Royalty escrita por Bella Aurora
Notas iniciais do capítulo
Hey aimers S2 Tudo bem?
Sei que o último capítulo não ficou muito bom (desculpa) e bem pequeno pra falar bem a verdade, mas eu escrevi aquele capítulo pra tentar voltar para o ritmo de escrita, já que fazia bastante tempo que eu não escrevia nada.
Bom, chega de blá. blá. blá e vamos ao que interessa.
Enjoy! *-*
*E qualquer dúvida, be free to ask!!
Que fique claro que eu tentei ir pro meu quarto, tranquila, sem causar nenhuma confusão.
Que também fique bem claro pra vocês, leitores, que eu usei sabiamente a palavra tentei. Até porque, eu não consegui.
É, não deu muito certo.
Eu caminhava pelo jardim sul, tranquilamente em direção a entrada principal do castelo, passando por um pequeno corredor escuro que levava a frente do lugar. Foi exatamente nesse corredor que eu fui prensada contra a parede lateral tão rápido que meus olhos não conseguiram capturar o movimento.
Eu deveria ter surtado. Eu sei disso. Deveria ter ficado amedrontada como a boa princesa que sou, frágil e incapaz, e ter gritado por socorro, pedido ajuda ou começado a chorar.
Mas a questão é, eu sabia muito bem quem era que estava me prendendo.
Não sei dizer se foi o cheiro do perfume que eu consegui reconhecer como algo entre grama molhada e um cheiro no ar que vem antes de uma tempestade, ou se foi a forma como ele havia me segurado. Com um antebraço prendendo minha barriga contra a parede de pedra gelada, e o outro próximo a minha cabeça. Os pés entre os meus, onde eu parecia não ter chance alguma de me desprender.
Suspirei cansada. Eu nem tentaria argumentar com ele.
— Pode me soltar? – perguntei tentando soar o mais doce possível
— Temos que conversar. – ele sussurrou entre dentes
Deixei um de meus braços cair ao lado do corpo.
— Eu literalmente não estou em uma posição confortável para isso agora. Obrigada. – eu disse ironicamente
Ele riu.
— Mas olha só, a tigresa mostrando as garrinhas.
Virei lentamente minha cabeça avaliando a situação.
— Você já pode me soltar.
Observei Justin ponderar o meu pedido. Ele era dois palmos mais alto que eu, então eu tinha que olhar para cima para conseguir olhar seu rosto.
— É, não. – ele sorriu pra mim novamente, quase um sorriso de escárnio
Suspirei novamente.
— O que você quer, babaca real?
Ele riu. Literalmente. Como se eu tivesse contado uma piada e não tentado ofender ele, como fiz.
Deixando claro, não que essa fosse a minha intenção.
Longe de mim ofender alguém.
Continuando.
— Eu só queria tirar algumas dúvidas sobre a nossa situação. – ele disse afrouxando o aperto da minha cintura
— Nossa situação? – perguntei, e não foi só pelo fato de ele ter usado a palavra nossa como se existisse um ‘nós’
— É. A sua festa, o aniversário, a coroação. – ele disse enquanto lentamente me soltava – Eu não sou burro, sei que a sua família quer a todo custo um príncipe pra casar com a princesinha da família. – ele riu em deboche – Mas, aimer, eu não pretendo me casar tão cedo.
Eu sorri pra ele.
— Que bom, porque somos dois. Ser forçada a casar já está fora de questão, casar com você então – balancei a mão apontando pro céu – fora de órbita.
— Mas você é bem atrevida para uma princesa, não?
Ele sorriu de voltar e se afastou de mim o suficiente pra eu conseguir respirar normalmente e buscar um pouco da minha dignidade de volta.
— Que bom que estamos entendidos. Não vai haver casamento algum.
Eu sorri de lado pra ele.
— Eu não disse isso. Disse que com você não ia acontecer.
Ele abriu a boca, mas não soube como me responder. Sorri internamente com a minha pequena vitória.
— Mas que bom que estamos entendidos. – eu disse já começando a me afastar
Vi ele passar as mãos pelos cabelos castanhos e antes que ele pudesse retrucar completei sorrindo.
— Mas, aproveite a estadia aimer, eu sei que vou aproveitar bastante com minhas companhias.
Dei as costas para um príncipe babaca, e segui meu caminho para dentro do castelo, quase fazendo uma dancinha da vitória.
Isabella 1 x 0 Justin
Por um segundo senti um tremor passar pelo corpo, agora que a adrenalina da conversa havia passado, eu não parecia decidir se havia sido uma boa ideia discutir com Justin. O que eu não precisava no momento era uma rixa com um país com poder.
Nota mental: Não comentar sobre isso com o meu pai, ele não ficaria nada contente.
Parei em frente a porta do meu quarto quase como em um modo automático.
A porta estava entreaberta.
Empurrei-a lentamente e dei de cara com um homem deitado esparramado em minha cama, segurando o controle da televisão e com os pés em botas em cima do meu cobertor de seda azul. Quando a abri totalmente seu olhar virou pra mim em um sorriso esplêndido e meus olhos marejaram de alegria.
— Richard!! – gritei e me joguei em seus braços caindo em cima dele de volta na cama
Ele me segurava em um abraço apertado enquanto eu o apertava até ouvi-lo reclamar de dor.
— Eu também estava com saudades Bella! – ele murmurou em meu ouvido rindo
Soltamos-nos e eu caí ao seu lado na cama, peguei o controle de sua mão e o bati em seu ombro.
— Nunca mais me deixe por tanto tempo sem notícias!
— Ouch. – ele disse apertando o ombro em que eu havia batido – Você ficou mais forte nesse últimos meses?
Bufei braba.
Esse era ele. Richard III da Grécia. Um palhaço em tempo integral, gentil e amoroso até os ossos e uma das pessoas mais inteligentes que eu conheço.
Acontece que ele também é meu melhor amigo desde os quatro anos de idade, e ele é apenas três anos mais velho que eu, o que não é muita coisa.
— Você não podia ter me comunicado que ia viajar? Eu não valia nem ser avisada?
Ele riu novamente e me abraçou de lado.
— Você sabe que vem sempre em primeiro lugar, não sabe Bella? Eu tive que fazer uma pequena viagem à Alemanha pra resolver a história dos nossos imigrantes...
— Sem me avisar. – voltei a clicar naquela tecla tentando despertar culpa nele
O que não era muito difícil de se conseguir.
Ele suspira e abaixa a cabeça.
— Eu sei, desculpe.
Concordo com a cabeça.
— Tudo bem Rick, só não faça isso novamente. Quase tive um ataque cardíaco quando descobri que você tinha viajado sem me dizer nada. Você não quer sobre seus ombros a culpa de ter matado uma princesa antes de ela conseguir assumir o trono, certo? – eu brinquei empurrando um ombro no dele
Ele riu e concordou.
— Podemos dar uma volta? – ele perguntou se levantando da minha cama e me oferecendo uma mão para me ajudar a levantar
— Claro. – peguei sua mão e ele me arrastou para fora do quarto
Seguimos pelo corredor e ao virar para a esquerda no final dele, demos de cara com minha mãe e Patrícia.
— Senhora du’Paris. – ele cumprimentou minha mãe com uma vênia – Senhora Bieber. – ele outra vênia – Como vão as senhoras?
Minha mãe sorriu e o abraçou, fazendo-o soltar minha mão.
— Querido, como é bom tê-lo conosco. – minha mão o soltou e ele voltou para o meu lado.
— É um prazer estar aqui. Não perderia o aniversário de Bella por nada. – ele disse sorrindo pra mim
Sorri de volta. Como eu havia sentido sua falta.
— Vamos passear pelo jardim, as senhoras não gostariam de nos acompanhar? – ele perguntou para minha mãe e Patrícia
Patrícia sorriu e negou com a cabeça.
— Não querido, obrigada pela oferta.
Minha mãe concordou.
— Deixaremos vocês conversarem e colocar os assuntos em dia.
Antes de se virarem vi minha mãe piscar para mim.
Ela e seu espírito casamenteiro.
— Até mais tarde querida.
— Até mamãe.
Continuamos nosso caminho pelo corredor.
Dessa vez, sem intrusos em nosso passeio.
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*aimers - uma tradução da palavra amor em francês, usada para se referir a alguém