Angels and Demons escrita por PoneiMikaelson


Capítulo 6
V - 2ª parte


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Desculpem a demora! Este foi um capítulo que eu gostei de escrever, mas não tenho a certeza se ficou demasiado longo ou não, fiquei com a impressão de que talvez tenha posto demasiada informação condensada.

Enfim, mais uma vez, o Thomas e a Pipa vão ter um dos seus momentos de amor/ódio (só para que conste, se mais alguém tiver sentimentos contraditórios em relação a este ship, que me avise porque depois deste capítulo não faço a menor ideia de como os vou por em termos "românticos", por assim dizer, de novo, mas... moving on!)

Gostava muito de ter a vossa opinião, se estão a gostar ou não, não precisa de ser um comentário grande, como comentei uma vez com uma escritora um simples "Continua" e eu já ia venerar esse leitor até à eternidade (*talvez esteja a exagerar um pouco -_-*).

Decidi fazer uns aesthetics para a fic sobre as personagens. Até agora só o da Philippa é que eu considerei bom o suficiente, mas se alguém quiser fazer é só mandar MP. Eu ficaria muito feliz se alguém estivesse interessado :)
Aqui está o link: https://lilyaldrinericksen.tumblr.com/

Ok, acho que as notas já ficaram demasiado grandes por isso vamos ao capítulo!
Boa leitura ♥


Capítulo editado (aspetos técnicos)



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 V

 

Sons, palavras, vozes, pessoas.

O cérebro de Philippa lutava para restabelecer as ligações com o mundo exterior, mas nada acontecia. Sentia-se presa numa jaula invisível, incapaz de gritar, incapaz de sair, incapaz de desviar o olhar.

Escutava as vozes das pessoas que passavam perto de si, a conversa de circunstância da qual Kol se tentava livrar sem ter de recorrer à violência, mas nada acontecia. Os seus olhos estavam presos no outro lado da sala em dois pontos azuis, que mesmo aquela distância, pareciam espelhos daquilo que ela era.

Sentiu o calor aflorar às bochechas enrubescendo-as de raiva, enquanto os olhos adquiriam uma coloração escura, sinal das barreiras que se esforçava para erguer à sua volta.

Detestava aquela imagem.

Frágil, insegura, infeliz. Aquilo era tudo o que desprezava, tudo o que esnobara nas pessoas que conhecera ao longo da vida não tendo outro remédio para o convívio com elas senão o revirar de olhos sempre que se encontrava fora do seu olhar, tudo aquilo do qual se procurara afastar, aproximando-se pelo contrário daqueles que para si constituíam-se a completa antítese daquilo, sempre fortes, confiantes, seguros, selvagens, tudo aquilo que desejava para si e sabia não poder ter.

Thomas curvou os lábios num sorriso, divertido. Imediatamente, o seu rosto atingiu temperaturas astronómicas, controlando-se para não ceder aos desejos sádicos que cruzavam a sua mente de lhe arrancar a cabeça naquele instante.

Como é que aquele ser se atrevia a sorrir? A dirigir-lhe um sorriso?

Presa neste tipo de pensamentos, não ouviu o baque das múltiplas luzes do candelabro a quebrarem-se ou o som das vozes, algumas assustadas outras iradas, a afastar-se. À sua volta moviam-se somente manchas que cortavam de tempos a tempos a troca de olhares com o Whestchappell.

Não sentia os encontrões das pessoas atarefadas que circulavam à sua volta, e isso começava a assusta-la. A sua cabeça, como num apito intermitente, dizia-lhe para sair dali, mas não conseguia sequer focar o cenário em que se encontrava e os seus músculos recusavam-se, teimosos como cada parte de si, a colaborar.

Sentiu uma mão quente agarrar o seu pulso e logo a sua temperatura corporal desceu abruptamente. Os seus braços envolveram o pescoço do Original num aperto feliz, genuinamente feliz, por este ter sido capaz de a salvar do seu cérebro corrosivo, beijando os seus lábios sofregamente.

— Pipa… Tu… estás bem? – perguntou Kol, risonho pela adorável surpresa, descolando as suas bocas apenas o suficiente para produzir aquelas palavras.

A morena assentiu, sorridente, como se estivesse perante o melhor presente de todos os tempos, fazendo-o franzir o sobrolho visivelmente confuso. Contudo, a sua confusão apenas aumentou quando esta encarou o estrago atrás deles.

— O que é que aconteceu? – indagou lívida, alternando o olhar entre o Original e os corpos de alguns vampiros que jaziam sobre o local, incinerados pelo pequeno incêndio causado pelas lâmpadas partidas do candelabro e logo apagado por Freya, que reconheceu do outro lado do círculo formado ao redor do caos, encarando o cenário com uma expressão desiludida.

— As luzes explodiram. Provavelmente alguma bruxinha decidiu sabotar a festa. – explicou o Mikaelson com uma careta. Elijah fez-lhe sinal para que se juntasse ao grupo dos irmãos, reunido junto a Freya, e com um singelo beijo na sua orelha, o vampiro afastou-se, seguindo despreocupadamente o trio que cortava caminho no meio da multidão.

Estás bem?

A Lancaster voltou-se bruscamente ao som daquela voz. A ousadia de Thomas não deixava de a enfurecer, especialmente agora, misturada com a amargura e acidez e todas as outras qualidades deploráveis que adquirira ao longo dos anos. A cólera que a atormentava parecia atingir o bruxo e logo este se voltou de novo para aquela espécie de fogueira, ainda próximo o suficiente dela para sentir o seu perfume ou tocar os seus dedos como desejava, caso ela não os tivesse escondido nos seus braços cruzados.

Philippa, pelo contrário, deixou-se a observá-lo por largos segundos com a cara fechada. Tinha alguma consciência dos olhares que os outros convidados lhes deviam dirigir perante o acontecimento insólito - um arrufo de namorados entre os parceiros de Kol e Freya Mikaelson -, mas isso não lhe interessava. Por uma vez, um sentimento fora capaz de ofuscar a dor que a magoava sempre que, agindo, como de costume quando se tratava deles, antes de pensar, cruzava olhares com Thomas - raiva — e não iria deixá-lo passar tão facilmente agora que podia finalmente exigir as respostas às perguntas que martelavam na sua mente desde que o reencontrara.

 

Josie levou a bebida aos lábios vermelhos, os olhos ainda postos na cena a seus pés. Não era nada demais, na realidade, a morte era uma constante em New Orleans com a qual, querendo ou não, tinham de lidar, contudo, não esperara vê-la naquela noite.

Não sabia ao certo porque se surpreendia. Os Mikaelsons tinham mais inimigos do que poderiam contar e mesmo a figura angelical de Philippa não conseguia apagar a raiva que mais de metade da população da cidade nutria por eles.

No entanto, algo ali estava errado.

Não era suposto haver mortes naquela noite, os Originais tinham-se certificado disso, convidando educadamente - ou o máximo que sua rudeza roçava as boas-maneiras - as várias fações do Quarter para um baile de boas-vindas a uma velha conhecida. Contrariamente ao resto dos convidados, a jovem híbrida ficara agradada com a ideia de conhecer a vampira capaz de fisgar o coração do mais selvagem dos Mikaelsons, e embora com custo conseguira convencer o resto da matilha que liderava a atender ao convite.

Olhou novamente os quatro corpos espalhados, dois esmagados pelo candelabro e os restantes um pouco mais afastados, queimados.

Para a sua felicidade e sanidade de Klaus e Elijah, nenhum dos seus lobos fora um dos tristes visados, mas algo naquela situação não deixava de a incomodar.

O híbrido fora rápido a atribuir o dano a uma bruxa, provavelmente Davina que, ainda apaixonada por Kol, se recusara, assim como a restante fação das bruxas, a comparecer no baile.

— É demasiado fácil…— pensou, encrespando a testa numa tentativa de desvendar o problema.

Bufou. A bebida no seu copo acabara e os seus lábios, assim como a sua mente, precisavam de novo estímulo para continuar a trabalhar. Passou o olhar pelas pessoas que circundavam a cena com uma curiosidade mórbida. A maior parte das pessoas afastara-se ao ver a pouca importância que os anfitriões davam ao sucedido, regressando à pista de dança, ao bar ou às conversas.

Franziu o sobrolho ao ver a Lancaster e o Whestchappell trocarem algumas palavras, da parte da vampira claramente azedas, e do bruxo… um misto de divertimento e carinho, notou, não contendo as amarras que o seu cérebro insistia em colocar ao observar semelhantes sentimentos num par que se acabava de conhecer.

Thomas tocou a mão da vampira com as pontas dos dedos, um gesto suficientemente significativo para fazer a mulher recuar de imediato, quase como se o toque dele a queimasse, antes de se retirarem do salão principal.

Aquilo era estranho, mas Josie era rápida a encaixar as peças de um puzzle. Discretamente, baixou-se, pegando num dos vidros espalhados pelo chão. Soltou um gemido, enrugando os lábios ao ver a sua mão queimada como se tivesse tocado em acónito.

— Esta é realmente uma noite cheia de surpresas…

 

O frio da noite enrubescia as bochechas de Philippa. Os cabelos prostravam-se frente aos seus olhos, obrigando os seus dedos a moverem-se do varandim gelado até estes, para os arrumar.

Em algum momento, a raiva evaporara-se da sua mente sem que se apercebesse, deixando somente a caixa negra vazia que pintara no local antes ocupado pela alegria e felicidade quando se tratava de Thomas. Não sabia mais se conseguia mostrar-se à humilhação que era conversar como se nada tivesse acontecido com a pessoa que amara mais do que a si própria.

De costas para ele, no interior do quarto, seguia atentamente com um sorriso triste as palavras desconexas do feitiço que realizava. Quando namoravam ele ensinara-lhe o significado de alguns trechos, mas essa era uma memória que há muito se esforçara para esquecer.

Fechou os olhos quando os sons cessaram, retomando o caminho de volta ao quarto, não evitando o sentimento de se tratar uma prisioneira, destinada a caminhar em direção à morte.

Não se sentia desconfortável perto dele. Por mais que o tentasse negar, era somente junto de Thomas que conseguia ser unicamente ela própria, sem atender às suposições de perfeição que os outros faziam dela. Sentia-se, no entanto, triste. Mais uma vez, a dor arranjara uma forma de penetrar as barreiras que ela lhe impunha.

Mantendo há alguns segundos os olhos postos no pedaço de tecido negro do vestido que tomava entre os dedos, reuniu finalmente a coragem para os erguer até às orbes claras do bruxo. O sorriso desafiador já não se encontrava nos seus lábios, atraindo agora a sua atenção as rugas preocupadas que sulcavam a sua testa.

Culpa? Não, ele não era capaz de sentir culpa, arrependimento, talvez, mas não culpa, nunca culpa.

— Philippa?

Sentiu o seu corpo enrijecer ao escutar a voz dele perto de si, voltando lentamente o seu rosto até ao dele. O cheiro da sua colónia misturada com o álcool começava a fazer efeito sobre si, fazendo-a desviar os olhos dos seus lábios em movimento sempre que estes aí se prendiam durante mais do que o apropriado.

Thomas estava tão perto. Era realmente assim tão errado? Só queria tocar os seus lábios nos dele uma última vez, mas sabia que tanto a sua mente como o seu corpo não acreditavam naquela premissa e muito menos a concretizariam, mas o desejo persistia. Ao longe, no fundo da sua cabeça, o rosto de Kol surgia diluído, um sorriso triste, tal como muitas vezes presenciara. Estreitou os olhos, tentando focar aquela imagem, mas essa escapa-se-lhe por entre os dedos, desaparecendo à medida que a ela se tentava agarrar, lembrando-se da dor que nele provocaria se cedesse àqueles instintos carnais.

— O que raio é que estás a fazer em New Orleans?

A pergunta atingiu-a com surpresa, fazendo-a recuar um passo.

— Desculpa?

Ele humedeceu os lábios rapidamente, levantando finalmente os olhos até aos seus.

— New Orleans não é mais a cidade segura em que viveste há cinquenta anos.

— Eu consigo tomar conta de mim, obrigada pela preocupação. – respondeu, com uma risada irónica, cruzando os braços à frente do peito, esperando pela sua resposta.

— Tu tens de te ir embora!

As sobrancelhas da vampira arquearam-se, juntando-se de seguida num misto de incredulidade e confusão ao escutar o seu tom exaltado. Parecia que algo o impedia de falar todas as coisas presas na sua garganta, fazendo a maçã de adão subir e descer em sinal do seu nervosismo. Philippa apertou as mãos, esperando ansiosa por uma explicação para aquele pedido inusitado. Thomas era geralmente um mestre a esconder as suas emoções, nada que se comparasse a ela que, embora fosse também bastante hábil nesta matéria, entregava tudo a um mero sorriso ou beijo dele. Mas Thomas não era assim. O seu autocontrole permitia-lhe resistir-lhe durante muito mais e em situações delicadas como aquela que experienciavam a sua guarda raramente estava em baixo.

— Antes… antes que alguém cometa uma loucura que ponha em risco as nossas vidas! – completou num suspiro, fechando os olhos, ao mesmo tempo que os dela se arregalavam ao sentir as suas mãos apertarem as suas.

Deixou-se assim ficar durante alguns momentos, incapaz de se mover ao seu toque, até que o seu corpo deu novamente sinais de vida. Piscou várias vezes, puxando as suas mãos, o cérebro retomando o ritmo frenético ao qual ele a roubara.

— Não! – Ele abriu os olhos ao ouvir a sua resposta perentória - Eu vivi os meus anos mais felizes nesta cidade, eu não vou sair daqui, muito menos sem razões para o fazer! Caso te tenhas esquecido não sou mais a porra da tua cadelinha e não será essa tua expressão de “preocupação” que me vai fazer recuar!

O homem franziu o sobrolho, observando com um sorriso divertido a pequena explosão da vampira.

— Parece que o Kol sempre conseguiu trazer ao de cima a Philippa que ele andou a ensaiar durante tantos séculos! - afirmou com um sorriso pérfido. A máscara que se esforçara por aguentar enquanto lhe pedia delicadamente para deixar a cidade, caindo sem subtilezas aos seus pés mostrando a faceta horrenda por debaixo desta - Diz-me, querida, gostas de saber que estás no escuro? a viver na mais perfeita das ilusões, longe da realidade, de tudo o que se passa ao teu redor, presa numa gaiola, como o ser frágil em que ele te tornou?

O seu tom saía jocoso, como se de uma piada privada se tratasse, misturado com o que ela reconheceu como raiva e alguma amargura. Uma análise mais detalhada teria certamente desvendado a emoção que motivava tudo aquilo, mas a fúria que ele provocara nela obturara todos os restantes sentidos.

Com rapidez, a mão da Lancaster alcançou o manípulo da gaveta. Abrindo-a, tateou com a segurança que apenas uma memória demasiadas vezes vivida lhe podia dar, até o metal gelado da fina adaga tocar a sua pele. Antes que ele pudesse sequer formular a seguinte palavra, o seu corpo pressionava-o já contra a parede do quarto, a lâmina roçando o seu pescoço. Thomas estabilizou rapidamente o ritmo cardíaco, parecendo fechar-se de novo em copas, a máscara retomando o seu caminho até à sua face, cobrindo todas as emoções que de algum modo o pudessem comprometer, enquanto ela lutava para encontrar as palavras certas para expressar a confusão que baralhava os seus pensamentos.

— Como é que ele se atreve a falar desta forma de Kol?

Ao longo das poucas semanas desde que estavam juntos ele não fizera nada senão agradá-la, fazê-la sorrir de felicidade após décadas de alienação, esperar até que ela se sentisse preparada para o tipo de relação que ele ambicionava, enquanto ela… ela era a reles de uma vadia que mesmo comprometida acedia a encontrar-se sozinha com a mesma pessoa que a assombrava desde que estilhaçara o seu coração.

— Eu não sou frágil! – cuspiu com raiva, erguendo o tom à medida que proferia aquela palavras, vendo pela primeira vez uma sombra de surpresa e medo relampejar nos olhos dele - E se alguém destruiu uma parte de mim foste tu! Tudo o que o Kol fez foi alimentar sentimentos indevidos… por uma pessoa que não o merece…

A adaga embateu no chão com um barulho surdo, assim que a vampira desapareceu do quarto como um furacão, deixando Thomas no seu interior, só.

O bruxo mordeu o lábio inferior com força, fechando os olhos, enquanto as unhas se fincavam nas palmas das mãos. Deixara as suas emoções passarem sobre a sua racionalidade.

Errara. E não se podia permitir a errar.

Subestimara o poder que o Original detivera sobre Philippa no tempo em que estivera afastado. E subestimara também o ressentimento que ela guardava dele.

Kol. Kol era o obstáculo que o separava da morena. E ele, tal como qualquer obstáculo, teria de desaparecer se queria obter sucesso no seu plano. 

 

A voz do atendedor soou pela quarta vez no telemóvel de Philippa enquanto este caía no seu colo. Sentada na sarjeta em frente à qual os automóveis estacionavam em fila, recolhendo os seus passageiros, a linda vampira pendia a cabeça de ombro em ombro ao som da música lenta que transpunha as paredes da mansão, parecendo apenas contribuir para a sua tristeza. As palavras de Thomas ecoavam na sua mente com desprezo. Ele sabia o quanto ela detestava parecer e ser frágil, sabia o quanto ela se importava com o Mikaelson e usara tudo isso contra ela.

Ainda as suas palavras não tinham surtido o poderoso e completo efeito que era suposto, um carro parou bruscamente a poucos metros de si. A robusta porta negra de vidros esfumados abriu-se, revelando Klaus e Elijah que seguravam nos braços um Kol inconsciente. O sangue seco que manchava o seu pescoço e a camisa branca, fizeram a mulher abriu os olhos em horror, aproximando-se imediatamente do trio com a velocidade sobrenatural.

— O que raio aconteceu? – perguntou, alternando o olhar entre os rostos de Klaus e Elijah, um fervendo de raiva e o outro embaraçado pela preocupação e culpa que certamente corroíam cada parte do seu interior, e o corpo inanimado do Original. A Lancaster levou uma das mãos até aos dois pequenos buracos no seu pescoço, fazendo uma pequena carícia no seu rosto.

Não se conseguia decidir se sentia mais fúria pela inconsequência dos três e lacuna de proteção que, mesmo provada pelas inúmeras vezes em que o mais novo morrera, lhe prestavam, ou preocupação e culpa por não ter estado ao seu lado quando ele precisara da sua ajuda.

— Problemas com os malditos Anjos! – respondeu o híbrido, largando o braço esquerdo do irmão que segurava, fazendo-o cair de joelhos no asfalto, logo amparado por Philippa e Elijah, seguindo a passos duros em direção ao edifício.

— Kol foi mordido por um deles. O seu veneno é letal para um vampiro, tal como o veneno de lobisomen. Niklaus deu-lhe o seu sangue, deve estar recuperado em algumas horas. – explicou o mais velho, afastando-se com uma breve expressão de apoio, provavelmente temendo a reação irascível do loiro.

A Lancaster aproximou o corpo do Mikaelson do carro, olhando ao redor como que a certificar-se de que se encontrava sozinha. As suas orbes ficaram negras, veias surgiram debaixo destas, enquanto as suas presas afiadas rasgavam o seu pulso, levando-o à boca do Original. Ajeitou o homem no banco do passageiro, circulando o veículo e adentrando o carro, acomodando-se ao lado deste.

— És a única droga que ainda funciona em mim, Pipa. – murmurou Kol, debilmente. Os seus olhos entreabriram-se por escassos momentos, os seus dedos afagando gentilmente a mão dela, perfeitamente encaixada no meio das suas. A morena sorriu, inclinando-se sobre ele com cuidado e depositando um beijo nos seus lábios, observando-o adormecer antes de ligar o carro.

Rodou as chaves, compondo o espelho. O seu coração pareceu congelar no peito ao ver a figura de Thomas Whestchappell parada a alguns metros deles. Piscou várias vezes, tentando recuperar o sangue-frio. Desviando os olhos dos dele, inquisidores, carregou no acelerador, engolindo em seco enquanto transpunha os portões da mansão.


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Notas finais do capítulo

Talvezzzz o gif tenha ficado demasiado fofinho para aquilo que eu queria, mas vou deixar estar rsrsrs
Já agora se alguém tiver problemas a ver o link do tumblr avisem-me. Ainda estou a aprender a mexer com aquilo :/

Se não der muito trabalho, comentem por favor. É mesmo importante para mim ter a vossa opinião. A história ainda está no início, mas no próximo capítulo vamos já perceber um pouco mais da "confusão" que se está a passar em New Orleans e o porquê de todas estas lutas e alianças.
Fiquem ligados (*tão cliché, mas apeteceu-me, estou-me a sentir extremamente espirituosa com as minhas piadas secas hoje*)!

— Beijos, PoneiMikaelson



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