Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 33
Goethe


Notas iniciais do capítulo

Goethe inicia uma sangrenta luta contra Misty, Babel e Algol, ao mesmo tempo que o grupo de Marin avança para o próximo templo.
Deucalin se encontra com um conhecido cosmo destruidor: Será um inimigo ou um poderoso aliado?



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No santuário, Aiolia permanece preocupado com Marin e seu grupo, enquanto observa as chamas do relógio se extinguirem:

— O fogo da casa de Áries se extinguiu, e não falta muito para acontecer o mesmo com a casa de Touro. Vamos Marin, apresse-se!

...

Na Terra, os aparelhos eletrônicos continuavam a pifar cada vez mais. Alguns países declararam estado de alerta pelo baixíssimo clima. Abrigos foram instalados para abrigar moradores de rua. Fenômenos como neve e chuvas de granizo foram registrados em países tropicais. O sol já não brilhava mais há quase duas horas.

Mu chega aos cinco picos antigos, local onde o Mestre Ancião estava o esperando:

— Então você veio, Mu. Como está a situação no santuário?

— Mestre, não tive tempo de ir ao santuário, pois tive de ajudar os cavaleiros de prata a chegarem no Monte Cáucaso. Mas pelo que parece, os cavaleiros de ouro estão achando que este eclipse é um sinal do retorno de Hades.

— Isso é ótimo, significa que nem o Grande Mestre e nem os cavaleiros de ouro irão nos atrapalhar. E posso garantir que não precisamos nos preocupar com Hades, pelo menos por enquanto.

— Então vamos, Mestre Ancião.

Mu se senta em posição de meditação diante do pequeno mestre. Ambos então começam a queimar seus cosmos dourados até o infinito, preenchendo toda a cachoeira com um brilho intenso.

— Mu, mantenha o cosmo assim. Dessa forma, conseguiremos manter o calor da Terra estável por algumas horas.

— Certo, Mestre.

...

No topo do Monte Cáucaso, Stella e Prometheus seguem conversando sobre seus planos:

— Strella, vejo que já se passou algum tempo desde que iniciamos o extermínio dos humanos. Como está sendo esse processo?

— Meu querido Prometheus, não se preocupe. Tudo segue conforme o planejado.

— E quanto aos cavaleiros de Athena?

— Bem, sobre isso...

Neste momento, Deucalin adentra o salão de Prometheus, interrompendo a conversa entre os superiores:

— Os cavaleiros passaram pela casa de Goethe. Isso é um absurdo, ela não deveria os deixar passar!

— Fique calmo, Deucalin. Tivemos um imprevisto quanto a isso mas já estou resolvendo essa situação. – Diz Strella.

— Um imprevisto, Strella?

— Sim, infelizmente três outros cavaleiros chegaram para ajudar o grupo que adentrou aqui mais cedo.

Strella, utilizando sua magia faz surgir seis grandes círculos pelo salão. Cada um deles transmitia a situação real dos templos espalhados pelo monte Cáucaso. Ela aponta para o primeiro, onde Goethe está lutando contra os cavaleiros de prata.

— Felizmente, esses cavaleiros fracos não demonstraram nenhum resquício de despertar o Minueto Sagrado. Goethe não terá problemas para derrotá-los. Porém, esse grupo...

A segunda esfera mostra Marin, Shaina, Orfeu e Mayura avançando até o segundo templo:

— O cosmo desses quatro vêm me intrigando. É possível que eles dêem certo trabalho, mas tenho certeza que vocês darão conta. Por isso Deucalin, quero que você volte ao seu templo imediatamente, como precaução.

— Tsc... Tudo bem, senhorita Strella.

— Conto com você, Deucalin.

— Às suas ordens, senhor Prometheus.

Deucalin então deixa o salão, porém com uma leve desconfiança:

“Pelo que sei, somos apenas 5 Réquiens Maiores. O que será aquela sexta esfera?”

...

De volta ao primeiro templo, a Montanha Herbácea, o efeito dos golpes de Misty e Babel vão se dissipando, e o tufão que impedia a visão da réquiem se desfaz:

— Seus malditos, não irei permitir que saiam daqui com vida! Irei matá-los antes que seus amigos possam chegar ao segundo templo!

Misty, Algol e Babel então se preparam para o verdadeiro combate contra Goethe:

— Não nos subestime! Nos comprometemos com Marin e os outros que iríamos te derrotar! – Diz Algol.

— Se prepare, Goethe. Somos três contra uma! – Diz Misty.

— Hahaha, vocês realmente se acham superiores, não é mesmo? – Diz Goethe, retraindo todas as plantas que bagunçavam o local. ONDAS ESPINHOSAS!

O ataque de Goethe faz surgir espinhos que atacam os cavaleiros de prata em todas as direções. Misty, Algol e Babel conseguem se proteger parcialmente, mas alguns espinhos acabam por acertá-los.

— AAARGH!

— Os ataques dela são muito rápidos! Ela consegue se mover na velocidade da luz, como os cavaleiros de ouro?

Goethe então solta mais uma risada, ao mesmo tempo que explica sobre a velocidade de seus ataques:

— Vocês não conhecem o minueto sagrado, não é mesmo? Eu sabia! Hahahaha

— Esse não é um dom que possa ser dado facilmente a um humano. Ele precisa ser concedido por um Deus, ou pelo próprio Prometheus. Não é algo que esteja na patente dos sentidos do cosmo, mas sim um poder completamente novo, que tange o estilo da existência divina. Prometheus cedeu esse dom a todos nós, os Réquiens maiores. Portanto, somos extremamente mais rápidos, mais fortes e mais inteligentes que vocês, meros humanos fracos!

— Então é um poder que rivalizaria até com os cavaleiros de ouro? – Diz Misty.

— Um poder que tange a existência divina, é? Interessante. – Exclama Algol.

— Então teremos que nos esforçar bastante para te derrotar, Goethe. – Completa Babel.

— Venham com tudo, estou esperando!

Os três cavaleiros então correm em direção a Goethe.

Enquanto isso, Deucalin desce a escadaria do castelo de Prometheus, seguindo a ordem de seus superiores para voltar ao seu templo o mais rápido possível. Porém, ele sente um ameaçador cosmo no fim das escadas:

— Então você se tornou um réquiem, ex-cavaleiro prateado de Pupa.

Deucalin apressa seu passo, reconhecendo a presença esmagadora. Eles então ficam frente-a frente:

— Então a presença estranha que venho sentindo esses últimos dias é sua, Saga de Gêmeos.

O vulto que se encontrava coberto por sombras então revela-se na frente de Deucalin: Com uma armadura vermelha e longos cabelos acinzentados, surge o imponente Saga, utilizando um traje completamente diferente da armadura de gêmeos.

 - Quanto tempo, Deucalin.

— Que armadura diferente! De longe não é a armadura de gêmeos, muito menos uma Nota de Prometheus. Que traje é esse?

— Não é uma informação importante a você, Deucalin.

— Hahaha, entendo. Creio que a armadura que você usa não definirá o que acontecerá com você agora.

— E o que acontecerá comigo?

— Irá sucumbir pelas minhas mãos, por invadir o castelo de Prometheus. Eu, Deucalin de Elbrus irei te destruir aqui mesmo, Saga. RAJADA SINISTRA!

O ataque de Deucalin começa a soltar uma densa fumaça negra, mas Saga rapidamente consegue se livrar da atmosfera, desviando-se na velocidade da luz do ataque do réquiem:

— Não precisa se desgastar me atacando, ex-cavaleiro. Neste momento, estamos do mesmo lado. – Diz Saga, aproximando-se do réquiem como se nada tivesse acontecido.

— O... o quê? Como alguém como você trairia Athena?

— Eu tenho meus próprios interesses nessa batalha. Por isso, decidi me aliar a Prometheus, ao menos por enquanto.

— Sa...Saga.... você...

Deucalin se mostra extremamente impressionado pela traição de Saga. Aquele homem que estava na sua frente parecia outra pessoa completamente diferente do bondoso cavaleiro de gêmeos que Deucalin conhecera na época em que emprestava sua força ao santuário.

— Certo, Saga. Não irei me intrometer nas suas questões. Contanto que não tente levantar sua mão contra Prometheus, irei considerá-lo um aliado. Pelo menos por enquanto. Me dê licença pois preciso voltar rapidamente ao meu templo.

— Deucalin então dá as costas a Saga, finalizando sua descida às escadas, e andando em direção a seu templo. Porém, sua feição ainda continua desconfiada, com seus olhos virados na direção de Saga:

“Saga, o que você está planejando?”

Saga então some do local, sem deixar qualquer tipo de rastro.

Ainda no monte, logo após o primeiro templo, Marin, Mayura, Orfeu e Shaina se encontram à beira de um precipício:

— Imaginei que iríamos ter esse tipo de problema aqui neste local. O monte é bastante perigoso. – Diz Mayura.

— Não podemos perder tempo com esse tipo de imprevisto. Nossos amigos estão lutando bravamente contra Goethe. Temos que ir adiante! – Diz Orfeu.

Marin e Shaina concordam com as palavras de Orfeu, e rapidamente dão um longo salto sobre o precipício.

— Já consigo sentir o próximo templo se aproximando. Se trata do cosmo de alguém bastante hostil. É provável que seja aquele homem... Exclama Shaina.

Mayura coloca sua mão no ombro da amiga, acalmando-a:

— Não se preocupe, Shaina. Estamos mais fortes e com certeza iremos dar conta de todos os réquiens. Vamos adiante pois já perdemos quase duas horas.

— Vamos!

De volta ao templo da Montanha Herbácea...

Goethe bloqueia o ataque corporal dos três cavaleiros, utilizando gigantescas folhas que brotaram do chão.

— Cavaleiros, vocês nunca conseguirão se aproximar de mim aqui no meu templo. Tenho total controle do que acontece aqui, já que estou cercada de espécies variadas de plantas. Vocês não podem fazer nada contra a mãe natureza!

Algol e Misty se colocam na defensiva:

— Como iremos fazer, pessoal? – Questiona Misty.

— Nada do que fazemos surte efeito... Temos que pensar rapidamente em algo! – Diz Algol.

Nesse momento, Babel se recorda de como deu passagem ao grupo de Marin: queimando as plantas carnívoras que bloqueavam a passagem do templo:

— Pessoal, tive uma idéia! As plantas não costumam resistir ao fogo.

— Boa, Babel! Foi assim que Shaina e os outros conseguiram escapar! – Diz Mity.

— Exato, Misty! Mas para destruir todas essas plantas deste local, você terá que produzir muitas chamas. Você consegue? – Diz Algol.

— Me dêem cobertura!

Então, novamente Misty e Algol partem em direção a Goethe, tentando acertá-la com golpes físicos. A réquiem novamente se defende dos ataques com folhas gigantes, mas agora os ataca utilizando ervas pontiagudas no chão:

— Que insistentes vocês! Morram de uma vez!

Enquanto isso, Babel inicia uma rápida corrida ao redor do templo, desviando das plantas carnívoras e de todas as armadilhas do local. Deixando labaredas por onde passa, rapidamente o fogo se espalha e consegue queimar a maioria das ervas entranhadas no local. Misty e Algol caem feridos pelos ataques pontiagudos de Goethe, mas ficam felizes pelo plano efetivo de seu amigo:

— Ba.. Babel, você está conseguindo! – Diz Algol.

— Irei te ajudar, Babel! – Diz Misty, invocando um poderoso tufão de ar com seu braço direito.

As chamas rapidamente tomam conta do lugar após Misty espalhar as chamas com o tufão. Nenhuma erva havia sobrevivido à catástrofe. O local tornou-se rapidamente vazio e sem vida.

Babel se encontrava protegendo o corpo de seus amigos das chamas, enquanto Goethe estava desaparecida, provavelmente debaixo das cinzas causadas pela queimada.

— Pessoal, acho que funcionou, Não vejo Goethe, e todas as ervas agora são apenas montes de cinza. Vocês estão bem?

— Apenas alguns arranhões, mas isso manchará a minha imagem de cavaleiro nunca tocado. – Diz Misty.

— Obrigado Babel. Seu plano realmente funcionou. Vamos em frente ajudar Shaina e os demais!

Neste momento, os três ouvem uma tenebrosa gargalhada:

— HAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHA!

— Não é possível! – Espanta-se Babel.

— Ela... ela está viva? – Exclama Algol.

— A destruição que o fogo proporciona. Desde a criação do mundo, o fogo sempre foi um elemento que acaba rapidamente com a vida. Você foi esperto, cavaleiro. Mas você se esqueceu que o fogo também faz parte da mãe-natureza.

Debaixo de um monte de cinzas, um grande arbusto brota rapidamente. Se tratava de algum tipo de erva com muitos ramos, parecendo um pinheiro.

— PLANTAE CIPRESTE. As Ciprestes, além de possuírem propriedades mágicas, são altamente resistentes ao fogo, podendo se regenerar em questão de horas após grandes queimadas. Tudo que eu fiz foi potencializar essa propriedade delas. Ergam-se, minhas queridas!

Das cinzas que preenchiam todo o templo, rapidamente cresceram vários arbustos de plantas ciprestes. Novamente, o local foi totalmente preenchido de verde.

— Essa... essa não... É impossível derrotá-la? – Diz um assustado Babel.

— O que... iremos fazer... agora? – Misty arregala seus olhos.

— Gr... Maldita... – Diz Algol.

— Cavaleiros, eu me enfureci muito quando queimaram todo meu habitat. Está na hora de perderem suas vidas. PLANTAE SUCULENTA!!!!

Exatamente no meio do templo, um gigantesco cacto nasce com extrema velocidade. Goethe se levanta e encosta sua mão no caule da assombrosa planta.

— Cavaleiros, olhem como sou boazinha. Estou lhes mostrando antes de morrerem onde será seu caixão. Aqui dentro dessa linda suculenta. E o melhor, deixarei todos vocês serem enterrados juntos. Não é uma extrema demonstração de amizade?

Os três cavaleiros feridos então estremecem diante do poder de Goethe.

 

 

...

 

Como prometido, ao final de alguns capítulos deste arco irei revelar informações sobre os Réquiens, além do object das Notas (armaduras) de cada um deles. A primeira Nota a ser revelada é a de Uipata, usada por Goethe:

A nota de Uipata representa uma grande planta carnívora, esticando uma estrutura para capturar sua presa. De cor verde brilhante, a Nota cobre grande parte do corpo de Goethe, deixando-a bastante protegida de golpes diretos. A Nota também possui uma arma acoplada, que consiste no ramo da mão esquerda, que pode se fundir com a pele de Goethe, transformando sua mão em uma vinha que expele um veneno mortal.


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Notas finais do capítulo

Não perca no próximo capítulo:
Goethe aprisiona Misty, Babel e Algol dentro do grande cacto e se prepara para impedir o grupo de Marin de avançar. Impedidos de se movimentar, Algol dá início a mais um plano para derrotar Goethe. Marin, Mayura, Orfeu e Shaina finalmente chegam ao segundo templo, onde encontram outro réquiem conhecido: Jasão de Usba!



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