Tentei responder a pergunta dela, mas não consegui, o choro me impedia de falar.

— Fique calma, respire fundo — sugeriu Sofia.

Após um tempo, consegui finalmente falar.

— O Jor... Jorge me traiu — disse ainda entre lágrimas.

— Como assim? Com quem? — interrogou Sofia incrédula.

— Com a Regina, eu acabei de ver eles se agarrando numa sala.

— Eu sinto muito, Mari... O Jorge realmente não é o que pensávamos — disse enquanto me abraçava.

Fui para casa com a certeza de que o meu amor pelo professor, tinha se arrefecido. Aquela traição tinha doído no fundo da minha alma.

No dia seguinte, tive o desprazer de encontrar Jorge assim que cheguei ao colégio.

— Te espero lá em casa — sussurrou no meu ouvido.

— Pois vai ficar esperando — declarei irritada.

— Que rebeldia é essa, Mariana?

— Pergunta pra Regina, talvez ela saiba.

— Não estou entendendo.

— Eu sei o que você fez.

Nesse momento Jorge ficou nervoso, consegui perceber um leve tremor em suas mãos.

— Aquilo não significou nada para mim.

— Mas para mim sim — disse me afastando.

— A nossa relação não acabou — anunciou, segurando brutalmente meu braço direito.

— Me solte.

— Não.

Naquele instante Tomás, o professor de física, passava por ali.

— O que está acontecendo? — indagou Tomás.