Dysfunctional family escrita por Srta Rufino


Capítulo 6
O quão ferrado eu estou


Notas iniciais do capítulo

Eu estou feliz pela chegada de mais uma leitora, então obrigada!
Mais um capitulo agora!



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Então era isso?! A sorte havia escolhido o Kai pra fazer par com Bonnie? Tudo bem, o que eu tenho haver com isso?! Tenho certeza que ela não queria isso, tanto quanto eu não queria. – Era tudo que eu pensava quando o gerador estourou deixando o colégio sem luz e sem água gelada.
            - Adivinha só quem fez isso?! – Mary Lousie sorriu, entrelaçando os dedos nos de Nora, ela pareceu gostar da brincadeira e sua namorada também.
            - Escuta! Vamos ser liberados, porque não vamos resolver isso do trabalho logo e assim você pode voltar a se concentrar na Bonnie. – Disse Davina, chegando provavelmente da coordenação.
            - Qual é Dav?! Não é nenhuma tortura pra mim, fazer o trabalho com você! – Disse sorrindo, ela não parecia nada convencida. – Tá... vamos fazer o trabalho!
            - Vamos logo! – Ela jogou a mochila por cima do ombro, estava de mal humor.
            - Só um minuto eu vou deixar a Bon em casa... – Falei, quando a vi conversando com Kai.
            - Vai dá uma carona pra ele também? – Perguntou Nora, maldosa.
            - Acho que ele vai deixa-la em casa. – Completou Mary Lousie com um sorriso sínico.
            - Por mim tanto faz! – Menti, pegando a mochila de Davina. – Vamos pra sua casa! E não vou falar no nome dela o dia todo.
            - Isso é uma promessa? – Perguntou Mary Lousie. – Porque se for, eu amaria conferir!

            Eu já estava muito acostumado a ir pra casa da Davina, ela era minha melhor amiga desde que deixou de me odiar por causa da irmã dela. O que ninguém sabia, é que a nossa amizade costumava ser meio incomum:
            - Davina você já está em Cas... Kol Mikaelson! – Que azar, demos de cara com a irmã mais velha dela.
            - Mary Alice Clair. – Deu o meu melhor sorriso, que obviamente a fez ficar com uma raiva dupla.
            - Eu já to saindo! – A loira revirou os olhos, vestiu um casaco. – Juízo Davina! – Ela gritou antes de bater a porta com força.
            - Acho que ela não estava planejando sair! - Falei, pensando no shortinho que ela estava usando, fui até a geladeira, abri e peguei um refrigerante.
            - Ela te odeia nunca mais vai ficar no mesmo ambiente que você, provavelmente está na casa da Astrid. – Ela me puxou pela mão. – Sala!
            Fiz uma careta, me sentando no sofá:
            - Eu vou ser sempre julgado pelas coisas que eu fiz no passado?! – Perguntei, fingindo-me de ofendido.
            - Você quebrou o coração dela! Você devia ter medo Astrid poderia muito bem fazer um vodoo de você! – Davina achou graça, eu não ri. – Quer dizer isso era antes de você se apaixonar... – Ela ficou séria.
            - Onde quer chegar? – Perguntei, deixando a lata em cima da mesa.
            -  Porque você não admite que não é mais o mesmo e a gente para de fingir que temos um lance?! – Davina parecia magoada, claro que estava...
            - Eu nunca disse que tinha mudado, você ficou dizendo tudo isso sem parar, eu falei pra você na sala, “Não, não e não!” você viu como tudo foi rápido e um tremendo mal entendido! – Me expliquei, respirando fundo, nem sabia direito o que eu estava falando, eu só pensava em concertar as coisas, não queria perder minha melhor amiga.
            - Você vai continuar chamando a Bonnie de mal entendido? Porque pra você é tão difícil de admitir que você está se apaixonando por ela? – Insitiu Davina, os olhos me varriam com toda a sinceridade.
            - Porque eu não estou apaixonado! – Menti, eu podia esquecê-la, eu tinha certeza que repetir isso ia mudar as coisas.
            - Então diz que não está apaixonado pela Bonnie Bennett com todas as letras. – Insistiu Davina, não por maldade, ela queria que eu parasse de mentir. – Me dá a sua palavra.
            - Isso sobre nós dois ou sobre ela? – Desconversei, pegando a mão dela. – Eu vou esquecê-la, eu só preciso de você do meu lado, como sempre.
             - Mas você nunca admitiu pra ninguém que tínhamos um “lance”, mas pra proteger a Bonnie você se manifestou, se meteu numa confusão que nem era sua! – Ela olhou pra baixo.
            - Eu prometi que eu não falaria nela hoje! – Disse, tocando o rosto da garota e a beijando com intensidade.
            Estava ansioso pra me afastar de qualquer pensamento ou qualquer outra coisa, a tomei pra mim, por mais que estivesse relutante ela cedeu, seus braços envolveram meu pescoço, eu levei pro quarto.
            E naquele momento, eu realmente não pensei em Bonnie Bennett, mas enquanto vestia minhas roupas, ela já voltara a me assolar. Sentia um ímpeto terrível de confessar, de implorar pelo perdão dela, por mais que não houvesse nada:
            - Quer que eu te acompanhe? Acho que minha irmã já voltou... ela não devia esperar que você ficasse tanto. – Disse Davina, enrolada no cobertor da cama.
            - Não se preocupa, posso lidar com sua irmã! – Disse, beijando sua testa, antes de descer.

            Assim que desci as escadas dei de cara com Astrid e Mary Alice encarando-me sentadas no sofá, olhei meio desconfiado querendo passar logo, o mais distante possível, quando ia chegando à porta, a loira me empurrou na parede ela estava segurando algo metálico e brilhante:
            -  Isso é uma faca! – Arregalei os olhos, quando vi pra onde ela estava apontando, Astrid permanecia impassível no sofá, olhou pra nós e depois começou a folhear uma revista.
            - Magoa a minha irmã! E vou arrancar o Kol jr para consolá-la, entendeu? – Ela estava mesmo furiosa, só concordei.
            Aquele foi outro momento que consegui não pensar em Bonnie Bennett, mas depois na segurança do meu carro, me peguei dirigindo até sua casa.

            Tudo acontecendo tão rápido, ela não estava em casa, estava com Kai, chegar vê-los daquele jeito, tão grudados , me fez pensar o que eles teriam feito. Passaram o dia inteiro juntos e ela nem se lembrou de ligar pra Damon, mas o que eu tinha direito de falar?! Mas nada fez eu me sentir pior do que vê-la fugindo de mim, preferindo se enfiar naquela rua repleta de carros:
            - Bonnie! – Gritei, ela nem sequer olhou pra trás, se eu não fosse atrás sabe se lá o que aconteceria, eu jamais me perdoaria por isso.
            Então, sem pensar duas vezes, pulei do carro também, estava preso num engarrafamento mesmo, não ia chegar a lugar algum, não conseguir me importar com a bronca que eu ia levar:
            - Espera! Vamos conversar! – Pedi, ela olhou pra trás e pareceu surpresa, mas começou a correr mais.
            - Vá embora! – Ouvi ela gritar, eu não desistiria tão fácil.
            Eu a alcancei com facilidade, a puxei pela cintura, tirando-a do chão:
            - Me solta! – Gritava Bonnie tentando se soltar.
            - Hey! Calma! Calma! – Eu pedia, ainda sem deixar que ela se soltasse. – Vamos conversar ta bem? Nada de correr!
            Eu a coloquei no chão, ela olhava pra mim, parecia muito brava os olhos meio avermelhados, eu escorei minhas mãos na parede:
            - Você vai me ouv... – Ela me interrompeu com um chute muito bem dado no meio das minhas pernas, gruni, caindo de joelhos sentindo aquela dor terrível.
            - AH CARAMBA! – Ela colocou as mãos na boca pareceu chocada consigo mesmo. – Desculpa! Desculpa! Você está bem?
            Ela era mesmo inacreditável, respirei fundo, sem me importar de estar na rua, sentei no chão mesmo, me escorando na parede, ela se agachou na minha frente:
            - Ahn... Agora se você ainda quiser falar eu vou te ouvir... – Ela disse sem me encarar.
            Céus! Eu quis muito beijá-la:
            - Eu mereci isso... – Disse, ela levantou os olhos, voltando a fazer aquele bico de quando estava brava.
            - Merecia muito mais! – Falou decidida, eu sorri.
            - Eu sei, eu estraguei tudo, eu me recusei a admitir que estava apaixonado por você e quando finalmente me dei conta, eu não soube o que fazer.  – Disse sinceramente, ela me olhou por uns segundos.
            - Kol Mikaelson não soube o que fazer? – Bonnie me encarou, eu começava a odiar a minha reputação e a forma como as pessoas diziam meu sobrenome. – Que tal não dormir com outra mulher?
            - Que tal não beijar outro cara? – Insisti na defensiva.
            - Você quer mesmo comparar? – Ela se levantou, eu também.
            - Não! Não, eu não quero!  - Me aproximei dela com cuidado, tocando o seu rosto. – É a primeira vez que me preocupo tanto com alguém, que sinto tanto ciúmes de alguém, eu não quero te ver com outra pessoa, te ver no colégio com Kai me deixou maluco, depois que você passou o dia todo com ele... quando eu soube, eu quis imediatamente buscar você, te afastar dele! Eu era incapaz de admitir...
            - Admitir o que? – Perguntou, ela não estava mais com raiva.
            - Que eu quero que você fique comigo e com mais ninguém, que todo mundo saiba que você É a minha namorada, com todas as letras, oficialmente! – Ela desviou o olhar, eu toquei o rosto delas, fazendo-a olhar pra mim. – Me diz que não é muito tarde, por favor.
            - Eu nascei pra ser trouxa mesmo... – Ela sussurrou sorrindo, eu a beijei de forma apaixonada, ela correspondeu por uns segundos e se afastou bruscamente.
            - Seu carro! – Ela gritou. – Você é maluco?! Deixou ele lá, seu pai vai te matar!

            E foi exatamente assim que terminamos a noite, correndo de volta até a rua com esperança do carro ainda está lá!
            Por sorte encontrei Klaus no caminho e ele havia encontrado o meu carro, eu estava realmente aliviado quando ele me devolveu as chaves:
            - Acho melhor você levar a garota pra casa! – Ele disse sério, eu prometi que levaria. – Você tem que tomar mais cuidado.
            - Vou tomar, eu só vou deixar-la em casa e vou pra casa, você não quer ir com a gente? – Perguntei, ele deu um sorriso.
            - Não mesmo, tudo que eu não quero no momento é ter uma sessão grátis de amor adolescente! – Eu apenas concordei, e fui deixar Bonnie em casa.
            Ela teria que explicar muita coisa pra Damon, então me despedi com um beijo e segui pra casa. Encontrei minha mãe na sala, olhando a TV desligada, obviamente tinha alguma coisa errada:
            - O que aconteceu? – Perguntei, ela levantou-se, respirou fundo.
            - Klaus e eu terminamos. – Ela disse, claramente, ela não queria dizer nada sobre aquilo.
            - Porque? – Perguntei, aquilo era meio chocante pra mim, eles estavam juntos há algum tempo, depois do divorcio.
            - Coisas de adulto! – Falou vagamente.
            - Você está bem? – Insisti, naquele momento ela fez um careta e vomitou no meu pé.
            - Mãe... Você não está grávida, está?

            E mal sabia eu o que iria me esperar amanhã, como diria Ivie O’connell em a múmia “A morte é só o principio”.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que vocês acharam?



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