Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 34
Desespero


Notas iniciais do capítulo

Marin, Mayura, Shaina e Orfeu se encontram com o próximo inimigo, enquanto a luta de Misty, Babel e Algol chega a seu ápice. Enquanto não parecia mais haver saída, uma luz brilha do castelo de Prometheus.



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Erguendo-se diante dos cavaleiros de prata, um enorme cacto nasce do templo de Goethe. Misty, Algol e Babel, já bastante feridos, tentam se aproximar para pensar em um novo plano:

— Pessoal, não baixem a guarda. Esse cacto certamente é traiçoeiro. – Diz Algol.

— O que.. o que faremos? – Diz Misty

— Tentarei queimar o cacto com minhas chamas. TURBILHÃO DE CHAMAS DE BABEL!

Babel projeta um gigantesco pilar que cobre todo o cacto.

— Hahahaha, seu insolente. Acha mesmo que essas faíscas irão destruir a suculenta? Observe! – Ironiza Goethe.

As chamas se dissipam, revelando o grande cacto, que não sofrera nenhum dano sequer.

— Im.. impossível! – Diz Babel. Misty e Algol ficam surpresos com a resistência da planta.

— Bom, de qualquer forma nossa inimiga é Goethe, não este cacto. Vamos atacá-la diretamente! – Diz um ainda empolgado Misty.

— FURACÃO DAS TREVAS!

Novamente o gigantesco turbilhão de ar toma conta do lugar, perseguindo a réquiem.

— GÓRGONA DEMONÍACA!

Ergue-se Algol, em uma iniciativa para acertar um poderoso chute em Goethe.

— Vocês são muito tolos. Devo me livrar de vocês logo e impedir o avanço dos outros cavaleiros. – Diz Goethe, tornando-se mais séria.

Desviando do golpe dos dois cavaleiros, Goethe ergue sua mão esquerda em direção ao céu. Um ramo verde sai de dentro de sua armadura, enquanto a pele de sua mão torna-se esverdeada.

— O que... o que é isso? – Diz Babel

— Contemplem o ataque máximo de Uipata. GRIMÓRIO VENENOSO! FEITIÇO DAS PÉTALAS!

O ramo funde-se com a mão de Goethe, liberando um grande raio verde para cima. Nada acontece após isso.

— O que foi isso, pessoal? – Questiona Misty.

— Algo não me parece bem... Devemos resolver essa batalha neste momento! – Diz Babel.

— Pessoal, tenho um plano. Temos que ser rápidos. – Diz Algol.

Do topo do templo, começam a escorrer gotas esverdeadas de seiva. Rapidamente, todas caem como chuva no local, banhando os três cavaleiros e também Goethe.

— Está terminado, cavaleiros. Foi ótimo conhecer vocês. Agora deixem-se devorar pelo grande templo de Uipata.

...

Enquanto isso, Marin e os outros seguem em direção ao próximo templo.

— Cada vez mais precipícios. Sinto que nunca chegaremos ao templo! – Diz Marin.

— Apresse-se Marin. Assim nunca chegaremos lá! – Enfurece-se Shaina.

— Pessoal, acredito que há algo estranho acontecendo. – Diz Orfeu.

— Com toda certeza. Olhem! – Exclama Mayura.

Os quatro cavaleiros param por um momento e observam o local. Eles não conseguiam mais avistar o templo de Goethe, mas também não viam nenhum outro templo a sua frente.

— Estivemos correndo esse tempo inteiro, mas nunca chegamos a lugar nenhum. – Observa Mayura.

— Mas por quê? O templo estava logo a nossa frente! – Questiona-se Shaina.

— Pessoal, olhem! – Diz Orfeu, apontando para certo local. - Aquilo são... almas?

Os cavaleiros avistam uma fileira de almas, caminhando em várias direções. Algumas almas passam pelos quatro, como se não seguissem nenhum rumo.

— Aqui é o.... Yomotsu? – Questiona Shaina.

— Não! Nada disso. – Afirma Mayura.

Uma voz se põe através da fileira dos mortos:

— Não, meus queridos convidados. Aqui não é a colina dos mortos.

— Então é você mesmo. – Diz Shaina.

— Também não estamos no Umbral, amazona de Ofiúco. Acho que você se lembraria facilmente dele, não é? – Diz novamente a voz.

Os quatro cavaleiros se põem em posição de combate, enquanto o homem se aproxima, revelando sua brilhante armadura com detalhes pontiagudos.

— Eu sou Jasão de Usba, e vocês já estão dentro do meu templo. Esta é Labirinth, a montanha espectral. O local onde as almas sem religião se perdem. O labirinto que não é regido por deus algum, onde não há salvação, não há morte, não há nada.

— Labirinth? – Questionam-se os cavaleiros.

— Então já estávamos dentro do templo. – Diz Mayura.

— Sim, amazona. E é exatamente aqui que vocês morrerão. Não há Atena, nem Hades, nem mesmo Prometheus. Ninguém que morra aqui poderá ser salvo.

— Está errado, Jasão. Este lugar será somente o seu túmulo, e será por minhas mãos. GARRAS DO TROVÃO!

Shaina avança para atacar o réquiem, mas este recebe o golpe sem levar qualquer dano.

— Seu cosmo está mais fraco, amazona. Acha que já me esqueci do que acontecera no Umbral? Aqui no Labirynth, você não poderá contar com a ajuda da armadura de retículo, hahaha!

— Não preciso de ajuda nenhuma para te derrotar, seu réquiem ridículo. – Diz Shaina, preparando-se novamente para atacar. Porém, alguém se põe entre a amazona e o réquiem.

— Não, Shaina. Essa luta não é sua. – Diz o homem.

— Orfeu!? – Exclama Marin.

— Você... – Pensa Mayura.

— Orfeu, deixe-me derrotá-lo. Não consegui da última vez...

— Basta, Shaina. Siga para o próximo templo com Marin e Mayura. Por acaso não se lembra que este homem derrotou meu mestre, Asaho?

Orfeu lança um sério olhar para Jasão, enquanto se põe na frente de Shaina.

— É verdade... Asaho se sacrificou para que pudéssemos chegar até aqui, mas quem o deu o golpe final foi Jasão. – Diz Marin.

— Vamos, Marin. O próximo templo nos aguarda. – Diz Mayura, iniciando passos.

— Entendo, Orfeu. Por favor, derrote esse fracassado em meu nome e pela honra de Asaho. – Diz Shaina, seguindo em frente.

Marin, Mayura e Shaina então seguem adiante à montanha, passando por Orfeu e Jasão.

— Acha que vou deixá-las sair deste local? Somente eu posso indicar a saída, hahahaa. – Gargalha Jasão.

Orfeu ergue sua harpa, e lança um fio em uma direção.

— Sigam o fio, amazonas. Ele lhe mostrará a saída do templo. – Diz Orfeu, fechando seus olhos.

— Obrigado, Orfeu! – Diz Marin, correndo em direção ao fio.

— Sobreviva, Orfeu. – Grita Mayura.

— Te encontramos no próximo templo, seja rápido! – Diz Shaina.

As três amazonas então correm na direção apontada, sumindo entre a neblina.

— Mas que abusado, você! Seu nome é Orfeu, correto?  - Diz Jasão.

— Meu nome não é digno de sair da sua boca imunda, ex-cavaleiro. – Diz Orfeu, preparando-se para a batalha que está prestes a começar.

...

De volta ao templo de Uipata, os cavaleiros de prata estão cobertos de uma misteriosa seiva, proveniente do ataque “Grimório Venenoso”, de Goethe.

— Pessoal, preparem-se. Essa será nossa última oportunidade. – Diz Algol.

— Certo! – Concordam Misty e Babel.

— Está na hora, minhas presas. Entrem no cacto! – Diz a confiante réquiem.

— O... o que está havendo? – Questiona Babel.

— Nossos músculos... estão agindo involuntariamente! – Diz Misty.

— Então esse é o efeito do seu golpe, Goethe. – Completa Algol.

— Hahahahaha este era meu plano desde o começo. Não é honorável para mim, uma réquiem suprema de Prometheus, sujar minhas mãos com meros cavaleiros de prata que sequer despertaram o minueto sagrado. Minha intenção era fazer vocês irem direto para a morte, por conta própria! A natureza não é magnífica??

Misty, Algol e Babel caminham a passos largos involuntariamente em direção ao grande cacto. Goethe observa a situação maravilhada, enquanto faz brotar flores de vários locais do templo, iniciando uma dança de vitória. Desesperado, Babel lança uma faísca com seus últimos movimentos voluntários, em direção ao topo do templo. Misty faz o mesmo, lançando uma rajada de vento. Algol também lança um objeto nesta direção. Ao mesmo tempo, os três cavaleiros adentram o cacto. Apenas uma seiva mortal os esperava lá dentro. Não haveria mais como escapar.

...

No castelo, Prometheus e Goethe assistem ao avançar dos cavaleiros dentre os templos:

— O cavaleiro de Lira irá iniciar uma luta neste momento contra Jasão. Tenho certeza que não será páreo para nosso Réquiem. – Diz Strella, com uma despreocupada feição.

Prometheus fixa seu olhar na primeira esfera, acompanhando a luta dos cavaleiros de prata contra Goethe. As palavras de Strella parecem não o desconcentrar do seu olhar fixo na luta dos cavaleiros de prata.

...

Do alto do templo de Uipata, um fogaréu se espalha rapidamente, seguindo a rajada de vento que o acompanha.

— Tsc, que desesperados. Antes da morte tentaram queimar meu templo novamente. Não sabem que é inútil? – Declara Goethe.

Também do alto do templo, um misterioso objeto brilhante cai na direção da réquiem. Um pesado artefato metálico cai no chão, em sua frente. O objeto rodopia duas vezes e cai estático, revelando-se em um intenso rosto cercado de cobras. Se tratava do poderoso escudo de medusa, de Algol de Perseu.

— Isso, não pode ser! – Exclama Goethe.

Um feixe de luz reflete no escudo, causado pelas labaredas que já tomavam conta de todo o templo. Começando pelos pés, todo o corpo de Goethe começa a petrificar, restando apenas seu rosto por alguns minutos. Neste tempo, Goethe foi capaz de dizer:

— Não... não adiantará! Eu brotarei mesmo das rochas, cavaleiros malditos!

Em um instante, a réquiem era apenas uma estátua em um templo coberto pelas chamas. Algol, Misty e Babel já perdiam a consciência enquanto suas armaduras eram rapidamente dissolvidas pela seiva do cacto.

...

Marin, Mayura e Shaina, saindo do templo de Jasão, conseguem sentir o enfraquecimento do cosmo de seus amigos:

— Não, Misty! Não morra aqui! – Grita Shaina.

— Pessoal... Vocês... – Exclama Marin.

Orfeu, que já se preparava para iniciar sua luta, respira profundamente em um ato de respeito aos amigos vencidos.

— Consegue ver, Orfeu? A força de nós, Réquiens? Hahahaha – Debocha Jasão.

...

Strella dá um sorriso de alegria, comemorando a primeira vitória dos Réquiens. Prometheus, sério, levanta-se do seu trono. Havia acompanhado a luta dos cavaleiros de prata, mas por algum motivo não se sentia feliz por sua vitória.

— Senhor Prometheus? – Indaga Strella.

O titã então, estende sua mão aos céus. Um intenso brilho sai do castelo, em direção ao templo incendiado.

— O que está fazendo, Prometheus? – Questiona Strella, assustada.

Deucalin, do seu templo, cruza seus braços em uma pose preocupada:

— Mestre, o que significa isso?

No templo de Uipata, o grande cacto recebe a luz magnífica de Prometheus. Uma maravilhosa melodia paira na atmosfera cinza que pairava ali. O som alcança os três cavaleiros, que acordam dentro do cacto. O titã Prometheus disponibilizara aos seus inimigos o Minueto Sagrado.

Rastejantes, os três cavaleiros de prata conseguem sair com dificuldades do cacto, caindo desmaiados ao chão logo em seguida. A estátua de Goethe, que não foi consumida em chamas, permanece com sua expressão de susto. Uma lágrima cai de seu olho, fazendo brotar uma pequena semente no chão cheio de cinzas. Goethe havia perdido a batalha.


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Notas finais do capítulo

Prometheus: será mesmo o inimigo? Strella e os Réquiens se encontram em estado de alerta após a última ação de seu mestre. Enquanto isso, a luta de Orfeu e Jasão se desenvolve: Qual será a verdadeira intenção de Orfeu nesta batalha?

No próximo capítulo: Uma nova capa para Águia Dourada! Orfeu versus Jasão na colina dos mortos.



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