Believe in your Dreams escrita por J S Dumont, Isabela Maria


Capítulo 2
Capitulo 02 - Fim da linha


Notas iniciais do capítulo

olá gente, como prometido a partir de hoje as att de believe in your dreams acontecerão todos os domingos, então no próx. terá um novo capitulo, espero que gostem desse, eu quero agradecer todos os comentários, estamos muito felizes com eles, e esperamos que gostem desse novo capitulo e comentem também, a fanfic vai começar a esquentar e estamos com grandes expectativas, comentem, por favor!!!



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2.

Fim da linha

Ter Charlie em casa não poderia ser pior, ele parecia adorar ficar mandando em mim, sentia prazer em dizer: Limpa a casa que tá toda suja, faz comida, pega cerveja para mim na geladeira, etc. etc. e etc.

Eu sentia como se fosse apenas uma empregada e ainda por mais que eu fizesse e fizesse nunca era o suficiente para ele. Charlie era chato, insuportável e estava me deixando maluca.

Em uma semana eu não conseguia mais dar conta, eu acabava de limpar algo ele já ia e sujava, ele vivia derrubando cerveja pela casa e no sofá, e sempre queria que eu fizesse algo para ele comer, sem contar que ele ficava chamando seus amigos nojentos para jogar pôquer com ele. Eles faziam uma bagunça e ainda falavam coisas ridículas: Essa garota que você criou é muito gostosa você conseguiria ganhar um dinheirão com ela...

Quem vivia falando isso era George um velho de cinquenta anos, barbudo, careca e barrigudo, ele conseguia ser tão nojento que nunca vi um homem tão desprezível como ele na face da terra, ele só abria a boca para falar porcaria. Sorte que Charlie nunca o escutava, mandava-o calar a boca e dizia que não precisava disso, que ele tem dinheiro.

O dinheiro da onde saia eu nunca sabia, mas Charlie sempre conseguia e isso eu não podia negar.

Eu odiava a forma que os amigos nojentos dele olhavam para mim, dava vontade de matar todos, eu ficava tão enojada em ver seus olhos esfomeados em cima do meu corpo que eu não suportava e sempre acabava me enfurnando em meu quarto, e claro, trancando a porta. Depois de ver que eles estavam começando a frequentar a casa com frequência, cheguei a levar até uma faca para o quarto, afinal, os olhares de George eram bem esquisitos, alias, eu não confiava nenhum pouco nos amigos dele.

Eu já estava pressionando Charlie a procurar outro emprego, afinal, não dávamos para continuarmos vivendo assim, se Charlie não começasse á ficar um pouco fora de casa eu ia acabar enlouquecendo, porém, depois de quinze dias dizendo que estava procurando emprego, Charlie começou a finalmente aparentar preocupação. Durante as tardes ele estava ficando fora de casa e isso estava até me deixando aliviada, mas ele sempre acabava voltando mais nervoso, irritado e mais insuportável do que o normal.

Ele não estava conseguindo emprego, talvez o dinheiro estava acabando afinal, tínhamos que comer, fazer compras e ele gastava muito com cerveja, foi então que um dia eu vi que estávamos chegando no fim da linha.

— Você está com vinte e um anos não é? – ele perguntou enquanto enfiava um pedaço de peixe na boca.

— Sim... – eu respondi enquanto lavava louça.

— Está na hora de você casar... – ele disse, e eu virei para ele com as sobrancelhas franzidas. – É a comida tá cara te alimento a vinte e um anos, você gasta minha força, a minha água e ainda tenho que comprar roupa para você e comida, nada melhor do que um homem fazer isso para você!

— Eu nem tenho namorado, como você acha que eu vou me casar? – eu disse, revirando os olhos e voltei a fazer o que estava fazendo, Charlie ás vezes falava coisas absurdas.

Afinal, eu não tinha esperanças de me casar e na verdade eu nem pensava nisso, o único homem que ainda cheguei a pensar na ideia, pois eu achava que me casando com ele a minha vida poderia melhorar era Mike.

Não que eu o amasse, mas na verdade eu nunca acreditei muito nisso, ás vezes eu acho que um casamento é como se fosse um contrato, um está com o outro apenas por benefícios, é conveniência no fundo sempre é, mas eles colocam “o amor” na história somente para que tudo não pareça tão negro.

Mas eu sabia que eu não tinha o que oferecer para Mike, tinha apenas o meu rosto bonito o que não é grande coisa para segurar um casamento, sei que nossa relação não passaria da amizade, e se passasse não iria ir adiante.

Não que eu nunca tivesse tentado me relacionar com alguém, em meio ao desespero nós acabamos tomando algumas atitudes até mesmo desesperadas. Mesmo não acreditando muito nessas baboseiras sentimentais, eu ainda tentei. Tentei ao menos encontrar alguém que pudesse me tirar dessa vida medíocre, confesso que foram poucas tentativas, muitos poucas para quem já tem vinte e um anos de idade, eu podia até mesmo contar nos dedos, mas no final, nunca, nunca dava certo.

Pouco a pouco fui percebendo que eu sempre era escrava da minha beleza, muitas mulheres sonham em ser lindas e ser admiradas por todos homens, mas uma coisa que eu aprendi é que tudo isso também tem suas consequências, por toda vida eu sempre era vista apenas pela minha aparência física, é como se eu fosse apenas uma boneca de plástico, onde te olham, te admiram, mas não vê mais nada do que aquilo é como se eu não tivesse uma única qualidade do que o corpo legal e um rosto que chama atenção, é como se eu fosse só isso. Uma pessoa para que eles achassem bonita, e ai então eu me pergunto: Para que me serve essa beleza toda? Para eles apenas me levarem para cama ou ficarem se aparecendo para seus amigos?

Era sempre assim. A aparência ajudava a chamar atenção, isso eu não podia negar, era fácil conseguir encontros, conhecer pessoas novas, ser cercada por caras que promete o mundo inteiro para ficar com você, mas uma coisa é começar o relacionamento e outra muito diferente é conseguir segurá-lo e esse era sempre o grande problema para mim.

Posso confessar que ter Charlie na minha vida me atrapalhava nesse quesito, eu não tinha uma casa para levar um namorado, não tinha uma família para apresenta-lo, mas ainda sempre o grande problema é quando vamos falar de futuro. Eu não tinha muito o que contar, não tinha expectativas e nem sonhos, algumas vezes eu mentia, isso quando eu conseguia conhecer alguém mais sério. Mas ainda assim, com o passar do tempo não dava muito certo. E ai mais uma vez o meu rosto bonito não era suficiente para segurá-lo.

Mas na maioria das vezes sempre eram os mesmos homens, noventa por cento me queria apenas para se aparecer, apenas para me levar para suas rodas de amigo e ficar me mostrando como se eu fosse um objeto valioso, e quando eles cansava disso nosso relacionamento ia e chegava ao fim.

Ai é então é que eu sempre entendia o que acontecia, eu estava acabada por dentro. E então eu desisti, não queria ficar sofrendo decepção atrás de decepção, tudo bem que eu nunca colocava expectativa ou me animava em um relacionamento, porém mesmo assim era mais uma rasteira que eu sofria, cada vez que eu via mais uma chance de sair dessa vida ser desperdiçada, eu sofria, pois via que era mais um que não iria me tirar desse ciclo sem fim.

Agora eu sabia que se eu quisesse mudar minha vida tinha que ser por conta própria, eu não iria por expectativa em nenhum homem, eu simplesmente teria que me virar e arriscar, independente das consequências.

— Eu vou arrumar um para você... – Charlie me respondeu, fazendo-me acordar dos meus pensamentos e olhar para ele com as sobrancelhas arqueadas.

— Você? Arrumar um homem para mim? Já até imagino que tipo de traste você vai me arrumar, você não conhece homens que presta... – eu respondi.

— Você também quer o que? Um mauricinho? Acha que um mauricinho vai querer você? Tem que arrumar um homem do seu nível! Ou acha que um Mike Newton vai te levar a sério? – Charlie disse daquele seu tom grosseiro de sempre.

Era sempre assim. Ele sempre pisava em mim como se eu não valesse nada, eu terminei de lavar a louça e sai da cozinha em silencio, não queria mais discutir com aquele homem, eu fui para meu quarto e senti vontade de não sair mais de lá. Mas, com o passar das horas eu vi que isso não seria possível, afinal, eu tive que ir preparar a janta, porém para minha sorte Charlie durante a noite não tocou nesse assunto.

 Depois disso eu achei que Charlie não iria vir mais com esse papo, mas não demorou muito para eu ver que eu estava enganada, no outro dia ele saiu logo cedo e de inicio eu achei que fosse para procurar emprego, mas quando ele voltou para casa com um homem, eu vi que estava enganada.

Ele me apresentou esse homem, ele se chamava Alec, não era feio, deveria ter uns vinte e três anos no máximo, só que ao chegar próximo dele para cumprimenta-lo, já me dei conta da onde Charlie o conhecia, ele fedia álcool.

Charlie foi para sala e deixou-me sozinha com ele na cozinha, ele estava sentado a mesa e me olhava dos pés a cabeça e da cabeça aos pés, parecendo querer analisar cada detalhe, como se eu fosse um simples objeto a ser vendido.

— Sabe, você é muito gata hein, nada mal! – ele elogiou-me com a voz um pouco embolada, eu percebi que ele estava bêbado, ele olhou-me com aqueles olhares suculentos que eu tanto odiava e sentia nojo.

 - O-Obrigada... – eu elogiei, mas acho que minha expressão já acusou o contrario.

— Iai? Rola? – ele apontou para mim e ele, e acho que naquele momento minha expressão de nojo ficou mais visível.

— Ahm... Não! – respondi para ele.

— Ah qual é meu! – ele falou irritado, levantando-se da mesa. – Charlie falou que você vai ser minha mulher, e eu paguei para ele agora você vai ter que ser...

  Eu dei um passo para trás, olhando para ele apavorada.

— O que? – perguntei.

— Isso mesmo, você vai morar comigo, eu estou precisando de uma mulher, agora estou morando sozinho e é um saco ficar sem alguém para cuidar da casa, e você olhando bem, pode me servir para muitas coisas... – ele sorriu maliciosamente e novamente olhou-me profundamente dos pés a cabeça, parecia reparar todos os detalhes do meu corpo e esse olhar já estava me irritando, não somente o olhar, mais muitas outras coisas a mais.

— Eu não sei porque você deu dinheiro a Charlie, mas eu não vou morar com você, eu nem te conheço... – eu respondi e fui continuando a caminhar para trás.

— A gente vai se conhecendo com o tempo, isso não é problema nenhum! – ele respondeu.

Eu achei aquilo uma tremenda loucura, não parecia que era real, tudo bem que Charlie arrumou um moleque bêbado e o enganou fazendo com que ele desse dinheiro a ele, é aquele papo de que: “homem faz tudo por um rabo de saia” realmente é real, mas se ele acha que vai me vender, ele está muito enganado, e também, acredito que a bebedeira do cara uma hora vai passar, e ele mesmo vai se dar conta de que essa ideia é absurda.

Alec me puxou pela cintura e antes que eu pudesse empurrá-lo ele encostou fortemente seus lábios aos meus, a boca dele estava com gosto de álcool e eu fiquei totalmente enojada com isso. Empurrei-o fortemente e então eu dei forte tapa em seu rosto.

Alec colocou a mão no rosto e olhou-me com um olhar furioso, e antes que ele pudesse fazer algo ou retrucar eu me virei, corri para o meu quarto e tranquei a porta. Fiquei encarando a porta com um olhar assustado e com a respiração ofegante, o meu coração estava disparando e meu cérebro estava totalmente agitado, ficava se passando varias coisas por minha cabeça, principalmente de como Charlie estava passando dos limites. Por sorte Alec não venho atrás de mim e depois de um tempo achei que ficaria por isso mesmo.

Mas depois de quase trinta minutos Charlie foi ate a minha porta e começou a soca-la.

— Isabella, sai dai, eu quero falar com você, anda, sai! – ele gritava e batia fortemente na porta, encolhi-me na cama e encarei a porta com os olhos arregalados. – Isabellaaa abre agora!

Engoli um seco, eu não sei o porque, mas eu estava sentindo um pressentimento ruim, eu não sabia se Alec já tinha ido embora, e meu maior medo é se ele tinha reclamado a Charlie.  Mas como eu sabia que não teria muitas escolhas, que eu iria ter que abrir a porta, foi isso que acabei fazendo.

Eu me levantei da cama, e fui caminhando lentamente até a porta, soltei um longo suspiro, antes de destrancar a porta e girar a maçaneta abrindo-a.

Então me deparei com Charlie olhando-me com um olhar fulminante.

— O que deu em você para bater no Alec? – Charlie me perguntou.

— Ele me agarrou e ainda me disse que você me vendeu para ele... Você tá pensando o que? Que sou um objeto da qual você pode vender? – eu disse afastando-me de Charlie rapidamente.

— Eu te achei e você me deve isso, se não agora você não estaria viva! – ele falou jogando pela milésima vez isso na minha cara.

— Ás vezes eu preferia que você não tivesse me encontrado... – retruquei.

— Mal agradecida! – ele disparou furioso. – Se você acha que vai ficar aqui para sempre, você está muito enganada Isabella, eu já te dei para Alec, agora você é dele...

Eu olhei para ele como se ele tivesse falando a coisa mais absurda do mundo, em primeiro momento eu não acreditei, mas logo Charlie foi puxando-me pelo braço e me arrastando para fora do quarto.

— O que você pensa que está fazendo? Por acaso está achando que sou um objeto que você pode dar para qualquer pessoa? – perguntei a ele.

— Cala a boca Isabella, e aceite isso de uma vez, um homem melhor que o Alec você não vai achar... – Charlie disse e depois me empurrou. Eu cai no chão da cozinha e encarei-o com os olhos arregalados. – Olha para você, você foi encontrada no lixo e a única coisa que você tem é esse seu rosto bonito, pois nem cozinhar direito você sabe, então agradeça que Alec quis você porque te achou bonita, e vê se não estraga tudo com esse seu gênio horrível! - Charlie disse, e depois de muito tempo algumas lágrimas começaram a cair dos meus olhos, pois eu não conseguia acreditar que isso é real.

Eu não acreditava que Charlie estava realmente me vendendo a um homem, eu não acreditava que ele ia me dar como se eu fosse qualquer coisa. Aquilo parecia ser apenas um pesadelo, é eu sentia que em breve eu iria despertar.

 Mas quando Charlie me puxou pelo braço e foi me arrastando para fora de casa, eu comecei acreditar que tudo aquilo estava realmente acontecendo.

— Charlie, não faz isso comigo, Charlie eu vou embora, eu prometo eu saio correndo e você não me vê nunca mais, só não me dê para um homem que eu nem conheço! – eu disse desesperada, enquanto ainda ele me puxava pela rua, me levando não sei para onde.

Eu pensei em empurrá-lo, me debater e fugir. Mas logo Charlie disparou:

— Você realmente não pensa não é Isabella? Acho que você não raciocina direito, bem que dizem que mulheres quando nascem com muita beleza, acabam não nascendo com muito cérebro, você vai fugir e vai fazer o que da vida? Passar fome no meio da rua? Pedir esmola? Quer ser estuprada pelos mendigos? É melhor ser só de um homem do que de vários, não acha?

Mais lagrimas caíram dos meus olhos enquanto a realidade caia por cima de mim, e Charlie continuava me puxando, provavelmente para casa de Alec, eu não podia negar que ele estava certo, eu não teria o que fazer caso eu fugisse, a não ser o Mike... Sim, Mike, ele era minha única esperança, as palavras dele surgiram na minha cabeça: Você não está sozinha Bella. É ele falou isso para mim e só ele poderia me ajudar nesse momento, eu poderia pedir para ficar na casa dele por uns dias até eu ver o que eu faria da vida, mas só foi a ideia surgir na cabeça, que eu vi que já era tarde demais.

Charlie parou e eu entendi que estávamos na frente da casa de Alec, eu gritei, me debati e pensei em correr, mas ele me segurou fortemente. Olhei para os lados desesperada, pensando em pedir ajuda, porém estava escuro, não havia ninguém por perto e então me senti perdida, ele me agarrou com um braço e então bateu na porta de Alec.

 Só foi ele abrir a porta que Charlie jogou-me lá dentro como se eu fosse apenas um saco de batatas. Cai de frente no chão e senti mais lágrimas escorrerem pelos meus olhos

— Ai está ela! – ele disse simplesmente e naquele momento eu nunca odiei tanto.

— Certo Charlie, você cumpriu com o combinado, muito bem! – ele falou e eu continuei ali, caída, sem saber o que fazer.

— Eu veio um dia te visitar Bella, não vou esquecer você... – Charlie disse, e o ódio só aumentou ao ouvir aquilo.

— VAI PARA O INFERNO, EU TE ODEIO CHARLIE, EU TE ODEIO! – eu gritei, enquanto sentia meu sangue ferver, virei para ele e pensei em já me levantar, empurrá-lo e sair correndo, Charlie só me deu uma ultima olhada e fechou a porta, Alec a trancou e tomou até o cuidado de tirar a chave. – NÃO! – eu gritei, levantando-me do chão e correndo até a porta. – ME TIRA DAQUI CHARLIE, VOLTA AQUI, ME TIRA DAQUI! - eu gritava, enquanto batia na porta.

— Calma Bella não fica assim, não será tão ruim me ter como marido... – ouvi Alec falar, e então senti um estranho embrulho no estomago, enquanto eu virava-me e olhava para ele, o olhando com uma expressão de nojo no rosto.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: iai o que acharam? deixem sua opinião!!! Fortes emoções estão por vir, não perca...
minha outra fanfic acompanha ela também: https://fanfiction.com.br/historia/744814/1001_razoes_p_nunca_levar_Isabella_Swan_para_cama/