O Sinistro Garoto do Orfanato escrita por AnneWitter


Capítulo 2
O Jornal, o caldeirão e o beco


Notas iniciais do capítulo

- Bem gente eu sei omo é chato ficar falando, comentem, comentem e coisa e tal...

Mas irei fazer isso XDDDD

Primeiro, até porque isso vale a pena fazer, já que vc ganha pontos e cash... Segundo ajuda o autor a ficar inspirado e saber de suas opiniões...Terceiro, sem comentarios, sem cap novo! XDDD

—portando deixem comentarios o/



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O Jornal, o caldeirão e o beco.

 

Além dos Baudelaire saber o que é perder alguém, e a dor que isso causa, eles também sabiam o que era ficar diante de uma enrascada. Os dois homens que haviam aparecidos do nada diante deles não se mostraram hostis, e sim surpreendidos, e visivelmente inquietos com a presença dos três irmãos. O mais velho, que tinha uma barba rala e branca no rosto enrugado, tomou a frente, sorrindo. Seu sorriso não era nada convidativo. Era como se um leão faminto abrisse sua boca para simplesmente mostrar seus dentes para a vitima.

Violet, como Klaus e Sunny, recuaram sem perceber que estavam fazendo isso. Os tempos amargos fugindo do Conde Olaf certamente deram á eles essa perspicácia de saber quando recuar.

O mais novo, que como o mais velhos, segurou firme a varinha que tinha em mãos. Essas eram diferente do senhor capuz, mas parecia possuir o mesmo poder que a anterior, aquilo era certamente mil vezes pior que mil Conde Olaf correndo atrás deles. Afinal aquele simples pedaço de madeira na mão de outrem havia matado um homem num simples manejo com a mesma.

O homem mais novo abriu a boca, e antes que qualquer som saísse da mesma, Violet agarrou a mão de Klaus, e esse de Sunny, e os três saíram correndo. A mais velha Baudelaire viu espantada um jato de luz vermelha passar rende ao seu braço direito, e outro próxima á cabeça de Klaus, que com seus quinze anos estava da altura dela. Ao virarem a esquina do beco, eles ouviram uma palavra estranha, algo parecido com o tempo que Sunny dizia coisas que somente eles conseguiam entender. Contudo aquela palavra nunca fora dita pela irmã mais nova. Aresto Momentum. Duas na verdade...

Eles, é claro, não ficaram parados para saberem o que significava aquilo, e tampouco quiseram perguntar aos dois homens estranhos. Eles sentiam-se novamente caçados, como no tempo do Conde. E estranhamente aquilo os alegrou, uma alegria que esquentava o corpo deles naquela tarde fria no centro da cidade de Londres, em meio á um tempo de ... Jogos.

Embora a Europa estivesse tomada pela guerra, os jogos olímpicos abraçaram a Inglaterra, como se nada estivesse acontecendo. Os irmãos Baudelaire não pensavam dessa forma. Algo sinistro, pior que a guerra que todos falavam, estava cobrindo o ar daquele lugar. Uma coisa que tinha haver com que acontecera no beco, qual eles deixavam com determinação para trás.

Numa rua bem mais a frente eles encontraram um homem com roupas extravagantes. Um homem que certamente não conhecia nada de moda, e nem o básico de combinação. O amarelo ouro, não combinava em nada com o verde abacate da calça dele, e nem com o vermelho apagado do chapéu de coco. E incrivelmente ele não se mostrava preocupado com isso, com um jornal em mãos ele caminhava despreocupado pelas ruas londrinas; a presença daquele extravagante ser chamara atenção das crianças, não pelas roupas, o que convenhamos já seria o suficiente. Mas sim pelo jornal. Nele havia alguma coisa estranha, surreal. Violet, como seus irmãos, juravam que havia visto uma fotografia se mexer, igual aquela que ainda se encontrava na mão da irmã mais velha, qual encontrava-se amassada pelo nervosismo anterior.

Klaus, instintivamente, foi atrás do homem. Violet e Sunny ficaram somente observando, olhando o irmão ir atrás do homem estranho.

-Com licença senhor. – disse ele num sorriso simpático.

O homem levantou os olhos e o encarou, e pela primeira vez o estranho mostrou alguma reação ao mundo ao seu redor, já que até aquele momento ele somente lia o jornal. E rapidamente ele dobrou o jornal e o guardou no paletó berrante de um amarelo horrível, e sem graça olhou para o menino. Klaus sentia como se surpreendera ele roubando alguma coisa.

-Pois não? – perguntou o homem nervoso.

-O senhor poderia me explicar onde poderia comprar um exemplar do profeta diário. – disse ele da forma mais natural possível. – Sou novo na cidade. – completou.

O homem soltou um suspiro de alivio, sem saber que Klaus, inteligente como era, e experiente também, lera rapidamente o nome do jornal antes que o homem o guardasse; e era através desse, ao menos esperava isso, que ele conseguiria novas informações.

-Por um momento achei que fosse um trouxa. – disse o homem sorrindo, e tirando o chapéu, deixando amostra seus cabelos ruivos. – E sabe, como estava completamente desligado, lendo o jornal, acabei me esquecendo que nas ruas nem todos são bruxos. – riu.

Klaus riu também, entre achar aquilo tudo loucura, e achar que estava se enviando em uma enrascada mil vezes pior que Conde Olaf.

-E bem, creio que você poderá encontrar no beco diagonal, tem também no ministério da magia...Mas como é novo na cidade imagino que não conheça nenhum dos dois.

-Não. Eu e minhas irmãs. – disse ele mostrando Violet e Sunny um poucos mais afastadas. – Chegamos hoje, e como queríamos nos situar á cidade, resolvemos comprar um profeta diário, ele é bastante conhecido fora daqui, sabia?

O homem, ou bruxo caso posso utilizar esse termo, mostrou-se surpreso, e por fim orgulhoso. Seria ele alguém que trabalha no jornal? Imaginou Klaus.

-Não duvido disso meu jovem, o profeta é o melhor jornal que já foi feito. E como estou com um tempinho sobrando imagino que posso levá-los ao beco diagonal.

Klaus sorriu para ele, e lhe fez um sinal para esperar, e assim ele seguiu para perto das irmãs. Como já disse, Klaus era esperto e tinha seus planos, Sunny e Violet que estavam acostumadas a sempre pensarem rápidas e interagir, muitas vezes, sem saber o que estava acontecendo, o acompanhou alegremente.

O homem bruxo parecia uma ótima pessoa, notara os Baudelaire enquanto o acompanhava pelas ruas. Ele falava sobre a guerra dos trouxas, que Klaus começava a suspeitar que seriam as pessoas “normais” como ele e suas irmãs. E também de um bruxo das trevas que estava aterrorizando a sociedade bruxa... Nem preciso dizer, é claro, que toda vez que o homem dizia bruxo (a), em voz baixa, os Baudelaire olhavam-se confusos. Certamente descrente no homem, como fiquei ao ouvir o relato. Mas para os irmãos Baudelaire não custava acreditar, afinal homem morrendo com um jato de luz verde, fotos que se mexiam, e um lugar chamado ministério da magia, era evidencia demais para deixar aquilo de lado. Eles tinham que ir até o fim, sem falar que havia acontecido um assassinato. Os Baudelaire, caso estejam se perguntando, pensaram em falar sobre o mesmo ao homem, ou até mesmo mostrar a foto da família que sorria e mexia a cabeça dentro de uma folha normal de fotografia. Entretanto eles já haviam aprendido com a vida de fugitivos, nunca confiar demais nas pessoas, e nem colocar pessoas boas em perigos.

Os Baudelaire, logicamente, pediam para que o homem ao lado deles fosse realmente bom. Muitas armadilhas na vida deles já haviam sido feitas.

 Após um bom caminho, que os irmãos Baudelaire decoraram com ajuda de prédios, fachadas de lojas, e até mesmo placas de ruas; chegaram num bar. O caldeirão furado, como haviam lido na placa pendurada do lado de fora. O lugar era escuro, e possuía cadeiras e mesas de madeiras, postas no recinto sem grande organização. O balcão, também de madeira, ficava numa das paredes, e ao lado deste iniciava uma escada. Os irmãos observavam tudo com ardor. O homem acenou para o barman, que olhava torto para as crianças, e depois seguiu para uma porta ao fundo. Sunny apertou a mão de Violet, quantas portas de madeira escura e com aparência de velha como aquela, não guardava lugares obscuro onde eles tiveram que ficar trancados? Várias, e por isso a pequena Baudelaire mostrou-se receosa com a presença da mesma. Violet queira lhe dizer uma palavra de encorajamento, antes disso porém o homem abriu a porta, revelando um beco.

Os três franziram os cenhos, entreolhando.

-Venham. – disse o homem sorrindo.

Os três foram. Klaus pensou em dizer algo contra ao ver o beco sem saída. Suas palavras foram lentas, diante das ações do homem. Este pegou um varinha avermelhada, talhada numa das extremidades, qual o homem segurava; e com essa bateu na parede. Sobre, na verdade, como foi dito detalhadamente, num dos tijolos. E então aconteceu o impossível. Todos os outros tijolos foram saindo de seus lugares, e montando um tipo de quebra-cabeça em ambos os lados da parede, abrindo um buraco. Os tijolos pareciam entrar dentro um dos outros, afastando do meio e alargando o espaço que se abria. Para logo todo o barulho e movimento cessar. Aquilo era realmente magia, concluíram. Através da abertura que surgira, eles podiam ver uma rua de tijolos, e diversas de pessoas com roupas semelhantes aos dois homens que haviam visto no beco do assassinato.

Os Baudelaire haviam realmente se enviado numa encrenca maior que Conde Olaf, e ainda sim eles estavam adorando. Imagino que isso possa alegrar á vocês. Imaginando que os Baudelaire estavam se divertindo por descobrir a magia. Contudo um assassinato havia acontecido, não creio que isso seja realmente algo divertido em se ver e viver. E sem falar que eles estavam diante de um mundo completamente desconhecido... Completamente. Não importa o quão eles são inteligentes, eles não tinham magias e nem varinhas; e isso era total desvantagem para eles... Infelizmente eles só notariam isso tarde demais.

 

 

 


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