O Sinistro Garoto do Orfanato escrita por AnneWitter


Capítulo 3
Varinhas não mágicas




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Varinhas não mágicas

 

Cedo ou tarde, é descoberto que as coisas que parecia aos olhos um mundo maravilhoso, é encontrado neste algo terrível. Os Baudelaire, entretanto, viram isso de modo ao contrario. Eles primeiros visualizaram o lado negativo daquele mundo, para no momento que atravessaram o muro de tijolos, e o homem ruivo lhe pediram licença pois tinha que ir para seu emprego, e os três ficaram andando no beco mais fantásticos para ele, os jovens perceberam o lado positivo.

Contudo os Baudelaire, como já devem saber, não possuía sorte suficiente para desfrutar por tempo relativamente bom, o lado positivo. Eles tinham o carma de sempre, no momento que parecia está tudo bem, as coisas ficarem estranhamente ruim.

o que aconteceu para que ficasse ruim? Eis o fato então. Violet, a irmã mais velha, entrou numa loja que lhe chamou atenção, os barulhos que saia daquele lugar, havia a intrigado terrivelmente, e por pura curiosidade ela entrou ali.

A loja não possuía beleza, era algo obscuro, mas não a parte ruim de obscuro. A loja era somente escura e possuía prateleiras e mais prateleiras, todas enfileiradas na ampla loja. Sobre as prateleiras de madeira, inúmeras caixas podiam ser vistas, todas elas lhe davam a aparência de antiga e empoeirada . E ela viu que algumas caixas estava foras de seus lugares, e outras no chão.

Um garoto de cabelos loiros tinha um objeto em mãos, algo que fez Klaus - que estava logo atrás de Violet, segurando a mão de Sanny - lembrar de graveto, extremamente bem cuidado e talhado.

O graveto, notou em seguida, possuía magia. Era na verdade uma varinha, percebeu.

-Oh, essa é sua. – disse o homem atrás de um balcão. Um balcão que os Baudelaire somente notaram naquele instante. –Ela definitivamente é sua.

O garotou sorriu, e entregou a varinha para o homem. Este a guardou numa daquelas caixas marrom pardo e devolveu para o menino, que o pagou. Assim que o menino passou por eles, para onde o trio olhou intrigados, o homem dirigiu a palavra á eles.

-Imagino que o rapaz queira comprar uma varinha.

Os três voltaram a olhar a figura atrás do balcão. Ele era um homem magro, de barba bem feita, e olhar bondoso. Um alivio para eles. Klaus imaginando que possuir uma varinha não fosse de todo ruim, caminhou-se para o balcão. Violet sentia que aquilo não era uma boa coisa, mesmo assim não disse nada, ou fez alguma coisa para impedir Klaus. No fundo ela também achou a idéia interessante e fascinante.

-Gostaria sim. – disse ele empolgado, já imaginando uma daquelas na mão dele. ‘fazer magia’.

O que os Baudelaire não sabiam naquela época, era que na verdade não era o objeto que era mágico, como alguns eles descobririam depois que eram, mas sim a pessoa. Os bruxos utilizam das varinhas para fazer a magia dentro de si fluir. Sem ser bruxo, a varinha era somente um graveto bem cuidado e talhado. Nada mais.

Klaus percebeu isso da forma mais frustrante possível. O homem  tirou e tirou inúmeras varinhas das inúmeras caixas daquelas prateleiras, mas nenhuma faiscou ou reagiu de alguma forma emocionante, elas simplesmente ficaram em total silencio e quietas. O homem começava a ficar frustrado, e Violet e Sunny preocupadas. Pois Klaus se mostrava extremamente aborrecido e angustiado com aquilo.

-Mas porque elas não funcionam. Elas não são mágicas?

O homem parou de abrir a trigésima ou quadragésima caixa, e olhou para o garoto. Aquele olhar de interrogação e acusação, Klaus, Violet e Sunny conheciam muito bem. Como conheciam.

-A varinha são mágicas, através de seu dono, meu rapaz. – a voz rouca do homem lhe informou. – Isso é o básico para um bruxo saber.

O olhar que este lançou em seguia para Violet a fez tremer do pé á cabeça.

-Imagino que já esteja na idade de ir á escola, como também que já tem uma varinha e que entenda, pelo menos, como esta funciona, não?

Klaus olhou para a irmã. E agora? O olhar dela lhe perguntava. O que eu devo responder?

-Então minha jovem?

O homem deixou sobre o balcão a caixa que outrora abria com empolgação. E encarou Violet, como um juiz encara o acusado, com diversas provas contra ele.

-Sim, eu tenho uma, como também sei como ela funciona.

-Ótimo, então poderia mostrar isso á ele?

Os dois se olharam, irmã mais velha e irmão mais novo. E agora? Ambos diziam com o olhar.

-Não posso. – a voz de Violet não saiu mais que um sussurro, engasgada com o medo que o olhar penetrante daquele homem lhe causava.

Apesar dela ter passado por um conde horrível, que queria somente a morte dela e de seus irmão, nada a fez tremer mais que aquele olhar tão acusador. Eu sei. Dizia aquelas olhos azuis profundos. Eu sei o que vocês não são. E isso abalava a esperteza de Violet. O desconhecido era pavoroso, principalmente um desconhecido tão fabuloso.

-E porque não pode? – questionou ele saindo de trás do balcão. – Caso você tem uma varinha, e sabe utilizar essa, porque não mostrar para ele, como uma realmente funciona?

-Por que...

Sunny olhou para sua irmã mais velha, esperando que ela amarrasse seu cabelo, e então um invento surgisse diante deles. Uma varinha feita pela Violet, e tão funcional como as demais. E o homem então os deixaria em paz.

Não houve uma varinha inventada, e nem Violet amarrou os cabelos. Klaus foi quem socorreu, da pior forma para se fazer.

Ele derrubou uma das prateleiras, fazendo o homem assustar-se, e quando este viu as caixas caírem, num aceno rápido, com a varinha que outrora descansava dentro do seu caso, as caixas voltaram para seus lugares.

-Isso é tão mágico. – Violet balbuciou encantada.

Klaus passou por ela e a puxou, Sunny, que estava com a mão ataca com de Violet, foi levada junto. O dono do estabelecimento havia ouvido Violet, e viu também a fascinação dos outros dois jovens, e talvez por isso ele saiu correndo atrás deles.

-Segurem eles! – gritava

Os Baudelaire estavam novamente numa grande encrenca, uma daquelas que mesmo não querendo, se entra e quando se nota já é tarde, já está nesta até o pescoço.  

-Segurem!

Alguém realmente os segurou...Infelizmente.

 

 


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