Dysfunctional family escrita por Srta Rufino


Capítulo 5
Ele não é tão ruim assim...




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Fechei a porta e me escorei sobre ela. O meu coração batia tão acelerado como se eu nunca tivesse feito aquilo antes, meu corpo inteiro parecia quente demais... Culpa dele! Todo meu corpo reagia tão rápido quanto eu era capaz de me controlar, mas esse dia, tinha sido absolutamente perfeito:
            - Vejo, que alguém teve um dia incrível! – Disse Damon de forma assustadora, eu apenas respirei fundo.
            - Pensei que a minha sessão de conversas sérias seria com Stefan... – Sussurrei, não importava muito, nada tiraria meu bom humor.
            - Algumas coisas estão fora da jurisdição dele Bonnie! – Era estranho vê-lo tão sério, ele precisava de um namorada, realmente esse não se parecia em nada com.. – Bonnie, não tenho escolhas, você matou aula hoje, você está de castigo!
            - O que? – Arregalei, os olhos totalmente surpresa, aquilo era o fim do mundo.
            - E pelo que eu andei conversando com outros pais que não tem filhos, castigos incluem voltar direto pra casa depois do colégio e nada de festas no final de semana... – Ele sussurrou, então era por isso.
            - Mas eu nunca fiquei de castigo! – Argumentei, não depois de tudo que eu tinha descoberto, de tudo que tinha acontecido.
            - Você nunca fez muitas coisas Bonnie Bennett, e é melhor continuar assim... – Damon estava querendo dizer outra coisa, olhei pra ele chocada.
            Caroline e Elena tinham razão! Quanto à festa, quanto a tudo, era por isso que Stefan estava tão chocado e agora, era isso mesmo que Damon estava tentando evitar.

            No dia seguinte, estávamos reunidos no auditório, era outra aula que tínhamos com quase todo mundo também. Eu estava arrasada ao contar pras meninas sobre meu castigo, justo agora:
            - Você tem que dar um jeito de ir! – Disse Caroline, pensativa. – Olha a festa vai ser tipo a realização de todos os seus sonhos.
            - E mais! – Acrescentou Elena. – Tem que dar um jeito de ir! Não podemos deixar sua prudência atrapalhar sua vida nesse final de semana, só nesse final de semana, vai valer a pena!
            - Não sei não meninas... Eu não quero decepcionar mais ainda... – Naquele momento Kol chegou.
            Atrasado, com os cabelos molhados. Estaria chovendo? Ou ele havia acabado de sair do treino? Como sempre lindo e charmoso, as garotas olhavam pra ele com freqüência. Acenou pra nós com um meio sorriso e foi sentar-se com seu grupinho.
            - Se eu vou sair escondido! Vou precisar de ajuda! – Disse decidida.
            - Olha, Damon não falou nada sobre pessoas irem pra sua casa certo? – Perguntou Elena.
            - Exatamente, vamos pra sua casa hoje planejar a sua fuga! – Ela sorriu, provavelmente já tinha um plano inteiro na cabeça.
            Alguns minutos depois chegou, a que seria, provavelmente, a professora mais gotosa de todo o colégio. Uma explicação bem lógica pra aquela sala está repleta de todos os garotos possíveis, até mesmo os que não estavam nem aí pro teatro:
            - Deve ser muito chato ter seus tios te dando aula não?! – Comentou Elena.
            - Deve ser muito estranho ter seu tio pegando a sua mãe! – Caroline concordava com a cabeça afirmativamente.
            - Parem vocês duas... estou tentando me concentrar! – Falei, olhando Rebekah Mikaelson entrar, com seus assistente da vez...
            - Stefan... – Sussurrou Elena, voltando seu olhar pra nós. – Você sabe o que eu já ouvi sobre os assistentes daquela mulher!
            - “Daquela mulher” pensei que você gostasse dela! – Caroline ria.
            - Eu to ouvindo ciúmes na sua voz?! Mas e a questão do superar?! – Impliquei, Elena bufou cruzando os braços.
            - Vocês são irritantes!
            Stefan com a professora?! Seria possível... Se fosse seria um segredo certo?! Então meio que ninguém podia ficar sabendo... Meio que ele não podia me julgar, podia?!

            - Eu pedi pra vocês se reunirem em grupo, porque eu tenho um exercício novo bem interessante e divertido pra vocês! – A loira sorriu, pegando uma caixa. – Vocês vão montar uma cena e como estamos na campanha de prevenção são todas referentes aos cuidados a serem tomados.
            - Não to gostando disso... – Sussurrei pra Caroline, que por sua vez parecia bem animada com essas coisas.
            - Vou primeiramente sortear as duplas! – A professora pegou duas caixas e levou até Matt. – E então?
            - Minha dupla é o Tyler... – Respondeu, pelo menos não ia ser tão estranho. Rebekah não agüentou e começou a rir.
            - Será que você vai ficar com o Kol? – Perguntou Elena bem baixo.
            - Óbvio que não sou péssima em sorteios!
            Tyler iria tirar o papel, colocou a mão na caixa e tirou sua ação:
            - “Estou grávida e meu namorado me deixou porque não estava pronto pra ser pai”  - Tyler olhou de olhos arregalados pra loira. – Professora...
            - É só um teatro vocês vão se sair bem! – Ela mordeu o lábio pra não rir. – Não esqueçam a barriga.
            - Minha vez! – Kai piscou o olho pra professora e tirou o papel, eu dei de ombros, queria mesmo saber quem o Kol ia pegar. – Bonnie Bennett.
            - Que? – Olhei surpresa.
            - Parece que alguns relacionamentos vão ser testados. – Rebekah estava se divertindo demais, Kol ficou bem atento quando coloquei a mão na caixa pra pegar minha cena.
            - “Fui imprudente e meu parceito me passou uma DST na minha primeira vez.” – Arregalei os olhos, a sala inteira ria. – Como se monta um teatro com isso?!
            - Vamos dar um jeito nisso Bon... – Disse Kai sorrindo daquele jeito dele.
            - Isso está sendo melhor do que pensei! – Rebekah levou a caixa até Kol.
            Ele respirou fundo e tirou um nome:
            - Davina! – Ele sorriu, a garota se animou toda pra tirar a cena.
            - Vaca! – Disse sem pensar, todo mundo olhou pra mim. – Digo... que espécie de vaca é tão burra pra pegar uma DST de primeira?!
            - Professora gente pode trocar? – Perguntou Tyler, apontando pra mim.
            - Não! Não pode! – Ela se virou pra Davina. – E aí?
            - “Engravidei  acidentalmente e meu namorado quer que eu aborte. “ – Davina olhou o papel e olhou pra professora. – Porque os namorados são sempre os vilões?
            - Porque isso se parece com a vida real! – Rebekah riu triunfante, Stefan teve um ataque de tosse. – Lembrem-se! Vão apresentar isso na próxima aula!

            Hoje era o dia que saíamos mais cedo, ainda mais por causa da queima do gerador do colégio, que havia sido tostado e quase provocou um incêndio. Tivemos que deixar o nosso encontro na minha casa pra mais tarde, graças ao trabalho de teatro, eu estava me preparando pra ir embora andando, já que Stefan tinha desaparecido depois que a luz acabou, quando vi Kol e Davina deixarem o colégio naquele belíssimo carro vermelho:
            - “Não, não preciso de uma carona, obrigada por se importar” – Ri de mim mesmo, que situação engraçada, não saber o que está acontecendo direito, podia não ser absolutamente nada, como podia ser alguma coisa.
            - Bonnie! – Virei-me ao ouvir Kai me chamar, mais cedo ou mais tarde teríamos que fazer isso. – O que você acha de começarmos hoje, pode ser na minha casa, eu sei que odeio lá e todo mundo sabe, mas está vazia, o máximo é que tem meus muitos irmãos, mas eles não vão atrapalhar, pode até ser divertido, eu sei que você preferia...
            10 minutos depois:
            - Tudo bem! – Interrompi, ele falava mais que a Caroline. – Mas você pode por favor me dá sua faca? Eu vou me sentir melhor se você me der a sua faca!
            Ele abriu a mochila e realmente tirou uma faca de lá de dentro, fiquei olhando chocada:
            - CARAMBA! Você anda mesmo com uma faca!! – Gritei, sentindo muito nervoso peguei a faca.
            - Ah Bon... Acho melhor eu ficar com isso – Ele sorriu tirando uma mecha no meu cabelo do meu rosto e pegou de volta faca. – É só pra charme Bon, agora você não está muito mais interessada em mim?! – Ele brincou, não pude não rir.

            O quarto de Kai não havia nada de surreal, ou de assustador. Era completamente normal, a única coisa incomum, era realmente os gêmeos correndo pela casa e eventualmente invadindo o quarto. Eu me sentei na cama pra espera-lo jogando a minha mochila na cama.
            Meu celular vibrou:
            - “Está viva?” – Caroline perguntou, obviamente devia estar me zoando, ela estava com Elena, Matt e Tyler, ela provavelmente iria fazer os dois trabalho, o tema dela era o mais fácil “Tenho que contar a minha mãe super tradicionalista que eu vou ter um bebê”.
            - “Sim, eu estou! “ – Devia ter muitas garotas engravidando naquele colégio.
            - Você é uma garota! – Ouvi uma menininha loira dizer, seguida por um menino.
            - É amiga do Kai? – O menino perguntou.
            - Sim e sim! Estão corretos, mas porque a supresa ele normalmente trás caras pra casa?! – As crianças acharam graça.
            - ha ha ha! Hilário Bonnie Bennett! – Kai colocou as crianças pra fora do quarto e sentou-se ao meu lado.
            Definitivamente, ele estava diferente, não parecia o mesmo do colégio, quando já estávamos há muitas horas conversando não resisti:
            - Foi você que queimou o gerador? – Perguntei curiosa, aquela altura já não estava tão estranho, sentei no meio da cama e fiquei encarando por uns segundos.
            - Talvez... – Ele sorriu, me olhando se aproximando um pouco mais. – Tá fui eu!
            - Você é meio louco sabia ?! – Não pude evitar não rir. – Mas confesso que é bem diferente do que eu pensei que você fosse.
            - E o que você pensava? – Insistiu ele.
            Respirei fundo, ficando desconfortável:
            -  Eu pensei que você era só “Revolta” – Falei, pensava que você tinha matado seu irmão também!
            - Espero que agora... você me dê a oportunidade! – Eu demorei uns segundos pra entender o que ele estava querendo dizer.
            - Oportunidades? Olha! Eu acho que vo.. – Fui interrompida, ele me beijou.
            - Desculpe... Acho que eu não resisti! – Ele disse, sorrindo de forma divertida, mas não se afastou, sua mão foi parar na minha cintura, eu sabia que viria mais um e foi o que aconteceu.
            Mais um e dessa vez eu correspondi. Tudo estava acontecendo tão rápido, ele estava praticamente em cima de mim...
            - KAI! – Ouvi a voz de um homem furioso gritar, ele se afastou de mim num sobressalto.
            - Temos que ir agora! Pela janela! – Ele disse, pegando meu sapato e minha mochila jogando pela janela. – Desculpa!
            - O que?! – Olhei confusa, quando ele me puxou da cama. – Vai me fazer sair pela janela.
             - Vamos fazer o trabalho na casa da minha irmã! – Ele parecia preocupado os gêmeos invadiram.
            - Rápido! Rápido o pai está em casa! – Diziam juntos.
            - Estamos fugindo do seu pai? – Perguntei, ele saltou pela janela.
            - É complicado! Vem! Vou te segurar, pela arvore! – Ele orientou.
            - Vamos atrasa-lo! – Disse o menino, e se foram pelo corredor.
            - Não acredito que vou fazer isso... – E fiz, saí pela arvore e Kai me pegou, bem segura, sem um arranhão.
            - Eu falei que você podia confiar em mim... – Ele sorriu, sem me soltar.
            - Bonnie! – Olhei pra ver Kol totalmente confuso, Kai aproveitou o momento pegou minhas coisas e deu pra ele.
            - O que você está fazendo aqui? – Perguntei meio confusa, ajeitando minha blusa.
            - Será que você pode leva-la pra casa pra mim? – Perguntou Kai. – Eu to com um probleminha! – Ele sorriu de um jeito maroto, Kol estava bem sério, mas quando um homem saiu da casa furioso, me vi indo embora com ele, enquanto Kai corria muito até se perder de vista.

            Bonnie Bennett, o que você está fazendo?!

            - Você está bravo? – Perguntei sem encará-lo.
            - Seria mentira se eu dissesse que não, mas eu não tenho o direito. – Disse ele fazendo uma curva.
            - Claro que tem... Quer dizer eu te beijei ontem e aí hoje eu beijei o Kai, eu me sinto horrível, tudo foi muito rápido, eu... – Ele riu sem humor e me interrompeu.
            - Eu estava indo na sua casa, quando descobri que você não tinha voltado, seu tutor estava preocupado e eu culpado. – Ele manteve o olhar fixo na estrada.
            - Culpado? – Ergui uma sobrancelha.
            - Eu dormi com a Davina. – Aquelas palavras foram duras feito gelo, era como se eu tivesse mergulhando em um rio quase congelado.
            Eu senti uma pontada no coração e sabia que era puramente sentimental, um aperto terrível. Quando o carro parou, eu simplesmente saí, correndo dentre os carros sem de verdade enxergar nenhum. Tudo aquilo era loucura, afinal, não éramos nada...

            Meu mundo estava quebrado.


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Notas finais do capítulo

E aí com pena da Bon bon ? Com raiva do Kol? Ao contrário? Nenhuma das opções ?
Eu adoraria saber!



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