Proibida Pra Mim escrita por TessaH


Capítulo 28
23.3. me Ensine a como Guardar o meu amor


Notas iniciais do capítulo

P.S.: demorei, sumiram. Cadê vocês?



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{O meu desafio é andar sozinho
Esperar no tempo os nossos destinos
Não olhar pra trás, esperar a paz
O que me traz
A ausência do seu olhar

Traz nas asas um novo dia
Me ensina a caminhar
Mesmo eu sendo menino, aprendi

Oh, meu Deus, me traz de volta essa menina
Porque tudo que eu tenho é o seu amor
João de Barro, eu te entendo agora
Por favor, me ensine como guardar meu amor}

João de Barro - Maria Gadú

23.3|

Kellen Brice

Minha cabeça estava um pouco pesada e minha visão, turva. Eu sabia que beber com a pequena Potter não era uma ideia sensata, mas eu estava no meu limite. Ou melhor, fora dele.

Thomas estava me deixando fora de mim. Da forma negativa. Não pensei nas consequências, só pensei que eu queria aquele copo, aquela ardência e um paz de espírito que viesse de algum lugar.

Encostada na parede pra não cair, eu observava o palco por meio de uma visão privilegiada. As meninas tinham saído, então eu esperava para vê-las cantar.

— Fala, ser estranho! - a voz de Scorpius soou estridente demais e tampei meus ouvidos.

— Fala baixo, criatura odiosa. Vai estourar meus tímpanos.

— Deixa de ser chata. Já tá com ressaca? - Scorpius me engoliu em um abraço forte.

— Você bebe? - o som surpreso da voz de Thomas me trouxe uma desagradável revirada no estômago.

— Bebo, e daí?

— Deixa ela em paz, cara - Scorpius o afastou uma mão. - Viu nosso show? Todo mundo adorou.

— Você tá falando das meninas, né? Aposto que nem se concentraram na música - revirei meus olhos, e a cabeça doeu.

— Já tá com dor de cabeça? Acho que tenho remédio aqui. - Thomas começou a mexer nos bolsos de sua calça jeans muito justa e fiquei com mais raiva.

Eu ia perguntar por que ele se importava, mas sabia que se trocasse mais de cinco palavras com ele, minha fúria ia jorrar de um jeito que eu não queria. Não saberia controlar tudo que estava entalado na garganta, mas não queria me abrir pra ninguém. Tampouco ele.

— Olha aí, minha amiga, toma esse remedinho e fica feliz. - Scorpius me passou o comprimido e crispei os lábios para não falar nada. Thomas me fitou, mas ficou estranhamente calado. - Você viu a irmã do Alvo por aí?

Eu sabia que Scorpius estava despistando a pessoa por quem queria de verdade saber onde estava. Tive que rir de sua careta atrapalhada e neguei.

— Scorpius, cara! Adorei tocar com vocês, quando subimos de novo? - o ruivo Weasley chegou batendo nas costas de Scorpius e rindo. - Todos gostaram, acho válido irmos de novo.

Eu me toquei que ele era o tal Hugo a quem Lily tinha soltado comentários ácidos vez ou outra. Ele me fitou pela primeira vez e nem fiz qualquer movimento para cumprimentá-lo, tamanha letargia. Porém o ruivo sorriu e se aproximou.

— Sou Hugo Weasley.

— Kellen. - falei simplesmente e Scorpius completou dizendo que era meu melhor amigo. Seu tom era estranhamente protetor e franzi o cenho, mas Hugo achou engraçado e por isso, para meu espanto, me abraçou.

— Um prazer te conhecer! - ele murmurou e eu saquei que já estava um pouco alto.

— Que nada - respondi, sem jeito e sem força de me soltar.

— Ei, Hugo, vem cá - Thomas puxou Hugo pelo ombro e se enganchou nele, me afastando dos dois. Engatou em um papo com Hugo rapidamente e olhei de soslaio para Scorpius, mas ele nem estava prestando atenção no pequeno show - e bizarro - de seu outro melhor amigo, só focava a visão no palco onde tinha surgido a turma de Espanhol.

— Boa noite, pessoal! - a pequena Potter pegou o microfone e deu um grito que foi respondido com o mesmo vigor. - É agora que o Espanhol vai dominar a porra toda!

— Mas o que é isso? - Hugo interrompeu sua conversa para nos olhar espantado. - É a Lily aí em cima? A Lily minha prima? Onde raios está Alvo pra ver isso? Olha a roupa dela!

Tive que rir da cara abismada que tomava o rosto do ruivo e só assenti, para seu desespero em constatar que é mesmo sua prima que estava tomando conta do show.

A guitarra começou num solo e as luzes se esmoreceram, deixando iluminado o guitarrista e seu dedilhado. A bateria soou acompanhando a melodia, então Lily Luna está pendurada no tripé com Rose ao seu lado, de olhos fechados, que inicia a música que apareceu no telão.

 Solo Quedate En Siléncio - RBD

Te encontro acordado

Me diz que sente

Com uma lágrima derramada

Me abraças, eu gelo

Me pedes um beijo

E eu fico sem respirar


Rose mostra sua voz doce e nos surpreende. Posso ver o rosto de Scorpius hipnotizado pela visão e confirmo que meu amigo nunca se sentiu dessa forma. Um garoto surge ao lado e canta próximo de Rose, os dois se olhando.

— Aquele é o imbecil do Isaac? - Scorpius pergunta e sei que o garoto dividindo a música com a ruiva é esse menino.

Só espera um momento

Só me diz que não é certo

Só fique em silêncio por 5 minutos

Acaricia-me um momento, vem junto a mim

Te darei o último beijo

O mais profundo

Guardarei meus sentimentos

E irei para longe de ti


Lily Luna é iluminada e toma conta da canção e do refrão. Ela, Isaac e Rose se aproximam e cantam com ênfase e paixão, dividindo o momento e percebo o quanto gostam da canção e a sentem.

Tenho tanto medo

é que não compreendo

o que foi que eu fiz que te deixou mal

Me abraças, eu gelo

Me pedes um beijo

E eu fico sem respirar

Enquanto foco meu olhar nas três figuras que dominam a noite, sinto a presença dele ao meu lado. Sei que é ele simplesmente pelo cheiro que exala, me lembro de como cheirava ao me beijar mesmo debaixo de uma chuva. Não consigo me mover nem se eu quisesse, a vontade de fugir milhas de Thomas desaparece e me sinto fraca. Viro meu rosto e dou de cara com seus olhos azuis. Ele estava me olhando e não para nem quando retribuo o olhar.

Tenho tanta coisa pra perguntar, o porquê de ter entrado em minha vida e ter falado tanta coisa que não me faz sentido, o porquê de ter fugido logo depois e ter me deixado flagrá-lo com outra e aquilo me machucar. Quero, inclusive, perguntar coisas de mim sabendo que ele não tem as respostas e nunca terá; têm coisas dentro de mim que nem eu posso lidar, por que achar que logo ele lidaria?

Fico intrigada com a dor que as íris azuis revelam e entendo que não é de agora. Ele é tão quebrado quanto eu. Pelo o que passou? E por que faz as coisas daquele jeito?

Não sei, e nem desejo saber no momento.

A música das meninas acaba e todos batem palma.

— Até que foi bom. - Scorpius murmura, emburrado, e sei que foi por causa do tal Isaac cantar com tanta euforia para Rose.

— Estou perplexo. - Hugo complementa.

— Como eu disse, vai ser surra de Espanhol! Mais uma DJ! - Lily Luna grita do palco e todos vibram.

A energia é outra, contagia.  No telão aparece outra música da mesma banda e sua letra. Isaac inicia a música e as luzes piscam na batida da guitarra e da bateria.

Un Poco de Tu Amor( a música carregada no capítulo)

Sei muito bem que sou um amigo a mais

Entre um milhão e nada mais que um fã de coração

Que nunca pára de sonhar cada dia mais

Mas eu sei também que entre a multidão

Alguma vez você vai ver a luz brilhar em mim

Pra reconhecer o amor mais fiel

Necessito de você pra respirar

Ninguém pode te querer tanto assim

Rose complementa Isaac e vejo a energia fluir dela. Os olhos fechados, a pele brilhando contra o preto e puxa a voz com profundidade. O refrão vem e embala a todos na pista e fora dela.

Um pouco de seu amor, para poder viver

Um pouco de seu amor para me fazer feliz

Só um pouco de seu amor, é o que eu peço

Lily Luna é chamada para continuar após o refrão, e ela completa, anestesiada de emoção. O corpo acompanha seu frenesi quando se abaixa e canta com tudo que tem, toda a força que eu sei que ela está soltando nesse momento para cantar.

Me dá um sinal, um minuto para conversar

Me dá só uma chance

Para você poder se apaixonar cada dia mais

Rose se aproxima da prima e ela canta dançando ao lado da prima. As duas se olhando e sorrindo, se balançando no ritmo da canção e seus sentimentos.

Mas eu sei também que entre a multidão

Alguma vez você vai ver a luz brilhar em mim

Pra reconhecer o amor mais fiel

Necessito de você pra respirar

Ninguém pode te querer tanto assim

Todos se voltam para a canção e dançam juntos, se olham e sorriem com tudo. Todos se envolvem e vejo que isso impacta. Scorpius respira fundo e me olha assustado.

— Eu estou apaixonado por ela. - me sussurra de um lado. Os cinzas de seus olhos estão apavorados, por isso procuro sua mão e a aperto.

— Precisa dizer isso a ela, não a mim, Scorpius.

Ele assente, mas nem sei se entendeu minha mensagem. Espero que sim. Ele move os olhos e os foca em Rose novamente. A ruiva continua cantando com tudo que tem e sentimos sua presença de palco. Cantam com sintonia perfeita e sei que é impossível não se energizar com aquilo. 

Meu melhor amigo cutuca Hugo no ombro e trocam algumas palavras. Concordam e saem, me deixando confusa.

— Mas o que eles vão fazer? 

— Acho que Scorpius vai cantar. Chamou Hugo pra tocar. - Thomas me responde e me lembro que não fiquei sozinha. - Como você está?

— Como tem coragem de fazer essa pergunta? É assim que trata as meninas que você beija do nada e depois some? - não consigo evitar que as palavras saíam ácidas.

— Porra, me desculpa. Não sei o que fiz. - Thomas responde e aperta as mãos. É a primeira vez que o vejo fora de seu habitual jeito despretensioso. 

Não o respondo porque não sei o que dizer. Meu peito está apertado e prefiro sair.

— Kellen, não. Pra onde vai?

— Pra longe. Me larga - puxo meu braço de seu aperto e tento me manter em pé desencostada da parede, mas vacilo. Thomas surge novamente ao meu lado e seu aperto agora é mais forte.

— Me solta, já disse, Thomas.

— Não vou deixar você sair assim, enlouqueceu? Pra onde quer ir?

Minha cabeça gira e só quero sair dali, por isso junto minhas forças só para responder e acabo aceitando a ajuda sem protesto. Caminhamos em silêncio pelos corredores até o jardim e me sento no primeiro banco que vejo.

 

joão de barro - renato viana

 

 



— Acho que exagerou na bebida. 

— Acho que você devia ficar calado. - respondo Thomas com minha cabeça entre as pernas, tentando respirar fundo várias vezes.

— Por que tem que ser tão arisca comigo?

— Não me lembro de você ser diferente também, não é?

— Nossa, você tá certa, eu sei, mas já baixei a guarda. Baixei a guarda desde o beijo e...

— Que não foi nada. Você estava se comendo com outra menina dias depois, aliás, nem pensei nada diferente. Só não gostei de ter me beijado sem minha autorização, e de repente. Porra, a gente se odeia.

Levantei meu rosto para fitá-lo. Thomas botou as mãos dentro dos bolsos e olhava pro chão, mas me encarou depois.

— Claro que foi algo, Kellen. Um impulso do nada sempre significa algo.

— Bom, então me faz a mágica de explicar o que houve? Na realidade, nem quero que explique, só fica longe, para de ser bonzinho desse seu jeito escroto comigo porque eu não quero nenhum relacionamento dessa natureza!

— Tá vendo? Você só está arisca porque também correspondeu ao beijo. Não sabe tanto quanto eu porque desejamos isso, mas sabe que queremos. Secretamente, lá no fundo, é o que queremos, não é, Kellen? - Thomas se ajoelhou diante de meus olhos, muito próximo a mim, e segurou meus pulsos. - Admita. Não minta pra si mesma, não seja covarde. Já disse que não sei o que é, estou sendo totalmente sincero com você. Como nunca fui. Então acredita, porra.

Engoli a seco. Odiava o modo como os olhos azuis dele eram bonitos. Uma criatura odiosa como ele não merecia aqueles olhos.

— Você gostou do beijo. Quis mais dele, assim como eu. Não posso negar, nem quero. - ele foi diminuindo o tom de voz até que fosse somente um fiapo voando entre nós e o vento cortante no jardim.

— Quero que se afaste de mim. De verdade, pra longe, e sem volta, Thomas. - consegui juntar forças e decretar. Puxei meus pulsos de suas palmas quentes e desviei o olhar.

— Por quê? Eu mereço um porquê? - ele pareceu abatido com minha resposta, mas não se levantou da grama.

— Não estou pronta. Nunca vou estar.

— O que houve com você, Kellen?

Fiquei calada, impedindo que minhas lágrimas fluíssem de mim sem controle.

— Me fala. Eu sei que tem algo aí. - Thomas insistiu, tocou minha perna e começou a fazer círculos imaginários em meu joelho, fazendo minha vontade de chorar apertar. As lembranças já estouravam em minha mente, tão perto de meus olhos que me cegavam. - Não sou perfeito, baby, mas sinto isso que não consigo me afastar de você, já tentei, eu juro, é tão estranho pra mim quanto pra você.

Ele soltou uma risada sem humor. Sua outra mão tocou meu cabelo e continuei como uma pedra, só apertando fortemente os lábios.

— Eu sou o pior cara do mundo, eu sei. Nem sei como me tornei isso, na verdade, deve ser culpa da minha família fudida. E minha culpa também, não posso me eximir. Quero algo de você, nem sei o que é, mas não queria que fosse esse não definitivo, então... Me fala. O que houve com você pra que eu veja tanto medo em seus olhos?

Minhas comportas estão se quebrando e eu posso sentir isso. Um medo me atinge, como uma forte onda e me arrasta. A mão de Thomas puxa meu rosto para olhá-lo e não suporto ver meu reflexo no azul de seus olhos preocupados.

— Fui violentada há três anos. Foi há muito tempo, mas pra mim é como se tivesse sido ontem. Por isso tô sendo sincera também com você sobre se afastar. Nunca vou estar inteira novamente.

Não sei como minha maior verdade escapou de meus lábios como uma pena. Leve. Ardilosa. Ácida. Chega a Thomas e o impacta, posso ver o tom de azul mudar e suas nuances se endurecerem. Não percebo que estou chorando até que um soluço me escapa, tento me afastar de seu toque, mas ele é duro, me aperta mais forte e não desvia os olhos.

Posso ver minha dor misturada com a dele. Nunca tinha experimentado contar a alguém e ver tão parecida agonia. Meus pais haviam ficado em silêncio e nunca mais discutimos isso, nos mudamos e tentaram passar uma borracha em algo que já estava manchado pra sempre.

— Eu sinto muito. Nunca vai ser tempo demais. - Thomas responde com a voz grossa, rouca até. Não tenho controle sobre meu corpo que se debruça e chora sozinho, sem amarras e com um medo gigante dominando. Não posso contar com ninguém pra que viva essa dor que me alastra há tanto tempo que virou minha companheira. Mas Thomas se movimenta, lentamente, para não me assustar. Abre os braços e caio em seu abraço como se fosse uma criança desamparada.

Mas é exatamente dessa forma que me sinto e deixo transparecer no momento. Em algum momento do meu choro, sinto o peito de Thomas também tremer e tenho medo de olhar seu rosto e vê-lo molhado, mas o faço e constato que estava certa. Ele só balança a cabeça e acaricia meu cabelo.

— Shii, pode chorar, você tem que viver essa dor. 

Ainda bem que ele não faz pergunta. Eu não conseguiria responder. Não conseguiria contar o fato que se repete em minha cabeça. O fato de meu vizinho ter mentido sobre passar um tempo comigo e abusar de mim e da minha fraqueza. De me fazer sentir pequena, humilhada e suja. Nunca inteira novamente. Nunca com os cabelos marrons do tom que ele gemia dizer que adorava. Nunca reconhecer meu nariz como bonito quando ele sorria diabolicamente elogiando o mesmo nariz que fiz questão de destruir a carne com um piercing. 

Nunca mais eu seria fraca como fui, incapaz de empurrá-lo e fazê-lo sentir a mesma dor que eu sentia até hoje. Nunca mais eu queria vê-lo outra vez mesmo que tivesse feito anos de boxe para aprender a me defender. Nunca mais seria confiante e tranquila como era. E ingênua. Boba por acreditar que ele era o cara perfeito pra mim, que iríamos casar e construir uma família em Gales, sermos felizes.

O que eu sabia de felicidade? Nada. 

Não conseguiria olhar para meu próprio corpo e não querer mutilá-lo e rasgá-lo por ter passado pelo que passou. Fui forçada a algo porque ele era mais forte e tinha o poder. A violência. Tinha suas palavras grosseiras e frias sobre eu ser apenas uma mulher que tinha o dever de satisfazê-lo mesmo dizendo não a sua brutalidade e ao seu cruel desejo. Não era amor, não era nada. Ele me usou porque achava que eu era sua propriedade e nunca mais quis vê-lo.

"Ele era seu namoradinho, querida." Odiava me lembrar do tom lamentoso de meus pais. Eu me odiava por ter cultivado qualquer espécie de relacionamento com ele e não ter percebido sua natureza desumana.

 Por que a culpa era minha? Eu tinha sido só a mais fraca, a que confiou e foi enganada. A que foi mutilada. Tanto por dentro como por fora.

— Pode chorar, baby. - a voz de Thomas soou e a escutei reverberar dentro de seu peito. Já não sabia parar de tremer meus ombros, minhas mãos, meu rosto. Já tinha molhado tudo e sentia a bochecha molhada de Thomas tocar minha testa.

— Você precisa se afastar de mim. - murmurei entre lágrimas porque era meu desejo. Se eu ficasse sozinha, ia ser mais fácil fingir que aquela dor não me matava e então me recomporia. Com ele, ficava tudo mais difícil porque parecia que a carga não estava mais só sobre meus ombros e eu não sabia o que fazer.

 - Não me procura mais, Thomas. - solucei e consegui, por um milagre, me levantar e me afastar. Acho que ele estava mais fraco, ainda ajoelhado na grama, me olhava perdido. Não gostei de ter descarregado minha dor nele e vê-lo sofrê-la comigo. - Isso é uma coisa que preciso lidar sozinha.

Era o certo. Era meu passo correto. Ele não falou nada, mas eu estava vendo os olhos azuis nublados e seu rosto manchado. Obriguei-me a andar e dar as costas. 

Há batalhas em que se precisa lutar sozinha. Aquela era uma. Eu contra o mundo.

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eu to passada com as informações desse cap. sem palavras. me falem vocês. estão vivas?

obrigada pelos comentários e quem comenta me faz voltar, obrigada, amo vcs.

no 24 ou 23.4 eu falo sobre a Una(para quem está preocupado), mas acho que arrumei mais uma preocupação pra vcs.

 

minha doce Kellen

 

 

queria falar que essa é uma situação muito comum no nosso país, os números são alarmantes e temos que mudar essa cultura machista que corrobora p o pensamento arcaico de homens sem escrupulos que se aproveitam de sua força natural maior. Não se pode subjugar outro ser humano a esse tipo de violencia, a nenhum outro tipo. Não se é certo nem moralmente nem judicialmente submeter uma mulher a um trauma desse, ainda mais com argumentos esdrúxulos sobre deveres inexistentes; mulher nenhuma veio seguir macho algum. ponto final. nós somos livres e como tal temos o direito de ser livres como eles e tb de suas garras.


denunciem caso de violencia domestica, seja qual for o tipo pq muitas vzes nem a vitima consegue sair sozinha de sua situação, ou nao reconhece, so vive sua dor e isso a perpetua.

sem mais. é um assunto muito triste e é o que mais mexe comigo. vamos mudar esse mundo. juntos somos mais fortes.

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que apareçam!



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