Somebody to love escrita por Lari


Capítulo 7
Sete Vidas


Notas iniciais do capítulo

A postura combativa
Ainda tô aqui viva
Um pouco mais triste
Mas muito mais forte

E agora que eu voltei
Quero ver me aguentar

Só nos últimos cinco meses
Eu já morri umas quatro vezes
Ainda me restam três vidas pra gastar

Boa leitura ;)



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Eu fiquei mais cinco dias no hospital, como o médico tinha indicado que ficaria, segundo ele seria bom eu ficar lá enquanto estava com o gesso e para que eu pudesse conhecer o fisioterapeuta que ele tinha indicado. Nesse meio tempo eu me surpreendi com o Arthur, ele me oferecendo ajuda foi algo que eu realmente não esperava.

Lembro que eu e mom, estávamos conversando quando fomos interrompidas por uma batida na porta.

— Desculpe Pâmela, mas tem uns papeis que precisam da sua assinatura. – disse o Arthur entrando.

It's all right! – disse ela recebendo os papeis e começando a dar uma olhada.

— Oi Megan.

— Olá Tuca Nigri.

— Que bom que acordou, deu um susto e tanto na sua mãe garota.

— Ela me disse, mas agora já estou acordada e ela pode ficar tranquila.

— E como está? Vai receber alta logo? – pra ser sincera não entendia por que ele estava sendo tão cortês comigo por assim dizer, já que ele sempre me viu como uma pirralha minada.

— Espero sair logo, mas o médico quer que eu fico até tirar o gesso. – respondi seria.

— Entendo. O que os médico disse? – ele disse apontando em direção a minha perna.

— Que eu tenho que me esforçar agora e me dedicar a fisioterapia quando for liberada para começa-la. – ele assentiu.

— Sabe, eu tenho um irmão que sofreu um acidente de moto a alguns anos atrás, ele passou por uma paralisia temporária. Eu sei como é difícil lidar com isso, minha família teve que se adaptar para recebe-lo depois do acidente e durante o tratamento, até que ele aceitou se tratar, porque a primeira reação dele foi se recusar a assumir uma posição de invalido, demorou um pouco mais hoje ele está ai bem. Se você quiser eu posso ti ajudar.

— Desculpa Arthur, não me entenda mal, I 'm glad your brother is better. Mas porque você está me oferendo ajuda? Você like, sempre disse que eu sou uma pirralha mimada, doidinha e fútil. Não compreendo você querendo me ajudar, gastar o seu tempo comigo.

Ele pareceu ficar um pouco envergonhado.

— Você não pode negar que você realmente agia como uma pirralha Megan, mas eu pude ver que você amadureceu e eu tenho um carinho por você, você acreditando ou não.

That's life is not easy.

— Então, eu estou oferecendo minha ajuda porque eu sei mais o menos o que você está passando, ainda me lembro de alguns exercícios que o meu irmão tinha que fazer, porque quando o fisioterapeuta terminava as sessões a gente continuava em casa.

Eu pensei um pouco sobre isso, é interessante ter alguém por perto que possa me ajudar com os exercícios, mom eu sei que me ajudaria, mas ela está sobrecarregada com as coisas da Parker TV e dando conta da Marra também, o Brian agora está casado e tem o Regenera, Dorothy tem as coisas dela para fazer e apesar de saber que mom provavelmente contrataria uma enfermeira para me ajudar nos primeiros dias, seria interessante ter alguém conhecido.

— Mas não vai ti atrapalhar? Você tem o seu trabalho Arthur e bem eu não sou nada sua. Fora que isso pode atrapalhar o seu namoro também.

— Não vai atrapalhar, vai ser só algumas horas no dia e a gente pode tentar ter uma amizade né? E quanto ao meu namoro, não precisa se preocupar com isso, a Manu terminou comigo. – ele disse estendendo a mão pra mim, com um sorriso. Eu olhei um pouco pra ele e pra mão estendida.

Ok then, agradeço o apoio. – disse apertando a mão dele.

Here are signed Arthur. Não pude deixar de ouvir a sua conversa com a Megan, fico grata.

— Que isso Pâmela, não tem o que agradecer. Bem já vou indo até mais.

Pouco tempo depois da saída dele o médico entrou no quarto para ver como estava as coisas e para me apresentar ao meu fisioterapeuta. Não pude deixar de notar como ele é lindo, porte atlético, cabelos loiros meio desgrenhados mas de forma sexy, olhos azul-claros e apesar do jaleco pude perceber como o corpo era definido, de algum modo ele me transmitia calma.

— Boa tarde Pâmela, Megan. – disse o Dr. Vanderlei.

— Boa tarde Dr. – respondemos juntas.

— Bom esse aqui é o fisioterapeuta que lhes falei, Will. – ele disse nos apresentando.

— É um prazer conhece-las. – o loiro disse com um sorriso no rosto. – Já conversei com o Dr. Vanderlei sobre o seu caso senhorita Megan, será que posso chama-la de Megan apenas?

— É claro. – respondi com um sorriso.

— Então como estava dizendo, ele me mostrou os seus exames. Depois da retirada do gesso a gente já pode começar a trabalhar com alguns exercícios, nos vamos trabalhar diariamente e semanalmente você vai manter o acompanhamento com o Dr. Vanderlei para ele verificar a sua saúde e ver o progresso.

— Certo. – murmurei.

— Vou lhes passar o endereço da minha clinica que é onde teremos as nossas sessões. No dia que você receber a alta vocês podem passar lá para que eu possa apresentar o local para vocês.

— Okay. – concordei.

— Pode apostar que farei todo o possível para ajudá-la na sua recuperação. – disse piscando pra mim com um sorriso charmoso.

O Davi tinha chegado bem nessa hora, ele parou na porta depois de olhar pra mim e olhar um tanto quanto desconfiado para o Will, acho que por não conhecer ele. Depois das devidas apresentações e de pegar com o Will o endereço da clínica ele se despediu da gente com um sorriso, parecia que ele estava sempre sorrindo era incrível. Não pude deixar de notar como Davi estava um pouco carrancudo olhando o fisioterapeuta se despedir de mim. Parecia que ele estava com ciúmes e eu tive que me segurar para não rir da situação.

Tenho que admitir que gostei de ver o Davi assim interessando em mim, e por falar no ciúmes dele, não pude deixar de perceber que ele não gostou quando falei que o Arthur tinha se oferecido para me ajudar quando eu voltasse pra casa, prontamente ele pronunciou que também estaria lá pra poder me ajudar. Quando o questionei se ele estava realmente com ciúmes de mim, ele ficou um pouco sem graça mas confirmou. Avisei que não tinha porque se preocupar eu não estou aberta a novos relacionamentos, além do mais nós dois ainda estávamos pendentes.

O Arthur me surpreendeu, me ligando para saber como tinha sido a reunião com o fisioterapeuta expliquei a ele o que tinha combinado com o Will e ele disse que iria me ver durante uma das minhas sessões para poder conversar com o Will e ver no que poderia me auxiliar.

Quando chegou o quinto dia eu já estava pronta para poder ir pra casa, na parte da manhã eles tinham tirado o meu gesso e agora na minha perna tinha um imobilizador femurotibial que pegava no começo da minha coxa e ia até o meu calcanhar, entretanto como eu não podia forçar a minha perna eu teria que usar uma cadeira de rodas para poder me locomover, eu já tinha trabalhado comigo o fato de ser dependente dela por um tempo.

O Davi veio me buscar no dia da minha alta, eu não tinha mudado minha opinião sobre o nosso relacionamento, mom tinha me contado eventualmente como tinha sido o período que fiquei no coma, como eles revezavam para que pudessem ficar comigo e dar conta dos negócios ao mesmo tempo. Sempre que ele se despedia de mim ele me roubava um beijo e admito que todas as vezes eu ficava com a sensação que o meu celebro entraria em curto circuito era como se uma onda elétrica passasse por todo o meu corpo.

Tenho pra mim que ele fez questão de me buscar nesse dia porque sabia que iriamos passar na clínica de fisioterapia.

Quando chegamos na clínica o Will me apresentou as salas e mostrou onde faríamos as sessões, ele alegou que tanto mom quando o Davi poderiam me fazer companhia se quisessem. Honestamente eu não sei ao certo dizer como me senti durante a apresentação do espaço. Ver diferentes pessoas em estágios diferentes de recuperação... aquilo mexeu comigo, eu sabia que ali séria apenas o começo do caminho pra minha melhora. Antes de irmos embora combinei com ele o horário da nossa primeira sessão no dia seguinte.

O retorno pra casa foi bom, um pouco diferente mais bom a minha sorte era que a nossa casa não tinha escadas estão não sofreria tanto, quer dizer tinha apenas três degraus mais era pra acesso a área dos fundos onde tinha a piscina, mom já tinha reorganizado os moveis para ajudar na minha locomoção, dizendo ela o Arthur foi muito útil assim como o Edmilson.


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Notas finais do capítulo

Comentem.. me digam o que mais gostaram..
Até mais ;)



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