Os Deuses da Mitologia escrita por kagomechan


Capítulo 111
ZIA - Loucura no Trânsito


Notas iniciais do capítulo

ULTIMO CAP DO ANO O/
faz bastante tempo que a dona Zia não narra, mas aqui está ela para matar a saudade de vocês.
acabei sem desejar feliz Natal pra quem só lê essa, pq a fic do Anúbis coincidiu mais perto o dia então feliz Natal para quem não recebeu meu feliz Natal na outra fic e feliz ano novo pra todo mundo! :3
esse cap foi terrivelmente difícil de escrever e tô insegura nele kk então sejam gentis com as críticas se existirem ok? kk

no momento, estão nos EUA os grupinhos:
— Em Las Vegas, indo para Nova Roma: Hazel, Annabeth, Zia, Kayla, Grover
— Em Phoenix: Percy, Piper, Meg, Apolo
— Indo para Europa: Reyna
— Nova Roma: Frank, Lavínia
— NY: Cléo, Paulo, Austin, Drew, Carter

no momento, estão em alto mar, os grupinhos:
— Indo para País de Gales : Sam, Blitzen, Hearthstone, Mestiço, Anúbis, Sadie, Will, Nico. // Maias-Astecas: Victoria, Micaela (a menina q parece Annabeth) e Eduardo (guri chato que o Mestiço deve estar querendo jogar na água).
— Indo para Nigéria : Leo, Calipso, Olujime, Magnus, Jacques, Alex, Festus

no momento, os grupos que estão na EUROPA são:
— Indo para País de Gales: Caçadoras de Ártemis (Thalia, Ártemis, etc), Clarisse
— Indo contra vontade para País de Gales: Mallory



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ZIA

O caminho de Las Vegas até São Francisco era longo. Depois de deixar Reyna no aeroporto de Las Vegas, Annabeth dirigiu até a pequena cidade californiana de Barstow, onde paramos num McDonald 's para comprar comida, ir ao banheiro, trocar de motorista e também passamos num posto de gasolina de lá. Ter muita gente no carro era extremamente útil para podermos dirigir mais com menos necessidade de parar por muito tempo para o motorista descansar. 

A próxima no volante, e responsável por levar-nos até a cidade que tinha o nome cômico de Los Banos, fui eu. O trajeto final seria responsabilidade de Annabeth, mas paramos no estacionamento do Starbucks de Los Banos antes para trocar de motorista mais uma vez. Fizemos isso o mais rápido que conseguimos apesar de umas corridas até o banheiro.

— Temos que ser rápidos e atentos. - disse Annabeth ligando o carro - E estarmos preparados ao mesmo tempo. Se julgarmos o que aconteceu com o pessoal em Nova York e com o Carter quando tentou voltar para casa, é provável que tenham monstros esperando por nós.

— Podemos tentar contar com um pouco de sorte também né? - perguntou Grover.

— Quando foi que a gente teve sorte nessa vida? - perguntou Hazel.

Bem, deixei eles discutindo nossas chances de chegar Nova Roma sem ter que passar por um conflito no meio do caminho. Apesar de estar de fato curiosa como era Nova Roma, e se me deixariam entrar lá, eu estava mais preocupada com Carter. 

Enquanto eu dirigia, Kayla ficou responsável pelo meu celular. Eu tinha dirigindo só alguns minutos quando Carter ligou e mandou algumas mensagens. Kayla ajudou muito para a comunicação funcionar, já que eu tinha que prestar atenção na pista. Agora que eu não tinha um volante em minhas mãos, parei para ler as mensagens de Carter direito.

Ele estava bem, mas estava cansado e dolorido, tal como tinha dito na chamada de vídeo. Mas a informação nova que as mensagens traziam era que ele iria dormir cedo e provavelmente só acordar depois do almoço de amanhã. O fuso horário entre São Francisco e Nova York era simplesmente absurdo, então com certeza Carter já estava dormindo muito bem a muito tempo.

— Tá tudo bem? - perguntou Kayla provavelmente ao ver eu olhando para o celular pensativa.

— Tá. - respondi - Ele foi dormir.

— Dormir é bom. Mal posso esperar para fazer isso também. - comentou Grover quase suplicante.

Sim. Dormir era bom. O sol já estava se pondo e, sinceramente, achei que estaria mais cansada depois de dirigir tanto. Mas acho que ter acordado tão tarde ajudou, o que foi bom, pois tínhamos que ficar prontos para qualquer problema. Exatamente por isso que eu já deixei minha varinha no meu colo.

Mais ou menos uma hora depois, já estávamos entrando na cidade cruzando uma longa ponte que não era a Golden Gate, mas era uma ponte ainda assim, quando ouvimos o som mais estranho que eu poderia imaginar. Era como um galo gigante infernal cacarejando. 

— Ai não… não sei o que é isso, mas com certeza é um mal sinal. - resmungou Grover.

Annabeth, sentada ao meu lado no volante, tentava ver ao redor sem tirar os olhos muito tempo da pista. Eu fui mais longe. Abaixei a janela e coloquei a cabeça para fora. O céu estava escuro mas a ponte era iluminada, então não teve como deixar de notar o dono daquele som esquisito som que sobrevoou um carro um pouco mais atrás de nós soltando seu cacarejo agudo demoníaco.

A escuridão e as luzes do poste de energia conseguiram deixar aquela coisa mais feia do que era. Eu nunca tinha visto uma galinha, ou galo, sei lá, tão feio. Tal como era comum na mitologia, o monstro era uma mistura de vários. Era um pouco menor que um cavalo, tinha a cabeça e pernas de um galo horrível, pescoço longo, cheio de escamas e espinhos nas costas como um dragão, asas de morcego e uma longuíssima e fina cauda, parte peluda, parte escamosa. 

— Tá bem atrás de nós e é grande! - declarei e imediatamente Annabeth pisou mais forte no acelerador.

— O que é? - perguntou Hazel colocando a cabeça para fora também do mesmo lado que eu.

— Não sei. Sabe o que é? - perguntei.

— Não. - respondi enquanto notava que o bicho conseguia voar mais rápido do que o carro conseguia andar.

— É uma cockatrice. - respondeu Grover, acho que olhando pela janela atrás de Annabeth, não prestei muita atenção pois notei que o monstro parecia prestes a mergulhar em cima do nosso carro.

— ANNABETH! ESQUERDA! - gritei.

Entendendo muito bem apesar das poucas palavras, Annabeth repentinamente trocou para a faixa da esquerda. Estávamos em uma longa ponte. Tudo o que podíamos fazer era trocar de faixa. 

O movimento brusco teria me derrubado no meio da pista se não fosse a porta firmemente fechada, mas a melhor parte foi que a Cockatrice bateu de cara no chão e rolou dolorosamente no asfalto logo ao meu lado e, para não cair na dúvida de se levar uma rodovia na cara era suficiente ou não para nos dar alguns minutos de dianteira,  rapidamente preparei minha varinha e rapidamente lancei uma bola de fogo contra o monstro. Pelos gritos, ele não gostou nada. Mas o lado bom era que rapidamente ficava para trás enquanto Annabeth burlava todos os limites de velocidade. 

— De que mitologia é esse bicho? - perguntou Hazel.

— Sei lá. Não vi o passaporte dele. - respondeu Grover.

— Grover, rápido. Troca comigo. - pediu Kayla apressadamente.

— Ah.. quê? Tá… - disse Grover.

Olhei para dentro por tempo suficiente para ver o nó que havia se formado no banco de trás enquanto Kayla tentava ter para si a janela que Grover até então estava com a cabeça para fora. Me segurei firme ainda com certo receio de manter a cabeça para fora pois Annabeth acelerava muito rápido desviando dos carros no meio do caminho fazendo a gente se sacudir bastante de um lado para o outro.

Um carro buzinou irritado quando passamos rápido demais ao seu lado e, eventualmente, nosso novo amigo não tão amigável assim estava de volta cacarejando bem alto e, obviamente, bem irritado. Notei que ele parecia meio queimado e que o mergulho no asfalto fez ele quebrar a ponta do bico, mas um mergulho nas águas que cercavam a ponte claramente tinham resolvido o problema do fogo.

Uma batalha com os ataques lançados de dentro de um carro estava longe de ser o ideal, mas mesmo assim, ele estava longe o suficiente para eu considerar difícil eu acertar o alvo no momento. Mas alguém com uma pontaria melhor do que eu tinha ideias melhores.

— Grover, Hazel, me segura! - pediu apressadamente Kayla.

— O QUE RAIOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO?! QUER SE MATAR?! - perguntou Grover.

— Se me segurar isso não vai acontecer! - ralhou Kayla - E Annabeth, por favor toma cuidado comigo aqui também.

— Vou tentar! - garantiu nossa motorista.

Observei a agitação que acontecia no banco de trás do jeito que dava, e fiquei chocada com a loucura de Kayla quando ela colocou parte do corpo para fora da janela enquanto segurava seu arco-e-flecha. Com as duas mãos ocupadas, a única coisa que impedia ela de cair e sair rolando pelo asfalto eram suas costas apoiadas na janela e Grover e Hazel desesperadamente segurando as pernas e cintura dela.

Naquele momento, ela pareceu a pessoa mais incrível do mundo apesar de a visão de dentro do carro não estar nada deslumbrante. Ela parecia tensa e preocupada enquanto o vento bagunçava insistentemente o cabelo dela, mas ela também estava muito concentrada preparando uma solitária flecha apontando para nosso rival que soltou mais um cacarejo agudo e estridente.

— Não tem nenhum carro por alguns metros, caso queira aproveitar essa chance. - declarou Annabeth.

Aparentemente era tudo que Kayla precisava, pois ela soltou a flecha que cortou o ar e acertou bem na axila da Cockatrice. O monstro gritou e perdeu um pouco de altitude e velocidade por uns segundos enquanto lidava com as consequências do golpe. Já Kayla, talvez mais confiante por sua ideia suicida ter dado certo, pegava outra flecha dentro do carro na sua aljava encostada na porta sem querer mexer na posição perfeitamente montada.

— Me segura por favor… - pediu Kayla mais uma vez enquanto preparava sua flecha.

— Estamos segurando o mais forte que conseguimos. - garantiu Hazel.

— Tem um túnel vindo. Eu tenho uma ideia! - disse Annabeth.

Eu entrei no carro e olhei para o tal túnel que se aproximava. Era um túnel normal. Alto e largo com uma grande e grossa parede de concreto que separava os carros de um pequeno morro com umas antenas de televisão no topo. Morro este que aparentemente iríamos cruzar em alguns instantes.

— Qual o plano? - perguntou Hazel enquanto Kayla soltava mais uma flecha, que eu não vi onde acertou na Cockatrice, mas ouvi o grito dela para confirmar que acertou.

— Elevação Térmica. - explicou Annabeth.

— Annabeth, por favor, fala nossa língua! - pediu Grover.

— O que é isso? - perguntei.

— É quando os pássaros usam áreas de ar mais quente para planar mais alto mais facilmente. - explicou Annabeth - Afinal o ar quente sobe e o ar frio desce. Zia, acha que consegue fazer uma chama bem quente e talvez com um pouco de vento para cima? Se conseguir, quando o túnel estiver mais perto, você pode lançar bem embaixo da Cockatrice sem necessariamente acertar ela. Se conseguir manter por algum tempo, ela vai tentar evitar a chama e, espero, indo instintivamente para cima. Se ela não fugir para cima, a física vai fazer o resto e forçar ela para cima já que ela fica com asas bem abertas.

— Se a Cockatrice subir… ela vai dar de cara no túnel. - disse Hazel esperançosa vendo a genialidade do plano enquanto ainda segurava Kayla.

— Ok. Me avisa quando a ponte estiver perto e for a hora. - respondi.

— Ok. - respondeu Annabeth olhando pelo espelho retrovisor o quão longe o monstro estava.

Eu segurei a alça do teto do carro e testei, com alguns puxões, o quão resistente ela realmente era. Satisfeita, mas ainda apreensiva, coloquei mais do meu corpo para fora da janela do que da primeira vez. Literalmente sentei na janela enquanto uma das minhas mãos se segurava com toda a minha força na alça torcendo para que Annabeth não tivesse que movimentar o carro para o lado errado.

A Cockatrice, que já contava com três flechas no corpo, uma delas adquirida enquanto eu me ajustava na janela, estava mais do que irritada mas ainda estava um pouco longe demais, assim como a ponte. Ansiosa com ter que fazer tudo no segundo perfeito, eu respirei fundo e juntei toda a minha força mágica para aquele golpe enquanto minha força física se preocupada em não deixar eu cair da janela.

O vento estava forte e meu cabelo ia para a minha boca, mas eu prestava mais atenção em cada centímetro se perdia na distância entre nós e a irritada Cockatrice. Kayla me acompanhava na loucura para fora da janela, provavelmente para já estar lá caso eu precisasse de ajuda.

— Annabeth… - pedi sem ousar dar mais detalhes pois não sabia quanto o monstro nos entendia.

— Só mais um pouco. - pediu Annabeth.

Passamos rápido por um carro que gritou “MALUCO!” pela janela e eu não sabia o que era mais maluco, as duas pessoas para fora da janela perigosamente, ou nossa motorista que claramente tinha descoberto qual era a maior velocidade que o carro conseguia alcançar.

A Cockatrice se aproximava, cada vez mais perto, perigosamente perto, se mostrando burra demais para notar que nossa falta de ataques era a provável consequência de um plano. Logo ela estava perto demais para o gosto da minha ansiedade, mas felizmente Annabeth gritou:

— AGORA!

Meu braço doeu com tantos esforços ao mesmo tempo, mas lancei a mais longa e ardente chama na altura dos pés de galinha da Cockatrice, formando um longo tapete de fogo que cobria toda a extensão de mim até ela e mais um pouco. Ela gritou e numa mistura de desespero para fugir do fogo e pura física, a Cockatrice subiu de altitude rapidamente e então, ela bateu com um barulho nojento no topo da entrada do túnel que nos engoliu.

— DEU CERTO! - comemorou Kayla.

Sorri aliviada enquanto todos riam pela aventura louca que acabamos de ter. Meu braço doía pelo esforço em me manter segura na janela e Annabeth continuava a correr.  

O túnel era curto. Num piscar de olhos estávamos na claridade novamente e agora na outra metade da ponte. No horizonte, estava a cidade. Quando a cidade foi se aproximando com a promessa de menos pistas enormes e retas, Annabeth foi diminuindo a velocidade.

Alguns minutos antes, éramos um carro doido cruzando a ponte no máximo de velocidade que o carro conseguia rodar. Alguns minutos depois, viramos um carro doido cruzando a cidade no mais rápido que nossa motorista conseguia dirigir sem nos matar no processo. Não tínhamos sobrevivido a uma Cockatrice para morrer num acidente de carro.

Por alguns minutos, tudo estava bem. Conseguimos respirar e aparentemente estávamos bem perto de Nova Roma. A cidade ficava para trás e o mato voltava ao nosso redor quando eu olhei para o lado e vi uma Cockatrice diferente, segundo o fato de estar inteira e ter escamas de outra cor confirmavam, pronta para se chocar com o nosso carro. Foi muito em cima da hora, não tive tempo de fazer qualquer outra coisa além de gritar.

— CUIDADO!

A janela ao meu lado se quebrou e, apesar de ter me encolhido e me virado por instinto, senti os cacos de vidro cortando o braço que levantei para proteger o rosto e me acertando na orelha e na cabeça também.

O carro se inclinou com o impacto erguendo as rodas do meu lado do carro para o ar, Annabeth tentou nos controlar o volante para que não capotassemos, um grito estridente preencheu meu ouvido enquanto a Cockatrice parecia mais interessada no banco de trás do que em mim. Foi tudo muito rápido, ouvi gritos vindos do lado de trás, gritos dos meus amigos, ouvi então golpes, um grito da Cockatrice e então o carro bruscamente se ajustou com um impacto que me fez sentir o cérebro chacoalhando na minha cabeça.

Annabeth parou o carro de qualquer jeito. Ofegantes e descabeladas, eu e ela olhamos para trás e vimos os demais igualmente descabelados e ofegantes. A janela ao lado de Hazel estava quebrada, Hazel segurava uma espada ensanguentada e estava ela mesma com cortes horríveis dos braços, pernas e rosto. No rosto e braços pareciam obras do vidro que se quebrou, mas o resto eram bicadas horríveis e profundas da Cockatrice. 

O sangue de Hazel jorrava e ela parecia prestes a desmaiar. Mas o lado bom nisso tudo era que ela segurava uma espada ensanguentada na mão, enquanto o longo pescoço da Cockatrice estava desconectado do resto do corpo.


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Notas finais do capítulo

mais uma vez, feliz ano novo. semana que vem talvez eu tenha cap novo dessa fic e da do Anúbis tbm se eu conseguir escrever ambos kkk porque dia 13 de janeiro EU TO INDO PRO EGITO!! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!! então... vcs vão ficar sem cap até eu voltar kkk mas aí em Fevereiro voltamos com caps semanais de alguma das fics. :3 no caso, vai ser um cap dessa e depois uma do Anúbis e assim vai.
enfim, feliz ano novo ♥



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