Caminhos Entrelaçados escrita por zariesk


Capítulo 6
Capitulo 06 – Presa na Escuridão.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Eu sinto muito pela demora, era pra este capitulo ter ficado pronto na sexta, mas um monte de imprevistos me fizeram atrasar até hoje.
Sendo assim fiquem com mais um capitulo desta linda fic, eu espero que estejam gostando, o próximo não vai demorar tanto.



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Capitulo 06 – Presa na Escuridão.

— Rasenga!! – gritou Konohamaru atingindo seu adversário.

O ninja atingido voo longe chocando-se contra uma árvore e caindo completamente derrotado, seus companheiros logo foram para seu lado para socorre-lo, o melhor ninja do clã tinha sido derrotado por um dos jounins de Konoha, os outros 10 estavam hesitantes mas queriam vinga-lo de qualquer jeito, foi quando mais dois jounins apareceram, Moegi e Udon finalmente se juntaram ao Konohamaru, e com isso os outros ninjas não tiveram escolha a não ser recuar.

— E não voltem mais! – gritou Moegi agitando o braço irritada.

Os ninjas invasores retiraram-se de volta para sua terra, o plano deles era usar o território do país do fogo para lançar ataques surpresas contra seus rivais em outro país, mas assim que invadiram a fronteira foram emboscados e rechaçados, agora os jounins de Konoha estavam voltando para a base de operações temporária.

— Bom trabalho vocês três, ambos os lados estão perdendo força – explicava o jounin em comando – isso deve acabar logo, graças aos esforços de vocês nosso território permanece seguro.

— hahaha não fizemos tudo sozinho – dizia Konohamaru constrangido.

— Mesmo assim o alto escalão decidiu pegar vocês de volta, vocês podem voltar pra Konoha – explicava o oficial – uma nova equipe já saiu da vila, vocês podem voltar e pegar seus gennins também.

— Beleza! Hora do pagamento! – dizia Moegi empolgada.

— Você é muito mercenária – reclamou Udon.

— Você não tem uma Akimichi em fase de crescimento no seu time – justificou ela.

O oficial riu e liberou os três, eles nem sequer perderiam tempo, apenas juntaram suas coisas no acampamento e logo trataram de ir embora, estavam felizes de proteger o país do fogo mas se o conflito acabaria mais cedo seria ótimo pra eles, cada um ia fazendo planos tanto para o tempo livre como para o dinheiro da missão rank-A.

— E aí? Qual time arranjou encrenca? – perguntava Konohamaru em tom de provocação.

— É obvio que o seu, ele tem o Uzumaki Boruto – respondeu Moegi.

— Mas tem a Sarada pra bota-lo na linha – respondeu Konohamaru.

— Que inveja do seu time – dizia Moegi olhando pro Udon – tem três garotas fofinhas, eu queria ter ficado com esse time!

— Ah bem, a Namida adora explosões, e a Wasabi é bem moleca – dizia Udon rindo sem graça – as duas até que arranjam boas confusões.

Como antigos companheiros de time os três falavam sobre seus respectivos times, uma missão conjunta entre eles foi bem inesperado, mas também foi uma chance de crescerem mais fortes juntos, se tudo desse certo o trabalho em equipe deles ficaria excelente, era o que chamavam de tirar algo bom de uma situação ruim.

— Mas é verdade que uma das suas garotas é problemática? – perguntou Konohamaru.

— Você fala da Sumire? Ela é uma excelente gennin e uma boa pessoa, mas meses atrás ela esteve envolvida em algo – explicava Udon – você sabe daquele incidente que foi nomeado como incidente fantasma não é?

— Eu tô ligado, o Boruto e o Mitsuki se meteram naquilo – dizia Konohamaru – então é verdade que sua menina foi responsável por aquilo?

— Há muitas circunstancias envolvidas nisso – disse o outro meio sem jeito.

— Ah droga! Eu sinto que vocês dois estão me deixando de fora de algo grande! – reclamou Moegi.

— Ela não estava na vila naquela semana – dizia Konohamaru rindo.

— Você deveria era ficar grata por não ter esse tipo de problema – disse Udon.

— Eu penso o contrário, quanto mais problemático for o time mais interessante ele será – respondeu ela – não gosto de monotonia.

— Quando você tiver que assumir a responsabilidade repita isso – brincou Udon.

— Calma calma, eu concordo com os dois – disse Konohamaru – é bom ter as coisas sob controle, mas desafios também são ótimos, assim como o Naruto nii-chan cresceu com todas as confusões em que se meteu.

— E como todas as que você nos arrastou? – perguntou Udon olhando torto pra ele.

— hahahahahah mas foram tempos bem legais aqueles – dizia Konohamaru rindo – e aposto que os moleques vão se lembrar desses tempos do mesmo jeito.

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— O que diabos aconteceu lá? – perguntou Wasabi confusa.

— Eu não sei, mas foi uma bela explosão – disse Namida admirada com aquilo.

Um terço do templo havia explodido, ao ver aquela destruição Mitaba esqueceu completamente o que estava fazendo e correu pra socorrer Hogo, dos escombros algo levantou-se e num pulo saiu daquela área, era o Nue que saía de lá com sua cauda enrolada em Boruto e Sumire para protege-los da explosão, Namida e Wasabi não sabiam o que era aquilo e tomaram um susto, o chuunin presente também não fazia ideia do que estava acontecendo, e Mitsuki de longe observava tudo curioso.

— Alguém... pode me explicar o que está acontecendo aqui? – perguntou Kokonoe meio sem reação.

— Estamos tão perdidos quanto você – disse Wasabi – aliás, quem é você mesmo?

Boruto desceu das costas do Nue carregando Sumire, ele a pôs com cuidado no chão ainda sustentando-a com os braços, ele via que a garota não acordava e isso o deixava muito aflito, ele lembrava que Hogo mencionou algo sobre Tsunade poder cura-la, nesse caso ele precisava leva-la pra Konoha o mais rápido possível.

— Hei Uzumaki Boruto! O que está acontecendo!? – perguntou Kokonoe – e que criatura é essa do seu lado!?

— Cale a boca! Eu estou pensando! – gritou Boruto sem nem olhar pro chuunin.

Kokonoe travou ao ser repreendido por um mero gennin, mas como a situação estava absurda demais ele não conseguiu pensar no que fazer ou dizer, ele olhou para o templo e viu Mitaba lutando pra remover os escombros como se estivesse tentando encontrar algo, foi quando um tentáculo de madeira retirou um pedaço do telhado e jogou longe.

— Ufa, se não fosse o mokuton estaríamos mortos – dizia Hogo meio atordoado.

— Hogo-sama! Você está bem!? – perguntou Mitaba indo até ele.

— Eu estou aqui também sabia? – provocou Izuri.

— Sim, estamos, mas foi por pouco – respondeu ele – tive tempo de nos envolver com o mokuton, mesmo assim o ataque foi mais forte do que o esperado.

Ele olhou direto pro Nue que rosnava pra ele furiosamente, Boruto também o encarava com um olhar de fúria, mas o que realmente lhe interessava era o poder do Nue.

Tomando apenas o chakra do Boruto ele foi capaz de produzir um ataque naquela escala, se estivesse com 100% do seu poder destruir Konoha não seria impossível, da última vez foi preciso o chakra de dezenas de shinobis, o que ele tinha em mente talvez precisasse de 10 vezes mais.

— Não há garantias de que vou conseguir reproduzir o experimento com sucesso – dizia Hogo – o ideal seria capturar o Nue e modifica-lo para se adequar ao plano.

— E a Sumire também, os dois estão conectados – explicou Izuri – podemos fazer lavagem cerebral nela e transforma-la na arma ideal, sem emoções.

— Como se eu fosse deixar vocês tocarem nela! – gritou Boruto.

— Você não tem opinião aqui – respondeu Hogo fazendo os selos.

Os galhos do mokuton emergiram do chão enrolando-se no Nue e também no Boruto imobilizando ambos, considerando que essa já era a sua vitória Hogo viu surpreso as duas meninas surgirem na frente, Wasabi carregou seu chakra em duas kunais e retalhou os galhos, ao mesmo tempo Namida jogou algumas kunais explosivas na direção do trio, Hogo usando o mokuton repeliu as kunais que explodiram em outro lugar, e ele depois disso sentiu seus dois braços doerem como se estivessem pegando fogo.

— Não pode gastar mais chakra, se gastar mais que isso o mokuton vai lhe consumir! – avisou Izuri.

— Eu mesma vou matar essas pestes e pegar a menina – disse Mitaba.

— “Droga, eu não tenho mais chakra suficiente” – pensava Boruto – “usei quase tudo pra materializar o Nue e faze-lo atacar!”

— Hei Boruto! Eu não faço ideia do que tá acontecendo! – gritou Wasabi – mas se você tem uma solução pode dizer, vamos fazer qualquer coisa!

— Isso! Não vamos deixá-los pegar a Sumire! – gritou Namida – dessa vez vamos protege-la com certeza!

— Meninas... então tá legal! – dizia Boruto emocionado – precisamos dar o nosso chakra pra esse cara aqui, ele vai resolver tudo.

— Tá legal, e como fazemos isso? – perguntou Namida olhando desconfiada pro Nue.

A criatura transformou sua cauda em energia e atravessou os corpos dos três com ela, Namida e Wasabi sentiram seu chakra fluir fortemente dos seus corpos pela energia em forma de serpente que penetrou seus corpos, quando o Nue pegou o máximo que podia as duas assim como Boruto caíram no chão exaustos, e com seu corpo fervendo em chakra o Nue olhou para os três inimigos diante dele.

— Essa não chefe, ele vai fazer aquilo de novo! – disse Izuri nervoso.

— Eu vou... droga! – os braços do Hogo começaram a perder o controle.

Os braços dele pulsavam e pareciam que iam perder a forma que tinham, Izuri rapidamente o apoiou para tira-lo dali, mas o Nue em sua fúria concentrou um novo ataque usando o chakra que recebeu para criar uma nova esfera explosiva, com isso o ataque que era semelhante a uma bijuu-dama foi disparado na direção dos três.

— Tire Hogo-sama daqui – ordenou Mitaba pulando na frente.

Ao se posicionar ela usou seu suiton para criar uma grossa parede d’água, a pequena bijuu-dama bateu na parede e parou seu avanço deformando a parede que se curvava e fervia, Mitaba então usou um novo jutsu que criava uma tromba d’água para empurrar o ataque de volta.

Kokonoe nunca tinha visto uma batalha deste nível, ele ficou paralisado vendo o ataque da besta explodir e evaporar toda a água assim como parte do chão, com a onda de choque ele foi jogado pra trás enquanto via uma coluna de fumaça subir, depois do ataque o Nue simplesmente desapareceu como se tivesse perdido sua forma.

— MAS QUE PORRA TÁ ACONTECENDO AQUI!? – gritou o chuunin ainda caído no chão.

Os três gennins que cederam seu chakra caíram no chão inconscientes, Boruto caiu de uma forma que parecia ainda estar protegendo Sumire, segurando seu braço fortemente como se não quisesse deixar qualquer um leva-la.

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— E foi isso o que aconteceu – explicava Shikadai.

— E você fala isso na maior tranquilidade!? – Moegi deu um cascudo nele.

— Droga, era isso o que o Hokage-sama temia – dizia Udon frustrado.

Já era noite e o trio acabara de voltar para a vila onde deixaram os gennins, ao chegarem esperavam ser bem recebidos, mas encontraram a vila com um ar de isolamento, sem ninguém saindo para recebe-los, apenas o time da Moegi apareceu e relatou o que aconteceu desde o amanhecer.

— Será que vamos encontrar os rastros deles agora a noite? – perguntava-se Konohamaru.

— Eu tenho uma das minhas criações seguindo o chuunin – explicou Inojin – posso fazê-lo voltar e ele nos mostrar o caminho.

— Isso vai demorar demais! Vamos seguir na mesma direção – dizia Konohamaru – com um pouco de sorte podemos encontrar os rastros.

Nesse momento um pequeno pássaro de tinta veio voando na direção do Inojin, ele abriu um pergaminho e o pássaro pousou nele se desfazendo em tinta, logo depois ele mudou de forma para relatar a situação atual.

— Estão retornando, quatro feridos – lia Inojin.

Ao ouvir isso os três jounins literalmente desapareceram da frente das crianças, em instantes eles já estavam indo para a direção de onde veio o pássaro, foi quando avistaram o grupo que vinha na direção oposta.

A primeira coisa que viram foi um chuunin que eles não conheciam, provavelmente um novato que não fez seu nome ainda para ser reconhecido, este trazia uma mulher toda enfaixada feito uma múmia em suas costas, e dava pra notar que as faixas estavam ficando vermelhas pelo sangue.

Logo do lado ou um pouco atrás vinham os gennins, três deles carregando outros três, Mitsuki trazia Sarada em suas costas, Wasabi carregava Namida e Boruto carregava Sumire, não dava pra dizer o estado deles só olhando, por isso os jounins estavam preocupados.

— Hei Boruto! Que história é essa de você arrastar os outros pra um resgate!? – perguntou Konohamaru com raiva.

Boruto nem sequer respondeu e nem olhou pra ele, apenas andava com um olhar abatido carregando a amiga nas costas, diante de uma situação assim Konohamaru não soube como reagir e deixou quieto, os três gennins carregando seus amigos seguiram para o centro da vila, e logo as pessoas que cuidavam deles vieram correndo, o senhor que hospedava Sumire rapidamente a pegou nos braços e levou pra casa acompanhado pela esposa, os outros gennins tiveram recepção parecida, logo os gennins que voltaram sumiram deixando o chuunin com sua “bagagem” nas costas.

— Você é o Sarutobi Konohamaru não é? – perguntava Kokonoe – aconteceu muita coisa aqui.

— E eu espero que você possa nos explicar – pediu o Sarutobi.

Kokonoe pôs a mulher no chão para Udon que conhecia jutsus médicos poder trata-la, ele contou o que ouviu dos gennins e depois o que aconteceu durante a missão, os três jounins ouviam a história sem acreditar.

— A Namida só está com exaustão de chakra, a Wasabi também tá fraca mas se recuperou mais rápido – explicava ele – os piores são a Sarada e a Sumire, Sarada inalou uma tonelada de fumaça durante a luta e a outra eu não faço ideia do que aconteceu.

— E quanto a essa aí? – perguntou Moegi.

— Ah sim, é a adversaria que a Sarada derrotou – respondeu ele – parece que seu nome é Sagiri ou algo assim, eu pensei em leva-la de volta pra Konoha pra ser interrogada.

— Olha, com meu iryouninjutsu eu só posso impedi-la de morrer agora – avisava Udon – nem de longe eu posso concertar esse estrago.

— Sinceramente eu não tô nem aí pro estado dela – respondeu Konohamaru – se ela puder dar respostas já vai ficar feliz de ainda tá viva.

— Acho que o jeito é avisar a vila sobre isso – dizia Moegi – se as crianças estiverem bem partiremos de manhã.

Moegi pegou um pergaminho especial e um cartucho de tinta, com isso ela escreveu um relatório resumido e depois fez uma sequência de selos, originalmente Sai havia lhe dado este pergaminho e tinta para que ela pudesse usar o chouju giga e enviar uma mensagem.

Com isso a tinta se juntou na forma de um pássaro e voou na direção de Konoha, se tudo desse certo a mensagem chegaria até a meia-noite, e logo pela manhã uma equipe viria até eles.

— E agora? O que vamos fazer? – perguntou Udon.

— Só podemos esperar – respondeu Konohamaru.

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— Isso é tudo? – perguntou Naruto.

— Parece que sim, a Moegi só consegue enviar um rolo por vez – explicou Sai.

Naruto baixou a cabeça pensando, ao ouvir o relatório ele precisava tomar uma ação imediatamente, pelo que entendeu os gennins estavam razoavelmente bem apesar de tudo, mas quem estava no pior estado era Sumire, ele não podia deixar de jeito nenhum aquela menina sofrer.

— Envie dois times para lá, um deles é pra ajudar o pessoal, o outro é para caçar os traidores – ordenava Naruto – no time de resgate eu quero a Sakura liderando.

— Eu vou repassar a ordem agora mesmo – disse Shizune saindo.

— Puxe a ficha desses membros da ANBU-ne – dizia Naruto para Sai – qualquer informação pode ser útil agora.

Sai foi cumprir sua ordem, enquanto isso Naruto aborrecido revirava os seus papeis na mesa, ele procurava qualquer coisa que tivesse deixado passar, mas uma parte do relatório dizia algo que o incomodava, no relatório dizia que Boruto invocou uma fera desconhecida para atacar os inimigos.

— Isso está certo mesmo? – perguntava-se – acho melhor enviar um bunshin junto com a equipe.

Se não lutassem seus bunshins podiam durar 24 horas, ele evitava envia-los em missões para não fazer os outros ficarem dependentes disso e nem irritar as outras nações, mas em certas situações Naruto precisava intervir mesmo que fosse indiretamente, assim que a equipe foi formada Naruto criou o bunshin para lidera-los.

— Vocês já devem ter sido informados, mas eu vou reiterar as ordens – dizia o bunshin do Naruto diante dos 6 ninjas – vamos resgatar os times de gennins que se envolveram numa batalha, o time liderado pela Uchiha Sakura vai cuidar dos gennins e proteger a vila, o time liderado pelo Haidou vai perseguir os nukenins fugitivos, alguma dúvida?

O jounin que uma vez lutou contra o akatsuki Kakuzo iria liderar o time de busca, por ser um veterano Naruto tinha confiança de que ele conseguiria, já Sakura tinha a tarefa de cuidar da vila e dos gennins, assim que a situação estivesse sob controle o bunshin não seria mais necessário e poderia ser desfeito, e caso fosse preciso ele daria ordens adicionais.

— Muito bem, vamos indo! – ordenou o bunshin.

Ele atravessou o portão principal da vila seguido pelos outros ninjas, pouco atrás dele Sakura avançava preocupada, sua filha foi um dos que se machucaram e por isso ela queria o mais rápido possível cuidar dela, mas era difícil não dar prioridade aos outros caso estivessem pior, além disso havia uma prisioneira que estava num péssimo estado, e obter informações era crucial também, conciliar o trabalho com os sentimentos era sempre um dilema para um ninja.

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— Minha filha, é o seu dever terminar o que eu comecei – dizia um homem – use o gozu tennou e apague Konoha!

O homem colocava a mão em suas costas transferido um chakra que se moldou na forma de um selo, depois disso ele caiu morto ao sacrificar sua vida para criar o jikuukan ninjutsu (jutsu de espaço/tempo) onde a criatura criada no laboratório ficaria aprisionada, tanto a criança onde o jutsu era inserido como a criatura eram prisioneiras desse destino.

Shigaraki Sumire revivia isso mais uma vez, e de novo e de novo ela reviveu o seu duro treinamento, as lições do seu pai, os experimentos para adapta-la ao kinjutsu... suas memorias iam até ela enterrar o pai no quintal de casa e deixar o lugar, ela lembrava de que pegava documentos sobre a mesa onde havia uma ficha nova, a última coisa que seu pai lhe deixou foi uma identidade nova com um novo nome.

— Mas qual nome era? – perguntava-se tentando forçar a memória.

Quando ela ia se transformar nesta nova pessoa as memorias regrediam, ela voltava a ser Shigaraki Sumire com 5 anos, isolada em casa sendo treinada pelo seu pai para ser uma assassina, revivendo esse memoria pela centésima vez a jovem não aguentou e ajoelhou-se no chão com as mãos na cabeça.

— Faça isso parar, eu não aguento mais! – dizia ela sofrendo.

De repente ela sentiu um estranho calor em sua mão esquerda, ao olhar para a mão ela via uma luz quente e aconchegante que a fazia se sentir muito bem, depois essa mesma luz apareceu diante dela, Sumire não sabia dizer o porquê mas ela seguiu em direção a essa luz, foi quando ela abriu os olhos.

A primeira coisa que ela viu foi o teto de uma casa, depois percebeu que estava num quarto desconhecido e em uma cama muito confortável, olhando pro lado ela viu um jovem menino segurando sua mão esquerda, ele parecia estar cuidando dela mesmo que estivesse quase caindo de sono, ela não sabia como mas tinha a impressão de que o conhecia.

— Quem é?... – perguntava-se ela.

Ela definitivamente conhecia aquele menino, mas sempre que tentava se forçar a lembrar dava um branco completo, pelo jeito que segurava sua mão e estava sentado ao seu lado ele certamente era alguém próximo, isso até a deixou corada.

Foi então que ela notou que ele caiu no sono completamente, com cara de quem não dormia há dias ele foi inclinando pra frente até cair com a cara na barriga dela, Sumire congelou completamente enquanto Boruto usava sua barriga de travesseiro, e quando ele começou a resmungar algo a garota gritou.

No andar de baixo Namida e Wasabi estavam dormindo no sofá, ao ouvirem o grito da Sumire elas despertaram instantaneamente e correram subindo as escadas como se fossem dois raios, ao abrirem a porta do quarto elas esperavam encontrar inimigos tentando sequestra-la, mas o que encontraram foi Boruto caído no chão com uma marca de tapa na cara.

— O que aconteceu aqui? – perguntou Wasabi sem entender.

— Eu não fiz por mal... – Boruto no chão sentia sua cara arder.

Após se recuperar do susto Sumire sentiu sua cabeça doer de novo, os seus instintos ganhos pelo treinamento diziam para ela matar todos e fugir, mas uma coisa dentro dela dizia que isso era errado, com duas metades em conflito ela lutava contra si mesma, as outras duas logo correram até ela para ajudá-la a ficar de pé.

— Finalmente você acordou – comentou Namida – estávamos preocupados com você Sumire.

— Quem são vocês? – perguntou ela sentindo dores.

— Hã? – disseram as duas ao mesmo tempo fazendo expressões confusas.

— Você está dizendo que não lembra da gente? – perguntou Boruto preocupado.

— Eu sei que conheço vocês, mas eu...

Novamente ela expressou dor e fez uma cara de sofrimento, Namida e Wasabi a colocaram na cama, Boruto olhava pra amiga como se não entendesse o que estava acontecendo, mas então ele lembrou das palavras do Hogo, de que ela poderia ter sua mente destruída por aquele jutsu.

— Isso não é justo! Ela não pode ter esquecido! – reclamou Boruto apertando o punho – você precisa lembrar Sumire! De tudo que passamos juntos na academia!

— A academia? – perguntou ela confusa – eu não... quem eu sou?

A garota desmaiou quando atingiu o limite, suas amigas e Boruto estavam desesperados com isso, mas não havia nada que eles pudessem fazer agora, Boruto estava com tanta raiva que queria espancar alguém pra se sentir melhor, o sentimento de impotência era terrível demais pra suportar.

Continua.


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Notas finais do capítulo

Sumire foi resgatada mas sua alma e mente estão presas em seu próprio passado sombrio, será que é possível resgata-la disso? Que os reforços cheguem logo!



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