Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 35
Condição


Notas iniciais do capítulo

Enquanto Marin, Mayura e Shaina avançam para o próximo templo, a luta de Orfeu e Jasão se intensifica. Com seu corpo inutilizado, Orfeu precisa arrumar uma forma de derrotar o réquiem, além de executar um estranho plano secreto.



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Mapa do cáucaso: Orfeu enfrenta Jasão, enquanto Marin, Mayura e Shaina seguem para o próximo templo. A Terra continua em escuridão.

 

Em um local chamado Labirynth, o cavaleiro de prata Orfeu de Lira enfrenta o réquiem Jasão de Usba. Os dois permanecem imóveis após o último acontecimento, mas rapidamente se chocam em um ataque:

— Veja, Jasão. Seu próprio deus o traiu. Prometheus ajudou nossos amigos a escaparem.

— Tsc... Eu não tenho nada haver com as atitudes de Prometheus. Apenas aceitei usar a Nota de Usba para desenvolver meus poderes. Os planos do titã não me enteressam.

— Então quer dizer que você é apenas uma marionete? Como eu imaginei.

— Maldito. Pagará por suas palavras!

Os dois trocam rajadas de cosmo, enquanto Orfeu ainda sustenta o fio de corda que ajudou Marin, Mayura e Shaina a atravessarem o Labirynth.

...

Longe dali, no castelo de Prometheus...

— Prometheus! Por que fez isso? Eles são nossos inimigos! – Diz uma preocupada Strella.

— Strella, não lhe devo satisfações sobre meus atos. – Diz o tranquilo titã.

— Não me leve a mal meu senhor, mas preciso me certificar que não está sendo controlado por alguma técnica ou coisa parecida.

— Não se preocupe, Strella. Apenas reconheci o espírito dos cavaleiros que derrotaram Goethe. Se não tem intenções de me seguir, não precisa ficar aqui. Não pedi para que viesse.

Strella dá um gole seco, e muda de assunto:

— Meu senhor, acompanhemos então a luta de Orfeu contra Jasão. Tenho certeza que dessa vez nosso soldado não será vencido, já que está sozinho.

— Não. No momento tenho outra intenção. – Diz Prometheus, olhando para a esfera seguinte, onde avista o grupo de Marin avançando na montanha.

— Prometheus... – Indaga Strella.

...

De volta ao templo de Jasão, a luta de fato começa:

— Pronto, Jasão. Marin e as outras já conseguiram sair do templo. Não preciso mais me segurar agora. Podemos iniciar nossa luta.

— Estava esperando por isso, cavaleiro.  Tome isso! LANÇA DO PECADO ORIGINAL! KRUNG: ONDAS DO DESESPERO!

O réquiem materializa uma lança em sua mão direita, lançando-a rapidamente conta Orfeu. Porém, o cavaleiro consegue bloquear a técnica usando os fios de sua lira.

— É somente isso, Jasão? Achei que fosse mais forte. Agora experimente isso: ACORDE NOTURNO!

Orfeu emite uma nota de sua lira, que provoca uma onda destruidora em direção a Jasão. O réquiem cria um poderoso campo de força que anula o efeito do ataque do cavaleiro.

— Não se preocupe, cavaleiro. Estava apenas medindo sua força. Experimente agora as ONDAS FANTASMAGÓRICAS!

Jasão cria sinistras ondas com seus braços, que são lançadas contra Orfeu na velocidade da luz.

Dessa vez, o cavaleiro de Lira não consegue se livrar do ataque, e tem sua alma separada de seu corpo.

— O que... o que significa isso? Diz a alma de Orfeu, olhando de cima em direção ao seu corpo caído.

— Hahahahaha! Agora você não poderá mais retornar ao seu corpo real. Minha técnica quebra as amarras da alma e do corpo, além de selar todas as entradas espectrais do seu corpo. Você está finalizado Orfeu, vague para sempre no Labirynth!

— Meu... meu corpo está intacto. Mas o que eu irei fazer agora?

— No estado em que você se encontra, seu corpo está totalmente indefeso, e sua alma não poderá fazer nada contra mim. Agora observe eu destruir completamente seus restos mortais! 

Jasão então se põe diante do corpo de Orfeu, iniciando uma sequência de chutes. 

— Eu... eu preciso fazer alguma coisa! 

A alma de Orfeu começa a queimar seu cosmo, e dispara uma rajada contra Jasão, mas esta atravessa o corpo de seu adversário.

— Como assim? O cosmo de nós cavaleiros se concentra na alma, então eu deveria conseguir te atacar. O que... é você?

— Hahahahaha, você não entende nada mesmo. Eu sou Jasão, o ex-cavaleiro de retículo, aquele que controla o estado espectral da matéria. Meu corpo não é danificado por nada que venha do mundo espiritual!

— Tsc... entendi. - Reflete Orfeu. - Eu preciso mesmo fazer alguma coisa rápido, antes que ele destrua meu corpo. 

— ESPERA, É ISSO!!!

 

Enquanto Jasão continua os chutes, Orfeu queima seu cosmo espectral para materializar uma harpa.

— Pelo que você disse, não posso atingí-lo neste estado. Mas meu próprio corpo não está imune ao meu cosmo! ACORDE SERENO: MARIONETE DE CORDAS!

A lira materializada por Orfeu emite fios que se agarram aos membros do corpo desfalecido do cavaleiro. Uma cena interessante se cria: A alma de Orfeu começa a controlar seu corpo como uma marionete! Neste momento, o corpo do cavaleiro de Lira se desvia dos golpes de Jasão, e se coloca em pé novamente.

 

— Hahahahahahaha! Você é muito esperto, cavaleiro. Acho que te subestimei.

— Não precisa se segurar agora, Jasão. Consigo controlar meu corpo como se nunca tivesse me separado dele. Está na hora da nossa batalha começar de verdade!

— Não tenha dúvida disso. 


Jasão parte para golpes físicos contra Orfeu, que se defende impecavelmente utilizando a marionete de cordas. 

 

— Você não conseguirá encostar no meu corpo agora que posso controlá-lo novamente. Agora tome isto! ACORDE NOTURNO!

A alma de Orfeu então controla os dedos de seu corpo, fazendo-o tocar com maestria uma linda sinfonia em sua harpa física.

— Tsc, maldito. Tenho que me livrar dessa melodia que irá estourar meus tímpanos. 
— KRUNG, A LANÇA DO PECADO ORIGINAL!

Materializa-se na mão de Jasão uma lança feita de espíritos. 

— Por mais que eu não consiga encostá-lo, é impossível fugir da lança Krung! Tome isto, cavaleiro medíocre!

Jasão ataca Orfeu com a lança, que não consegue desviar. O ataque acerta em cheio a perna de Orfeu.

— Seu maldito! Irá pagar por isso!

Sem que Orfeu consiga realizar qualquer movimento, Jasão o cobre de chutes novamente. A alma de Orfeu não consegue esquivar dos ataques, e se desespera:

— Maldito seja você, Jasão! Tsc... preciso logo arrumar uma forma de...

— Darei meu golpe de misericórdia, cavaleiro. Sinta em seu peito a lança Krung e vague no Labirynth para sempre!

 

...

 

A lança transpassa o peito de Orfeu, fazendo seu coração parar de bater. O corpo físico de Orfeu havia morrido. O cavaleiro fora derrotado pelo Réquiem. 

A alma do cavaleiro de Lira sente um enorme vazio, como se uma porta houvesse se fechado. Não sentira nenhuma dor, mas também não possuía mais um corpo para voltar. A solidão era fria.

"Eurídice... eu.. eu consegui...

 

Jasão dá uma risada leve, fecha os olhos e diz:

— A essa altura, suas amigas ainda não chegaram ao próximo templo. Irei até lá e as derrotarei antes de enfrentarem outra pessoa. Adeus, cavaleiro.

— Seu... seu idiota! Acha que me derrotou? - Diz a alma de Orfeu, se levantando após o estado de luto.

—Tsc. Desista, Orfeu. Você não pode me atingir neste estado e seu corpo agora é inútil até como marionete. Não há nada que você possa fazer. Aceite e vague eternamente por esse labirinto.

— Não entende? Não entende que minha intenção sempre foi morrer?

— O que disse, tolo?

— Minhas intenções ao enfrentar você iam além de vingar meu mestre. Na verdade, Asaho não está morto, você nunca poderia tê-lo matado!

— Hahaha. Você deve estar delirando, alma de cavaleiro. Me lembro de sentir o cheiro do sangue de Asaho.

— Em breve Marin e as outras descobrirão... mas você não precisa de nenhuma explicação minha sobre isto. Olhe para seu próprio corpo!

— O quê?

Jasão então percebe que está coberto de fios lançados pela harpa de Orfeu. Todos os seus membros estavam enrolados por um longo fio feito de cosmo, que apertavam cada vez mais.

— O que significa isso, cavaleiro? Não era para nenhum golpe seu ser capaz de me acertar neste estado!

— Este fio não foi lançado agora, mas desde o momento em que pisei neste templo.  Assim que soube dos seus poderes, fiquei interessado em algo que você pode fazer por mim. 

— Grrrrr! O que pretende fazer, seu fraco medíocre?

Neste momento, os fios começam a apertar cada fez mais os membros de Jasão. Orfeu, com uma séria expressão no rosto e um olhar determinado faz uma proposta ao réquiem:

 

— Estes fios se tratam do meu ataque mais poderoso, chamado ACORDE DA CONDIÇÃO. Basicamente, os fios irão apertar seus membros até não sobrar nada de você. Nem que eu queira eu conseguiria parar este ataque, pois para realizá-lo, preciso condicionar meu cosmo. Só há uma forma de pará-las: eu preciso estabelecer uma condição e você precisa cumprí-la.

 

— Mas que... que coisa mais ridícula! O que você pedirá? Que eu me renda? Que eu me suicida? Me diga, seu maldito!

 

Os fios apertam mais e mais, enquanto Jasão tenta se desprender, sem sucesso.

 

— É claro que eu não pediria nada disso de você. A única coisa que você pode me proporcionar é a abertura de uma porta... A condição para o rompimento do Acorde da Condição é a seguinte, ouça com atenção: 

 

— NOS ENVIE PARA A ENTRADA DO MUNDO DOS MORTOS!


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Notas finais do capítulo

Não perca o próximo capítulo!
Jasão e Orfeu finalmente se enfrentam na entrada do mundo dos mortos. Enquanto isso, Prometheus aparece na frente de Marin. Será o fim da batalha?



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