A Má Influência escrita por British


Capítulo 23
Seis dias para o julgamento


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem? Eu não sei quantos capítulos vão ter até o final - vai ter no mínimo mais uns 8. Mas a verdade é que estamos chegando na reta final da história. Tem bastante coisa pra acontecer, muita treta pra rolar, alguns momentos fofinhos também e eu espero que vocês acompanhem e comentem até o último capítulo! Adoro ler a opinião de vocês ♥



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Hanabi estava empolgada com a viagem. Ela pressentia que poderia puxar o tapete de Yodo se estivesse por perto dela, que poderia achar algo na vidinha perfeita dela que pudesse atacar para pedir uma nova reunião do conselho. Por sua vez, Nagato não imaginava o que se passava na cabeça de sua esposa. O Rei de Suna só queria paz em seu lar, o que era uma tarefa um tanto difícil tendo Hanabi como rainha.

Nagato não admitia para ninguém, mas ele amava sua rainha com todos os defeitos que ela tinha. Hanabi não sonhava com isso. A Rainha sempre pensava que era apenas um peso a ser carregado pelo Rei e que ele ainda era perdidamente apaixonado por Yodo, o que só fez o ódio dela pela médica crescer.

— Queria que Ryu viesse conosco. – Comentou Nagato durante o voo.

— Vai ser como uma segunda lua de mel, querido. Criança ia atrapalhar. – Pontuou Hanabi antes de beijar o marido.

— Pensei que era uma viagem amistosa pra infernizar a vida da Yodo, mas que bom que vai ser uma lua de mel. – Ironizou Nagato e Hanabi riu.

— É claro que essa viagem tem mais de um propósito meu amor, mas isso não vai interferir em nada na nossa lua de mel particular que vai acontecer dentro do nosso quarto. – Provocou.

— Sentia falta disso. – Confessou Nagato com um sorriso bobo nos lábios.

— De mim?

— De você sendo a minha esposa e não a rainha má que quer acabar com a vida da mocinha.

— Eu não sou uma megera. – Tentou defender-se.

— Às vezes, parece Hanabi.

— O que você pensa quando olha pra mim?

— Que às vezes você é um pé no saco, mas que eu não conseguiria viver sem você. – Declarou Nagato e aquilo mexeu com Hanabi.

— Você nunca disse nada assim pra mim. É a primeira declaração fofinha que você faz pra mim em todo esse tempo casados. – Sorriu.

— Só de pensar que você está prestes a superar a sua raiva da Yodo, eu fico pensando que essa viagem pode ser um recomeço pra nós.

— Nagato, o que você está pensando?

— Na hora certa, você saberá. – Sorriu.

[...]

Inojin estava feliz que seus quadros estavam sendo embalados para uma exposição temporária em Nova York. A alegria era tanta que ele mal comia ou dormia.

— Você devia se alimentar melhor. – Aconselhou Himawari ao namorado.

— Eu não tenho fome. Só quero que os quadros cheguem logo lá e que fiquem expostos. – Disse Inojin.

— Você já decidiu se vai à inauguração?

— Hima, é no dia do julgamento do Sasuke a inauguração e eu acho que devia estar aqui apoiando a família Uchiha. – Disse Inojin.

— Você devia focar na sua carreira. Até porque é uma exposição importante né?

— Shizune estará lá me representando. – Informou Inojin.

— Não é mesma coisa do artista estar lá. Além disso, acho que Sarada entenderia. É por causa dela que você não quer ir, certo?

— Ela é minha melhor amiga. Seria um grande vacilo ir.

— Talvez, se você explicar a situação a ela... – Insistiu Himawari.

— Não vou falar, Hima. Eu já decidi, sozinho, que vou ficar em solidariedade a minha melhor amiga.

— Ela nem liga mais direito pra você. – Alfinetou Himawari.

— Mentira. Ela se importa comigo da mesma forma que eu me importo com ela. Só temos agendas incompatíveis, o que é natural para qualquer pessoa que tenha uma vida adulta.

— Ela te passou pra trás e você não consegue enxergar isso porque você continua endeusando Sarada Uchiha!

— Hima, seu ciúme me incomoda.

— Sua idolatria por ela me incomoda também.

— Não é indo pra essa exposição em Nova York no dia do julgamento do Sasuke que eu te provo que esqueci a Sarada, meu amor! Se eu não consigo te convencer no nosso dia a dia por que você ainda tá comigo?

— Inojin, ok. Eu posso ter exagerado um pouco.

— Foi mais que um pouco. Você surta toda vez que alguma coisa relacionada a Sarada aparece. Esqueceu que ela é a sua cunhada? Porque, pelo que eu sei, ela e o Boruto ainda estão namorando.

— Eles deram um tempo.

— Hima, casais brigam mesmo. Daqui a pouco eles voltam. O que não pode acontecer é que toda vez que isso acontecer você comece a pensar que eu vou sair correndo atrás dela só porque um dia eu fui apaixonado por ela. Passou! O tempo passou! – Enfatizou Inojin.

— Desculpa.

— Tudo bem. Só quero que você entenda que não é porque eu vou ficar aqui em vez de ir inauguração da minha exposição que eu ainda me sinta mexido pela Sarada. Você entende isso?

— Ok. Eu só acho que você deveria ir pra Nova York em nome da sua arte. Você dá muito de si para fazer um trabalho incrível e na hora de colher os frutos joga tudo pelos ares pra dar um apoio moral pra família da Sarada.

— Você não devia falar isso. Sabe por que? Sua família e a família dela são amigas também.

— Eu vou estar no julgamento. Só não vejo porque você ir se vai perder algo que é importante pra você.

— Minha amizade com a Sarada é mais importante do que qualquer quadro que eu possa vender naquela exposição. Shizune estará me representando lá e é o suficiente. Na próxima eu vou. Assunto encerrado. – Inojin foi duro.

— Se é o que o artista deseja.

— Sim, é o que o artista deseja.  E sabe o que mais o artista deseja?

— O que?

— Um beijo da namorada mais ciumenta desse mundo. – Brincou Inojin, enquanto puxava Himawari para dar um beijo nela.

[...]

Sakura tinha acabado de dar uma entrevista por telefone para uma revista, quando Sasuke a surpreendeu com um buquê de flores.

— Qual a ocasião? – Perguntou Sakura surpresa.

— Hoje é exatamente o mesmo dia em que a gente se beijou pela primeira vez na casa dos pais do Naruto.

— Caramba! É mesmo! Como você é capaz de se lembrar disso? Você nem gostava de mim naquela época... – Disse Sakura cheirando as flores.

— Eu gostava de você. – Disse Sasuke.

— Não, não gostava não. Você me chamava de esquisita. – Afirmou Sakura.

— Era pra despistar a Karin. Se eu fosse simpático com você, ela teria te tratado mal e eu pensava que você era uma garota legal e não merecia isso. – Contou Sasuke.

— Não era bem essa impressão que você passava naquela época.

— Que impressão eu passava?

— A de que não estava nem aí pra minha existência.

— Bem, se eu não ligasse, não teria ficado com você naquela festa e a Sarada não teria nascido.

— Não foi só porque a Karin não estava lá e a Ino estava muito ocupada com o Sai que você ficou comigo?

— Não. Definitivamente, não.

— Que engraçado! Tantos anos casados e essa é a primeira vez que a gente conversa sobre a noite do nosso primeiro beijo.

— Acho que era um assunto tabu pra gente, por causa de tudo que aconteceu depois.

— Sasuke, se você sentia alguma coisa por mim naquela época, porque me deixou sozinha? Eu queria realmente entender.

— Fiquei assustado. Eu tinha só 18 anos e não tinha responsabilidade nenhuma com nada. Quando você me deu a notícia, eu congelei. Quis esconder, fingir que nada tava acontecendo e ainda por cima tinha a Karin...

— Você a amava de verdade né?

— Não vou mentir pra você. A Karin foi muito importante pra mim. E, naquela época, eu não me imaginava sem ela. Eu sei que eu a traí muito, mas era real a minha vontade de construir uma família com ela. Só que a sua gravidez acabou atrapalhando o fluxo das coisas, aí deu tudo errado. Até o casamento que eu jurava que ia ser a melhor coisa da minha vida.

— Entendo, meu amor.

— Sakura, hoje em sei que tudo que aconteceu fez parte do nosso destino. Era pra ser assim. Era pra nós dois vivermos essa história, era pra Sarada nascer. Eu não me arrependo de nada disso.

— Eu também não me arrependo. Passaria por tudo de novo para ter o que temos agora.

— Bem, o fato é que daqui a alguns dias o julgamento vai acontecer e existe a possibilidade de que eu seja condenado.

— Você não vai ser, Sasuke.

— Ei, presta atenção! É importante o que eu vou dizer. Se o pior acontecer, acabou a minha carreira de engenheiro e eu to fora da universidade também. Vou ser um desempregado, zé ninguém que é casado com um dos grandes nomes do mundo fashion. Por conta disso, vão querer te levar pro fundo do poço comigo e eu não posso permitir isso.

— Como assim?

— Se o pior acontecer, não quero que você fique me defendendo.

— Eu vou te defender até o fim. Tá maluco? O que te deu Sasuke?

— Quero proteger vocês. Se não conseguir sustentar esse lar, não quero que sua imagem aliada à minha atrapalhe a sua vida profissional. É importante pelas crianças. Além disso, eu ainda não sei quem tá querendo a minha cabeça numa bandeja.

— Ei – Sakura segura o rosto do marido com as duas mãos – eu to nessa com você! Mesmo se o pior acontecer, é do seu lado que eu vou ficar! Minha imagem é forte e vai resistir. A única coisa que importa pras crianças é que a gente fique junto. Entendeu? – Sakura então beijo Sasuke e ele a abraça com força.

— Mas Sakura...

— Não pensa nisso, ok? Quero que você confie no Boruto. Ele está trabalhando seriamente para conseguir reunir todas as provas, a maioria dos depoimentos vai ser a favor, o Neji vai ser um trunfo. Vai dar tudo certo. Seja confiante! – Implorou Sakura.

— Eu fico maluco só de pensar que alguma coisa pode acontecer com vocês por minha causa.

— Não vai acontecer. A gente vai ficar bem. Eu sei que foi duro os últimos meses, mas a gente junto dá um jeito. Faltam poucos dias para o julgamento. O caderno pode aparecer até lá.

— Eu não conto mais com isso.

— Tenha fé! Tudo é possível. Da mesma forma como esse caderno sumiu, ele pode aparecer!

— O que seria de mim sem você Sakura?

— Com certeza, você seria muito mais chato do que já é. – Sakura sorriu e então Sasuke a segurou no colo.

— Eu te amo.

— Tá me levando pra onde?

— Pro nosso quarto, mas também pode ser chamado de paraíso.

— Danadinho! – Sakura riu.

— Vamos aproveitar que as crianças estão na casa dos meus pais! – Disse roubando um beijo apaixonado da esposa.

[...]

Após o almoço, Sasuke recebeu um telefonema de Naruto pedindo para que o melhor amigo o encontrasse no bar de sempre. Então, Sasuke avisou a Sakura e disse que não demoraria. Ao chegar no bar, Sasuke ficou surpreso com o número de garrafas na mesa. Naruto gostava de beber, mas a quantidade ali era fora do comum.

— Oi, Naruto. Qual o problema? – Perguntou Sasuke.

— São muitos. Vou alugar seu ouvido por horas. Então, sente e beba à vontade. – Começou Naruto.

— Problemas no trabalho ou em casa? – Questionou Sasuke.

— Nos dois. Fiquei sabendo quem vai ser o juiz que irá julgar o seu caso.

— Quem é?

— Hidan.

— Aquele que era seu seu inimigo na faculdade?

— Sim, Sasuke. Esse mesmo. O sem  noção do Hidan. E quer saber o pior?

— Ele também não vai com a sua cara, então ele pode ser propício as coisas ruins que vai ouvir falar de você. Já instruí o Boruto a ser mais cauteloso do que antes.

— Vou ser cuidadoso com o que falo também.

— Todo cuidado é pouco! Tem falado com o seu tio?

— Muito pouco. Ele tem trabalhado bastante e pelo que eu soube colocou o Orochimaru no meu lugar.

— Sei que você fala bem desse Orochimaru, mas não vou com a cara dele.

— Ele é eficiente. Quando o tio Madara abriu a empresa aqui, foi ele que veio e tomou conta de tudo. Não é meu amigo, mas também não é um inimigo.

— Você tem certeza de que ele não vai depor conta você?

— Por que ele faria isso?

— Não sei, talvez permanecer no cargo que ganhou.

— Naruto, se ele falar um ai de mim o meu tio tira ele do cargo num piscar de olhos.

— Se você confia... – Disse Naruto antes de se dar conta de que mais uma garrafa tinha acabado e pedir outra pro garçom.

— E quais são os outros problemas?

— Meu filho. Boruto é o problema.

— Se você me chamou aqui pra que eu peça pra Sarada voltar com ele, perdeu seu tempo amigão. – Começou Sasuke.

— Quem dera fosse isso...

— O que foi? Qual foi a merda que o Boruto fez dessa vez?

— Um bebê. – Respondeu Naruto.

— O que? – Sasuke se surpreendeu.

— Ele pediu pra não falar pra ninguém, mas eu não consigo. É um segredo grande demais. Além disso, eu gosto do fato de ser avô.

— Naruto, o Boruto não engravidou a minha filha né? – Sasuke começou a ficar nervoso, mas então Naruto riu.

— Oh, claro que não! É a Yodo que tá grávida.

— Ele traiu a minha filha?

— Não! Foi antes dele se separar e, inclusive, ele nem sabe se é o pai do bebê porque a Yodo traiu ele com o Shinki.

— Então foi por isso que a Sarada brigou com o Boruto. Agora, tudo faz sentido. Sarada tá com medo dessa história.

— Boruto disse que num primeiro momento ela o apoiou, mas depois amarelou.

— Naruto, quem mais sabe do segredo?

— Eu só contei pra você e a Hinata.

— Acho melhor você não contar isso pra mais ninguém. Sarada ficou enfatizando lá em casa que era pra manter em segredo e já tem gente demais sabendo.

— Ela não contou pra vocês?

— Não, Naruto. Minha filha respeita o segredo do Boruto. Agora você...

— Ei, não me recrimina!

— Você tá muito bêbado! Vou te levar pra casa antes que você grite aos quatro ventos que vai ser avô.

No caminho até a casa de Naruto, Sasuke ficou pensando no que sua filha estava passando. Não era uma situação fácil. Então, após entregar o bebum do Naruto para Hinata, Sasuke voltou correndo para casa e não contou nada a Sakura sobre a gravidez de Yodo. Iria respeitar o desejo da filha de guardar aquele segredo. No entando, Sasuke resolveu escrever uma carta e deixar no caderno de composições de Sarada. Assim, ela veria quando fosse escrever. Era a única forma de falar com a filha sem chamar a atenção de Sakura. Dessa forma, Sasuke pegou o caderno e começou a escrever.

Filha,

Já sei do seu segredo. Quer dizer, do segredo do Boruto. E desde o momento que Naruto me contou eu só consigo pensar no quanto isso deve estar sendo difícil pra você. Dá medo né? No caminho até a nossa casa, só consegui imaginar em quantas lágrimas você já derramou por causa da notícia dessa gravidez da Yodo, quantas fantasias criou sobre Boruto e a ex-mulher, como deve ser difícil imaginar o futuro ao lado de um homem que pode ser pai do filho de outra. E, bem, eu já fui esse cara. Assim como o Boruto, eu engravidei a sua mãe quando namorava a Karin. O que fiz foi certo? Não, não foi. Mesmo assim, não posso considerar que você foi um erro, porque, Sarada, você foi a melhor coisa que já me aconteceu na vida. E, talvez, essa criança seja a melhor coisa para o Boruto também.

Tenho certeza que você fez o melhor para não julgá-lo, mas a presença de Yodo na vida dele não deve ter facilitado as coisas. O que eu quero te pedir agora é prudência. Se você acha que a história com o Boruto pode te machucar de novo, então se afaste. Não tem problema recuar. Mas se você o ama como eu penso que ama, então não permita que o medo te paralise e haja. Vocês já esperaram tempo demais. Não vale a pena ficar sofrendo, porque essa criança não vai separar vocês se assim vocês desejarem.

Juízo, viu?

Eu te amo!

Sasuke Uchiha

 

Sarada chegou em casa do ensaio da orquestra e correu para anotar as notas que não saiam de sua cabeça para uma próxima música.  Quando passou que nem uma bala por seus pais e irmão, ela abriu a porta do quarto e logo abriu na última página em branco do caderno e percebeu que havia uma carta ali.

Sarada leu linha por linha e se emocionou. Tinha sido seu pai que havia escrito aquilo. No fim, ela chorou. As lágrimas mancharam um pouco a tinta no papel, então Sarada dobrou a carta e saiu correndo do quarto até a sala ainda aos prantos e deu um abraço em Sasuke com muita força. Sakura e os gêmeos ficaram surpresos. Enquanto isso, Sasuke continuou abraçando a filha.

— Vai ficar tudo bem, filha. – Ele prometeu e Sarada assentiu com a cabeça.

— Obrigada. – Sarada disse ainda soluçando.

— Vocês podem nos informar o que aconteceu? – Perguntou Sakura confusa com o choro da filha.

— Assunto de pai e filha. – Sasuke piscou e Sarada sorriu.

— Desculpa, mãe. Mas vou ficar te devendo contar isso. – Disse Sarada se afastando do pai.

— Quero abraço também! – Exigiu Indra e então Sarada o colocou no colo.

— Eu também! – Pediu Ashura e então Sakura colocou o filho no colo.

— Vocês dois de segredinho e me deixando de fora. Eu poderia ficar chateada, mas vocês dois abraçados foi uma cena tão linda que eu não vou me importar de ficar de fora dessa vez. – Sorriu Sakura.

— Sarada sempre vai ser a minha princesinha. Tava na hora de dar um pouco de colo a ela. – Respondeu Sasuke, enquanto bagunçava os cabelos da filha.

— Pai, a gente pode conversar depois só nós dois?

— Claro, filha. Como nos velhos tempos. – Disse Sasuke.

— Lá vão vocês me excluírem de novo! – Bufou Sakura.

— É só hoje mãe! – Prometeu Sarada.

— Ok. Ok. – Concordou Sakura.

Assim que conseguiram sair de casa, Sasuke e Sarada foram até a praça. Pai e filha sentaram ali e ficaram observando as pessoas passarem por eles, até que Sarada tomou coragem de falar.

— Agora o senhor sabe tudo que está acontecendo comigo. Como o Naruto descobriu?

— O Boruto também não aguentou a pressão e foi desabafar com o pai. E você sabe como o Naruto não é bom com segredos. Ele encheu a cara e me contou. A Hinata também já sabe.

— Konoha inteira vai saber então. Já era.

— Mas por que guardar segredo disso?

— Yodo ainda não sabe quem é o pai. Isso pode ser prejudicial ao Shinki por causa do título que ele carrega. Então, até saber de quem é o bebê todos nós tínhamos combinado ficar de bico calado. O plano da Yodo era que ninguém soubesse, mas um dia ela passou mal na minha frente e do Boruto, então a gente descobriu, Shinki confirmou e aí deu nisso.

— Você brigou com o Boruto exatamente por que? Naruto me disse que não foi logo que soube dessa possibilidade.

— Ah, pai... Eu queria ser mais forte. Então, quando soube dei força. Até porque eu sei o quanto Boruto quer ser pai. É meio maluquice ser pai tão jovem, mas é um desejo real dele. Então, eu até fiquei feliz por ele nesse aspecto. Só que eu não aguentei ver a cena dele ansioso pra ouvir o coraçãozinho do bebê bater ao lado da Yodo. Ali, eu descobri que não ia conseguir. Pedi um tempo. Precisava pensar.

— E o que pensou?

— Bem, a sua carta foi muito legal. O senhor está certo em dizer que eu não devo esperar e que não posso permitir que o medo me paralise, só que até o DNA sair eu não sei.

— Filha, posso ser sincero com você?

— Claro! É tudo que eu mais quero!

— Sarada, se o resultado do DNA importa tanto, você não ama o Boruto como imaginava.

— Por que?

— Você não teria dúvida da sua resposta, filha.

— Sabe o que a Karin me disse quando soube que você tinha nascido?

— O que ela falou?

— Ela disse em alto e bom som ‘Onde está a minha filha?’. Karin não teve dúvidas. Ela assumiu você sem pestanejar.

— Mas ela não me amou.

— Filha, nem tudo foi perfeito com a Karin. Eu sei disso, mas o que eu to querendo mostrar pra você é que, se o bebê for ou não do Boruto, isso não deveria importar tanto. Do que você tem medo?

— De ser uma madrasta ruim como a Karin foi pra mim.

— Você não seria e sabe por que?

— Por que?

— Você adora crianças, Sarada! Veja a forma como você trata seus irmãos sempre com paciência e amor. Você seria uma ótima madrasta e vai ser uma ótima mãe quando for a hora certa também.

— Tem certeza?

— Absoluta. Eu te criei pra ser uma pessoa incrível. Eu te criei pra ser uma pessoa melhor do que eu sou.

— Te amo, pai. – Disse Sarada chorando novamente e abraçando o pai.

— Eu também, princesinha! Te amo muito! – Respondeu Sasuke retribuindo o abraço.

— Você acha que eu deveria procurar o Boruto então?

— Sim, mas só depois de analisar bem o que está se passando pela sua mente e pelo seu coração. Sem novas crises, entendeu?

— Melhor esperar até o julgamento passar né?

— Faça o que seu coração mandar!

— Obrigada de novo! Você é incrível! Às vezes, eu esqueço o quanto você é incrível, pai!

— Claro, você sempre dá os créditos pra sua mãe!

— Sem ciúme! É que o senhor sabe que eu passei muitos anos sem ter uma mãe, então quando a mamãe apareceu eu quis aproveitar cada segundo, mas isso não altera em nada o amor que eu tenho por você pai.

— Quando eu olho pra você, Sarada, eu sinto que fiz um bom trabalho.

— Nunca duvide disso!

— Agora, preciso provar que sou inocente pra que minha honra não seja manchada.

— Eu não tenho dúvidas de que vai conseguir! – Sorriu.


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