Cosmos escrita por Sapphire


Capítulo 6
Capítulo 5 - Um almoço desastroso


Notas iniciais do capítulo

Eita capítulo difícil de postar. >.< Notebook travou inteiro.



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— Estou aceitável para o seu almoço? – Paola girou em frente ao seu marido, mostrando seu novo terninho branco com uma saia combinando. Acabara de chegar na empresa disposta acompanhar ele o dia todo em sua rotina.

— Está aceitável. – Ele riu.

— Só aceitável? – Ela o olhou esperando que ele dissesse que estava linda. – Eu demorei 2 horas só para escolher esse conjunto social para você.

— Ahhh.

— Ahhh. – Ela o imitou subindo em cima da mesa engatinhando até ele com o cabelo preso em um coque elegante. – Só aceitável? – Voltou a questionar aproximando o rosto com o dele com os lábios quase colando. O bichinho da ansiedade estava a torturando.

Ele voltou a rir se divertindo, se existia um ponto fraco na Paola era sua autoestima. Vaidosa ao extremo amava ouvir que era a mulher mais linda do universo.

— É claro que você está linda. Não preciso nem dizer isso a você, meu amor. – Respondeu amoroso.

— Mas é claro que eu preciso! – Disse indignada

Ele sempre achara Paola a mulher mais linda do mundo mesmo se estivesse sob trapos. E naquele novo conjunto na qual ela comprara somente para ir trabalhar com ele, ela estava de matar.

— Amor, eu estou trabalhando e vai bagunçar a mesa e misturar os documentos. – Ele mordeu o lábio inferior olhando para o interior do decote dela.

— Então eu saio. – Desceu da mesa na frente dele e roubou um selinho – Lindo. – Sentou-se na coxa dele olhando. – Explica-me o que está fazendo?

— Hummm. – Abraçou-a pela cintura com um braço e com o outro levantou uma folha. – É a planta da ampliação do escritório em Londres. Eu estou acompanhando de perto com a arquiteta. Vou contratar mais empregados para suprir o atendimento dos clientes e daqui a pouco vou a reunião com quem pode ser meu novo sócio e estou lendo o contrato também.

— Você é um ótimo professor explicando. – O beijou fazendo Richard rir.

— Eu apenas falei por cima o que estou fazendo. Nem foi bem uma explicação. – Ele colocou os documentos em cima da mesa e a abraçou dessa vez com os dois braços e alisando sua coxa em seguida por cima da saia.

Paola colocou a mão em sua nunca e com a outra mão livre descansou em cima do seu peito por baixo do paletó, puxando-o para frente com a gravata dando um beijo nele de tirar o fôlego.

— Eu te amo. – Ela disse.

— Eu também. – Ele olhou fundo em seus olhos verdes. – Diga-me. Ainda está magoada com a conversa com o Rick da outra semana?

Paola suspirou porque ele teve que a relembrar de um assunto que não queria martelar na cabeça naquele momento. Ela voltaria a conversar com o filho, mas não queria pensar por enquanto, pois ficara ferida com o desprezo.

— É claro que eu estou, magoada. É o meu filho. Porque acha que eu não iria ficar? Rick tem todo o direito de estar chateado comigo, mas ainda assim eu quero estar com ele. Poder recuperar o tempo perdido. Só que a rejeição ainda me dói. – Admitiu.

— Ele é teimoso igual você. Lembra quando eu falava para você que estava errada, que deveria curtir os momentos, que eles iam passar rápido e você se arrependeria? E mesmo assim você não queria me ouvir? Ele é todo você, amor. Vocês dois relutam demais para o que sentem e não dão o braço a torcer. – Ele acariciou o rosto dela com o polegar enquanto os outros dedos cobriam a nuca.

Paola suspirou cabisbaixa.

— Ele é lindo, generoso, um verdadeiro príncipe. Totalmente diferente de mim. Nem se compara.

Richard gargalhou.

— Ele tem muito mais de você do que pensa. Ele é tinhoso. Ou esqueceu que vocês já bateram de frente diversas vezes? Você precisa ser paciente. O que se passa na cabeça dele é o que passou na minha mente. Que fosse mais uma coisa passageira sua. Você muda tão rápido quanto um camaleão. – Olhou para seus lábios se perdendo nele. – Ele pode estar pensando isso.

— Mas não é passageiro. Estou sendo a mais verdadeira possível. Amo ele e amo você mais que tudo no mundo. E nossos netos. – Ela o abraçou e ficou em silencio por alguns minutos descansando a cabeça no ombro dele.

— Eu amo você Senhora Listing. – Deu um selinho nela e olhou o relógio de pulso tomando um susto. – Nossa. Temos que ir.

— Já? – Olhou para ele e deu um beijo. – Vou retocar meu batom. – Ela puxou a bolsa sentada ainda no colo dele, pegando o batom vermelho sangue e o espelhinho passando delicadamente para não borrar. – Pronto – Estalou os lábios.

— Você está maravilhosa. Agora me dá licencinha. – Ele pegou o espelho da mão dela e olhou para si mesmo. – Alguém me deixou com um pouco de batom na boca. Imagina aparecer na reunião de almoço desse jeito.

— Eu acho batom vermelho lindo e você faria sucesso. – Riu pegando um lencinho. – Vou limpar. – Disse já limpando devagar e no final dando um beijo no pescoço dele escondido debaixo do colarinho da camisa.

— Sabia que quando você beija aqui, mexe lá embaixo? – Ele mordeu o lábio inferior.

— Hum. O quão em baixo? – Desceu as mãos pelo peito dele sendo parada por ele.

— Agora não. – Segurou seus pulsos com carinho beijando em cada um deles. Ele sabia bem que se não parasse a esposa naquele instante ele não seria capaz de para-la depois. Mesmo depois de tantos anos, ela ainda mexia com as duas cabeças dele.

— Espera só de noite, vou encher de beijos lá em baixo. – Levantou puxando ele para cima.

Richard respondeu com uma gargalhada divertida abraçando a esposa pela cintura e beijando o pescoço dela recebendo uma apalpada no bumbum.

— Beijo gostoso. – Ela disse apertando o bumbum dele com força.

— Cuidado aí em baixo. – Advertiu.

— Mexe na frente? – Perguntou sorrindo dando um tapa no bumbum dele brincando.

— Não imagina como. – Respondeu sentindo que o júnior começara a dar sinal de vida. – Agora é sério Paola, vamos. – Repetiu com a expressão mais séria pegando os documentos em cima da mesa e guardando na maleta executiva.

— Senhor Delicia. – Disse pegando a bolsa vestindo seu trench coat branco e saindo da sala dele dando de cara com a secretaria, desfazendo a alegria na mesma hora.

— Senhor Listing, já está tudo pronto?

— Já, Lindsay. Vamos indo.

Paola segurou no braço do marido como sinal de posse, para mostrar a secretaria que quem mandava ali era ela, e só existia uma única senhora no coração do seu marido. Ela.

Os três caminharam até o elevador em silencio, Paola fizera questão de ficar no meio entre Richard e Lindsay. Por mais que ela soubesse que seu marido era amável e respeitador, ela sabia que mulheres eram traiçoeiras e capazes de tudo.

Richard apertou o botão para serem levados até o térreo onde o seu carro já o esperava em frente ao prédio da empresa. Ao pisar no hall cumprimentou o porteiro, abrindo a porta para a Lindsay passar como um cavalheiro.

— Obrigada, senhor Listing. – Agradeceu a moça.

— De nada.  – Respondeu educadamente ao segui-la deixando a esposa para trás e abrindo a porta do banco de trás do carro para a assistente entrar sem perceber que sua esposa quase havia dado de cara com a porta ficando nervosa.

Paola empurrou a porta com força quase a quebrando e parou ao lado do carro vendo ele abrir a porta para a secretaria e esperando a vez dela. Porem Richard não demonstrara qualquer atitude que iria abrir a porta, ele deu a volta no carro e entrou. Paola bateu pé no chão indignada e entrou nervosa sem papo para nenhum dos dois.

Logo que saíram, Richard ligou o ar-condicionado sendo desligado por Paola de imediato.

— O que foi? – Ele perguntou.

— Não quero suar. – Respondeu com a voz irritada, ao mesmo tempo querendo disfarçar a raiva.

— Mas está frio. – Justificou.

— Só a sua Lindsay não está agasalhada. Então o problema não é meu. – Cruzou os braços.

— Tudo bem Senhor Listing. – Lindsay o tranquilizou. Já sabia a má fama que corria de Paola. Arrumar uma discussão com a mesma é que não queria de jeito nenhum.

Richard parou no farol tirando o casaco dele ficando apenas com o paletó, entregando para a secretária. Isso fizera com que Paola arregalasse os olhos ficando roxa de raiva e todas as cores possíveis. Queria esganar aquela mulher. Tentou respirar fundo olhando a janela, mas a vontade de faze-la morrer era enorme.

Os nervos de Paola só se acalmaram quando chegaram ao restaurante combinado com o novo sócio do marido. Mas seu ciúme seria testado em breve novamente.

— Richard. – Um homem baixinho com entradas da calvície e barriga saliente o chamou assim que o viu.

— Rox. – Ele sorriu e cumprimentou com aperto de mão. – Quero que conheça a minha esposa, Paola. – Apresentou a mulher diante do novo sócio a abraçando em volta da cintura.

— Senhora Listing, muito prazer. – Estendeu a mão para que ela segurasse. – Não me disse que sua esposa era lindíssima, Richard.

— Essas coisas nós não dizemos, Rox. Guardo abaixo de 7 chaves e 7 cofres. Segurança máxima – Ele riu, tirando um sorriso de Paola. – E essa é a minha secretária na qual falou ao telefone, ontem. Senhorita Miller.

Ambos se cumprimentaram.

— Vamos se sentando. – Rox sugeriu indicando as cadeiras.

Richard puxou a cadeira para Lindsay sentar e sentou-se logo em seguida, deixando a esposa em pé. Se Paola pudesse berrar naquele lugar ali, ela faria sem pestanejar. Richard estava bancando o idiota ao cubo. Ela mesma puxou a cadeira e sentou-se aborrecida. Chamou o garçom querendo gritar.

— Não chamará o garçom para sua esposa, Richard? – Rox perguntou.

— Paola não gosta que eu faço essas coisas, não é querida? Ela tem personalidade muito forte, para algumas coisas Paola é um pouco feminista. – Richard sorriu.

— Nossa. Demais. – O tom sarcástico estava evidente na sua voz. Assim que o garçom chegou a mesa, foi logo pedindo bebida alcoólica.  – Traga-me um José Cuervo.

— Tequila? Já vai beber? – Richard estava chocado. – Ainda nem pedimos a comida, Paola.

— Bebida é bom assim. Começar cedo para aguentar! – Ela justificou impaciente.

— Sua esposa tem bom senso de humor. – Rox riu.

— É.… Ótimo. – Concordou, mas não prestando muita atenção nele, Richard estava com medo do que poderia vir pela frente com a esposa bêbada.

— Ah Rox, é Rox não é? – Olhou para o sócio do marido. – Você não imagina o quão bom, mas melhora ainda mais depois que eu já estou anestesiada. Se é que me entende.

— Paola é mexicana. – Richard explicou olhando para Rox justificando o comportando da esposa. – Não é fácil segurar uma latina quando se tem muito fogo. – Riu sem graça.

— Una mujer hermosa, caliente? Queria eu ter fisgado uma. Mas sou muito frio para uma mulher latina. Me conta o segredo, Richard! – Rox passou os olhos pelo corpo de Paola e parando em seus lábios.

Paola sorriu de lado amando ser cobiçada. Mesmo sendo fiel agora ainda gostava de ser desejada, e nesse momento estava nervosa com o marido.

— Um dos conselhos que eu dou é evitar cobiçar a mulher alheia ainda mais quando o marido dela está ao lado. – Richard deu uma advertência encarando ele e colocando a mão por cima da mão da esposa.

— Ouvi dizer que os latinos são ciumentos ao extremo não que nós europeus fossem. – Rox riu.

— Apenas cuido do que é meu. – Agora a expressão dele estava séria. Paola quis gargalhar, mas sabia que não era propicio.  – Viemos falar de mulheres ou de negócios? – Richard já estava ficando bastante nervoso.

Lindsay estava apreensiva. Richard tentou se controlar o máximo possível para não pegar a esposa e sair dali. Ele já sabia que teria que aguentar e ser forte também porque quando Paola começava a beber, não tinha nada e ninguém que podia impedir.

Ele continuou sua conversa de negócios enquanto pedia para que sua secretaria fosse anotando tudo o que ouvia.

Ele foi levando até onde pôde, até ele notar que Paola começara a ficar um pouco alegre e a flertar com Rox. Ele já sabia que ela estava ficando bêbada. Achou que seria mais sensato mandar a secretaria de taxi para a empresa e se despedir do sócio. Aquele assunto continuaria para outro dia.

— Eu queria ficar com você a sós há horas – Disse Paola começando a beijar Richard dentro do carro, deixando o bafo de álcool no ar.

— Paola! Estou dirigindo. – Chamou atenção com a expressão dura e fechada. Nada adiantou, para Paola era como se estivesse dizendo, continua!

A viagem até a casa em Surrey parecia a mais longa de todas. Assim que chegaram ele tratou logo de correr escada acima com a Paola em seus braços.

— Vai voltar para a empresa? – Perguntou começando a ficar tonta assim que ele a colocou em pé no chão.

— Vou. – Segurou ela. – Paola, vai tomar banho e dormir.

— Para quê? Perder a tarde com você, meu amor? O melhor do dia? – Abraçou-o pelo pescoço lambendo o seu rosto, gemendo.

— É. Perder para descansar. – Ele a afastou.

— Porque?

— Você está bêbada, - Levou-a para o quarto ajudando a tirar a roupa.

— Não estou bêbada. – Vendo ele tirar a roupa dela e começando a beija-lo sujando-o de batom.

— Você fez um papelão hoje no restaurante. Eu disse que se quisesse me acompanhar no trabalho e nas reuniões iria se comportar e você prometeu ficar quietinha. Não foi isso o que você fez! – Sua voz alterava cada vez que ia soltando as palavras. Mas não queria gritar com ela. Ele jamais gritava com uma mulher, muito menos sua esposa. – Essa é a última vez que você pisa os pés na empresa Paola.

— Era isso o que você queria, não é? Eu bem longe do seu escritório para você transar com a sua secretária. Já que você é todo carinhoso com ela. – Tentou tirar o paletó dele.

— Chega, Paola! – Segurou o paletó para que ela não tirasse. – Você não sabe o que está falando. Eu estou falando sério. Toma um banho e descansa. Procura dormir um pouco.

— Então vem tomar banho comigo. – Voltou a beija-lo sujando ainda mais a camisa por baixo do paletó de batom.

— Não. Eu estou atrasado. Toma um banho e não volte a beber. – Olhou ela bravo, e saiu logo em seguida voltando para a empresa.

— ESTUPIDO! – Gritou antes de se afundar na banheira.  – Você acha que não vou beber? Está enganado.

[...]

A noite havia caído.

Richard entrou em casa só pensando na tarde desagradável na qual se propagou. Tudo estava indo bem demais em sua percepção. Ficar sem brigar um dia com Paola já tinha batido recorde, claro que as coisas não seriam perfeitas com a nova mudança da sua esposa. Porem ele acreditou que ela estaria mesmo disposta a mudar, e quando ele pensara na mudança, ele achou que se referia a tudo, não pensou que ela se afundaria na bebida.

Agora só queria um banho relaxante e cair na cama. Não comeria absolutamente nada. Já havia comido antes de chegar em casa para evitar uma discussão a mesa. Só restava ir para o quarto.

Ele subiu as escadas devagar e caminhou em passos lentos até seu aposento. Assim que girou a maçaneta escutou ela lhe chamar.

— Richard. – Paola o chamou da poltrona do quarto com uma garrafa de Patrón na mão e na outra uma taça.

— Paola! – Ele a avaliou de cima abaixo. Seus olhos se arregalaram.

— Oi cariño.  – Cumprimentou enrolada na toalha bebendo, com seus olhos vermelhos e inchados.

— O que você está fazendo? – Arrancou a garrafa da mão dela, jogando o resto do conteúdo na pia do banheiro

— Eu estava te esperando. – Mandou um beijo, com o cheiro do álcool muito mais forte do que antes.

— Você está caindo de bêbada. Você enlouqueceu? Você poderia entrar em coma. – Ele se enfureceu a tomando no colo e depositando na cama. O enfurecimento na voz era mais preocupação que raiva.

— Que coma? Só estava tentando esquecer que você passa mais tempo com a sua secretaria e fica de chameguinho com ela. O que há de mal nisso? – Ela soluçou e sorriu vermelha no rosto inteiro.

— Eu não fico de chameguinho com ela. Ela trabalha para mim. E devo acrescentar o quanto imatura você se comportou. Mas não vai adiantar porque você está bêbada. – Bateu os braços como se estivesse batendo continência.

— Você não fica de chamego. Só é cheio de gentilezas para ela, né? – Ficou mais nervosa ainda. – Ah, deixa eu abrir a porta da empresa e do carro. Vou puxar a cadeira para você se sentar e a minha esposa que vá para o inferno.

— Do que está falando? – Ele sentou-se na cama de frente para ela.

— Você fica com tititi de um lado para o outro com ela e esquece de fazer o mesmo comigo. – Ela rolou na cama tentando buscar a outra garrafa ao lado.

— O que eu esqueci? – Puxou a garrafa esvaziando o conteúdo da mesma e olhando ela sério.

— De abrir a porta e puxar a cadeira.

— Mas eu não esqueci.

— Só preferiu não fazer. – Ela cruzou os braços.

— Eu não preferi?! – Perguntou chocado. - Você não gosta.

— Mas podia fazer em vez de bater à porta na minha cara.

— Você já cansou de repetir para mim que odeia quando eu faço. Você disse para que eu me comportasse feito um “homem”. Qualquer gentileza que eu fazia para você, você reprovava.

— O problema nisso tudo é que você não faz para mim, mas faz para ela. E além do mais eu mudei de ideia. Como mudei de ideia com várias coisas. – Fez um bico emburrado igual criança.

— Oh meu amor. Me perdoe. É que já tivemos tantas discussões por isso. Já brigamos porque você queria que eu parasse com essas gentilezas. Olha.... Eu não quero brigar. Eu estou exausto. Vou para o outro quarto porque realmente não quero discutir. – Levantou dando um beijo na testa dela e saiu.

— ISSO. VAI PARA O OUTRO QUARTO LIGAR PARA A LINDSAY, MANDA ELA FICAR FALANDO PUTARIA NO SEU OUVIDO E BATE UMA PUNHETA SOZINHO. – Gritou para ele ouvir – Já que prefere ela e ser tudo com ela do que comigo. – Disse baixinho a última parte.

Richard preferiu deixa-la falando sozinha do que entrar naquela discussão de cabeça. Já tinha problemas maiores para resolver no trabalho, e brigar com a Paola pela milésima vez só iria piorar. Ele esperou que ela já estivesse dormindo para checar se estava tudo bem.

Andou com cuidado até o outro quarto para não fazer barulho. Girou a maçaneta e a encontrou adormecida ainda com a toalha em volta de seu corpo.

Suspirou.

Richard se sentia um monstro. Mesmo sabendo que não fizera nada proposital, ele odiava pensar que Paola estivesse magoada por culpa dele. Sempre prometeu ser um ótimo pai e marido exemplar. Jurou a tratar igual uma rainha e agora ela estava ali, chorando e sofrendo por ele ter sido um ogro. Se ele pudesse socar a própria cara, com certeza faria.

Ela estava ali, dormindo com as feições sofrida, de quem chorou muito antes de conseguir pegar no sono. Ela abraçava o travesseiro dele para poder sentir seu próprio cheiro. Ela o queria ali com ela. Mas ele resolveu fugir do problema para não brigar em vez de abraça-la e se desculpar da maneira certa prometendo que não faria aquilo novamente.

Richard aproximou-se, deitando ao seu lado, dando um beijo. Admirou cada centímetro de seu rosto antes de abraçá-la caindo no sono dormindo de conchinha.


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Notas finais do capítulo

agr sim.. comentáaaaarios



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