Caminhos Entrelaçados escrita por zariesk


Capítulo 5
Capitulo 05 – Ressurreição.


Notas iniciais do capítulo

E voltamos com mais um capitulo!! Eu quero agradecer por todos os comentários que estou recebendo, vocês realmente me fazem muito feliz com cada um deles!
.
O pessoal partiu em resgate da Sumire, mas vários obstáculos surgiram no caminho deles, conseguirão eles chegarem até a amiga e salva-la antes que seja tarde demais?



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Capitulo 05 – Ressurreição.

— Como assim “missão de resgate”? – perguntou o chuunin com uma cara de espanto.

— Foi como eu disse, uma de nossas companheiras foi sequestrada – explicava Shikadai mais uma vez – e os outros foram resgata-la.

O chuunin ficou branco ao ouvir isso, sua missão dada pelo Hokage era visitar as vilas que estavam sob proteção de gennins, checar a situação e enviar um relatório, mas justo na vila onde estava o filho do Hokage uma coisa dessas acontece, o que ele ia por no relatório? Só de imaginar ele começou a suar frio.

— Escuta, nós ficamos pra trás porque precisávamos proteger a vila – dizia Shikadai – estávamos esperando os jounins voltarem pra irmos ajudar, mas já que você está aqui...

— Nem pensar que eu levo vocês juntos, fiquem aqui e continuem a missão! – disse ele recuperando o controle – eu mesmo vou atrás dos outros e traze-los de volta!

O chuunin pediu a direção para onde os outros foram e Shikadai explicou a situação, ele também explicou que pediu para fazerem marcações pelo caminho para ser mais fácil acha-los, a marcação padrão de Konoha para isso era pregar uma kunai num tronco apontando a direção que seguiram, e pregar mais uma sempre que precisassem mudar de direção, era simples mas eficiente.

O chuunin logo saiu correndo na direção indicada, Shikadai então pediu para Inojin fazer algumas de suas criações, o objetivo era segui-lo de longe e ajudar quando preciso, mesmo que isso significasse abandonar a missão de vez.

— Tem certeza? Você deu um monte de desculpas pra não irmos ajuda-los – comentou Inojin.

Shikadai sabia disso, quando pediram ajuda ele recusou com medo de abandonar a missão e também por todos em perigo, agora ele se arrependia disso pois os outros foram de qualquer jeito, se era pra ser assim eles deviam ter ido também e aumentado as chances de sucesso, agora que um chuunin chegou as chances aumentaram mas ele ainda estava hesitando.

— Inojin, Chochou, seria melhor se nenhum de nós estivesse errado – disse ele.

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— Tem alguma coisa acontecendo na floresta – avisou Mitaba aparecendo na porta do templo.

Hogo saltou para o telhado onde ela já o esperava, de lá eles podiam ver ao longe uma coluna de fumaça subindo, como era muito improvável que um incêndio tivesse começado só podia significar que Sagiri usou seu jutsu da prisão de fumaça.

— Eu sabia que eles viriam atrás dela – dizia Hogo.

— O que devemos fazer? – perguntou a outra.

— Sagiri e Cho devem dar conta, mas no pior caso de algum deles chegar aqui você já sabe o que fazer – respondeu ele – estamos num momento crucial aqui e não quero interrupções.

Hogo voltou para o interior do templo, já Mitaba procurou uma boa posição de onde pudesse observar todos os arredores sem ser vista, na ANBU ela era parte da equipe de combate, sua especialidade era justamente fornecer apoio para as outras equipes, mas com o fim das guerras e a redução da ANBU ela ficou praticamente inútil, sua existência só tinha sentido em meio aos conflitos.

Enquanto isso na cúpula de fumaça acontecia uma espécie de perseguição estilo gato e rato, Sagiri sempre foi fraca em combate direto, por isso ela criou um jutsu tão eficiente pra matar sem precisar lutar, seu grande trunfo era ficar longe do oponente em meio a fumaça até ele sufocar.

Mas Sarada com seu sharingan conseguia ver a aura em volta do corpo dela mesmo que não conseguisse vê-la diretamente, com essa habilidade ela anulou a vantagem da Sagiri e ficava em sua cola, sempre que a alcançava ela atacava diretamente ou com kunais e shurikens, Sagiri já estava toda marcada por desviar por pouco, mas Sarada estava ficando mais lenta a medida que o ar saturava com gás carbônico, ela sabia que seria só uma questão de tempo até perder os sentidos.

— “Ela se escondeu atrás da árvore, eu ainda posso ver a aura” – pensava Sarada enquanto tossia – “mas acho que não aguento nem mais um minuto, é agora ou nunca!”

Sarada correu contornando a árvore até chegar pelo lado, depois disso ela atirou varia shurikens que saíram rasgando o ar e fazendo um assobio, Sagiri ouviu a aproximação das armas e pensou em esquivar, mas ela notou que as shurikens passaram pelo lado sem nem chegar perto dela, com isso ela começou a rir.

— hahahahah já está ficando tonta ou não consegue enxergar mais? – disse Sagiri rindo – você me deu muito trabalho, o esperado de um Uchiha, mas quando você perder a consciência eu vou pegar meu troféu!

De repente Sagiri sentiu um aperto no corpo e subitamente ela foi puxada pra trás, ela sentiu como se fios estivessem enrolados em corpo e logo ela ouviu as shurikens de antes se cravando no chão ao redor dela, uma peculiaridade do seu jutsu é que ela conseguia enxergar na fumaça bem melhor que seus adversários, mas só agora ela viu que as shurikens atiradas antes deram a volta na árvore e a prenderam com fios de aço, Sarada estava de pé segurando a outra extremidade dos fios.

— Quando o meu pai voltou pra casa só ficou um dia, mas foi o suficiente pra ele me ensinar algumas coisas – dizia Sarada com um sorriso confiante – a primeira coisa que ele me ensinou foi o jutsu tradicional do clã Uchiha!

Ela fez os selos corretos e moldou o chakra nos pulmões para disparar uma poderosa bola de fogo, o Goukakyuu no Jutsu é o primeiro jutsu que um Uchiha deve aprender através do seu clã, e Sasuke fez questão de ensina-la corretamente, desde então Sarada vinha treinando secretamente para aperfeiçoa-lo.

A bola de fogo atingiu seu alvo e causou uma explosão, depois disso Sarada caiu de joelhos sem folego por ter gastado o pouco ar dos pulmões para esse jutsu, se ela não tiver vencido a luta não vai aguentar nem 10 segundos, mas quando a barreira de fumaça se dissipou e uma rajada de vento começou a limpar o ar ela sorriu satisfeita, tinha vencido a luta, usando suas últimas forças ela saltou para o alto de uma árvore pra respirar melhor.

— cof cof cof essa maldita, eu vou pedir pra mamãe examinar meus pulmões – dizia Sarada tonta pelo carbono no sangue – se eu ficar doente por causa dela vou amaldiçoar essa infeliz!

Sarada nem conseguia mais manter o sharingan ativo, seus olhos estavam ardendo como brasas por causa da fumaça, sua garganta estava seca como se tivesse engolido areia, ela logo pegou sua garrafa d’água e bebeu todo o conteúdo até vomitar uma água mais escura, ela chegou bem perto de perder a consciência dentro da fumaça e em seguida morrer, estava ofegante e tossia muito.

— Sua peste, eu vou arrancar seus olhos com você ainda viva! – disse uma voz atrás dela.

Sarada se virou assustada para ver que Sagiri ainda estava viva, mas o lado direito do seu corpo estava queimado até a carne, na verdade quando Sarada a amarrou com os fios o braço esquerdo dela ficou livre, um segundo antes de ser atingida pelo jutsu Sagiri usou uma kunai para cortar os fios e correr pro lado, ainda que atingida parcialmente.

Sagiri tentou apunhalar Sarada com uma kunai, a menina rolou pelo galho e caiu em outro mais abaixo evitando cair direto no chão, com seus olhos daquele jeito ela mal podia enxergar, seus pulmões ainda estavam doendo a cada inspiração, nunca que ela conseguiria revidar nesse estado.

— Tá doendo, tá doendo demais! – dizia Sagiri chorando e louca – essa dor não passa!

— Devia ter um pouco de compaixão por quem você mata com aquela fumaça – dizia Sarada ofegante.

Sagiri não conseguia mais se conter e saltou na direção da Sarada, se Sarada pulasse ia se arrebentar no chão, e se ficasse seria perfurada, com seus olhos fechados não tinha como ela se defender, por isso ela já se preparava para a dor.

A dor que não veio foi substituída por um som de ossos quebrando, na verdade as costelas da Sagiri que foram atingidas por um poderoso chute, Sarada estava quase cega mas forçou um pouco seus olhos e conseguiu ver uma silhueta que parecia ser um ninja da folha, a confirmação veio depois quando alguém a chamou.

— Você é a Uchiha Sarada não é? Eu sou Tokonoe, um chuunin da folha – apresentou-se ele.

— A inimiga? Como ela está? – perguntou Sarada com os olhos fechados.

Tokonoe olhou pro chão onde a mulher estava, mesmo que tivesse sobrevivido ela estava com 50% do corpo queimado e costelas quebradas, talvez ele tentasse mantê-la viva se não estivesse com pressa para salvar os gennins.

— Onde estão os outros gennins? – perguntou ele preocupado.

— Seguiram em frente, eu fiquei para atrasar a inimiga – respondeu Sarada – pode ir atrás deles, eu vou ficar bem.

Ele estava no dilema de deixar a menina ali e seguir atrás dos outros, mas se eles estivessem em combate era a prioridade ajuda-los, por isso Tokonoe levou Sarada pro chão e deu a ela um kit de primeiros-socorros, depois ele saiu correndo para ir atrás dos outros gennins.

*************************************

Mitsuki estava praticamente dançando, quando os inimigos atacavam ele se esquivava no exato momento para não dar brechas, se contorcia e se dobrava de jeito que normalmente seriam impossíveis, por isso Cho estava tendo sérios problemas com ele.

Suas marionetes eram cadáveres de ninjas que ele matou, colocando uma máscara com um kinjutsu ele podia faze-los se mover por reflexo ou seguindo ordens programadas, mas quantos mais usasse mais difícil ficava coordenar os movimentos.

Mesmo com os três atacando simultaneamente Mitsuki conseguia esquivar de todos em seus movimentos perfeitos, Cho já calculara que as habilidades do Mitsuki estavam no mínimo em nível chuunin, e considerando que ele não estava se esforçando talvez sua real força fosse maior, por isso ele levantou de onde estava e pulou até o chão.

— Você está usando uma variação do Shikon no Jutsu (técnica da alma morta) não é? – perguntou Mitsuki – eu conheço alguém que usa este jutsu, mas você é bem mais refinado, consegue mantê-lo ativo indefinidamente.

— Você é forte, mais do que imaginei – disse o mascarado – não gostaria de se juntar a mim?

— O que você pode me oferecer? – perguntou Mitsuki direto.

Isso meio que surpreendeu Cho, normalmente as pessoas logo gritam coisas como “jamais me juntarei a você!” Ou coisas semelhantes, ele fazia o convite para testar o caráter da pessoa ou determinar sua personalidade, mas a resposta do Mitsuki parecia sincera.

— O que você deseja? – perguntou Cho.

— Encontrar a minha própria luz – respondeu ele.

— Eu não compreendo isso – disse Cho que talvez estivesse confuso por baixo da máscara.

— Eu imagino que não, mas não se incomode com isso – respondeu Mitsuki – eu já encontrei alguém que pode me mostrar o caminho.

— Então isso significa sem acordo não é? – disse Cho.

— Eu imagino que seja isso mesmo – respondeu Mitsuki sorrindo.

— Nesse caso não há mais por que perder tempo – respondeu Cho.

Ele fez uma sequência de selos e assim uma de suas marionetes cadáveres bateu as duas mãos no chão, com isso parte do chão onde Mitsuki estava tremeu e erodiu abrindo um buraco enorme e fundo.

Assim que ele tocou no fundo outra das marionetes bateu a mão no chão e das paredes do buraco jatos d’água saíram enchendo-o num piscar de olhos, Mitsuki sentiu que não era apenas água pois a densidade estava muito maior, provavelmente era um jutsu que restringiria movimentos.

Já a terceira marionete ergueu sua lança para o alto canalizando o chakra, e no momento seguinte um relâmpago caiu sobre a água transferindo toda sua potência, este combo já matou inúmeros adversários e era certeza de morte com a água amplificando a eletricidade várias vezes, tanto que parte da água evaporou criando uma coluna de vapor.

— Adicionarei seu cadáver a minha coleção – disse Cho aproximando-se do buraco.

As três marionetes continuavam em volta do buraco esperando comandos ou reações do oponente, quando Cho chegou para verificar a situação ele viu que metade da água tinha evaporado com o ataque anterior, mas o vapor atrapalhando a visão não permitia ver o que tinha acontecido com Mitsuki, por isso ele fez um selo e a marionete que usara suiton antes drenou a água eliminando o vapor, tudo o que Cho viu foi um buraco na parede e nada do cadáver do Mitsuki.

— É um belo truque o que você pode fazer aí – disse Mitsuki surgindo atrás dele – você colhe cadáveres que tinham a mesma natureza de chakra que você, e através deles usa seus jutsus.

— Como você saiu de lá naquela situação? – perguntou Cho se virando.

Cho tomou um susto ao ver Mitsuki transformado, havia marcas escuras em volta dos seus olhos, uma aura azul brilhante e principalmente um chifre em sua testa, por algum motivo ele não conseguia sentir o chakra do Mitsuki mesmo que ele o estivesse liberando tão intensamente, era como estar diante de um monstro.

— O que é você!? – perguntou Cho assustado.

— Usar seus jutsus através de cadáveres, isso é novidade até pra mim – dizia Mitsuki sorrindo amigavelmente – me pergunto se “ele” ficará feliz em receber você como presente.

Cho enviou suas marionetes para atacar Mitsuki, o problema é que quando elas chegaram onde Mitsuki estava ele já tinha se deslocado e aparecido na frente do Cho, este sacou uma kunai para ataca-lo mas antes disso recebeu um poderoso soco no estômago, Cho cuspiu sangue que melou sua máscara por dentro e depois caiu no chão já neutralizado, as marionetes caíram um segundo depois.

Depois disso Mitsuki usou o Kuchiyose no Jutsu para invocar uma grande cobra, esta engoliu Cho ficando com um volume em sua barriga, Mitsuki escreveu um bilhete falando sobre sua presa e também relatou o que estava acontecendo agora, depois disso ele fez os selos para o Kuchiyose reverso e mandou a cobra de volta para Orochimaru.

— Agora o que eu faço? – perguntou-se – ajudo o Boruto ou deixo as coisas seguirem um curso interessante?

Ele estava dividido sobre isso, proteger seu amigo era sempre uma prioridade, mas vê-lo resolver os problemas e chegar a um novo nível era sempre melhor, por isso Mitsuki decidiu apenas observar e garantir que as coisas saíssem bem no final, se possível ele queria evitar ao máximo mostrar seu modo sennin para os outros, foi quando ele sentiu através do senjutsu que a batalha da Sarada chegou ao fim e que alguém se aproximava.

— hun... espero que ele não estrague minha diversão – disse Mitsuki indo até onde Boruto e as outras estavam.

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Boruto acompanhado da Namida e Wasabi avançaram em direção ao templo, os três corriam direto buscando alcançar logo sua amiga sequestrada, no momento nada era mais importante do que isso, tanto que eles não perceberam o ataque que vinha por trás.

Na verdade Boruto percebeu no ultimo segundo, por puro instinto ele segurou as duas pela gola da roupa e puxou pra trás, foi tão súbito que elas se assustaram com esse movimento e sentiram o pescoço doer, mas um segundo depois tiros d’água acertaram o chão onde eles estariam caso Boruto não as tivesse puxado, o chão em si ficou com marcas como se pequenas bolas de ferro tivessem sido arremessadas ali.

— Veio dali? – disse Boruto fazendo o selo do kage bunshin.

Os três bunshins criados correram na direção de onde veio o ataque e saltaram na direção da árvore, da sua copa um novo ataque veio destruindo os bunshins que viraram fumaça, mas esse movimento encobriu a visão do inimigo que perdeu os três de vista, Mitaba em seu esconderijo ficou olhando os arredores procurando os três gennins.

Enquanto isso Boruto, Wasabi e Namida estavam escondidos atrás do prédio que era um deposito, discretamente eles observavam o lugar de onde veio o ataque e esperavam por alguma abertura, eles sabiam que a inimiga estava lá, mas o fato de não sentirem sua presença mostrava como ela era uma profissional.

— O que vamos fazer? Se tentarmos ir pro templo ela vai nos alvejar com certeza – dizia Wasabi.

— Vamos dar a volta e pega-la por trás – sugeriu Namida.

— Nem pensar, esse daí é diferente dos outros, eu sinto isso – disse Boruto – eu tenho certeza que se formos por trás vamos nos ferrar!

— Então o que vamos fazer? Já estamos bem perto de alcançar a Sumire! – reclamou Wasabi.

Boruto ficou pensando no que fazer, a essa altura o adversário já deveria saber onde eles estavam, como o objetivo era impedi-los de avançar certamente ele não tinha pressa de atacar, enquanto isso sabe-se lá o que acontecia com a Sumire, diante disso ele apertou o punho enquanto uma única alternativa passava pela cabeça dele.

— Você tremendo assim não é medo não é? Você está com raiva – disse Wasabi após olhar pra ele – eu acho que já sei o que temos que fazer.

— Mas isso...

— Ah! Podemos distrai-la enquanto o Boruto-kun vai salvar a Sumire! – dizia Namida tendo a mesma ideia.

— Você é quem tem mais chances de salvar a Sumire, é frustrante mas só podemos ajudar – dizia Wasabi – você vai em frente e nós duas vamos cuidar desse aí, e já que estamos perto quando acabarmos vamos te ajudar.

Boruto não queria aceitar mas mais uma vez foi forçado a isso, ele fez um bunshin seu e assim podia fingir que ainda estava com elas, após as duas seguidas pelo bunshin pularem por cima do telhado Boruto deu a volta por trás da construção.

Já o trio após pular pelo telhado correu direto na direção de onde veio o ataque anterior, Mitaba ao ver os três concentrou seu chakra na ponta do dedo e começou a disparar tiros d’água, cada um concentrado e forte o suficiente pra perfurar uma rocha, vendo os ataques vindo os três correram de forma aleatória para chegar o mais perto possível.

— Esse safado que não pense que vai me pegar fácil! – disse Wasabi entrando em posição de luta.

Wasabi começou a correr de 4 como se fosse um felino, com agilidade aumentada ela era a que mais avançava na direção do inimigo esquivando dos tiros, só que quanto mais perto ela chegava mais difícil ficava esquivar, quando um tiro passou raspando o seu rosto ela ainda estava na metade da distância, o próximo tiro iria acerta-la de qualquer jeito.

O último disparo veio direto mirando na testa dela, Wasabi continuou em frente mesmo assim pois sabia que podia confiar no Boruto, o bunshin dele a empurrou pro lado recebendo o tiro e sendo destruído no processo, ver um dos gennins virar fumaça surpreendeu Mitaba que demorou pra reagir quando Namida saltou e atirou várias kunais explosivas.

— Essa não! – disse Mitaba saltando do seu esconderijo.

O lugar onde ela estava antes foi bombardeado por Namida, quando Mitaba pousou no chão Wasabi concentrou todo o chakra nos pés e acelerou ao máximo, graças a isso ela desferiu um poderoso chute na cara da Mitaba que voou contra o tronco da árvore.

— É isso aí! – disse Wasabi erguendo o braço em vitória.

— Viu como explosões resolvem tudo? – disse Namida saltitante.

— Ok crianças, eu vou ensinar como adultos lutam – disse Mitaba olhando feio pra elas.

As duas sentiram uma forte intenção de matar emanando da mitada, quando viram tamanha aura assassina elas não puderam deixar de tremer, ainda mais quando ela começou a fazer uma sequência de selos.

Em seguida água que brotou do chão começou a cobrir o corpo dela como uma segunda pele, quando todo o corpo da Mitaba ficou revestido com água ela ficou completamente invisível, Namida e Wasabi ficaram sem reação quando a adversaria sumiu da frente delas, e por isso quando ambas levaram um potente chute saíram voando longe, Mitaba usara seu jutsu para refletir a luz e ficar quase totalmente invisível.

— A boa notícia pra vocês é que esta capa d’água amortece o impacto – dizia a voz da Mitaba vindo de algum lugar – a má notícia é que eu não vou parar de bater!

Logo em seguida cada uma levou um golpe sendo jogadas em direções opostas, Mitaba em seguida foi atrás da Wasabi e começou a espanca-la, a garota tentava revidar mas não conseguia acertar sua oponente invisível, depois de receber alguns golpes e cair no chão Wasabi viu uma kunai surgir do nada no ar, era Mitaba que se preparava pra matá-la, mesmo podendo ver a kunai ela não estava em condições de bloquear ou esquivar.

Quando Mitaba ia perfura-la sentiu algo aproximando-se, ao olhar pra trás ela viu uma pequena esfera de barro com uma tarja explosiva anexada nela, Mitaba saltou pra esquivar da explosão mas foi mais forte do que ela esperava, sendo atingida pela explosão Mitaba voou longe mas graças ao manto de água em volta do corpo tanto o impacto como o fogo foram neutralizados.

— Droga, eu odeio quando você faz isso – disse Wasabi sendo ajudada pela Namida.

— Você estava caída no chão, o impacto seria só 1/16 do total – explicou Namida após ajudá-la a se levantar – mas eu esperava derrota-la com isso, aquela água neutralizou tudo.

As duas olhavam para Mitaba que estava furiosa, o seu manto de água estava 80% destruído e por isso era estranho olhar para alguém que parecia estar faltando pedaços, mas a expressão de fúria na mulher era perfeitamente visível.

— Eu já matei jounins sem que eles sequer me notassem – dizia ela com raiva – e estou tendo problemas com duas gennins retardadas, eu fiquei tão fora de forma assim nos últimos 10 anos?

— Quem você tá chamando de retardada!? – gritou Namida.

— Cale a boca! Eu já cansei disso! – gritou Mitaba – Suiton! Suiryuuga Sougaraki (Presas do Dragão Marinho Direcionadas)

Vários pilares d’água saíram do chão ao redor da mitada, após isso os pilares começaram a girar como brocas e a apontar suas pontas afiadas na direção das duas gennins, com um gesto de sua mão Mitaba direcionou os ataques para ambas que começaram a desviar como loucas, mas sempre que erravam o alvo os pilares d’água faziam curva como se fossem serpentes, eventualmente eles cercaram as duas que não tinham mais para onde fugir.

— É o fim de vocês duas – disse Mitaba direcionando todos os ataques simultaneamente.

— Doton! Chirou no Jutsu (Prisão de Terra) – disse alguém batendo as mãos no chão.

Uma cúpula de terra se fechou rapidamente em volta das gennins, um jutsu normalmente usado para prender um alvo dessa vez foi usado para proteger, os pilares espirais de água até causaram dano ao jutsu mas as gennins dentro dele estavam ilesas, ao olhar pro lado Mitaba viu um ninja da folha suspirando aliviado.

— Ufa, cheguei a tempo! – disse o chuunin limpando o suor da testa.

— É um atrás do outro! – reclamou Mitaba.

— Reforços! Estamos salvas! – disse Wasabi com os olhos brilhando de emoção.

— Hei você! O que pensa que está fazendo com os preciosos gennins de Konoha!? – gritou Tokonoe após pular pro lado delas.

Mitaba deu uma olhada na direção do templo, se Boruto não estava com elas então ele já tinha ido para o interior do prédio, mas o fato é que não importava quantos gennins se opusessem, Hogo poderia cuidar de todos, por isso ela se concentraria em limpar o lado de fora.

E nesse momento uma explosão destruiu parte do templo, tanto Mitaba como os gennins e o chuunin se assustaram com isso, ao ver o templo pegando fogo Mitaba abandonou sua missão e correu para resgatar seu mestre.

********************************

(Um pouco antes)

Boruto entrou pela porta da frente do templo, o lugar era bem amplo e vazio, exceto por várias colunas poderia não ter nada além de paredes e teto.

Logo de cara ele viu duas pessoas, a primeira estava sentada e encostado num dos pilares que sustentava o teto, o outro estava de pé de frente pra um desses pilares, os olhos do Boruto logo foram para onde Sumire estava, amarrada contra o pilar o homem de pé na frente dela estava com a mão em sua cabeça, ele não sabia o que estava acontecendo mas ele sabia que não podia deixar isso continuar, por isso ele logo correu na direção deles.

— Eu torcia para que vocês não viessem, mas eu já esperava o oposto – dizia Hogo surgindo no caminho dele – principalmente quando um Uzumaki está metido nisso.

— Saia da minha frente! – rosnou Boruto furioso – e você tire as mãos dela!!

Boruto fez os três bunshins que podia e mandou todos avançarem, seu plano era tirar os inimigos de perto da Sumire enquanto ele a resgatava, quando os bunshins se aproximaram do Hogo este sacou as duas espadas curtas da cintura e usou um shunshin no jutsu, passando pelos três bunshins ele surgiu na frente do Boruto que foi surpreendido com um soco enquanto os bunshins retalhados desapareciam.

— Achei que ia precisar lutar – disse Izuri suspirando aliviado.

— Você é uma desgraça lutando, perde até pra gennins – reclamou Hogo – ainda bem que Danzo-sama reconheceu suas habilidades na extração de informações.

— Solte a Sumire... – dizia Boruto levantando com a mão no rosto atingido.

— Você a estragou sabia? Ela era uma perfeita shinobi, disposta a sacrificar a vida para um objetivo maior – dizia Hogo – mas assim como o seu pai você a amoleceu, agora ela é uma criança fraca incapaz de realizar o desejo do pai.

— Parem de empurrar essa obsessão de vocês pra ela!! – gritou Boruto – ela só quer viver sua vida, não quer ser a arma de ninguém, e muito menos morrer pra isso!!

— Você é apenas...

— Ah sim Hogo-san, eu já acabei aqui – avisou Izuri tirando a mão da cabeça dela – já peguei tudo de que precisamos.

— Ótimo, se já temos o que queríamos não precisamos mais dela – disse Hogo guardando as espadas – é o seu dia de sorte pirralho, pode leva-la, temos mais o que fazer.

Hogo fez um selo com as mãos e assim as raízes que amarravam Sumire afrouxaram, enquanto ela caía no chão Hogo e Izuri recuavam pegando o grande pergaminho e enrolando-o, quando eles se afastaram da Sumire Boruto correu até ela, rapidamente ele a pegou e viu que estava respirando, mas seu corpo estava fervendo em febre e havia olheiras profundas, além disso ela mal respirava.

— Talvez ela tenha entrado em coma, se tiverem sorte ela pode ser curada pela Godaime Hokage – dizia Hogo enquanto se retirava – se bem que as chances dela ter virado um vegetal são altas.

Os dois estavam saindo pela porta dos fundos enquanto Boruto começava a chorar, Sumire não reagia quando ele a chamava e nem com os tapinhas leves no rosto, o jovem Uzumaki deu um grito de raiva e estava louco pra acabar com aqueles dois, foi quando ele viu algo parecido com uma chama negra na mão da Sumire, Boruto reconheceu aquilo de imediato e segurou a mão dela.

— Você tá me ouvindo!? É você não é Nue!? – gritou Boruto – eu não me importo se você comer todo o meu chakra! Nos ajude!!

Hogo e Izuri se viraram ao sentir um forte chakra se manifestando, ao olharem pra trás viram uma aura negra crescendo a partir da mão da Sumire e envolvendo o Boruto, toda aquela massa de chakra começou a tomar forma e depois se materializar.

— Mas o Nue não estava morto? – perguntou Izuri surpreso ao ver a forma física completa.

— Será que ele é imortal? – analisou Hogo – continuará a existir contanto que receba chakra?

O Nue materializou-se ao lado do Boruto, ele estava com o dobro do tamanho de um leão comum, mas ainda assim era uma forma impressionante, o ser olhou para Boruto e depois olhou para Sumire amparada por ele, Nue começou a choramingar como um filhote, ele estava assim por causa da sua “mãe” a quem ele tanto gostava.

— Isso é ótimo, se capturarmos o Nue nossos planos serão acelerados em 100% – dizia Hogo empolgado.

— Isso me parece meio perigoso – disse Izuri dando um passo pra trás.

O Nue usou a cauda para pegar Boruto e Sumire colocando-os em suas costas, depois disso ele olhou para os inimigos e urrou furiosamente, Hogo se antecipou e usando o seu mokuton fez brotar enormes raízes em volta da besta, esta por sua vez começou a concentrar o chakra na boca.

— Acaba com eles Nue! – gritou Boruto chorando de raiva.

A besta urrou mais uma vez e disparou uma bola de chakra comprimido na direção dos dois inimigos, o que veio depois foi uma explosão que devastou um terço do templo e deixou todo o resto em frangalhos.

Continua.


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Notas finais do capítulo

Na capa temos o chuunin Kokonoe.
.
Finalmente a equipe de resgate chegou até Sumire, mas terá sido tarde demais? Ela nunca mais acordará? A ira do Boruto toma forma e ataca o grupo de nukenins!



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