Believe in your Dreams escrita por J S Dumont, Isabela Maria


Capítulo 35
Capitulo 35 - Sequestro


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, voltamos, como disse voltamos hoje, pois estamos doidos para terminar a fic, agora provavelmente falta três, tanto aqui como em caminhos acredito eu, vamos ver, esperamos que goste, comente, favorite e recomendem nessa final, queremos vê-los nos comentários, quem não deu tempo de comentar no outro, peço que comentem também, bgs bgs e até lá!



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35.

Sequestro

Abri os olhos e vi um teto branco, minha visão estava um pouco embaçada, o corpo meio dolorido, tentei me mover e não consegui, arregalei os olhos, olhei para o lado e vi que estava com os punhos amarrados, ao tentar mover a perna, percebi que esta também estava amarrada, naquele momento me desesperei, tentei gritar, mas algo estava tampando minha boca, e saiu apenas altos ruídos.

Olhei ao meu redor, vi que estava em um quarto, com as paredes e porta totalmente branca, as janelas estavam tampadas com madeira, o quarto me lembrava a um quarto de hospital, embora só houvesse uma cama ali e nada mais do que isso.

Tentei pensar o que poderia estar acontecendo, fui sequestrada é claro, agora sou famosa, eles querem dinheiro, só podem ser isso. Será que descobriram que namoro Edward? Ele é bilionário... Provavelmente querem pedir o resgate a ele.

Meu coração se acelerou ainda mais, senti lágrimas rolarem pelos meus olhos, eu tentei me mover, mais de nada adiantou, fora então que a porta se abriu de repente, me assustando, e dois homens entraram ali, com sobretudos pretos, encapuzados e uma mascara parecida com a de carnaval de Veneza, mas de cor cinza em seu rosto, tampando-o, provavelmente para esconder a identidade.

Logo pensei... Só pode se tratar mesmo de um sequestro, eles querem dinheiro.

— Oi Isabella... – falou um deles, entrando a frente do outro. – Sei que não podemos lhe dar uma maior comodidade, mas se você colaborar isso logo vai acabar...

***

ANTES

Acordei no dia seguinte bastante ansiosa, pois sabia da conversa que teria com Edward, finalmente havia chegado o dia em que iriamos assumir nossa relação, agora iriamos planejar como de fato iriamos contar isso para todos, eu confesso que estava bem ansiosa e bastante preocupada com esse momento, mas preciso admitir que por outro lado eu estava aliviada, já que assim, acabaríamos com toda essa aflição, não aguentávamos mais namorar as escondidas.

Enquanto me arrumava para ir para casa de modas, a campainha tocou, fui até a porta atender, quando, me deparo com Jéssica, acompanhada de ninguém mais e ninguém menos que Alice e Jasper.

— Oi... – falei sorrindo. - Que surpresa! – falei, dando espaço para que eles entrassem no meu apartamento.

— Sabemos que você deve estar com pressa porque vai para casa de modas, mas acho que deve ter tempo para se despedir de uma amiga, não tem? – Alice falou, logo eu abri a boca e a abracei imediatamente.

— Não acredito! Vocês já vão? – perguntei, já sentindo o coração apertar, porque naquele instante me dei conta de que não os veria mais tão cedo.

— Sim, já vamos, Esme já me deu o dinheiro e iremos embora... – ela falou me abraçando, depois me soltou.

— Vamos casar em breve, avisaremos a vocês para vocês irem! – Jasper disse, sorri para ele e então o abracei também.

— Com certeza iremos! – falei.

— Nós mataremos vocês se vocês não nos convidarem! – Jessica disse num tom ameaçador, logo dei uma leve risada.

— Iremos convidar sim, pode deixar! – Jasper garantiu. – Obrigado por tudo Jéssica, você deu mó força quando fui demitido!

— Vocês sabem que vocês são meus amigos, nunca os deixaria na mão! – Jéssica garantiu, eu sorri para eles, com os olhos cheios de lágrimas. Jasper e Alice eram uns fofos, um casal e tanto, era tão triste eles terem que fugir como se fossem dois criminosos, sendo que não são. É tão triste o preconceito. Amar e tentar ser impedido de viver esse amor. Tudo isso, me deixava totalmente indignada, e principalmente abalada, por saber que posso estar prestes a viver algo parecido.

***

Coloquei um óculos escuros grande no rosto, e um capuz para tentar não ser reconhecida enquanto ando na rua, em seguida acompanhei Jasper e Alice até a entrada do prédio, lá estava o carro de Alice estacionado e era com eles que eles iriam embora, depois iriam vender o carro de Alice, para ser mais difícil de os encontrarem, ela também iria trocar de celular e de numero, mas garantiu que em breve entraria em contato conosco.

Lá eu dei um novo abraço neles, e já senti saudades assim que eles entraram no carro e foram embora, dei um suspiro triste, fui caminhando para o ponto de taxi para ir para o trabalho, faltava pouco para eu pegar minha carta, já estava animada que em breve poderia ir para o trabalho com meu próprio carro.

Eu estava perto do ponto de táxi, quando, algo de estranho aconteceu. Senti alguém me agarrar por trás, enfiaram algo na minha cabeça, parecia um saco, eu me debati, gritei, mas rapidamente fui levada para algum lugar, senti uma agulha entrar em meu braço, fiquei desesperada, porém, logo depois tudo escureceu. E eu não sabia o que iria acontecer, assim que eu acordasse.

***

Abri os olhos e vi um teto branco, minha visão estava um pouco embaçada, o corpo meio dolorido, tentei me mover e não consegui, arregalei os olhos, olhei para o lado e vi que estava com os punhos amarrados, ao tentar mover a perna, percebi que esta também estava amarrada, naquele momento me desesperei, tentei gritar, mas algo estava tampando minha boca, e saiu apenas altos ruídos.

Olhei ao meu redor, vi que estava em um quarto, com as paredes e porta totalmente branca, as janelas estavam tampadas com madeira, o quarto me lembrava a um quarto de hospital, embora só houvesse uma cama ali e nada mais do que isso.

Tentei pensar o que poderia estar acontecendo, fui sequestrada é claro, agora sou famosa, eles querem dinheiro, só podem ser isso. Será que descobriram que namoro Edward? Ele é bilionário... Provavelmente querem pedir o resgate a ele.

Meu coração se acelerou ainda mais, senti lágrimas rolarem pelos meus olhos, eu tentei me mover, mais de nada adiantou, fora então que a porta se abriu de repente, me assustando, e dois homens entraram ali, com sobretudos pretos, encapuzados e uma mascara parecida com a de carnaval de Veneza, mas de cor cinza em seu rosto, tampando-o, provavelmente para esconder a identidade.

Logo pensei... Só pode se tratar mesmo de um sequestro, eles querem dinheiro.

— Oi Isabella... – falou um deles, entrando a frente do outro. – Sei que não podemos lhe dar uma maior comodidade, mas se você colaborar isso logo vai acabar... – ele falou, logo depois puxou o pano que estava amarrando minha boca.

— O que você quer? Socorro! – gritei.

— Ninguém vai atendê-la, estamos num lugar onde tudo se torna incomunicável, sem população ao redor... – ele disse, calmamente.

— Você quer dinheiro, é isso? Eu posso te dar! – perguntei.

— Queremos outra coisa... Uma carta, apenas isso por enquanto, para pensarem que você foi embora, fugiu com outro, cansou dessa vida, ela não é para você, entendeu? – ele disse, rispidamente.

— Como? – eu perguntei confusa. – Por que você iria querer uma merda de uma carta? – falei, ainda não entendendo isso, para quem ele entregaria essa carta? Ia jogar a imprensa? Novamente eu estaria sendo perseguida por uma modelo e ela iria querer acabar com minha carreira? Mas ela seria capaz de chegar a esse ponto? Ainda não fazia sentido nada do que eles diziam, quando eles me liberassem, o que é que tivesse colocado na carta seria desmentido.

— Você é muito difícil de entender Bella... – falou o outro, aquela voz logo reconheci, olhei para ele com os olhos arregalados, e ele deu um passo ultrapassando o outro e parando do lado da minha cama. – Dá para parar de se fazer de desentendida... Não está tão claro para quem é essa carta? – ele falou, minha respiração agora ofegava, fui arregalando mais os olhos a medida que ele colocava a mão em sua mascara e fora levantando para cima, mostrando de vez sua identidade. Então, pude ver depois de tanto tempo aquele rosto que me assombrou por um bom tempo, e que por um momento achei que não iria ver nunca mais. – É para seu namoradinho secreto... – ele falou num tom zombador e depois riu. – Quer dizer, não tão secreto assim, pois até eu mesmo sei!

— Alec... – falei.Mais lágrimas caíram dos meus olhos, o desespero era tanto que achei que meu coração ia parar de bater a qualquer segundo.

Fora então que ele me olhou, com um olhar maldoso e um sorriso zombador nos lábios.

— Achou que havia se livrado de mim Bella? Nunca ouviu o ditado de que quem é vivo sempre aparece? Ah... Esse ditado é a mais pura verdade, olha só você está tendo o prazer de me reencontrar! – ele ergueu os braços, e seu sorriso zombador ficou ainda mais visível. – Agora chegou o momento de você recompensar a grana que você me roubou, o golpe que você me deu, depois de tudo que eu dei a você...

— Você não deu nada a mim Alec! – falei com raiva.

— Como não? – ele falou num tom mais alto, parando bem ao lado da minha cama e ficando perigosamente próximo de mim. – Eu te dei uma casa muito melhor do que a sua, te dei comida, roupas, te livrei daquele bêbado imundo, eu te aceitei como minha mulher, mesmo sendo uma pobretona, órfã, uma ninguém, você era como uma porca muito bonita mais ainda era uma porca dentro de uma lama que eu não me importei de tirar, te lavei, limpei, enchi de joias e de roupas caras, te tratei como uma rainha e ainda esperei você, mesmo que sua obrigação no mínimo era transar comigo de imediato, mas o que você me faz? Me apunha-la por trás, me rouba, mostrando realmente quem você é! Uma delinquente, ladrona... O que será que a mídia ia achar disso? Todos pensam que é uma santa, está ai dando uma de modelo, de cantora, e agora vem toda arrogante achando que não me deve nada? Só porque pegou um bilionário e virou famosa? Não Isabella... Você está pensando muito errado, acha que a mãe dele vai aceitar você? – ele deu risada, e aproximou a boca do meu ouvido. – Para Esme você sempre será uma porca imunda, não vai ter dinheiro e nem fama que vai apagar da onde você veio Isabella, do lixo! – ele puxou meu cabelo com força para cima e me olhou com ódio. – Escreve a merda da carta, se não, podemos acabar com sua chance de continuar sendo modelo, esse tipo de carreira é muito fácil de destruir, uma lamina nesse rostinho lindo, fim de carreira para você! – ele acrescentou, fazendo novas lágrimas descerem pelos meus olhos.

— Eu... Não vou escrever carta nenhuma! – falei numa voz tremula, com a respiração ofegante.

— Está bem, te darei um tempo a mais para pensar... – ele se afastou para meu alivio.  – Eu sei que embora tenha mais dinheiro, ainda deve faltar um pouco de cérebro...

— Uma hora! – falou o outro.

— Uma hora, ainda acho muito... Você tem uma hora para pensar,se aceitar o que faremos é muito simples, te damos um papel, uma caneta e ditarei algumas palavras para você escrever, nunca escreveu uma carta para seu namoradinho? – Alec falou e outro riu. – Só que essa não será romântica! – ele zombou, depois puxou o pano para tampar minha boca novamente.  Depois se virou e saiu do quarto, acompanhado do outro, me deixando para trás, chorando desesperada.

***

Eu sabia que essa história da carta era algo bastante suspeito, pelo que eu havia entendido eles queriam que eu escrevesse uma carta para Edward dizendo que decidi ir embora com outro homem, porém, não faria sentido eu escrever essa carta e depois me soltarem para eu voltar para minha vida de antes. Não. Mesmo eu escrevendo a carta com certeza eles não iriam me soltar, o mais provável que fariam é me matar, a carta era para livrar as suspeitas, eles acharem que fui embora, eles se livrariam do meu corpo e pelo fato de eu não ter família, e Edward desapontado com a carta, ninguém iria me procurar, se preocupar comigo, no máximo meus amigos, poderiam ser os únicos a achar tudo aquilo suspeito, mas quem sabe com o tempo eles até poderiam acreditar na história da carta?

Sim se eu aceitasse fazer a carta, eu estaria perdida, eles me matariam assim que eu a terminasse.

Um dos homens voltava todo momento para me olhar, como ficava calado imaginava que não deveria ser o Alec, deve ser o outro homem, ele ainda continuava com á mascara no rosto escondendo sua verdadeira identidade, abria a porta, apontava uma lanterna em minha direção, me observava e depois fechava novamente a porta, eu não tinha noção exata de quanto e quanto tempo ele vinha me olhar, mas imagino que era em torno de a cada dez minutos.

Com o passar dos minutos, comecei a sentir muita vontade de urinar, ficar ali presa estava cada vez me dando mais agonia e desespero, teve um momento que a urina acabou soltando sem querer devido a bexiga estar muito cheia, e logo senti minha calça ficando totalmente molhada, comecei a chorar, ainda mais desesperada.

Quando novamente a porta se abriu, avistei aquele homem apontando a lanterna em minha direção, ele se aproximou e se deu conta de que urinei nas calças, logo ele saiu para chamar Alec.

Alec não se importava mais em entrar no quarto com a mascara no rosto, ele entrou com o rosto limpo, olhou a calça molhada e depois me olhou com um olhar sério.

— Não temos tanta roupa aqui Isabella, então quando você quiser fazer xixi, faça assim... – ele disse, levantando um dedo, o indicador. – E quando quiser fazer coco faça assim... – ele levantou dois dedos, o indicador e o médio. – Pega lá outra calça... –ele avisou para o outro.

O homem mascarado voltou com uma calça laranja nas mãos, parecia aquelas calças usadas nas penitenciarias femininas, ele deu para Alec, e depois se aproximou para soltar minha perna, na mesma hora eu tentei me debater, movê-la, chutar eles,mas o mascarado segurou uma e Alec fora segurando a outra, enquanto puxava para baixo minha calça, com calcinha e tudo.

— Não quero que você fique fedendo a urina, não sei quando você poderá tomar banho, isso se for tomar banho... – ele comentou, fechei os olhos com força, enquanto lágrimas caiam dos meus olhos. Eu estava me sentindo envergonhada, desconcertada, por eles me verem nua da cintura para baixo, mesmo por poucos segundos, pois logo depois já foram colocando a calça, mas sem a calcinha. – Vê se da próxima, avisa com os dedos... – ele comentou, meio impaciente, saindo dali, carregando a minha calça consigo. O outro saiu logo depois fechando a porta atrás de si.

Naquela hora que fiquei novamente sozinha, eu pensei em uma única coisa, só me restava tentar, me arriscar e tentar fugir, só assim se eu quisesse me manter viva.

***

Eu só tinha uma única alternativa, era arriscado, mas fora a única coisa que consegui formular nos próximos minutos, sabia que o tempo estava acabando, logo daria uma hora e eles viriam querendo que eu fizesse a carta.

Assim que novamente a porta se abriu, e aquele homem mascarado entrou e apontou a lanterna em minha direção, eu levantei a mão, e levantei o dedo indicador.

— Já quer fazer xixi de novo? – o homem mascarado reclamou, depois saiu e em poucos segundos voltou com uma garrafa, fechou a porta e se aproximou com ela.

Rapidamente discordei com a cabeça, enquanto o via soltar minhas pernas e querer descer minha calça. Levantei a mão com dois dedos levantados. Ele então tirou o pano da minha boca.

— Eu quero fazer os dois na verdade! – menti.

Ele então novamente saiu do quarto, voltou segundos depois agora com um balde e papel higiênico, eu olhei aquilo assustada, ele fora me soltando e depois apontou a arma em minha direção e apontou com a cabeça para o balde.

— Eu... Eu não posso! – eu disse, não acreditando que ele queria que eu fizesse isso, como ele estava fazendo tudo aquilo sozinho, logo imaginei que alec deveria ter saído do cativeiro. – tem como você se virar? – ele discordou rapidamente com a cabeça. – por favor, eu não vou poder, só vira de costas, por favor! – implorei, ouvi ele suspirar, torci mentalmente para que ele pudesse aceitar meu pedido, e assim ele fez, se sentiu vencido, e se virou para meu alivio.

Respirei fundo, peguei o balde do chão, tentei criar coragem e então peguei o balde, e sem pensar mais, taquei com tudo na cabeça dele, ele caíra no chão, com a queda a mascara levantou do rosto e vi que se tratava de um homem de meia idade, desconhecido, provavelmente comparsa de Alec, a arma caiu escorregando para debaixo da cama e como não daria tempo de pegá-la, aproveitei para sair correndo, fechar a porta e trancar com a chave que tinha do lado de fora, deixando-o preso ali dentro.

Eu me deparei com uma cozinha, ali havia uma mesa, um fogão, e um armário com alguns utensílios de cozinha, olhei ao redor e parei meus olhos na porta, fui até ela, tentei abri-la, mas estava trancada, desesperada fui até as gavetas do armário, fui abrindo quando me deparei com seringas com líquidos dentro, não sabia para que serviria mais já fui guardando uma delas em meu bolso, abri mais outra gaveta, encontrei meu celular, provavelmente tiraram o chip, mas fui ligando na intenção de ligar para a policia.

Comecei a escutar o barulho da porta, ele estava tentando abri-la, não sei se ele teria outra chave da mesma porta no bolso, pois parecia que ele estava forçando ela, comecei a me desesperar, voltei a procurar a chave da porta em todo canto do armário, assim que o celular ligou, tentei ligar para a policia.

Disquei os números, ainda escutei uma mulher atender, quando fui a falar, a porta se abriu, ele me agarrou por trás, me debati, e então senti ele me espetar no braço. Logo cai num sono.

***

Acordei presa novamente no mesmo quarto, demorou alguns segundos para eu conseguir me recordar como fui parar ali novamente, lágrimas foram descendo pelos meus olhos, enquanto eu sentia raiva por ter falhado daquela forma, não consegui fugir. E agora depois do que fiz será mais difícil ainda enganá-los de novo para tentar uma nova fuga.

Eu tentei me mover e novamente não consegui, devido a isso a agonia, o desespero aumentava cada vez mais.

A porta se abriu, dessa vez Alec fora entrando no quarto com um semblante nada agradável no seu rosto, ele logo fora puxando o pano de minha boca e forame olhando com um olhar raivoso.

— Você já está me irritando... – ele disse. – Acabou o seu tempo,vai escrever essa maldita carta ou não?

— Não! – respondi também com raiva, logo vi o outro homem entrando no quarto, agora ele não usava mais a mascara.

— Pega o alicate!- Alec mandou, essa frase já me deixou assustada.

— Como? – perguntei arregalando os olhos assim que vi aquele homem voltando com o alicate nas mãos.

— Bom, não precisamos dos seus dedos da mão esquerda para você escrever a carta, não é? Vamos ver se cortando uns dois, você muda de ideia... – ele disse naquele momento me desesperei, ele soltou a minha mão esquerda, eu me debati desesperada, enquanto ele prendia o meu dedo no alicate, sem piedade alguma. – Pode dar adeus a sua carreira!

— Não! – gritei. – Eu escrevo, eu escrevo! –falei rapidamente, logo ele tirou o alicate do meu dedo, olhou para o outro homem, como se quisesse passar alguma mensagem apenas com o olhar. O outro parecia ter entendido a mensagem, pois logo tirou uma seringa do seu bolso e se aproximou de mim.

— O que você pensa que vai fazer? – perguntei, tentei me debater, mas não consegui, e ele também não me respondeu, apenas se aproximou e aplicou aquela seringa em meu braço,me fazendo cair num sono novamente.

***

Acordei com a cintura amarrada em uma cadeira, porém os meus braços dessa vez estavam soltos, a minha frente há alguns metros de distancia, estava o homem que até agora não sabia nem mesmo o nome, ele segurava uma arma nas mãos.

Eu me dei conta de que agora eu estava em outra sala, ela também é branca, havia apenas uma mesa a minha frente e outra cadeira,, em cima da mesa havia uma folha de papel e uma caneta.

— Alec já vai trazer o que você precisa escrever! – ele falou.

— Por que você está participando disso? – perguntei, ele era um homem de meia idade, tinha mais ou menos a idade de Charlie, podia ter um filho ou uma filha da mesma idade que eu, como ele pode ser tão cruel assim?

— Dinheiro,quem pode resistir a ele, não é?- ele suspirou, coloquei disfarçadamente a mão no meu bolso da blusa, vi que a seringa continuava ali, por sorte o bolso da minha blusa era fundo, por isso não deve ter caído e talvez por isso eles também não tenhama percebido. – Seus fãs vão sentir saudade de você, mas quem mandou mexer com pessoas tão endinheiradas, elas são piores do que nós, pois elas são as que mandam, nós estamos aqui apenas as obedecendo... – ele falou, e naquele momento fiz a primeira coisa que passou pela minha cabeça, era arriscado, mas tudo já era arriscado mesmo. Eles iriam me matar de qualquer forma.

De repente então eu fechei os olhos e abaixei a cabeça, simulando um desmaio. Segundos depois, logo notei que aquele homem se aproximou.

— Hei, garota, acorda! – ele disse agachando a minha frente, e me chacoalhando, continuei simulando o desmaio. – Alec! – ouvi ele chamar, e assim que ele olhou para trás, eu tirei a agulha rapidamente do meu bolso e enfiei no ombro dele com tudo, injetando todo o liquido, eu o ouvi gemer e então ele caiu no chão, deixando a arma escorregar de sua mão e cair alguns metros de distancia dele. Enquanto ele colocava a mão na seringa e puxava para retirá-la, eu aproveitava para tentar me desamarrar o mais rápido possível, o vi erguer a mão para tentar pegar a arma, mas não conseguia. – Desgraçada! – ele xingou, já estava meio lento, provavelmente tonto, eu me desamarrei, me levantei da cadeira, no mesmo momento que o via se arrastar no chão para pegar a arma, eu entrei em sua frente, pisei em sua mão e a peguei antes dele.

— O que ta acontecendo... – ouvi a voz de Alec falar, enquanto abria a porta, rapidamente apontei a arma na direção dele, o deixando meio surpreso. Vi que ele estava com uma folha de papel na mão, provavelmente ele iria querer que eu copiasse aquilo com a minha letra para chegar ás mãos de Edward. – Eu só fui ao banheiro, e você deixou toda essa merda acontecer! – ele reclamou, olhando para o seu comparsa, mas ele não o respondeu, dei uma rápida olhada nele e foi então que vi que ele estava desmaiado, o que quer que tenha na seringa já tinha feito efeito. – O que você fez com ele? – Alec perguntou.

— Enfiei uma dessas seringas que vocês têm por aqui, pela minha experiência, é remédio para dormir, não é? – falei, ainda apontando a arma na direção dele.

— Você acha que assim você vai se livrar dessa? Era só para você escrever uma merda de uma carta... – ele disse irritado.

— Acha que sou o que? Idiota? É pela forma que você falou, deve pensar mesmo que sou, sou órfã, fui pobretona, uma porca imunda, não é? Quem é a porca imunda agora? –falei, dando um passo na direção dele, ainda apontando a arma na sua direção. – Eu sei muito bem que você vai me matar se eu escrever essa carta, você quer ela para enganar as pessoas, porque sabe que se eu sumir do nada, a mídia vai ficar falando e falando e falando, não vão deixar de me procurar, mas se agora tiver uma carta, com minha letra, uma hora eles iam mesmo acreditar que eu fugi, que eu sumi, com certeza iria ser o momento que você ia aparecer e falar que te roubei, para sujar mais ainda meu nome... – eu falei.

— Não é que você não é só um rostinho bonito... – ele disse, num tom zombador.

— Seu plano já era! – afirmei.

— Não, você não vai atirar... – ele falou.

— Ah não, se mexa para você ver se eu não atiro! – garanti, com a voz mais firme que consegui.

Ele simplesmente veio andando em minha direção, e então no mesmo instante o instinto me fez atirar, o tiro acertou bem no rosto dele e então ele caiu no chão, ficando inconsciente, aproveitei para sair correndo dali.

Sai da sala correndo e me deparei com um pequeno corredor, havia três portas, a primeira era o banheiro, abri a segunda e me deparei com um escritório, havia uma mesa e um armário, fui direto a mesa e abri as gavetas, na primeira não tinha nada, na segunda encontrei um chaveiro com algumas chaves, eu a peguei e sai rapidamente do escritório e fui para terceira porta, eu a abri e vi que era aquela cozinha novamente, olhei para trás e então vi Alec em pé, com a mão no local onde havia levado o tiro.

Arregalei os olhos, apontei a arma para ele e pensei em atirar novamente, porém, ao tentar, não consegui, não havia mais bala.

— Droga! – falei.

Então desesperada passei pela porta, fechei e tranquei com a chave que havia na fechadura, joguei a arma no chão e em seguida olhei para a porta que antes tentei abrir, mas estava trancada e sem chave, corri rapidamente até ela e fui tentando abrir com as chaves que eu tinha, logo escutei barulhos de murros sendo dados na porta da cozinha, acelerei em minhas tentativas, somente a ultima chave que conseguiu abrir aquela porta.

Sai então correndo daquele cativeiro, olhei para trás e vi que se tratava de uma casa rural, olhei em seguida ao meu redor e me dei conta de que ela ficava realmente no meio do nada, me senti perdida em uma floresta, afinal, eu não sabia se eu seguisse a minha frente, onde havia apenas um monte de arvores, eu chegaria em alguma estrada. Mas não tive tempo nem para pensar, simplesmente sai correndo, perdida ali, naquele meio do nada.

Fui correndo entre o meio daquelas arvores, cheguei a tropeçar algumas vezes em algumas pedras, me equilibrei para não cair no chão, olhei para trás, o cativeiro estava cada vez ficando mais distante e sumindo entre aquelas arvores todas.

— Socorro! – eu gritei na esperança de alguém me ajudar e me socorrer, mas como já imaginava não tive respostas, apenas continuei correndo.

Minha respiração ofegava, e pouco a pouco fui ficando cansada, sentia como se tivesse andando em círculos, parecia que aquele lugar não iria me levar a lugar algum.

Eu me encostei em um tronco de uma arvore, para descansar por alguns segundos, ofeguei, olhei minha volta, tudo silencio. Novamente gritei:

— Socorro!

Eu já ia voltar a andar, quando sinto algo muito forte cair por cima de mim, caio de barriga para baixo no chão, gemo devido a queda, sou virada rapidamente, e arregalo os olhos, ao ver Alec em cima de mim, com a bochecha esquerda sangrando devido o tiro. Ele estava com uma arma em suas mãos, pensei que ele iria atirar, porem jogou a arma alguns metros de distancia dele.

— Sua vadia! – ele me xingou com ódio. – Eu vou ter prazer de te matar com as minhas próprias mãos! – ele falou e em seguida apertou o meu pescoço, no mesmo instante me desesperei, tento me debater, ergo a mão para tentar pegar a arma que ele jogou no chão, mas não a alcanço. – Quer as coisas da forma mais difícil, então vai ter da forma mais difícil! – ele dizia, apertando meu pescoço com mais força, fico necessitada de ar, começo a me desesperar mais, naquele momento realmente pensei que seria meu fim.

Fecho os olhos com força, só torcendo que acabe tudo rapidamente, quando, de repente escuto um barulho, um tiro, eu abro os olhos assustada, e apenas vejo Alec cair por cima de mim, rapidamente o empurro, ele cai para o lado, inconsciente ou até mesmo morto, vejo que alguém acertou um tiro bem no meio de sua testa.

Com os olhos arregalados, olhei a minha frente e fico surpresa ao ver Charlie com a arma apontada em minha direção, ao seu lado estava ninguém mais e ninguém menos que Esme Cullen.

Ele abaixou a arma, naquele instante uma lágrima caiu dos meus olhos, e demorou alguns segundos para eu digerir que ele tinha acabado de salvar a minha vida.

— Charlie! – eu disse, num tom emocionado, eu vi que lágrimas escorriam dos olhos de Esme, enquanto ele mantinha um semblante sério.

Naquele instante eu me lembrei do que Alec e do que o outro homem falaram, logo conclui, que tudo isso aconteceu foi porque Esme mandou eles me matarem, rapidamente rolo no chão e pego a arma, me levanto e aponto na direção dela, a olhando com um olhar sério e pegando os dois de surpresa.

—O que é isso filha? – ela falou, dando um passo para trás, meu semblante endureceu ainda mais.

— Não me chame assim, eu não sou sua filha! – falei. – Você quis me matar, você que os mandou aqui, não é? O que você está fazendo aqui agora com ele? Viu que o plano ia dar errado e veio dar uma de heroína para se livrar da cadeia?

— Da onde você tirou isso Bella? – quem perguntou foi Charlie.

— Alec falou, ele e o comparsa dele deixaram claro que eu só estava nessa situação porque mexi com gente que tem dinheiro... – falei, olhando para Charlie, depois olhei para Esme de novo, ainda apontando a arma na direção dela. - Alec deixou claro que para Esme eu sempre serei uma porca imunda, provavelmente o que ele queria dizer é que ela nunca iria aceitar que eu ficasse com Edward, você estava agindo estranho Esme, provavelmente havia descoberto que estou com Edward, não é? Alec sabia, se ele sabia você também sabia, você descobriu que eu tinha problemas com ele no passado e se juntou com ele, não é? Você deve ter o mandado me obrigar a escrever uma carta para Edward, dizendo que eu fugi com outro homem, e em seguida ele iria me matar, me matar a mando de você!

— Eu sabia que você estava com Edward sim... – ela falou. –Mas eu não mandei ele te matar!

— Agora vai se fazer de inocente! – eu gritei, lágrimas caíram dos meus olhos. – Eu sei que você não iria me aceitar por causa do meu passado, que você poderia até pensar que eu queria dar um golpe nele por ele ter muito dinheiro, mas nunca, nunca pensei que você poderia ser uma assassina!

— Bella, abaixa essa arma! – Charlie mandou.

— Não! – eu gritei, com raiva. – Ele ia cortar os meus dedos se eu não escrevesse a maldita carta! – falei, vi que mais lágrimas caíram dos olhos dela.

— Ai meu Deus! – ela falou.

— Você é um monstro, eu deveria era te matar...

— Você não pode fazer isso Bella! – Charlie logo fora me cortando.

— Ah não, e por que não? Por que é errado matar alguém? Mas não era isso que ela mandou fazer comigo?! Ela me mandou me matar!– eu falei, num tom alto, a olhando com raiva.

— Não é isso Isabella, você não pode fazer isso porque eu sou sua mãe... – ela falou num tom de choro.

— O que? – falei incrédula, num tom como se não tivesse escutado direito, a arma até mesmo escorregou de minha mão e caiu no chão por tamanha surpresa, enquanto ainda eu continuava encarando Esme, assustada e surpresa, com que ela tinha acabado de falar.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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