Believe in your Dreams escrita por J S Dumont, Isabela Maria


Capítulo 36
Capitulo 36 - Revelação


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, esse é o penultimo capitulo da fic, desculpa essa demora, gente tá meio corrido para mim (J.S Dumont) agora, ainda bem que estou diminuindo o numero de fics, agora estou trabalhando com a revisão de algumas obras e em breve algumas irão para a Amazon, estou no processo de enviar para revisão, ai isso pode fazer eu demorar um pouco mais do que o normal para att aqui, mas farei o possivel para até quarta-feira concluir "O caminho para a esperança" e essa também quero concluir essa semana, pois semana que vem, quero voltar att as outras que vão me sobrar pelo menos começar as att na sexta-feira da semana que vem.
Espero que gostem do cap. e peço que não deixem de comentar, beijos e até o proximo!



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36.

Revelação

Depois daquela revelação, a minha cabeça começou a girar, por um momento eu até achei que eu havia escutado errado, mas Charlie novamente chegou a confirmar o que Esme falou, ela é a minha mãe.

Eu queria entender aquela história, saber como aquilo era possível, porém a policia chegou logo em seguida, tive que ir para o hospital, Edward logo apareceu por lá, entrando em meu quarto meio agitado, com um semblante claro de preocupação estampado em seu rosto, Esme e Charlie também estavam no quarto, mas como eu estava sendo examinada pela enfermeira, não podíamos falar do assunto.

— Meu amor está tudo bem como você? – ele perguntou.

— Sim, eu estou bem, somente com dor no corpo, mas vou sobreviver.. – falei.

— Sua pressão está normal! – a enfermeira falou, tirando aparelho do meu braço. - Pelos exames que já verifiquei você está bem, o medico disse que poderia te liberada! – ela falou. – Então pode ir para a casa, é só descansar agora... – ela sorriu de forma simpática.

— Obrigada! – agradeci olhando para ela, depois olhei para Edward. – Bom, eu acho que podemos ir! – falei, soltando um suspiro, aliviada em saber que poderia ir embora, e voltar a falar do assunto que não saia da minha cabeça, o absurdo que eles falaram há algumas horas atrás.

— Vem meu amor, eu te ajudo a se levantar... – Edward se ofereceu, do jeito carinhoso dele de sempre, apoiei em seu ombro e desci da maca, logo os meus olhos pararam em Esme e Charlie, que até o momento permaneceram em silencio.

— Vocês tem que me explicar algumas coisas, não acham? – perguntei, eles se entreolharam.

— Sim, vamos para minha casa, lá poderemos conversar mais a vontade e eu te explicarei como tudo aconteceu... – Esme falou, notei que Edward ficou confuso, ele ainda iria ter que saber sobre essa história.

***

Eu ainda iria ter que na delegacia para dar um novo depoimento, o médico que contribuiu no sequestro está preso, Alec está morto, não que eu desejasse sua morte, mas agora pelo menos eu ficaria em paz.

Fui levada a casa dos Cullens, depois de tanto tempo eu estava pisando ali novamente, ao me sentar no sofá ao lado de Edward. Carlisle e Jane também foram chamados, não demorou muito para eu me dar conta de que não era somente Edward que não sabia dessa história toda, Jane e Carlisle também não sabiam, parecia que o fato de eu ser filha de Esme era um segredo apenas de Esme e Charlie, o que era um tanto esquisito, na verdade eu nem sabia que eles se conheciam.

Enquanto nos sentamos todos em um sofá, Charlie e Esme estavam sentados no sofá á frente, Esme soltou um longo suspiro antes de continuar:

— Carlisle, você já sabe que tive um filho...  – ela começou.

— Sim, mas você me disse que ele estava morto e não por ai, perdido... – ele respondeu, parecia um pouco nervoso e com razão, no lugar dele eu também ficaria.

— Eu pensava que ele estava mesmo morto... – ela disse, fazendo todos olharem para ela, meio intrigados. Ela suspirou antes de continuar. – Mas precisarei contar a história desde o inicio, há muitos anos atrás, quando ainda era muito jovem eu conheci um homem, ele era o jardineiro da casa onde eu morava, meus pais já eram ricos, conhecidos na alta sociedade, e eu era a menina dos olhos do meu pai, ele era muito rígido, e ciumento também, eu não tinha muito contato com os homens, até que o conheci, foi amor a primeira vista, mesmo sabendo que ele era apenas um simples jardineiro.... – ela contou, me deixando impressionada, nunca imaginei que Esme poderia um dia ter se apaixonando por um homem pobre. – Quando meu pai não estava em casa, eu descia até o jardim e lá começamos a conversar, pouco a pouco nos apaixonamos perdidamente, e começamos a nos encontrar as escondidas, um dia eu fugi de casa a noite, e nesse dia dormimos juntos, fora a única vez que fizemos, mas foi o suficiente para eu engravidar...

— Não acredito que você fez isso! – Jane disse, parecia inconformada com essa história, olhei para elae vi que ela me olhou, com um olhar nada agradável, parecia não ter gostado nada de saber que sou filha de Esme.

— Eu era jovem Jane, também cheguei a ser romântica, era ingênua achei que poderíamos um dia nos casar, mesmo sendo de classes sociais diferentes... – ela respondeu.

— E quem era esse homem? – perguntei meio intrigada, queria também saber quem era meu pai, senti Edward colocar o braço em volta do meu ombro, enquanto também prestava atenção na história.

— Era eu Bella... – Charlie falou, todos olharam para ele, incrédulo, principalmente eu. Meus lábios se abriram, enquanto eu ainda digeria o que ele quis dizer com aquilo.

Charlie... O homem que me criou todos esses anos, e que por muito tempo pareceu me ver como um fardo, na verdade era meu pai. Era difícil, quase impossível de digerir, quando finalmente consegui, as lágrimas começaram a rolar por minha face.

— Você... Você é meu pai! – eu gaguejei, discordando com a cabeça. – Você me disse que me encontrou no lixo! – falei, e ele então abaixou a cabeça.  – E você... Você me abandonou porque engravidou de um jardineiro é isso? E me deu para ele criar?

— Não, quando eu descobri que estava gravida, eu não vi outra saída a não ser contar a verdade, Charlie não tinha condições de fugir comigo e criar ainda uma criança, por um momento eu fui boba e pensei que meu pai aceitaria que eu me casasse com ele, mas na verdade ele me enganou, me enviou para o campo, para que eu ficasse nove meses na casa de uma parente de uma empregada antiga da família, essa empregada se chamava Meredith, já morreu, ela me acompanhou, cuidou de mim os nove meses, e quando fui ter a criança, ela chamou uma parteira da região, meu parto foi difícil, quase morri, e ainda quando você nasceu, você não chorou, eu desmaiei na hora, mas eu tinha quase certeza que tinha ouvido a parteira falar para Meredith que eu tinha tido uma menina, porém, mas quando acordei me falaram que a criança havia morrido, eu fiquei muito mal porque apesar de tudo eu queria meu filho, foi então que eu pedi para ver o corpo, não queriam deixar, mas insisti, insisti e insisti, até que depois de algumas horas me trouxeram o bebê morto, mas não era uma menina e sim um menino...

— Eles trouxeram outro bebê... –Carlisle falou, impressionado.

— Sim... – algumas lágrimas caíram dos olhos dela. – A parteira conseguiu outra criança, um bebê havia morrido no outro parto que ela fez um pouco antes do meu, assim que contaram para ela que meu pai não queria a criança, a parteira teve a ideia de me entregar o filho de uma estranha dizendo que era o meu, meu pai pagou a parteira para que ela oferecesse metade do dinheiro que recebeu para mãe da criança, e ela aceitou, deu o filho morto á parteira e a parteira entregou para Meredith, e fora esse bebê que eles me mostraram, em vez de me entregar você... E ele era um menino, todos esses anos eu fiquei pensando que tive um dia um filho homem e que ele havia morrido! Eu enterrei uma criança que nem era minha...

— E como fui parar com Charlie? – perguntei.

— Esme achava que ia ainda voltar para casa depois de ter o bebê, e eu ia estar lá, mas na verdade o pai dela me demitiu assim que você nasceu, a Meredith voltou para cidade com você, o pai de Esme mandou que Meredith jogasse você na rua, mas ela teve pena, foi atrás de mim e me entregou você, pediu para eu nunca contasse que você era filha de Esme, e mentiu para mim dizendo que Esme não me queria mais e disse que se eu não ficasse com você, iam te jogar no lixo como um animal morto, ela mentiu e eu acreditei, fiquei muito mal, achando que Esme não gostava mais de mim, mas naquela época nós dois fomos enganados, a medida que você crescia, eu encontrava semelhanças da Esme em você, e essas semelhanças me fez ter raiva, descontar em você a raiva que eu estava sentindo de Esme, e quando não descontava em você, eu descontava na bebida e fora muitos anos assim, até que, depois que te dei para Alec e você sumiu eu fiquei preocupado, me senti culpado, não sabia o que havia acontecido,então prometi a mim mesmo que se um dia você voltasse eu iria mudar com você e comigo mesmo, principalmente iria parar de beber, e foi então que você voltou, e ainda trabalhando na casa Esme, foi uma surpresa para mim... – Charlie explicou e mais lágrimas caíram dos meus olhos.

— Mas então se você não sabia que Bella era sua filha, como vocês se reencontraram? Como você descobriu a verdade? Toda essa história da Meredith ter mentido... – Edward perguntou a Charlie.

— Quando Bella estava com quatro anos, Meredith me procurou, um pouco antes dela morrer e então ela me contou a verdade, havia se arrependido, mas de inicio eu não acreditei nela, eu já estava com raiva, magoado, eu achei tudo um absurdo, achei que era Esme que estava arrependida por ter abandonado a menina e queria pegá-la volta, eu expulsei Meredith de casa, e ela nunca chegou a contar a verdade para Esme... - Charlie falou. – Mas foi assim que descobri toda a mentira, tudo que eles fizeram de podre para nos separar... – ele falou, depois olhou para esme, e eles trocaram sorrisos fracos. – hoje já superei, acredito que esme também!

— Foi difícil, nunca mais pude ter filhos, pensei que o meu único filho havia morrido, e isso me encheu de amargura, mas conheci um homem que tem me ajudado todos esses anos a superar essa dor... – ela disse e olhou para Carlisle que sorriu para ela também. – E pude ter Edward como um filho, a jane, e agora recuperei minha filha! – ela me olhou com um sorriso no rosto. – de qualquer forma fui recompensada!

— E como vocês me encontraram e me salvaram? – perguntei, Charlie e esme se entreolharam.

— Um pouco antes de te sequestrarem, eu encontrei o dono do bar em que Alec e eu frequentávamos, ele disse que Alec apareceu lá com outro cara, e que ele os ouviu falando sobre você, ele ficou preocupado, pois parecia que pela conversa que ele pode ouvir, ele entendeu que eles iam fazer alguma coisa contigo, eu imaginei então que Alec já tinha descoberto onde você estava, então decidi ir atrás de você para te prevenir, fui até o seu apartamento, quando, eu vi de longe eles te capturando e me dei conta que era tarde demais, fiquei desesperado e não vi outra alternativa que não fosse ir atrás de Esme, ela era rica, influente, então pensei em contar toda a verdade a ela, uma hora eu sabia que ela ia ficar sabendo mesmo e se descobrisse agora poderia me ajudar a te encontrar, então foi só nesse momento Bella, que ela soube que é sua mãe! – Charlie falou.

— Na hora que ele me contou tudo eu já sai correndo com ele para te buscar no cativeiro, eu sabia que eles iam pegar você, que iam te prender naquela casa, mas eu nunca soube que eles iriam te matar, eu pensei que você fosse uma golpista Bella, a única coisa que planejei com ajuda de Eleonor e de Jane é de te pegarem, prenderem você por algumas horas e Alec aparecer, te surpreendendo, como ele sabe que você havia o roubado, ele ia te ameaçar e iria te pressionar até fazer você falar a verdade, que queria dar um golpe em Edward e segundo ele, ele estaria gravando escondido e depois usaria essa gravação contra você, e com essa ameaça na mão dele, obrigaria você escrever uma carta falando a verdade para Edward e depois mandaria você embora para nunca mais aparecer, esse era o verdadeiro plano... – Esme falou.

— Não teria como eles fazerem eu falar que eu queria dar um golpe em Edward, porque essa nunca foi minha intenção esme... – falei.

— Eu sei, agora eu sei disso... – Esme falou, com os olhos marejando.

— É agora nós sabemos! – Jane também falou, eu novamente a olhei, mas ela ainda parecia não muito feliz com todas essas revelações.

— Como vocês descobriram sobre nosso relacionamento? – edward perguntou.

— A Jane já estava desconfiada, conversamos com Riley, ele começou a observá-los e nos contou depois que via vocês indo embora e chegando junto direto, isso fez Jane investigar mais, até então que quem acabou nos confirmando mesmo foi a Leah... – Esme disse.

— A Leahnos contou que fora Isabella mesmo que contou a ela na ilha que vocês estão noivo... – Jane disse, olhando diretamente para mim e para edward

— Ela fez isso! – falei, incrédula. Leah parecia ser uma pessoa de confiança, me senti totalmente traída naquele momento.

— Ai Jane continuou investigando até descobrir que você tinha problemas com Alec e então foi quando Eleonor nos deu a ideia... – explicou Esme.

— Alec já é um conhecido, só que eu não o via á algum tempo, um dia quando eu fui á boate em que Isabella trabalhava para tentar descobrir algo mais, eu o encontrei lá, ele veio falar comigo, pois sabia que Isabella estava trabalhando para casa Esme, e foi ai que descobri tudo, começamos a conversar e me dei conta de que ele ainda estava irritado por causa do roubo, e queria tirar satisfações, principalmente agora que ela havia se tornado famosa,... – Jane explicou, nos encarando seriamente.

— Mas o combinado era apenas a carta e não ele te matar, a gente acreditava que você iria embora, pois ele disse que você o roubou e ele iria gravar você afirmando isso e ia usar como ameaça... – Esme se explicou.

— Sim eu o roubei, mas foi para fugir dele, ele estava me mantendo presa! – respondi, com os olhos marejando, ainda tentando digerir tudo aquilo.

— Charlie me contou o que aconteceu e o que fez com você, eu agora entendo e me sinto muito mal de você ter sofrido tanto... – Esme se levantou, se aproximou e se agachou bem na minha frente, pegou uma de minhas mãos e me olhou nos olhos. – Me perdoe pelo que fizeram com você, me perdoe por você ter vivido nessas condições por tantos anos junto de Charlie enquanto poderia ter tido tudo que quisesse, e me perdoe por não ter sido sua mãe durante todos esses anos, mas eu juro que se eu soubesse que meu filho estava vivo, eu teria lutado para ficar com ele, ou seja, com você, isso até o fim! – ela garantiu, algumas lágrimas caíram dos meus olhos, enquanto eu assentia com a cabeça.

— Eu sei... Eu sei esme, que você não é uma má pessoa, agora eu sei que sofreu muito! – falei, enrolando-me um pouco com as palavras, ainda com as lágrimas descendo pelos meus olhos, eu a abracei, imediatamente ela correspondeu meu abraço, confesso que era ainda meio difícil de acreditar que tudo aquilo era real, que tudo aquilo era verdade, porém, eu sabia que só precisaria de um tempo para me acostumar com essa ideia.

***

— Obrigado por me trazerem em casa... – Charlie disse, assim que Edward parou o carro em frente a casa dele, ele nos olhou, notei que pelo olhar ele queria falar comigo, depois desceu do carro, Edward então me olhou.

— Vai lá fala com ele, eu espero no carro... – Edward falou, assenti com a cabeça e imediatamente desci do carro, e me aproximei dele.

Charlie assim que notou minha presença me olhou, me encarou por pouco tempo, pois logo olhou para baixo, parecia abalado.

— Eu estou envergonhado com tudo que vivi nesses anos todos, na merda que me tornei por conta de um amor que deu errado... – ele falou, e depois me olhou. – Você foi fruto desse amor Bella, a única filha que tive nessa vida, e por isso eu tinha que ter sido uma melhor pessoa para você, para mim, mas só fui me dar conta que só estava fazendo tudo de errado, quando você foi embora, quando me dei conta que havia perdido a única pessoa que me restou... – ele falou.

— Você não é perfeito Charlie, ninguém é, mas o importante é que você se deu conta disso e pode se arrepender, e agora eu pude saber a verdade... – falei, ele assentiu com a cabeça. – Eainda você se redimiu, salvou minha vida!

— Pelo menos acertei alguma vez na vida, não é? – ele brincou e trocamos sorrisos.

— Já é um começo! – falei. – Obrigada... – agradeci, vi que ele agora estava um pouco mais sossegado, pude me despedir dele, antes dele entrar em sua casa e eu voltar para o carro.

— Tudo está certo? – Edward perguntou para mim, enquanto ligava o carro, então olhei em direção a janela.

— Sim, está tudo certo! – respondi.

Edward então me levou para o meu apartamento, assim que entrei nele pude suspirar aliviada, era bom estar em casa de novo, era bom estar viva.

— Tudo isso foi uma loucura, não é? – Edward perguntou, assim que me deixara em casa, isso depois dessa longa conversa que tive com meus pais. Eu me virei para ele e sorri levemente. Confesso que minha cabeça ainda girava com tantas revelações, era muita coisa para um dia só, mas acredito que amanhã já estarei digerindo tudo isso melhor.

— Um dia eu sou apenas uma órfã que Charlie cuidou como caridade, e hoje sou filha de uma bilionária e de um homem que na verdade me criou durante todos esses anos... É, é uma coisa para se espantar no mínimo! – falei, ele se aproximou e então me deu um abraço.

— Como você está se sentindo agora? – ele perguntou.

— Não sei, estou confusa, principalmente com Charlie, ele sempre soube que sou filha dele, mas preferiu esconder e ainda me tratar como se eu fosse uma simples órfã que ele ficou com pena e quis criar... – meus olhos marejaram só de me olhar disso. – Mas sabe, eu falei com ele e entendi que ele se redimiu,e eu decidi não ficar me martirizando com isso, o importante é que agora eu posso ter pais, coisa que antes eu não podia, é melhor aproveitar isso, do que ficar me remoendo pelo erro dele, não acha? – falei, tentando acreditar nessas minhas próprias palavras.

— Você já tinha o perdoado, estava cuidando dele, tudo bem que ali você não sabia que ele era seu pai biológico, mas ainda assim, acho que já fora um grande passo... – ele começou, e então eu sorri para ele.

— Claro que foi! Ele cometeu um erro, mas se arrependeu e também ele salvou minha vida, se não fosse por ele Alec teria me matado... – falei, Edward sorriu e acariciou meu rosto.

— Eu estava muito preocupado com você, você havia sumido, seu telefone estava na caixa postal, eu pensei tantas coisas... – ele comentou, suspirando.

— É foram momentos horríveis Edward, mas o importante é que agora estamos bem, agora a verdade veio a tona e... Quem poderia ser contra gente, com tudo isso que aconteceu, agora não é mais, finalmente poderemos assumir para todos e ficarmos juntos... – falei, feliz com isso.

— Para o resto de nossas vidas! – ele completou, trocamos sorrisos e em seguida nossos lábios se grudaram, num beijo intenso e apaixonado.

***

Eu sabia que muitas coisas iriam mudar depois de toda essa revelação, agora eu teria documentos verdadeiros, com nome de Charlie e Esme como meus pais, logo eu seria Isabella Cullen, pois Edward e eu já estávamos decidido a nos casarmos, e agora estávamos aliviados, pois nosso casamento teria todo apoio, tudo havia sido esclarecido, e acredito que toda angustia, o medo, havia chegado ao fim.

Eu comecei a ser o assunto mais falado no jornal, nos noticiários, nas revistas de fofoca. Eu só via meu rosto e meu nome estampado em todos os lugar, também, assunto sobre mim era o que eles mais tinham, primeiro começaram falando sobre o sequestro, fui obrigada a falar disso em jornais, em programas, e os ver passando essa matéria dia após dia, cansando apenas depois que Esme revelou a todos que é minha mãe, ai novamente meu nome volta a ser falado na televisão, e lá vai nós voltarmos em programas de televisão para dar entrevistas sobre o assunto, e eles repetiram e repetiram sobre isso até o ultimo.

Depois, fora a noticia de meu casamento, assim que Edward e eu o marcamos para daqui três meses, fora o novo assunto a se discutir, eu ligava a televisão e só ouvia falar do meu nome e do dele, claro, todos esses assuntos sobre mim me renderam mais destaque, agora quem ainda não me conhecia começara a conhecer, ou pela tragédia, ou pela novidade de eu ser filha de uma bilionária famosa.

Só sei que pouco a pouco eu fui me acostumando mais com a ideia, de fazer parte da família dos Cullens, de ser filha legitima de Charlie. Era tudo uma loucura, mas vejo que podemos se acostumar com qualquer coisa.

Na casa de modas por um bom tempo isso virou um assunto, porém, ele acabava sendo dividido com outra novidade, a fuga de Alice e Jasper, claro isso deixara tanto minha mãe, quanto os pais de Alice completamente abalados, as modelos não paravam de cochichar sobre isso, Alice chegou a me ligar quando viu essas noticias sobre mim na televisão, mas claro, eu não contei isso a ninguém, por pedido dela.

Riley também depois de saber de toda essa história, acabou me deixando em paz, viu que havia perdido todas as chances comigo já que assumi o noivado com Edward, e então mostrou quem ele é de verdade, uma pessoa que não gosta de trabalhar, pediu demissão e voltou para sua vida de antes.

Esme chegou também a questionar comigo se eu queria que ela demitisse Leah, por ela ter espalhado sobre meu relacionamento com Edward, mas pedi que ela não fizesse isso, afinal, embora isso tivesse trazido inúmeras consequências, iria acabar acontecendo de qualquer forma, pois Edward e eu já estávamos decididos a assumir nossa relação, então, o que doeu mais foi á traição, e não o fato da descoberta em si.

— Você é muito sortuda, deve estar muito feliz não é? Agora descobre que é uma herdeira bilionária, seu rosto não sai mais da televisão, e ainda fisgou outro bilionário, Edward Cullen! – ouvi Leah comentar para mim, eu estava no banheiro da casa de modas retocando meu batom, desde que tudo isso estourou ela e eu não chegamos a nos encarar, embora eu estivesse chateada, eu ainda estava na espera de ela falar comigo, como ela acabou fazendo agora.

Eu me virei na direção dela, cruzei os braços e a olhei com um olhar sério.

— Você me traiu por inveja Leah? Logo você que é uma modelo de destaque da casa, tem seu lugar, tem suas campanhas publicitarias, tem seu nome conhecido, você nem precisaria de Esme, por que ter inveja de mim? – perguntei, o rosto de Leah endureceu ainda mais, ela deu um passo na minha direção e me encarou com um olhar sério.

— Sabe quanto batalhei para chegar até onde estou? Foi anos, já você chega á casa de modas e em pouco tempo é a grande modelo, estoura dessa forma sem esforço algum, sabe quanto isso é injusto? – ela falou.

— Eu não tenho culpa, e aliais, eu nunca puxei tapete de ninguém para chegar onde estou, nunca passei por cima de ninguém e magoei ninguém, pelo contrário, sempre tento ajudar as outras modelos, estamos todas no mesmo barco, mas infelizmente eu vejo que aqui, a maioria só quer passar por cima dos outros e isso é decepcionante, não é prejudicando a colega que vai te levar mais longe, sinceramente isso me magoou bastante, eu achei de verdade que éramos amigas! – falei, nós nos encaramos por alguns segundos e depois comecei a caminhar para sair do banheiro, até que parei, virei para ela e a encarei com as sobrancelhas franzidas. – Foi você que cortou o meu vestido na viagem de paris, não foi? – perguntei, ela me encarou, mas não me respondeu, mas pelo semblante já dizia tudo. – Eu imaginei! – disse simplesmente, antes de sair do banheiro e começar a caminhar para onde eu iria realizar uma nova sessão de fotos, ainda bem que depois que Edward e eu assumimos nossa relação James parou com suas gracinhas.

Aquela fora a ultima conversa que tive com Leah, após isso ela pediu demissão, e fora trabalhar em outra casa de modas, era triste que nossa amizade tenha terminado dessa forma, apesar de que acho que Leah nunca me considerou uma amiga. Eu tive que me conformar, afinal, essa fora a escolha dela e eu não pude fazer mais nada referente a isso.

***

— Filha, por favor, nos diga a verdade, você não sabe mesmo para onde Alice foi? – minha mãe me perguntou, já era a décima vez que ela me fazia essa pergunta, depois da sessão de foto, Kate disse para eu ir até a sala de minha mãe porque ela queria falar comigo. Na hora eu já imaginei o que era, ela tinha esperanças de que eu fosse falar onde Alice estava, mas na verdade nem eu mesma sabia direito, até o momento só falei com ela uma única vez e fora muito rápido, não tivemos como falar direito sobre esse assunto.

— É sério mãe, eu não sei, mas acho que ela está muito bem! – falei, depois olhei para Eleonor que estava sentada numa cadeira em frente á mesa de Esme, e prestava atenção em cada palavra que eu dizia. Ela me olhava com um olhar sério, parecia não gostar muito de mim, o que era reciproco, pois eu também não gostava dela. – Quando ela fugiu ela estava muito feliz, ela ama muito o Jasper! – acrescentei.

— Mas ela não pode ficar ai pelo mundo, ela precisa voltar... – Esme disse, suspirando, parecia mesmo preocupada.

— Deixa esme, se é o que ela quer, é problema dela! – Eleonor falou, olhei para ela e discordei com a cabeça, coitada de Alice ter uma mãe dessas.

— Quando ela casar com Jasper, talvez ela volte! – respondi.

— Quando ela casar com Jasper, com certeza será deserdada! – ela retrucou com raiva, logo soltei um suspiro.

— Posso ir agora mãe? – perguntei.

— Se você não sabe mesmo de nada... – ela respondeu.

Eu me virei e então sai dali, aliviada porque eu poderia deixar assim Eleonor para trás, ela era muito maldosa e preconceituosa, Alice fez bem ir para longe dela, naquele momento eu até mesmo agradeci em pensamentos pelos pais que descobri ter, embora tenha seus erros e defeitos, ainda tinham corações melhores do que o de Eleonor.

 Sim, naquele momento, eu não tinha o que reclamar, eu estava numa ótima fase, tudo estava se resolvendo, claro, eu queria que Alice voltasse, mas tirando isso, eu podia dizer que estou completamente feliz.

Continua...


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