Invictus escrita por Downpour


Capítulo 2
Capítulo 2 - She wanna feel love




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Capítulo 2 - She wanna feel love

— Por quê estava chorando? — Lúcia perguntou para Samantha, que secou as lágrimas, e se preparou para responder ao respirar fundo.

— Nada não — a garota falou querendo não preocupar Lucia, ela tinha coisa melhor a fazer do que se preocupar com ela, certo?

—Tem certeza? — Lúcia perguntou amigavelmente, algo dizia a pequena que Sam não estava bem e precisava de ajuda.

—Tenho, não tem porque se preocupar, — a garota forçou um sorriso quase que perfeito, mostrando seus dentes alinhados. — até amanhã — Samantha falou sorrindo e acenando para Lúcia.

Pegou apressada seus pertences e se retirou do vestiário, estava frio lá fora, por isso ela abraçou o próprio corpo procurando se aquecer.

Quando chegou em casa abriu a porta e viu a mãe parada no balcão da cozinha. Ela usava seu típico avental para cozinhar, e se encontrava cortando cebola provavelmente para o jantar, os cabelos de sua mãe estavam presos em um coque desarrumado, ela vestia uma saia até os joelhos brancas e um blusa de manga curta verde. Desde que tinha descoberto sobre Sam, não se preocupava muito em manter uma boa aparência, aquilo despedaçava Sam.

— Como foi o seu dia de aula querida? — a Sra. Parkson perguntou parando de cortar as cebolas.

— Ah mãe — Samantha falou tentando conter as lágrimas, sempre era assim com ela, sua infância inteira se resume a seguinte palavra: bulling.

—Sammie não chore querida, quando tudo melhorar você já vai te se formado, aguente pelo menos o resto do começo do colegial — a sua mãe falou abraçando.

Ambas sabiam que Sam não chegaria nem ao final daquele semestre, restava apenas, acreditar em milagres.

— Quer ajuda? — Samantha perguntou e a sua mãe assentiu, ela pegou a tábua e começou a cortar o pimentão enquanto a mãe cortava a cebola. — Eu simplesmente mãe, queria viver o amor antes de morrer — Samantha falou abaixando o olhar.

Uma lágrima escorreu pelo rosto de Samantha.

— Ah minha filha, tudo que eu puder fazer para você nessas semanas eu farei — sua mãe falou secando suas lágrimas.

— É tão triste saber que eu terei somente mais quatro semanas de vida — Samantha falou soluçando. — Nos romances, é tudo tão emocionante, os sentimentos, borboletas no estomago, coração acelerado...

— Querida não pense assim talvez haja uma cura, amanhã a tarde você fará uma cirurgia Sammie, pense positivo — a mãe dela falou chorando junto com a filha.

As duas jantaram conversando sobre coisas banais, alguns filmes da época, notícias que passavam no rádio e matérias da escola. Mais tarde Sam foi dormir, e sonhou com ele. O garoto que ela sabia que nunca teria.

***

No dia seguinte ela se levantou cansada, fez a higiene matinal e se vestiu. Sua vestimenta consistia no uniforme escolar, agasalho, calça moletom.

— Bom dia mãe — ela disse sorrindo, deu um beijo estalado na bochecha de sua mãe.

— Bom dia querida, vejo que esta animada — Clarisse (sua mãe) falou sorridente. —  eu fiz o café da manhã do jeito que você gosta, torradas com geléia de morango e café com creme

— Obrigada mãe

— Agora eu tenho que ir para o trabalho se não vou me atrasar  — Clarisse se despediu dando um beijo na testa da garota, e  saiu de casa.

Samantha comeu o seu café e depois lavou o rosto e escovou os dentes. Arrumou a sua mochila da escola e saiu. Foi á pé para o ponto de ônibus, e viu Lúcia e um garoto de olhos castanhos pele morena e cabelos negros que lhe caiam no rosto e ele soprava. Era o garoto que ela tinha sonhado, sua paixão platônica.

— Oi Sammy posso te chamar assim? — Lúcia falou se aproximando de Samantha sorrindo.

— Claro — Samantha murmurou tímida.

— Você mora aqui perto? — Lúcia perguntou

— Ah sim moro na rua do lado desta numa casa amarela grande — a menina sorriu.

— Você se mudou para cá recentemente? — Lúcia perguntou enquanto as duas e o garoto entravam no ônibus.

— Para falar a verdade, eu e a minha mãe se mudamos no começo de setembro, então um mês depois ela me transferiu para cá — Sammy falou prevendo que Lúcia seria uma boa amiga.

 


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