Caminhando ao Estrelato [HIATUS] escrita por Gabriel Az


Capítulo 4
03. Testado


Notas iniciais do capítulo

Se você leu isso aqui antes das 20:20 do dia 1° de outubro de 2017, viu o aviso do "isso aqui será preenchido mais tarde". Está sendo preenchido agora.

Adivinha quem vai pedir desculpas pela demora de novo? Exatamente; eu. Acho que nas noites de lua cheia eu fico mais inspirado, porque só assim pra eu conseguir escrever com tamanha criatividade. Saibam que terão dois capítulos em outubro pra compensar o mês que fiquei parado.

O nome do capítulo não tem muita história. É "testado" porque o João foi, literalmente, testado. É um teste de futebol então ele tem que ser testado. É tipo uma regra, sabe? Lembrando que apesar do que acontece aqui, ainda há muita coisa a se resolver na vida desse muleque.

Esse capítulo é focado somente no João. Outros personagens aparecem, mas eles não possuem tanto destaque aqui. É essencial a leitura para você descobrir o começo do que esse rapaz pode fazer. Boa leitura e te espero no final!



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"Você joga futebol com a sua cabeça. Suas pernas estão lá para ajudá-lo."

Estava acontecendo. Aquele sonho que carrego comigo desde garoto poderia se tornar realidade dependendo somente das minhas ações no campo. O preparador chamou alguns jovens e, ao lado do treinador, designou suas funções e separou dois times. Não me aproximei, já que no meu jogo as instruções também serão passadas. Quando observei com mais atenção os participantes da primeira seletiva, reparei que o rapaz que anteriormente havia falado comigo, o loiro, iria jogar.

Desejei todo o mal possível para aquele moleque chato e me juntei com Diego. Queria ver o que aquele oxigenado conseguia fazer com uma bola nos pés, já que sua cara entregava o que ele conseguia fazer com duas na mão. Mais instruções foram dadas, dessa vez com os times reunidos em um círculo. Deve ter sido explicado como vai funcionar as coisas e as regras de arbitragem.

As duas equipes estavam divididas em duas cores de colete: azul e vermelho – assim como as cores do time. Aquele garoto estava na equipe vermelha e parecia jogar como um volante. Seu porte físico com certeza não era o mais adequado e seus músculos – se é que existiam – não intimidavam ninguém.

— Tu tá brisado, velho – meu colega disse, fazendo eu voltar a realidade. Cocei meu couro cabeludo e depois meus olhos, tentando manter a atenção no que ele falava. – Parece até que tá rosnando.

— Só tô desligado – afirmei com a cabeça entre as mãos. – Bora ver aí, bora. O jogo já vai começar.

Não menti. Estava concentrado somente em desejar o mal para aquele rapaz – mesmo nem o conhecendo direito. Os outros garotos que não haviam sido selecionados para a primeira partida iam conversando aos poucos. É engraçado como nós adolescentes conseguimos fazer uma amizade em pouco tempo quando estamos em situações complicadas.

O jogo começou assim que o apito foi acionado. A bola foi tocada para trás pelo time de vermelho, indo parar justamente nos pés daquele pivete.

— É agora que isso aqui começa a ficar sério – disse Diego. Após a afirmação ele esqueceu que eu estava do seu lado e não virou a cara em momento algum. Realmente estava focado naquela partida.

O time rubro era visivelmente superior. Seus jogadores nunca haviam jogado juntos – pelo menos era o que deveria acontecer –, mas ainda assim pareciam ter uma tática já feita. O futebol deles era bem mais organizado do que o anil, embora os azuis pareciam tentar ser mais objetivos quando recuperavam a bola.

O primeiro ataque aconteceu pouco tempo depois da partida começar e, surpreendentemente, foi da equipe azul. Em uma bola rifada pela pressão do que parecia milhares de vermelhos, um garoto negro, menor que eu, Diguinho e o loiro conseguiu dominar a bola e começou uma troca de passes que envolvia a zaga adversária. Talvez os outros estivessem esperando a pressão justamente para contra-atacar.

— O futebol é estranho – ouvi uma voz do meu lado. Não era o zagueiro e nem qualquer garoto que eu havia trocado alguma ideia. – Olha só aquela criancinha jogando e passando no meio daqueles... Eita disgrama!

Era uma garota bastante bonita. Seu cabelo castanho claro e aqueles olhos da mesma cor me deixaram congelado, mas quando me virei vi o motivo de seu espanto. Um carrinho que considerei desleal. Primeiro na bola e depois na perna do menino – que caiu de mal jeito e urrou de dor. Poucos minutos de jogo e já sabíamos que ninguém jogaria por diversão.

Não podia perder meu foco do jogo. Tinha que prestar atenção somente na partida, mas aquela garota tirava minha atenção. Um filézinho. Dez minutos a observando de lado e cinco segundos olhando para a partida. Nem sabia mais o resultado, e não me importava nem um pouco em saber.

— O branquinho joga pra caramba. – ouvi meu amigo falar. Estava pouco me importando com a partida, o que era errado. Não queria me tornar escravo de uma mulher que nem conhecia. Tinha que voltar a prestar atenção na partida. – Ele deve jogar melhor que você.

— Aonde!? – desconfiei de tal afirmação. – Nem aqui nem na China, meu fío. Eu sou eu, paê.

— É exatamente por isso – ele afirmou. – Tu tem uma cara de cai-cai da zorra.

— Cuide do seu mermão, ó o jogo ali ó –fiquei um pouco irritado. Quando analisei o que acontecia vi que a técnica do garoto era realmente espetacular. Seu domínio e sua capacidade de distribuir o jogo dava inveja a qualquer Feijão.

O tempo foi passando e o jogo caiu em um clichê após o primeiro gol, marcado pelo time vermelho. A partida havia se alterado completamente. A posse de bola era dos azuis, mas eles estavam perdidos e seus toques de lado sem objetivo não ajudavam em nada. Uma ou outra jogada individual poderia furar aquele bloqueio, mas nem isso mais acontecia após o medo prevalecer nos jogadores logo que ocorreu a primeira entrada dura no neguinho.

No final, vemos um ataque e meio-campo poderoso da equipe vermelha, também com méritos para sua defesa e no time azul, somente o goleiro se salvou, já que impediu a equipe de tomar mais. O resultado final foi um estrondoso 5x0, mostrando que mais da metade dos rubros já estavam aprovados. Não tinha mais prestado atenção na moça ao meu lado porque havia pedido para trocar de lugar com Diguinho após o segundo gol, já que havia perdido os lances. Mulheres sempre foram meu ponto fraco – embora eu nunca consiga uma.

— Tirando os outros lá, teve mais gol de quem? – eu perguntei ao zagueiro, já que esse sim não havia desviado o olhar para aquela tentação do diabo.

— Teve mais dois do centroavante que havia marcado o primeiro e... – parou. Tentando lembrar de mais alguma coisa. – Um zagueiro fez de cabeça. O outro eu esqueci mesmo, mas lembro que foi uma bicuda de fora da área.

— Foi meu – o exibido disse se vangloriando enquanto subia as escadas com pouco suor escorrendo em seu corpo. Estava sem o colete assim como os outros que haviam jogado. – Sempre treinei chutes de longe desde criança.

— Hum, tá. – falei desinteressado. Diego deu uma risada contida ao meu lado e começamos a descer as escadas sem olharmos um para o outro, porque se isso acontecesse teríamos uma explosão histérica.

— Tu viu quando ele te olhou? Só faltou mandar tu pôr a base – começamos a rir. Pela minha cabeça passou aquele magricela tentando sair na mão comigo.

— Entre brigar e bater o pênalti, eu prefiro ajudar na briga – falei a famosa frase de Luís Fabiano, ex-atacante são-paulino e o moleque quase caiu. Acho que ele quase não cabia mais ar nos pulmões de tanto que puxava. – Calma aí, disgrama. Tá todo mundo olhando.

No final, ele não parou. Quer dizer, parou sim; mas só quando chegamos ao lado do instrutor. Ele nos olhou de lado e depois voltou a atenção aos outros garotos que também desciam. Ao chegarem ele preencheu algumas coisas naquela velha prancheta. Será que já havia gravado o nome de todos nós? Se sim, era uma memória boa pra caramba. Os vinte e dois estavam ali. Estavam sedentos por futebol e queriam jogar agora, sem interrupções. Mas, antes era necessário ouvir o que o senhor tinha pra dizer.

— Sei que já perguntei isso para vocês, mas temos que ter uma confirmação. Todos estão realmente bem? – Igor, o preparador físico, questionou. Dei um pequeno sorriso ao saber que ele estava se preocupando conosco, embora esse seja um procedimento comum.

— Os outros podem não estar, mas eu estou tranquilo. – ouvi um rapaz afirmar. Me impressionei com sua autoestima e quis ser ele por alguns segundos; depois lembrei que minha inspiração na verdade é o maravilhoso Márcio Araújo.

— Vocês, “outros”, estão tranquilos? – perguntou de novo. Desta vez todos responder sim ou palavras variadas que possuíam o mesmo significado. – Não quero nada desleal. Isso aqui é só um teste. Vão até para o campo e mostrem o porquê de vocês estarem aqui para conseguir uma vaga!

Seguimos sua ordem e nos postamos nas devidas posições. Cada um de nós se olhava na esperança de que os companheiros de equipe exercessem o papel de maneira correta, só não devíamos esquecer de fazer o nosso. Fitei no fundo dos olhos o atacante que estava virado para me entregar a bola. Jogávamos com um nove fixo que deveria fazer o pivô para os jogadores que viessem de trás. Eu sou esse tipo de jogador. Eu sei que tenho que marcar. Eu vou marcar.

Quando ouvi o apito saí do meu transe e vi a bola vindo em minha direção. Havia dois pontas que já estavam correndo em direção ao ataque e dois volantes atrás de mim. Recuei a bola para um deles e comecei a fazer uma movimentação tentando puxar marcadores para o meio. As laterais seriam como corredores caso os defensores da outra equipe não preenchessem aquele espaço. A bola ia de um lado para o outro com os zagueiros. Eles não estavam muito dispostos a armar jogadas. Isso até quando um, Diguinho, que por sorte havia caído no meu time, tentou fazer uma ligação direta com o ponta-direita. Porém ele falhou e um lateral interceptou aquele passe. Nós íamos ser atacados.

Não abandonei a marcação, ela que me abandonou. O volante e talvez, acho, que o zagueiro que faziam minha cobertura avançaram e somente eu tinha ficado sozinho. Acredito que por ser mais baixo que a maioria e eles pensarem que não consigo cortar um cruzamento, embora eu realmente não consiga. O lateral direito deles avançou até a linha de fundo e o nosso tentou prever os movimentos e se jogou em um carrinho que nada atingiu, apenas o jogou para longe. Mais liberdade para avançar. Ninguém sabia o que aquele rapaz ia fazer, apenas ele. Tudo parecia certo para um cruzamento para trás, mas ao invés disso ele tentou driblar mais um jogador que vinha fazer o jogo de corpo com ele, mas dessa vez perdeu a bola. Cedemos o escanteio.

Fiquei desta vez com a marcação de um ponta com minha altura. Entendi que caso a bola sobrasse ele teria um bom chute e caso eu saísse em disparada ele vinha me acompanhar. Como me livrar dele? Pensei por um curto período, já que a bola fora cruzada por um rapaz baixo e canhoto. Geralmente esses são os melhores, Lionel é a prova. Quando foi jogada pra cima, a bola encontrou a cabeça de um de nossos volantes e ela ia saindo pela linha lateral, mas resolvi me esforçar para pegá-la.

Vou ensinar a vocês uma coisa básica. Se chama: regras de todo teste de futebol. É um nome extenso já que não consegui pensar em algo melhor. A primeira é que em toda, toda jogada você tem que dar o máximo de si, a menos que você esteja fazendo corpo mole porque comprou o preparador e sabe que vai ser aprovado. Fiz o que disse. Consegui recuperar o que parecia perdido e o ponta, achando que eu não a alcançaria, não correu na mesma velocidade que eu. Tenho um tempo. Meu domínio sempre foi bom, mas com chuteiras e diferentes gramados ele poderia ser péssimo. Sem ser esnobe, ele sempre é bom.

Começo a correr pela lateral direita. O último homem na verdade é algum lateral, não sei o esquerdo ou o direito, mas ele vem para cima de mim. Em seus olhos eu encontro raiva, querendo reverter aquela situação a todo custo e não deixar nós, da equipe vermelha, fazermos um gol. Ele só deveria saber fechar as pernas para não tomar uma caneta igual tomou. Essa é a segunda regra. Se você está em uma situação difícil, olhe para as possibilidades e tente, se der certo deu, se não, tá de boa, ainda vão aparecer várias. Essa deu.

Corro mais e mais buscando a diagonal para eu chutar. O ponta ainda segue atrás de mim, mas já estou perto demais da área para alguém travar meu chute. O goleiro sai. Eu poderia colocar a mesma bola que está em meu pé por cima dele e marcar um baita golaço, ou então driblá-lo duas vezes. Sei que ele vai se jogar em ambas, mas faço o mais arriscado. Espero.

Um companheiro meu vem correndo mais que o Usain Bolt e eu já percebia sua presença faz um tempo. O olho algumas vezes e ele me olha. Faço algumas fintas em frente ao guarda-redes e fico implorando para que ele aperte o passo. O ponta está chegando. Ele vai roubar a bola de mim. Chegue logo!

Canso de esperar e dou uma puxada para trás com a bola. Parto para a esquerda, direita e o goleiro, como eu imaginava, cai nas duas. Tento ir reto, mas vejo que o garoto que anteriormente me marcava já está mais perto do que eu pensei. Ele vê quais são minhas intenções e antecipa seu corpo, me impossibilitando de chutar, mas essa nunca foi minha intenção. Dou um toque na esfera que esbarra na sua perna e iria para a linha lateral, se não fosse o camisa nove chegando e, de joelho, marcando o nosso primeiro gol. Festejo internamente por um assistência bem dada. Essa terceira dica é mais para um meio-campista como eu: você pode até fazer uns golzinhos, mas seu objetivo é a assistência. E nesse quesito, eu sou o melhor em campo. Pelo menos é o que minha mãe diz.

O tempo se passa e o placar está igualado em um 2x2. Participei pouco do segundo gol da nossa equipe, já que partiu de um cruzamento na área feito por nosso lateral. O companheiro de zaga de Diguinho acabou marcando. Era um escanteio curto. Os dois que tomamos foram falhas individuais. Nosso goleiro primeiro saiu catando borboleta depois de um lançamento e acabou tomando um gol grotesco. Depois, o nosso nove, em mais uma cobrança de escanteio para o time deles, acabou cometendo um pênalti. O ponta esquerda bateu depois de muita indecisão entre quem batia e igualou o placar. Estávamos dando 2x0, mas agora estamos tentando segurar o 2x2.

O jogo estava truncado no meio-campo. Muitas faltas bobas apenas para atrasar jogadas. Alguns jogadores tomaram cartão somente pelas sequências. Cometi somente uma, mas sem querer, apenas visando a bola. Estou com a pelota nos meus pés. Olho para os lados e vejo um dos meus passando, é o segundo volante. Toco para ele e corro, ele me devolve. Tenho o gol em minha frente. Chuto com a direita e ele vai rente a trave. O preparador, que estava de juiz, marca escanteio. Os do time azul reclamam e eu fico em silêncio, apenas assentindo ao que foi marcado. Levo rapidamente a bola para a marca e faço o sinal de “1” com as mãos. Espero que entendam o que vou fazer.

— Primeiro pau! – grito. Quando a bola cruza os ares ela vai diretamente nas mãos do goleiro. Foi horrível. Mas, quando ele dá o bicão, achando que o jogo vai acabar assim que a bola passar do meio-campo, ela esbarra em um de nossos jogadores e volta no pé de Diguinho. Ele faz um pivô aceitável e toca de lado para quem vem chegando. Sou eu. Meu deslocamento não foi acompanhado e agora eu tenho a chance de dar mais uma assistência. O goleiro vem para cima de novo, porém, dessa vez eu passo meu pé por cima da bola e vou para o outro lado. Com o gol aberto eu empurro ela para as redes e o placar se torna justo. 3x2.

Eu arrebentei.


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Notas finais do capítulo

Frase por Johan Cruyff, futebolista holandês e ex-técnico. Considerado por muitos o maior jogador neerlandês de todos os tempos. Ficou famoso por ser um revolucionário no ramo futebolístico com a sua posição não-fixa no campo. Faleceu em 2016.

Brisado - Estado mental em que a pessoa se encontra sem o raciocínio lúcido, quando pode cometer alguns atos sem sentido.

Bola rifada - Quando um jogador não observa para onde chuta e tem a intenção somente de se livrar da pressão.

Zaga - Espaço imaginário do campo de futebol onde se posicionam membros da equipe de futebol no intuito de proteger a meta/gol no sentido que a bola não ultrapasse a linha da meta, atingindo assim o objetivo da equipe que é o gol.

Disgrama - Xingamento variante de desgraça. Coisa ruim. Utilizado quando alguma coisa não está saindo como devia.

Carrinho - Ato sem vergonha de um jogador de futebol ao outro com intenção de derrubar. Falta.

Cuide do seu - Não preste atenção na minha vida, somente na sua.

Mermão - Expressão que vem de "meu irmão". Começou a ser usada em favelas, mas foi inserida em diversos grupos sociais. Essa palavra é muito usada por pessoas que não gosta de falar na norma culta.

Feijão - É um futebolista brasileiro que atua como volante. É um jogador-torcedor e foi o autor do gol mil do Bahia em Campeonatos Brasileiros. É xodó da torcida, embora seu futebol seja contestado por muitos. Atualmente joga pelo Bahia. (01/11/17)

Cai-Cai - Jogador que simula muitas faltas. Sempre aproveitando-se de investidas mais duras para dizer que foi tocado e ganhar a falta.

Luís Fabiano - É um futebolista brasileiro que atua como atacante. É famoso por seus gols e declarações. Jogou na Seleção Brasileira na Copa de 2010, na África do Sul e atualmente joga no Vasco da Gama (31/10/17)

Marcio Araújo - É um futebolista brasileiro que atua como volante. É famoso por, em todos os times que atuou, a torcida não simpatizar muito com sua escalação, embora seja utilizado pela maioria dos técnicos. Atualmente, joga pelo Flamengo. (31/10/17)

Pivô - Aquele que faz a proteção na marcação pra que seu companheiro entre livre na área e faça o gol.

Escanteio - Diz-se quando a bola sai pelo fundo do campo por culpa do time que defende.

Primeiro pau - É o nome dado à trave mais próxima de um cruzamento.