Memórias de Um Anjo Imperfeito escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 21
Capítulo 19 - "Ou você pode dar um alô..."


Notas iniciais do capítulo

Oláa!!

Esse capítulo é só para deixar as leitoras curiosas... Exceto a Jeh, claro.. hsuahsuahush... Espero que gostem. Quero ver as suposições nos reviews hein!!

Beijinhos



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Capítulo 19 – “Ou você pode dar um alô...”

“O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, como guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até pra mim.” (Bella - Lua Nova)

Era meio dia, o cheiro da comida que Renée fazia pairava pela casa. Charlie estava fora, em Seattle, ajudando nas buscas de um desaparecimento de um jovem chamado Riley Biers. Renée tinha um semblante preocupado, quase não dormia. Sua cabeça estava sempre preocupada com Bella.

Bella abriu as cortinas brancas, arrumou o cabelo em rabo de cavalo e pegou a rosa branca. Antes de sair, ajeitou uma das fotos dela com Edward, que estava caída em seu criado-mudo. Respirou profundamente e então saiu do quarto. Sentiu como se um elefante fosse tirado de seus ombros.

- Mãe?

- Bella?! O que houve, você está bem? – Renée encarou a filha de cima a baixo e viu que ela tinha suas mãos atrás do corpo. – O que tem ai?

- Isso.

Bella mostrou à linda rosa branca, que chegava até a emanar algum brilho fraco de suas pétalas. A fragrância de rosa era sentida em toda à cozinha. Na casa ao lado, Carlisle chegava em casa para almoçar e então voltar ao seu turno no hospital, quando viu a mesma rosa em cima de uma mesinha na sala de estar. Ele pegou-a gentilmente e mostrou a Esme.

- Não querido, eu não comprei flo-

- Edward. – Carlisle riu baixo, como há tempos não ria. – Obrigado, filho.

[...]

- Oh, coloque aqui. – Renée apontou para um jarro comprido e fino. Bella colocou um pouco de água e deixou à rosa em cima da mesa central. – Fico feliz que esteja melhor. Mas me diga, onde arranjou esta rosa tão perfeita?

- Meu... Marido. – Bella esboçou um sorriso lindo em seu rosto.

- Oh, querida, eu sei que está sofrendo e-

Uma gargalhada contagiante brotou do fundo do peito de Bella, não, brotou do coração dela. Ele já não estava mais sangrando como antes. O buraco já não estava mais lá, não havia o vazio. No lugar, havia um coração preenchido com todo amor e carinho que ela podia demonstrar ao seu amado, mesmo ele não estando lá, ao lado dela – fisicamente.

Renée riu também, compreendendo o que houvera acontecido.

- Ele lhe deu mesmo? Eu não... É tanta coisa para assimilar, Bella. – A mãe murmurou, um tanto aflita, mas ainda assim, feliz por finalmente ver a filha bem.

Renée sempre fora uma mulher forte, que tinha como lema o ‘ver para crer’. Mas mesmo parecendo loucura, ela não duvidara em momento nenhum de cada palavra que saía dos lábios da filha. Pois ela sabia muito bem que ele sempre fora digno de ser um anjo.

- E tem mais uma coisa... – Bella contou à mãe o que ele lhe disse em seu ouvido.

- Quem você quer que faça?

- Não qualquer um. – Bella disse presunçosa.

Em Seattle, Alice e Rosalie saiam do restaurante em que foram almoçar, então voltaram para a faculdade. É claro que dizer que todos eles estavam bem, era um equívoco. Todos eles estavam sofrendo, à sua maneira, lembrando pequenas coisas, pequenos momentos, que mesmo assim, faziam com que a dor da perda fosse grande.

- Acha que fizemos mal em vir para cá? Digo... Estamos de luto, nosso melhor amigo morreu. – Alice perguntava à amiga.

- Allie, eu sei que parece que somos insensíveis. Mas sabe que Edward nunca nos deixaria perder um compromisso importante por causa dele. Tenho certeza que ele está rindo disso agora. Então não se preocupe.

- Elas te conhecem muito bem. – Jamie disse a ele, sorrindo.

- Sempre me conheceram bem. – Edward acompanhou numa risada morna.

Edward e Jamie observaram a pequena Alicia, que observava o que sua mãe fazia. A pequena anjinha estava sentada em um barranco gramado, nas margens de um rio cristalino e nas águas do rio, ela via sua mãe.

- Eu sinto falta da mamãe. – Ela disse abraçando Jamie. Era natural uma criança de quatro anos sentir falta da mãe.

- Eu sei querida. Eu sei. Um dia você estará com ela de novo. – Jamie afagava os cabelos castanhos, compridos da menininha.

- Não fique triste, Alicia. – Edward sorriu e ela, imediatamente, se acalmou.”

Jasper e Emmett estavam encostados no capô do Mercedes preto. Alice e Rosalie já saiam de seu campus da faculdade, quando viram os dois.

- Você demora demais, baixinha. – Emmett cutucou a irmã.

- Ah, não enche, Emm! Eu tinha algumas coisas para pegar. Anda, põe no porta-malas! – Alice empurrou duas sacolas grandes, um manequim e dois rolos de tecido.

- Tinha mais alguma coisa que precisava trazer Alice? – Jazz riu.

Quando entraram no carro, os quatro seguiram de volta para Forks. Seria cerca de uma hora e quarenta minutos de viagem até a pequena cidade. Eles haviam resolvido, que apenas estudariam fora, pois Bella ficaria sozinha e precisava de apoio.

- Vocês não sabem o que aconteceu. – Emmett dizia.

- Ah, não.

- O que foi, querido? – Alice perguntou ao Jasper.

- Emmett vai começar de novo. Por favor, Emmett, chega dessa história!

- No away! – Ele resmungou. – Escutem. Eu estava comentando com o Jazz sobre o Ed. E quando falei dele, senti um ventinho... – Ele fez um biquinho e estremeceu.

- Ah, com medo de um ventinho, amor? – Rose riu. – Foi você quem pediu para ele dar um ‘alô’, se lembra?

- Ah, brother, sei que está aí rindo.

Você não perde uma, Emm.!” A frase soou na mente de cada um deles. Era como se fosse um silvo baixo, um assoviar tranqüilo. Sua textura era aveludada.

Não deu outra. Emmett se encolheu, mas logo explodiu em gargalhadas. É claro que nenhum deles ficou de fora. Longe dali, muito, muito longe dali, um certo anjo ria descontraidamente com as palhaçadas do amigo.

- É... Obrigada, cara.

- Vamos, Emmett, dirija olhando para frente e não para o céu, ok? – Rose bufou.

- Ok, ok.

Em Forks, Bella terminava de se arrumar para ir ao compromisso que sua mãe havia marcado. Renée terminava de secar a pia da cozinha, quando Esme entrou na casa. Ela foi direto à cozinha e por lá ficou, até que Bella descesse. Quando entrou na cozinha, percebeu a rosa branca em cima da mesa. As pétalas da rosa emitiam um brilho fraco, não como um letreiro em neon. As duas folhas verdes bem vivas contrastavam com às pétalas.

- É linda não é?

- Ah, sim, querida. – Esme sorriu. – Recebi uma também. – Elas riram baixo.

- Definitivamente, hoje as coisas estão melhores. – Bella murmurou, pensando em tudo o que havia lhe acontecido. Repassou em sua cabeça os momentos antes da partida dele e depois. Todo o sofrimento e então, a visita inesperada.

- Estão prontas? Tenho certeza que isso vai causar um alvoroço ainda.

- Não tenha dúvidas, Esme. Acho até que alvoroço é uma palavra que não define o que irá acontecer.

- Mas eu quero manter sigilo. – Bella murmurou. – Pelo menos...

- Não há motivos para sigilo querida. Tudo faz muito sentido. E se falarmos com a pessoa certa, tenha certeza que vai ser mais rápido. – Ela piscou.

- É, estou me animando demais não é, mãe? – Bella abaixou a cabeça. – Mas não tenho dúvidas.

- Se quiserem fazer do jeito certo, melhor irmos, Bella. Antes que Alice e Emmett cheguem. Sabe como aqueles dois são. – Renée pôs as mãos nos ombros de Bella e a guiou até a porta. Assim, as três saíram conversando misteriosamente.


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