Eternamente Seu escrita por keca way


Capítulo 4
De Volta Pra Casa


Notas iniciais do capítulo

depois de um grave acidente Gerard fica em coma no hospital. Será que el vai sair dessa?



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3 meses se passaram desde o acidente, e desde então Gerard estava em coma, Mikey não se conformava com que aconteceu, sua mãe se culpava por não ter dado a atenção que o filho precisava, ninguém sabia ao certo o que realmente aconteceu, Mikey e Donna pensavam que naquela noite ele estava dormindo em seu quarto, pois ninguém sabia que ele saia todas as noites para encontrar Penny, que desta vez tinha ido longe de mais. Frank quando soube do acidente entrou em choque, também se sentia culpado, atribuía o ocorrido com o que aconteceu no parque pela manhã daquele mesmo dia, não teve nem coragem de ir vê-lo, doía muito pensar que ele poderia morrer a qualquer momento, percebeu que o que sentia por ele não era somente uma amizade, e sim amor. “Como ele esta?!”. – Frank perguntou com uma cara horrível, Mikey sabia que ele estava sofrendo muito, Gerard era seu melhor amigo estavam sempre juntos. “Na mesma! Os médicos não têm muitas esperanças de que ele volte”. Quando Frank ouviu isso não conseguiu se controlar e começou a chorar. “Não!!!. Ele vai sair dessa tenho certeza, ele é forte... Se ele morrer o que vai ser de mim?!!?!?! – Ele falou bem baixinho, mas foi o suficiente para Mikey ouvir. “Você gosta muito dele, né?!!?”. “Ele é muito importante para mim”. “Não digo no sentido de gostar de amizade, mas sim de amar!!!” Frank ficou calado por algum tempo, ele não precisava falar nada, Mikey via em seus olhos que era isso mesmo, então ele lhe deu um abraço bem apertado e disse: “Não se preocupe, ele vai sair dessa, por você!!!”. Frank chorava muito. “Você quer visitá-lo?”. “Do que iria adiantar?”. Mikey olhou para ele, mas não disse nada, se despediu e foi embora. ************************* Gerard ficou mais duas semanas em coma e milagrosamente ele acordou, sem nenhuma seqüela, a noticia foi muito animadora agora ele não corria mais perigo, todos estavam muito felizes, ele em pouco tempo se recuperou e teve alta, mas teria que permanecer em casa por alguns dias em repouso, não podia receber muitas visitas e nem se esforçar. “Que bom que você esta de volta irmãozinho!!!”. – Mikey estava muito feliz ele estava cuidando de seu irmão pois sua mãe já havia voltado ao trabalho. “É bom estar de volta” – Ele sorriu – “Vocês tem noticias da Penny?!”. “Penny?”. “É, a garota que estava comigo no carro”. “Gerard, não tinha ninguém com você!!!. Você estava sozinho” Gerard ficou sem entender, mas não fez mais perguntas. “Já que você tocou no assunto, o que realmente aconteceu naquele dia.?”. “Eu não sei direito, não me lembro, pensei que estava com alguém, mas estava sozinho, tá tudo tão confuso”. Gerard fugiu do assunto e Mikey não insistiu, mas não engoliu aquela desculpa. “O Frank sabe que eu já estou em casa?” – Gerard perguntou meio triste. Desde que tinha voltado para casa ele ainda não tinha visitado-o. “Sabe! Ele sempre pergunta de você”. “Porque ele não veio me visitar?”. - Lagrimas começaram a cair dos olhos dele, Mikey sabia que o amor que Frank sentia era correspondido. “Além de eu não ter o deixar vir, porque você não pode se emocionar, esta sendo muito difícil para ele lhe dar com essa situação, você tem que entender que para ele deve ser muito ruim pensar que você poderia ter morrido te ver na cama, fraco não ajudaria muito, ele esta muito confuso” “ Confuso, porque?!”. “Ele te ama!”. “Não! Ele com certeza está se sentindo obrigado a pensar que me ama por causa do acidente, e por causa do beijo que lhe dei”. “Você o beijou?”. “Pensei que ele tinha te contado, foi no dia do acidente, de manhã”. Gerard contou para Mikey o que aconteceu naquela manhã, ele confiava em seu irmão e sabia que receberia seu apoio em qualquer decisão. “Eu vou conversar com ele e pedir para ele vir te ver, mas só quando você estiver melhor, por enquanto não”. “Tá eu espero, mas eu estou com muita saudade dele”. “Espera só um pouco você vai ver, logo ele estará com você”, Mikey deu um beijo na testa de Gerard e saiu do quarto, estava tarde, depois de algum tempo sua mãe subiu, conversou um pouco com ele e foi dormir. Gerard estava quase pegando no sono quando ouviu pequenas batidas em sua janela. Ele levantou e foi ver o que estava acontecendo. Quando abriu a janela viu Penny na rua jogando pedrinhas em sua janela. Ela pulou o murro e pegou uma escada que tinha no jardim posicionou na janela do quarto e entrou. “Penny, você está...” “Viva?” “É, estava preocupado com você, me falaram que não tinha ninguém no carro comigo!” “É claro que não estava com você”. “Então você me deixou lá sozinho?”. “Não! Quem você acha que chamou o resgate?! Depois do impacto da batida, eu olhei para você e vi que estava desmaiado, eu consegui sair do carro, tentei te tirar das ferragens, mas, você estava preso, estava sangrando muito, meu celular estava no bolso, ele estava funcionando, ai chamei o resgate, fiquei com você até eles chegarem, quando vi o carro se aproximando, eu me escondi, não queria dar explicações, eu vi eles te retirando do carro e te levando para hospital, eu estava com um corte enorme na cabeça estava doendo muito, fui para um hospital ali perto, passei a noite lá e pela manhã foi para casa”. – Ela fez uma pausa para mostrar a cicatriz do corte que ia do começo da nuca até boa parte da cabeça – “Durante esses três meses eu estive sempre ao seu lado, eu consegui arranjar um jeito de entrar na U.T. I, e passei praticamente todas as noites com você, e sinceramente, pensei que ia te perder”. “Nossa, acho que além de uma cicatriz você também deve ter batido forte a cabeça” “Você é idiota ou o que?” – Penny não estava entendendo qual era a dele. “Não, é que você nunca se preocupa com ninguém”. “Você não é ninguém... Você é meu parceiro, e agora mais do que nunca, como você esta se sentindo?” “To bem, por incrível que pareça, 3 meses não foram nada para mim, eu deveria ter morrido” “Talvez, mas ainda temos muito o que fazer” – Penny parecia ter algo em mente. “O que você quer fazer!” “Você consegue andar?!” “É claro, não estou aleijado, só um pouco atordoado” “Que bom, vamos sair” “Você esta louca?! Agora com tudo isso, meu irmão e a Donna não me deixam em paz um minuto, eles logo estarão aqui”. “Que nada, pare de se preocupar com coisas bobas, você já perdeu 3 meses da sua vida, não pode deixar escapar mais nenhum minuto, sabe aquele ditado “viva cada minuto de sua vida intensamente como se fosse o ultimo”?!” “Sim com você do meu lado isso se aplica todo o instante”. “Engraçadinho! To vendo que você esta ótimo, vamos logo, se troca!”. Ela foi até seu guarda-roupa e pegou um sobretudo preto, uma camiseta da mesma cor (alias a única cor que tinha), o coturno e uma calça jeans. “Pronto se troca logo” Ele se trocou enquanto ela xeretava nas suas coisas, era estranho ele não a conhecia há muito tempo, mas não se incomodava nem um pouco com ela, sentia que como se fossem amigos desde infância. “Essa sou eu?!” – Ela mostrou um desenho onde estava uma menina de cabelos cumpridos preto e roxo nas pontas “É sim, gostou?” “É... Porque você me desenhou?” “Ah sei lá!!!” – Ele estava se arrumando e não deu muita importância “Esses desenhos refletem o que você sente?” “Às vezes, mais quase sempre sim”. “Isso é fantástico, porque você não se abre comigo? Talvez se sinta melhor!” “Não quero me sentir melhor, esta bom assim, me sinto vazio, oco e isso é tão bom!” “Não, não é... Você não sabe o que é realmente se sentir vazio, oco, podre por dentro, você nunca teve motivos para isso”. “Você já teve?” “Já, mas não quero falar sobre isso” “Quando eu penso que já sei tudo sobre você, você me surpreende” “Você não sabe nada sobre mim!!” “O que realmente aconteceu com você?! Por mais que você não queira admitir, você é tão carente quanto eu, você precisa de ajuda” Ela riu “Você acha que é quem para me julgar, você é patético, acha que tem problemas só porque não consegue se aproximar das pessoas, porque ama a pessoa errada, mas você não sabe nada da vida”. “E você, se acha dona da verdade, mas não passa de uma menininha mimada que não tem um porque na vida e acha que pode ser dona dos outros” “Me fala, em 17 anos da sua vida o que realmente valeu a pena?!” “Ter te conhecido” “Eu vivi 1 ano menos que você, mas sou bem mais madura, a vida me fez isso, agora me diga, por mais que você não se encaixe num convívio social, porque você nunca procurou outros como você?” “Já achei muitos como eu, mas nenhuma pessoa como você” “Pois eu achei, mas sabe onde ele esta agora?!” “Não faço idéia” “Vem comigo!”

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