Harry Potter e o Amor escrita por Mariana


Capítulo 6
Cho Chang e...


Notas iniciais do capítulo

Música tema: I'll Be Over You - Toto



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8 de agosto de 2006

Cho Chang estava curtindo ficar sozinha, precisava de um tempo só para ela para decidir o que queria da vida. Desde que terminou com Michael Corner, ainda quando estudava em Hogwarts, nunca mais se envolveu com ninguém, e no fundo sabia o motivo. Ela nunca superou os namoros anteriores, especialmente Cedrico Diggory e Harry Potter.

Cedrico foi seu primeiro namorado. Não esperava aquele convite no Baile de Inverno e ficou muito feliz quando ele a levou para um canto e lhe roubou um beijo. Tiveram pouco tempo juntos, mas aquele período marcou sua vida para sempre. A perda trágica de Cedrico encerrou abruptamente uma linda história de amor e Cho achou que nunca mais amaria alguém até se aproximar de Harry Potter.

Sempre sentira uma simpatia por ele e achou fofa a tentativa dele de convidá-la ao Baile. O que era apenas carinho foi se transformando em amor, no entanto, Cedrico ainda estava vivo em seu peito e volta e meia ela se culpava por achar que estaria traindo a memória dele ao se envolver com Harry Potter. Isso e a traição de sua melhor amiga à Armada de Dumbledore acabaram afastando os dois.

Então, veio Michael Corner, o rapaz era muito belo e inteligente, quase tão perfeito quanto Cedrico, mas ele não era Cedrico, muito menos Harry Potter. Michael era meio arrogante e super protetor, às vezes a tratava como uma pessoa incapaz de pensar por si mesma. Enquanto estava com Michael, não conseguia parar de pensar em Harry e em como desperdiçou a chance de ser feliz com ele. Agora ele estava às voltas de Gina Weasley e a ruivinha, que além de ser ex de Michael, sempre amou Harry e fazia o que podia para mantê-la bem longe dele.

Com tudo isso, Cho se conformou. Achou que seu destino era ser infeliz no amor e ponto final. Por isso, estava há quase dez anos sem nenhum namorado. Passou esse tempo todo viajando pelo mundo, conhecendo outras culturas e buscando viver de maneira simples. Agora ela estava no Tibete, admirando uma estátua do Buda. Achava interessante essa ideia de buscar a paz interior e sentiu que era disso que ela precisava.

— É uma bela estátua, não?

Cho se virou pra ver quem falava. Um homem alto, de cabelos negros revoltos, pele clara, olhos azuis e nariz adunco. Parecia um pouco perdido e querendo se enturmar.

— É, é bonita sim – respondeu, meio displicente, desejando que o estranho se afastasse. Mas ele não se afastou.

— É meio engraçada também, na verdade. Meio gorda, meio estranha... E parecida com você – Cho olhou feio para o homem, que levantou as mãos e disse – Assim, mas de um jeito legal, eu me referia ao... Olhar! Isso, o olhar da estátua, um olhar de pessoa sábia e esperta...

Cho se afastou do homem, que a seguia.

— Olha, me desculpa, eu sou mesmo um idiota, não quis dizer que você é gorda, eu só queria puxar conversa, afinal não é todo dia que eu encontro uma deusa oriental...

— Aqui está cheio de gente como eu, é só olhar em volta – Cho praticamente corria, mas o homem não se dava por vencido.

— Te ofendi, né? Eu não tomo jeito mesmo! Burro, burro, burro! – o homem dava socos na própria cabeça e Cho começou a rir daquele sujeito – Você me desculpa? Se me desculpar agora eu juro que te deixo em paz!

Cho prestou atenção naquele homem. Era belo, de uma maneira rústica e meio desajeitado, mas parecia ser um bom rapaz. Ele tinha algo que lembrava Harry e Cedrico, mas não sabia o quê.

— Está bem, eu te perdoo – e saiu.

O homem foi novamente atrás de Cho. Aparentemente, esquecera de sua promessa.

— Mas não vai nem me dizer seu nome?

— Achei que tinha dito que iria me deixar em paz se eu te perdoasse.

— Perdão de novo. Mas é que eu não posso te perder de vista sem ao menos saber seu nome.

— Cho Chang. Feliz?

— Lindo nome! Chinesa?

— Inglesa. Agora vá embora!

— Inglesa? Olha que coincidência, eu também! Me chamo Derick. Derick Barry Porter, pra ser mais exato. Sou corretor de imóveis, e dos bons.

Cho olhou intrigada para aquele homem. O nome era meio engraçado,  parecia ser uma mistura de Harry e Cedrico. Seria coincidência? E tinha uma profissão estranha...

— Corretor de quê?

— De imóveis. Vendo casas. Sabe como é, todo mundo sabe...

Mas Cho não sabia. Bruxos não usavam corretores de imóveis para vender suas casas. Até que concluiu que aquele sujeito só podia ser um trouxa.

— Sim, eu acho. Você compra casas e vende, não é?

— Quem dera, eu sou uma espécie de intermediário, uma pessoa quer vender uma casa, fala comigo e eu arranjo um comprador bacana pra fechar o negócio.

Cho resolveu dar uma chance ao rapaz. E com o tempo, finalmente descobriu o que ele, Cedrico e Harry tinham em comum: a persistência. Os três não desistiram de conquistá-la, lutando pelo que queriam. E Derick não desistiu de Cho nem mesmo quando ela lhe revelou que era bruxa, após alguns meses de namoro. Apenas ergueu os olhos, franzindo a testa, e disse:

— Devia ter desconfiado, naquele dia em que eu te persegui como um maluco eu só podia estar enfeitiçado.


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Notas finais do capítulo

JK Rowling disse que Cho casou com um trouxa, então imaginei como teria sido a história de amor deles
Que tal?



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