Os Deuses da Mitologia escrita por kagomechan


Capítulo 113
BLITZEN - Batalha Pirata com Pato


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? voltei do Egito o/
enfim, já tinha voltado a alguns dias mas atualizei a fic do Anúbis primeiro. também falei mais da viagem lá porque né... faz mais sentido kk mas pra não deixar vocês sem nada caso alguém esteja curioso, foi MUITO bom. eu ADOREI. fui nas pirâmides, em vários templos, em tumbas e outros lugares não tão Antigo Egito e mais Egito Medieval que foi bem legal também. Foi muito cansativo também kkk a viagem já exigiu demais do meu sedentarismo quando a louca aqui inventou de entrar na pirâmide do Khufu/Quéops kkkk quem precisa de academia? pqp. aquilo lá já vale uma semana de academia e avaliação do saúde do pulmão e teste de claustrofobia. não vou irritar vocês muito com coisas da viagem que talvez não se interessem kkk aproveitem o cap de hj ♥ e por favor sejam gentis nos comentários pq essa luta e adversário são partes que eu estava muito insegura mas eu juro que fiz toda a pesquisa pra fazer sentido ;~;

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no momento, estão nos EUA os grupinhos:
— Nova Roma: Frank, Lavínia, Hazel, Annabeth, Zia, Kayla, Grover, Percy, Piper, Meg, Apolo
— NY: Cléo, Paulo, Austin, Drew, Carter
no momento, estão voando, os grupinhos:
— Indo para Europa: Reyna

no momento, estão em alto mar, os grupinhos:
— Indo para País de Gales : Sam, Blitzen, Hearthstone, Mestiço, Anúbis, Sadie, Will, Nico. // Maias-Astecas: Victoria, Micaela (a menina q parece Annabeth) e Eduardo (guri chato que o Mestiço deve estar querendo jogar na água).
— Indo para Nigéria : Leo, Calipso, Olujime, Magnus, Jacques, Alex, Festus

no momento, os grupos que estão na EUROPA são:
— Indo para País de Gales: Caçadoras de Ártemis (Thalia, Ártemis, etc), Clarisse
— Indo contra vontade para País de Gales: Mallory



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BLITZEN

Não. Um monstro que ninguém conseguia acertar tirando o nosso sono NÃO era o suficiente para perturbar nossa viagem. Eu ainda tinha que ser bruscamente acordado com os outros falando que tinha uma estranha caravela se aproximando de nós como se, do nada, agora estivéssemos no século 16.

O resto do pessoal estava acordado e olhando para a caravela se aproximando pronto para uma batalha, mas claramente torcendo para não haver uma. Ao meu lado, Hearthstone e Sadie, morrendo de sono, tentavam entender direito o que estava acontecendo, mas ambos estavam mais dormindo do que acordados. Não que eu estivesse tão melhor também. Tinha ficado quase tão acordado durante a noite quanto Hearthstone. A diferença era que eu não tinha feito muito esforço físico ou mágico como ele e Sadie tinham feito também. Eles estavam horríveis. Eu não via como os dois podiam participar de seja lá o que nos aguardava.

— Vocês dois fiquem aqui. - eu falei e sinalizei ao mesmo tempo - Estão exaustos. É perigoso, e tem aquele bicho que pode aparecer de novo.

“Podemos ajudar” reclamou Hearthstone.

“Mais uma runa e você desmaia e só acorda quando chegarmos no País de Gales… se chegarmos lá.” rebati “Então fiquem sentadinhos aí descansando, ok? Eu vou ajudar o pessoal.”

 Eu me levantei e comecei a me preparar ignorando totalmente as reclamações de Hearthstone enquanto pensava também em como proteger aqueles dois teimosos. Sim, dois teimosos, pois segundos depois Anúbis chegou perto do nosso cantinho e Sadie se juntou às reclamações de Hearthstone.

— Eu também vou ajudar. - declarou Sadie, firme.

— Não. - respondeu ele enquanto se agachava ao lado dela com o cetro na mão - Já usou magia demais. 

— Eu vou ajudar e não é você me impedindo que vai mudar isso! - declarou ela mais uma vez firme encarando ele como se desafiasse ele a dizer o contrário.

“Eu também vou ajudar!” reclamou Hearthstone entendendo o que estava acontecendo ali.

“Não quero ser grosso com você, mas vamos lá, já parou pra pensar que, do jeito que você está, você vai atrapalhar mais que ajudar?” perguntei para Hearthstone “E se você desmaiar no meio da luta, eim? Além de lidar com sei lá o que tem no barco, vamos ter que cuidar de um peso morto! Do jeito que está agora ao menos você consegue correr pra longe do perigo!”

Hearthstone quase começou a sinalizar algo mas acabou bufando e cruzando os braços emburrado. Do nosso lado, a discussão continuava. Sadie falava e falava sem parar, reclamando de porquê não poderiam deixar ela fora de qualquer batalha que fosse começar.

— Vai que tem um monte de mago ou monstro lá, eim? - dizia Sadie - Mesmo que o nosso grupo seja bem grande, pode ficar complicado. Tá que nem sabemos ainda o que essa caravela quer, mas se for algo ruim eu posso participar também! Ainda tenho um pouco de magia sim e consegui dormir uns minutos agora! Não é só porque você acha melhor não, que eu não vá participar da briga! Eu aguento! Vou te mostrar que aguento!

Ela não parava de falar e ele parecia acostumado com isso pois ficou só esperando alguma brecha. Quando a brecha de alguns segundos sem Sadie falar nada surgiu, ele se aproveitou.

— Eu também não vou. - disse ele interrompendo Sadie que já pegava ar pro próximo discurso.

— Não? - perguntou ela confusa.

— Não. - respondeu ele - Bem, se for extremamente necessário sim, mas… O Asag pode surgir de novo no meio do combate e, quanto ao que tem na caravela, acho que o Nico provavelmente já vai ser muito útil dessa vez.

— Porquê especificamente o Nico? - perguntei confuso.

— Na caravela tem só mortos-vivos e alguém estranho. - respondeu Nico que tinha se aproximado da gente o suficiente para ouvir o nome dele ser falado e provavelmente acabou ficando curioso e se aproximando mais - A gente sentiu.

— Os outros já sabem disso? - perguntei e Nico afirmou com a cabeça.

E foi aí que escutamos um barulho alto, como uma pequena explosão vinda de longe. Mais especificamente da direção da caravela.

— CUIDADO! - gritou Sam do nada.

O barco balançou em seguida fortemente como se tivesse sido acertado por alguma coisa pesada. O barco balançou tanto que eu caí em cima de Hearthstone. Mas ao menos eu não fui o único com pouco equilíbrio. Afinal o barco balançou tanto que achei que iria virar então era quase impossível ter algum equilíbrio para permanecer de pé.

— ISSO FOI UMA BALA DE CANHÃO OU É IMPRESSÃO MINHA?! - gritou Will.

— NÃO FOI IMPRESSÃO! - gritou Victória massageando a cabeça com cara de dor, aposto que tinha batido a cabeça em algum lugar.

— Será que dá pra alguma vez encontrarmos algo estranho no meio do caminho e ser um amigo?! É pedir demais? - questionou Will.

— Essa caravela deve ser a coisa que nos impede de chegar na Europa sempre que tentamos. - disse Micaela.

Deixei o pessoal discutindo enquanto me levantava de cima de Hearthstone e checava, preocupado, se não tinha machucado ele. Ele parecia bem, apesar de tudo. Ele que me ajudou a me levantar e se levantou junto, ao mesmo tempo que um clarão tomava conta de tudo quando o tal Eduardo, argentino, não mexicano, apontou sua lança na direção da caravela e da ponta dela, saíram vários raios e trovões que tentaram atingir a caravela.

Mas claro, se tem uma situação que pode piorar, quando se trata de nós, pode ter certeza que ela vai, pois no segundo seguinte um rugido já bem familiar que gelou até os ossos. O Asag, obviamente, estava de volta para nos irritar, provando que ele não fica cansado depois de ficar, assim como nós, a noite inteira acordado. Não só ele não parecia cansado, como ele também parecia bem irritado de nós termos feito ele de burro a noite inteira. 

Ele voava apressado em nossa direção rugindo alto e gritando barulhos inteligíveis claramente nos xingando e amaldiçoando, mas no segundo seguinte lá estava ele provando que era de fato burro quando, mais uma vez, Anúbis apontou para ele com o cetro e começou a tentar arrancar a alma do Asag a força. O Asag começou a gritar intensamente de dor a ponto de arranhar-se e perfurar-se com as longas e afiadas unhas. Já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha visto aquela cena durante a noite.

O barulho da pequena explosão, que agora entendia ser a bala de canhão sendo disparada, se repetiu. Dessa vez maior, pois a caravela estava mais perto.

— TEM MAIS UMA VINDO! - gritou Victoria apesar de todos já terem notado isso.

A maioria de nós tentou dar um jeito de se preparar para o impacto. Não tínhamos canhões. O que podíamos fazer? Sam se transformou num passarinho e voou pelos céus, Will interrompeu o que era uma tentativa de lançar uma flecha para se abaixar logo ao lado de Nico, que o imitou. Os astecas/maias também julgaram que se espremer no chão era a coisa mais segura a se fazer no momento. Mestiço foi o único que só se agachou um pouco e se segurou em alguma coisa. 

— HEARTH! - gritei mais por impulso.

Hearth não tinha como ouvir os avisos ou o barulho do canhão. Então apressadamente segurei ele fortemente, ele parecia um pouco perdido e muito assustado quando eu puxei ele apressadamente para o chão. Eu protegi minha cabeça com um braço e a dele com a outra, mas ele entendeu o que acontecia e empurrou meu braço de volta para mim, para que eu me protegesse, e então protegeu a própria cabeça com os braços. Felizmente, o impacto nunca chegou. 

Sadie gritou “HA-DI” apontando com sua varinha para a bola de canhão, que se desfez em vários pedacinhos. O lado ruim, foi que, como já tínhamos discutido antes, Sadie tinha usado já magia demais. Então, quando ela usou esse feitiço, ela cambaleou, fraca, e quase caiu ou desmaiou. 

Ela se apoiou apressadamente em Anúbis, logo ao lado dela, e ele acabou dividindo a atenção entre ela e o Asag, ainda gritando de dor. Com uma mão no cetro, outra na cintura de Sadie e a concentração consequentemente diminuída, o Asag também começou a parecer sofrer menos. Então, também já estava demorando mais para ele só desmaiar e cair no mar, como antes.

— Tudo bem? - perguntou ele claramente preocupado trocando o olhar repetidamente entre ela e o monstro.

— Mais ou menos… - resmungou ela com o braço no ombro dele e a testa sobre o braço - Usei magia demais.

— Eu a-- começou a dizer Anúbis mas ela imediatamente cortou ele.

— Não ouse dizer “Eu avisei.” - reclamou ela.

— Nunca. - respondeu ele apressadamente.

— Temos que chegar mais perto do barco e invadir ele! - gritei como sugestão.

— Não podemos deixar a caravela ficar de lado para nós! - gritou Eduardo - Provavelmente a lateral tem bem mais canhões que a frente, que está virada para nós agora.

— Ela realmente parece estar tentando ficar de lado… - comentou Mestiço - Mais rápido! Vamos invadir ela antes que consiga atirar em nós!

Mas era mais fácil falar do que fazer. A caravela estava ficando mais perto, mas também estava ficando mais de lado. Quanto mais perto ela ficava, mais dava para ver que as laterais de fato tinham canhões. Vários. A flecha solitária que Will lançou naquele momento, quer ela tenha acertado ou não, era extremamente inofensiva em comparação.

— Sam! - gritou Nico - Consegue me levar para a caravela?

— Talvez? - respondeu Sam depois de voltar da forma de passarinho - Seria bem devagar e teria o perigo de acertarem a gente no ar ou eu te derrubar… ou ambos.

— Eu tenho uma ideia melhor! - gritei no meio da confusão.

Corri em direção à Will remexendo meus bolsos e tirei de lá um pato de metal. Eu estendi o pato para Will, que com toda razão olhou para o pato muito confuso. 

— O pato aumenta bastante de tamanho. - expliquei - Vamos amarrar em uma de suas flechas. Você atira na caravela, torcemos para a flecha chegar até a caravela e o pato aumentar de tamanho bem em cima dela e esmagar ao menos alguma parte do pessoal lá dentro.

Will aparentemente não precisava de mais nenhuma explicação. Ele imediatamente pegou o pato e começou a amarrar ele, com uma corda fina, em uma de suas flechas. Encaixar a flecha, com o pato, no arco e flecha, foi meio desajeitado e ele parecia meio preocupado de o pato emperrar no arco na hora de disparar, mas não tínhamos tempo para testes. O nosso barco não tinha canhões e a caravela, apesar de mais perto, estava cada vez mais de lado para nós.

Ele atirou. Eu vi o pato tremendo na flecha, enquanto ela cruzava o céu, ameaçando aumentar de tamanho. Então, de repente, quando estava mais longe do que qualquer distância que eu conseguiria jogar na força do braço, o pato subitamente aumentou de tamanho e a gravidade fez o resto. Ele atingiu a caravela fortemente em diagonal. Meu pato acertou bem a lateral da caravela, ouvimos gritos com o impacto, a caravela se movimentou perigosamente com o peso extra que caiu sobre ela. A caravela se inclinou, a lateral que o pato caiu em cima inclinou mais em direção ao mar e aparentemente bem na hora que eles iriam atirar em nós, pois vi alguns canhões atirando na água.

A caravela se sacudiu, algumas partes se quebraram por causa do pato que, por ter caído torto, logo estava se inclinando para cair no mar. Quando o pato tocou a água, ele fez uma onda que balançou tanto nosso barco, quanto a caravela. Nos seguramos onde dava e  olhamos curiosos para ver mais do estrago que foi feito na caravela enquanto o pato lentamente se ajustava no mar e começava a boiar. Ao mesmo tempo, mais um barulho de algo atingindo a água foi ouvido quando o Asag finalmente desmaiou de dor e caiu no mar.

Na caravela, agora perto o suficiente para que conseguíssemos ver quem estava nela, vimos o caos de vários  mortos-vivos gritando desesperados apontando para o estrago que o pato gigante havia feito. O estrago do pato incluía não só muita madeira quebrada, como também a morte por esmagamento de vários  mortos-vivos que faziam parte da tripulação zumbi.

Mas lá na caravela tinha um cara que parecia até relativamente normal, apesar da cara de irritado com a qual ele olhava para nós. Era um cara de meia idade, com uma volumosa barba e bigodes cinzentos, um cabelo triste que provavelmente não via um shampoo a muito tempo e que provavelmente foi cortado nos moldes de uma vasilha e que usava uma boina preta com uma pena branca presa que certamente combinava muito com as roupas pomposas que pareciam ter saído do século 16. 

— Quem é esse cara? - perguntei sem realmente esperar uma resposta, notando que os mexicanos (e argentino) ao meu lado discutiam algo num espanhol rápido e baixo demais para eu entender algo.

A ponta de nosso barco bateu contra a caravela com força no segundo seguinte a minha pergunta. Tudo, em ambas as embarcações, balançou fortemente com o impacto, testando o equilíbrio de todos mais uma vez. 

— Eu sempre quis tentar lutar como pirata… - disse Mestiço sorrindo de um jeito talvez animado demais e sedento demais por sangue.

Ele certamente era o mais animado de nós, pois agora que os dois barcos estavam perto o suficiente para que pudéssemos pular de um para o outro, Mestiço ergueu animado seu machado no ar.

— ATACAR! - gritou Mestiço correndo para a caravela incentivando o resto de nós a fazer o mesmo.

O “resto de nós”, incluía Hearthstone. Eu vi ele começando a correr e prontamente segurei ele pelo pulso.

“Não vá! Vai desmaiar que nem a Sadie quase desmaiou a pouco!” sinalizei apontando para ela que estava quietinha sentada no chão, emburrada, pálida, de olhos fechados, logo atrás de Anúbis que estava claramente servindo de última barreira entre o caos da caravela e nossos dois magos exaustos “Fique. Vai ser mais útil aqui descansando. Ainda temos que lidar com o monstrengo feioso no resto do trajeto mesmo.”

“Tá…” sinalizou Hearthstone irritado.

Eu suspirei cansado acompanhando Hearthstone com o olhar enquanto ele sentava logo ao lado de Sadie. Preparei meu arpão e inspirei fundo antes de olhar para Anúbis.

— Cuida dele, por favor. - pedi e ele afirmou com a cabeça, um pouco cansado, notei.

Então lá fui eu, atrás do resto do pessoal, me juntar ao caos na caravela e entender quem raios queria tanto afundar a gente.


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Notas finais do capítulo

por hj é só. semana que vem vai ser a fic do Anúbis. agora é intercalando as duas fics bem justamente :3



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