessante... 

E então uma terceira garota se aproximou de nós. Ela vestia uma camiseta branca amarrada no peito, uma saia xadrez vermelha, meias um pouco acima do joelho cinza, e sapatinhos de boneca, preto. O cabelo loiro dela estava preso com dois coques.  Parecia um cover da Britney Spears em Baby One More Time, só que um pouco mal feito. Os olhos dela eram azuis. 

"Ei, Stella!", Mia exclamou. 

"Ei, Mia! Quem é a nova garota?", a outra garota inquiriu. 

"Oi! Meu nome é Ava Garlant. Muito prazer", estendi a mão para a mesma apertar. 

"Oi, meu nome é Stella Di Mare", ela se apresentou e apertou a minha mão. 

"Ava é rica também. ", Mia interrompeu. 

"E no que seus pais trabalham, princesa?", Stella inquiriu. 

"Bom, o meu pai é um homem de negócios. Ele apostou dinheiro na bolsa de Nova York. A minha mãe trabalha ajudando instituições de caridade e esse tipo de coisa.", contei para ela. 

"Legal.  O meu pai é Governador. A minha mãe é uma socialite", Stella comentou. 

"Sabe, o meu pai sonha em um dia ser Presidente dos EUA", a mesma continuou. 

"Que interessante!", comentei. 

"Sabe, eu acho que nós devíamos montar um grupo, porque nós somos poderosas, certo Mia?", sugeri. 

"Vamos! Eu AMEI a ideia!", Mia ficou animada. 

"Eu gostei da ideia. Acho que podíamos chamar o nosso grupo de "Princesas", o que acham?", Stella sugeriu. 

"Eu gostei do nome", aprovei. 

"Ok. Então, de agora em diante seremos as "Princesas". Nós vamos arrasar nessa escola!", Stella declarou. 

"Bem, foi muito legal conhecer você, Stella. Mas, eu tenho que ir.", cortei. 

"Ir? Para onde?", Stella inquiriu. 

"Eu fiquei de mostrar o dormitório dela. Ela está comigo", Mia comentou. 

"Ah sim. Eu estou dormindo com uma outra garota também. Sabe Ava, os dormitórios aqui são divididos, tem a ala masculina e a feminina.  Acho que os professores não gostam de ver os rapazes em contato com as garotas, por isso a separação.", Stella comentou. 

"Nossa! Taí uma coisa que eu não sabia. Obrigada, Stella". 

"De nada, Ava" 

Então Mia pegou a minha mão que estava livre e me levou até o meu dormitório. Eu fui segurando na mão dela e arrastando a minha mala. 

[...] 

Chegamos no dormitório, havia uma estante com alguns livros, um ursinho de pelúcia, duas camas, uma de casal e uma de solteiro. O chão era todo de madeira. Haviam duas janelas que davam para um jardim ali perto. Um banheiro.  E vários pôsteres de bandas de rock nas paredes. 

"Nossa! Aqui é o nosso dormitório?", exclamei. 

"Sim. Eu durmo na cama de casal. Você fica com a de solteiro.", Mia retrucou. 

"Ah...eu queria ficar na de casal, com você...", fiz biquinho e um olhar de pidona. 

"Nós podemos nos revezar. Um dia eu durmo na sua cama, e um dia você dorme na minha, ou até podemos dormir juntas um dia.", Mia me consolou. 

"Tudo bem. Eu estava brincando. Eu não me importo de dormir na cama de solteiro.", falei para ela. 

"Bom Saber. Achei que você iria ficar chateada de não poder dormir na minha cama.", Mia rebateu. 

"De forma alguma", declarei. 

"Ok. Vamos voltar para os nossos armários e pegar os nossos materiais antes que o sinal toque.", Mia alertou. 

"Vamos!", exclamei. 

[...] 

Voltamos para os corredores e abrimos os nossos armários usando o cadeado.  Eu vi que a diretora tinha marcado uma sequência de números depois do número do armário. 

Eu abri, e peguei os cadernos, e o livro que estavam lá. 

"Ei Mia, por que precisamos comprar os itens da lista de materiais se os materias que iremos usar estão aqui no armário?", perguntei para Mia. 

"Sério que você foi comprar o que estava na lista? É opcional. Eles colocam a lista de materiais para parecer uma instituição séria. Na realidade, isso aqui é mais como um mundo paralelo, sacou?", Mia retrucou enquanto eu pegava o material. 

"Sério?! Então não precisa comprar aquelas coisas todas da lista?", fiquei chocada. 

"Não.", Mia replicou. 

"Que droga! E eu fui com os meus pais comprar os materiais todos. Colocamos na minha mala as coisas...", balbuciei. 

Que droga! A lista de materiais era opcional... 

Logo, ouvimos o sinal tocar. Pegamos nossas coisas e fomos correndo para a sala de aula. Os outros alunos foram correndo também e passando na nossa frente.  Parecia que tínhamos pego o trânsito na hora do rush. 

[...] 

Então entramos na sala de aula e nos sentamos. Eu sentei numa carteira perto da Mia. 

Um professor estava em pé na frente do quadro negro, de braços cruzados, esperando todos se sentarem.  

O professor tinha cabelos castanhos escuros, olhos da mesma cor, um rosto quadrado, vestia uma camisa verde, uma calça de alfaiataria bege. E calçava sapatos marrons. Pior combinação EVER. 

Quando todos os alunos estavam sentados, o professor começou. 

"Certo. Vamos começar... o meu nome é Julian Reeves, e eu sou seu professor de inglês”, o mesmo retrucou. 

Ele então foi até a porta e a fechou. Depois voltou para onde estava. 

"Classe...nós temos uma nova aluna na classe.  O nome dela é Ava Garlant.  Senhorita Garlant, pode vir aqui na frente, por favor?", o professor me pediu. 

Eu saí do meu lugar e fui lá na frente me apresentar. 

Fiquei de frente para todos e me apresentei. 

"Oi! O meu nome é Ava Garlant. Eu sou nova aqui. Sou muito rica. E... acho que é só.", me resumi a essa frase. 

"Ok, pode se sentar, senhorita Garlant.", o professor demandou. 

"Certo. Obrigada.", repliquei. 

Voltei para o meu lugar e o professor começou a aula.  

"Bom, eu vou fazer a chamada. Digam o seu nome e "Presente", para que eu marque presença para vocês. Se tentarem alguma gracinha, eu marco falta e não quero nem saber.", o professor declarou. 

A classe ficou em silêncio. 

O professor foi para a mesa dele, se sentou e então abriu o livro de chamadas e foi chamando os alunos um a um. 

Depois de um tempo chegou a minha vez. 

"Ava Garlant!", ele exclamou. 

"Presente!", exclamei. 

O professor então passou para os outros alunos. 

[...] 

Algum tempo depois, a chamada havia se encerrado e o professor resolveu que como era o primeiro dia de aula para alguns alunos como eu, que ele iria fazer uma atividade mais interativa. 

"Como esse é o primeiro dia de aula de alguns de vocês, eu quero fazer algo mais interativo. Juntem suas carteiras e se apresentem um para o outro. Eu quero ver vocês interagirem. Façam amigos, pessoal.", o professor explanou. 

Então nós atendemos o pedido do professor e fomos formando duplas.  Fizemos uma roda na classe, assim poderíamos conversar melhor. 

Eu fiquei do lado de uma garota, acho que...indiana. Ela parecia ser daquelas garotas nerds. Ela usava um rabo de cavalo e óculos preto, e vestia uma blusa de moletom cinza, com uma calça amarela, e tênis da mesma cor da calça. 

"Oi, meu nome é Ava Garlant.", me apresentei para ela. 

"Oi, meu nome é Surya Singh", ela falou meio mole. "Meu pai é muito rico, ele trabalha com robótica". 

"Que interessante.", falei animada. 

A garota parecia não se importar com o meu comentário. 

"O meu pai investe na bolsa de Nova York, e a minha mãe trabalha ajudando instituições de caridade.", comentei. 

"Que legal.", ela replicou. 

O tempo foi passando até que o sinal para o intervalo soou. 

"Ok, pessoal. Coloquem as carteiras no lugar e depois vocês podem sair para o intervalo." 

Fizemos como o professor pediu e depois saímos para o refeitório. 

Eu e Mia fomos andando pelo lugar. 

"Esse é o refeitório. Nós comemos apenas o que servem aqui.", Mia explanou. 

"Eu sei. Está nas regras que não é permitido trazer comida para cá.", lembrei. 

"Sim, é verdade. É porque teve esse aluno que uma vez veio para cá trazendo vários salgadinhos e tal, e ele começou a vendê-los para os outros alunos. A diretora o flagrou, e o expulsou de Bowen. É o que contam. Mas, pessoalmente eu acho que ele não foi expulso. Ele deve estar traficando comida ainda na escola.", Mia comentou. 

"Entendi." 

Fomos pegar a nossa comida. A cozinheira foi servindo o prato do dia. E nós apenas fomos pegando. 

[...] 

Eu e Mia fomos procurar um lugar para nos sentarmos e então vimos Stella acenando para nós nos sentarmos com ela. Então fomos até lá e nos sentamos. 

"E aí, Princesas?", Stella nos cumprimentou. 

"Oi, Stella! É bom te ver de novo!", cumprimentei de volta. 

"Olá, Stella!", Mia cumprimentou. 

"E aí, garotas. Vocês já se estabeleceram no ninho?", Stella quis saber. 

"Eu já. Só que eu queria dormir na cama de casal com a Mia. Mas aí ela sugeriu que nós nos revezássemos na cama.", eu falei. 

"Que fofo! Você é lésbica, Ava?", Stella retrucou. 

"Bem, eu ainda não sei...", me senti um pouco deslocada. 

"Quer descobrir? Digo, eu já dormi com garotas e com garotos.", Mia insinuou. 

"É, a Mia já teve vários namorados. Já eu, só tenho uma namorada. A minha colega de quarto.", Stella contou. 

"Stella, você é lésbica?", eu inquiri. 

"E com orgulho, querida. Ainda vou te levar pro mau caminho.", Stella brincou. 

"Obrigada. Eu não sei, meninas. Eu estou esperando o momento certo, sabe. Eu quero que a minha primeira vez seja especial, e com alguém que eu ame muito.", falei para as minhas amigas. 

"Você sabe aquele professor de Inglês? O que deu aula para nós há um tempo atrás?", Stella puxou assunto comigo. 

"o Julian? Eu achei que ele pareceu um pouco ríspido.", comentei. 

"Sim. Ele já namorou várias alunas, e até engravidou uma. Só que a diretora culpou a menina pela gravidez não controlada e aí ela foi expulsa dessa instituição.", Stella revelou. 

"Pois é.  Todo mundo conhece essa história.", Mia comentou. 

"Nossa, mas então o negócio é sério mesmo.", deduzi. 

"Sim. A diretora faz vista grossa para esses casos, porque os professores tão atrás do dinheiro, e eles subornam a mesma para calar a boca dela.", Stella adicionou. 

"Eu acredito que é por isso que esse centro acadêmico tenta se manter como uma escola séria. Porque se os pais soubessem da verdade, eles não matriculariam seus filhos aqui.", Mia concluiu. 

"Nossa...isso é pesado.", balbuciei. 

"Mas ei, olha pelo lado bom, pelo menos nós podemos pegar quem nós quisermos aqui. Digo, os nossos pais praticamente nos abandonam aqui.", Mia retrucou.