Believe in your Dreams escrita por J S Dumont, Isabela Maria


Capítulo 5
Capitulo 05 - Recomeçando a vida


Notas iniciais do capítulo

olá gente, está ai mais um capitulo de Believe in your dreams, espero que gostem e não deixem de comentar, a partir do próximo as coisas começaram a ficar mais movimentadas, e está perto de começar a desenvolver o Beward, então não percam, mas enquanto isso vamos ver como Bella vai começar a se virar sozinha ;) COMENTEM QUE VOLTAMOS NO DOMINGO bgs bgs:*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/744818/chapter/5

5.

Recomeçando a vida

Demorou algum tempo para eu finalmente cair em mim e ver que eu estava sozinha, pela primeira vez eu estava podendo decidir por mim mesma e isso era ótimo, só que o grande problema é que aquilo era novo para mim, e eu estava me sentindo perdida, sem saber direito o que fazer e para onde ir.

Mesmo tendo morado a vida inteira na mesma cidade, eu não conhecia quase nada, isso porque quando eu vivia com Charlie eu passava a maior parte do tempo dentro de casa, e isso também não mudou nas semanas que fiquei com Alec, e então todo canto que eu olhava era novo e devido a isso eu fiquei quase trinta minutos andando sem rumo, as bolsas já estavam começando a pesar, e eu estava com medo, porque estava escuro, era de noite e eu estava com uma grande quantia em dinheiro e ainda com varias joias dentro da bolsa, eu poderia ser roubada, e só de pensar nisso eu ficava extremamente assustada.

Eu olhava para os lados de uma forma agitada, eu abraçava minhas bolsas com mais força, minhas pernas já doíam e o cansaço estava começando a aumentar, fiquei feliz quando finalmente eu encontrei um ponto de taxi, decidi pegar um e pedi ao taxista que me levasse para algum hotel próximo, um simples, mas que também não fosse uma espelunca, eu o paguei com umas notas que roubei do Alec e entrei no hotel, pedi um quarto e assim que entrei nele, senti-me bem mais segura.

Fechei a porta, a tranquei e em seguida sentei na cama, só então comecei a refletir sobre o que eu havia feito, eu sabia que havia agido por impulso devido o desespero, o que fiz foi extremamente arriscado, ainda mais por eu não estar longe o suficiente de Alec, eu sabia que amanhã eu precisava ir mais para longe, pois onde eu estava era muito arriscado e Alec poderia me encontrar, mas mesmo assim, mesmo com os riscos eu sabia que havia tomado a melhor decisão.

Decidi então não pensar mais e fui tomar um longo banho, ao sair do chuveiro vesti uma camisola e me joguei na cama, fiquei olhando para o teto com um leve sorriso no rosto, eu me sentia feliz só em saber que hoje eu poderia dormir sossegada, sem medo de Alec entrar no meu quarto e me atacar, então eu aproveitei e eu dormi, dormi até o dia seguinte, quando acordei e olhei para janela vi que estava bastante claro, eu não sabia que hora era, afinal, eu não tinha relógio. Então liguei a televisão e troquei de canal até encontrar o jornal, tive que assistir algumas matérias até informarem a hora, já era dez e meia da manhã, minha barriga estava roncando, então me troquei, coloquei os óculos escuros que havia trazido junto com as roupas, vesti um vestido e prendi o cabelo num coque, fui então até uma padaria mais próxima e comprei um café e um salgado, comi rapidamente. Eu sempre me assustava com cada movimento próximo de mim, eu estava com medo de ser encontrada, isso é um fato.

Depois de sair da padaria voltei para o hotel, paguei pela noite e peguei novamente um taxi, pedi para ele me levar para outro hotel, dessa vez, mais afastado. Ele realmente dirigiu bastante e parou em um hotel que só de olhar vi que era bem mais caro que o que fiquei na noite passada, ele disse que esse já ficava no final da cidade. Eu paguei o taxista e entrei no hotel, realmente ele era mais caro e eu sabia que precisaria fazer alguma coisa, se não o dinheiro iria acabar, eu ia ter que começar a vender as joias, e assim que o dinheiro das joias acabasse o que eu ia fazer?

Decidi então durante a tarde andar por ali próximo para ver se encontrava algum hotel mais barato para me hospedar, ou até mesmo uma pensão para morar, eu comprei um jornal e vi que ali havia algumas ofertas de apartamentos pequenos para alugar, eles eu pagaria por mês e com certeza gastaria bem menos do que pagar por dia um hotel.

Enquanto analisava os preços eu decidi ir até um restaurante para almoçar, pedi um prato barato que havia no cardápio, afinal, eu não poderia ficar esbanjando dinheiro, e enquanto folheava o jornal, notei a aproximação de alguém, olhei então para cima e então avistei um homem, ele estava um pouco sujo e assim que sorriu vi que tinha algo verde grudado nos seus dentes, eu tentei disfarçar e desviei o olhar, ele deveria ter em torno de quarenta anos, sua pele era um pouco enrugada e os cabelos grisalhos.

— Oi, eu estava te olhando, e não pude deixar de me aproximar para dizer que te achei uma gracinha... – ele falou, sorri forçadamente para ele, tentando ser educada.

— Obrigada! – agradeci.

Dessa vez eu não estava usando óculos e meus cabelos estavam soltos, eu estava usando a única calça jeans que consegui pegar e uma blusa de regata branca, não peguei maquiagens então minha pele estava totalmente limpa. Eu continuei evitando olhá-lo, cruzei os braços enquanto encarava o chão do restaurante.

            - Você deve ter namorado, não é? Bonita do jeito que é! – ele disse, e então o olhei, vi que agora ele se sentava na cadeira a frente da minha, fiquei incomodada, mas não consegui dizer isso a ele.

— Não, eu não tenho! – respondi rapidamente.

— Não sei qual é o problema desses novinhos, uma garota como você... – ele começou.

— Eu não estou querendo namorar no momento! – o cortei, rapidamente.

— Sério e por quê? – ele me perguntou.

— Eu tenho outras prioridades! – respondi.

A garçonete aproximou-se para trazer a comida que eu havia pedido, ela colocou o prato na minha mesa e perguntou se eu iria beber alguma coisa, pedi um suco de laranja a ela, e então ela desviou o olhar e olhou para o homem, e logo fez uma careta.

— Você já está importunando as garotas daqui de novo Rob... – ela reclamou.

— Ah Jéssica, não precisa ficar com ciúmes, você sabe que é a minha preferida... – ele disse, e então ela revirou os olhos. – hoje á noite eu prometo que vou lá ver você dançar...

— Se não for para levar dinheiro, não precisa nem perder o seu tempo, e agora deixa a garota comer em paz e cai fora, vai Rob, anda! – ela disse.

— Você sempre mal humorada! – ele reclamou, enquanto se levantava, depois sorriu para ela. – Mas você sabe que eu amo você! – ele disse, antes de se levantar e sair, ficamos observando ele ir embora do restaurante, e só quando ele passou pela porta, voltamos a nos olhar, trocamos uma risada de leve.

— Não ligue para o Rob não, mesmo que ele pareça ser um pervertido, ele é inofensivo! – ela falou para mim. Sorri para ela e concordei com a cabeça.

— Sem problemas, obrigada! – eu falei.

O sorriso dela se alargou.

— Você é nova na cidade? – ela perguntou para mim.

— Não, é que eu não ando muito por esses lados... – eu falei, e suspirei. – Eu estou procurando um novo lugar para morar...

— Onde eu moro os apartamentos são bem baratos, se quiser eu posso te levar até lá, é só marcarmos! – Jéssica sugeriu.

Eu sorri para ela.

— Claro, para mim séria ótimo! – respondi.

Depois de eu comer, voltei a falar com a garçonete e marquei com ela de nos encontrarmos no final do expediente dela, ela me levaria até o apartamento para eu dar uma olhada.

 Fui novamente até o restaurante na hora marcada, esperei na porta, e vi Jéssica sair, agora não vestida mais com seu uniforme de garçonete, mas sim com um vestido preto, colado e curto e ela estava usando uma maquiagem bem mais pesada.

— Bom, eu vou te mostrar rapidinho o meu apartamento, porque eu já tenho que ir para o meu outro trabalho! – ela disse, enquanto andávamos pela calçada.

— Você tem dois empregos? – perguntei.

— Sim, eu preciso juntar dinheiro sabe, eu quero abrir um salão de cabelereiro... – ela disse para mim, e então chegamos em frente a um prédio, ele era simples e simples era tudo o que eu queria. – Bom, está para alugar o apartamento que fica em frente ao meu, olha que legal seremos vizinhas...

Entramos e começamos a subir as escadas, já que o elevador estava quebrado, a sorte é que o apartamento não tinha muitos andares, e ela já morava no terceiro.

Ela abriu o apartamento dela e deu passagem para que eu entrasse.

— Bom todos os apartamentos são do mesmo tamanho, é realmente para uma única pessoa morar e o bom é que eles alugam já mobiliados... – Jéssica comentou, comecei a olhar a minha volta, a sala era bem pequena, tinha um sofá verde meio velho, com uma televisão que até não era muito antiga, na parede tinha uma pequena escrivaninha velha de madeira, no outro canto da sala tinha uma pequena mesa de madeira, onde seria a “sala de jantar”, ela tem apenas duas cadeiras também de madeira, ela fica próxima a a um balcão que é o que separa a pequena sala da cozinha, a única porta que tem é uma que leva para o quarto também pequeno, onde cabe apenas uma cama de solteiro e um guarda-roupa velho de madeira e ao lado do quarto tem um pequeno banheiro. O apartamento é bem pequeno mesmo, mas era tudo que eu queria, afinal, quanto mais simples fosse mais barato seria.

— O aluguel é bem barato mesmo? – perguntei.

— Sim, não podem cobrar muito, até o elevador está há meses quebrado... – ela respondeu, depois de me mostrar o apartamento ela foi até uma pequena escrivaninha, abriu uma gaveta e retirou um cartão.

— A moça da imobiliária deixou comigo caso eu encontrasse alguém que quisesse alugar o apartamento da frente, então, vou dar para você, é só você ligar para ela e ver se vale a pena alugar, seria legal, seriamos vizinhas... – ela disse, sorrindo para mim.

Peguei o cartão, olhei para ela e sorri também. Jéssica realmente parecia ser bem legal.

***

Jéssica estava com pressa, pois já iria para o seu segundo emprego, sairmos juntas do apartamento e então eu agradeci a ela por me mostrar seu apartamento, como já era de noite eu tinha decidido ligar para a imobiliária logo no dia seguinte, assim que amanheceu procurei um orelhão, marquei com a mulher da imobiliaria no mesmo dia para visitarmos o apartamento, e assim que ela me mostrou, vi que ele era bem parecido com o apartamento de Jéssica e o que mais me interessou é que já é mobiliado, eu ia ter que gastar muito dinheiro se eu tivesse que mobiliar.

A diferença é que o sofá era preto, a televisão era idêntica a de jessica, também tinha uma escrivaninha na parede, e a mesa era branca, ainda tinha um pequeno vaso de flores artificiais no meio da mesa, também era um balcão que separava da cozinha, no quarto tinha uma cama de solteiro e um guarda-roupa igual o de Jéssica, o banheiro também era idêntico. Não tinha lavandeira, já que a lavanderia ficava no primeiro andar do apartamento, ou seja, lá tinha varias maquinas de lavar e secadoras e todos os moradores tinham que ir até lá para lavar suas roupas.

Decidi ficar então com o apartamento, fechamos negocio e paguei o primeiro mês, ela disse que precisaria dos meus documentos para fazer o contrato, e então eu pedi uma semana a ela, mas fiquei preocupada já que eu não tinha nenhum documento, por sorte ela aceitou e eu pude me mudar já no dia seguinte, foi ótimo porque eu já estava gastando muito dinheiro na diária daquele hotel.

Assim que tudo deu certo e eu pude me mudar, eu até derramei algumas lágrimas logo quando eu entrei no meu novo apartamento, para mim era uma emoção saber que eu estava começando a minha vida sozinha, mesmo eu estando preocupada por não ter documentos e nem emprego, ainda assim eu estava feliz, porque a partir de agora eu não tinha uma terceira pessoa para me preocupar, nada de Charlie, nada de Alec, a partir de agora tudo que eu for construir vai ser pelo meu próprio esforço.

***

No outro dia eu recebi a visita de Jéssica, eu tinha acabado de chegar do mercado e estava arrumando as poucas coisas que comprei, ela quis dar uma checada no apartamento, percebi que ela estava com a roupa de garçonete, depois de olhar, ela começou a querer puxar conversa comigo, disse que hoje estava de folga do seu segundo emprego, e estava contente porque amanhã seria folga do seu primeiro emprego.

— É tão difícil arrumar emprego? – perguntei a Jessica, enquanto terminava de guardar o açúcar que comprei dentro do armário da cozinha.

— Depende do que você quer trabalhar, você nunca trabalhou? – ela perguntou para mim, olhei para ela e discordei com a cabeça. – Eu fiquei um tempão procurando emprego de cabeleireira, mas não consegui ai tive que me contentar com o emprego de garçonete...

— Só que é difícil de conseguir um emprego sem documentos não é? – eu perguntei, agora me aproximando dela. Ela me olhava com as sobrancelhas franzidas.

— Você não tem documentos? – ela me perguntou, discordei com a cabeça.

— E por que? – ela me perguntou. – Você veio fugida de outro país?

Soltei um longo suspiro.

— Não, é que eu sou órfã e fui criada por um homem que não me registrou, eu nem sei como consegui frequentar a escola, é que eu acho que é porque ele conhecia os funcionários de lá... – eu disse, dando de ombros. – Mas eu também não estou com o diploma do ensino médio, estou sem nada...

— Você fugiu dele, é isso? – ela me perguntou.

— Ele bebia demais, era chato, só sabia reclamar e me tratar como uma empregada... – respondi.

Jéssica suspirou, e depois sorriu.

— Eu conheço um cara sabe que faz coisas meio que ilegais, mas para você pode ser útil, ele conseguiria te arrumar documentos, até mesmo o diploma do ensino médio, ai ficaria mais fácil para você trabalhar... Só que ele cobra, você teria dinheiro? – ela perguntou.

— Sim, claro! – respondi, afinal, seria um problema a menos se ele conseguisse os documentos. – Eu preciso, porque a imobiliária também pediu...

Ela se levantou do sofá, e continuou me olhando ainda sorrindo para mim.

— Eu posso te levar até ele amanhã, já que não vou trabalhar no restaurante... – ela respondeu. – E pode ficar sossegada, conheço outras pessoas que pegaram documentos com ele e posso te garantir que não vai te dar problemas...

— Certo, é nenhum desses dois empregos que você trabalha está precisando de pessoas? – eu perguntei, afinal, eu já estava ficando preocupada, eu nem sabia quanto esse homem que ela conhece cobraria pelos documentos falsos.

— Bom no restaurante não, mas na onde eu trabalho a noite sempre estão procurando garotas, e eu percebi que você é muito bonita, acho que pegariam você fácil lá! – ela disse para mim, olhei para ela com as sobrancelhas arqueadas.

— E do que você trabalha? – eu perguntei, levemente curiosa.

— Stripper! – ela disse, sorrindo para mim.

            Olhei para ela com as sobrancelhas arqueadas.

— Eu não sei dançar, eu acho que não daria certo... – eu falei.

— Ah, mas lá não pega só dançarina, você pode aprender a fazer as bebidas, ser garçonete, e tem monte de outras coisas que dá para você fazer lá! – ela disse.

Eu pensei por alguns segundos.

— Bom, eu canto e sei tocar alguns instrumentos... – eu disse.

— Legal, então hoje á noite eu te levo lá e vou te apresentar a Madame Flincky...

— Quem é ela? – perguntei.

— É a dona da casa noturna!

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: COMENTEM E FAVORITEM ;) Que voltamos no domingo!!!