Cidade Imortal escrita por Manuca Ximenes, Cris Herondale Cipriano


Capítulo 20
Capítulo 19




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Capítulo 19

Emboscada... Para todo sempre, parabatai... Declaração de guerra.

Lily, Maia e Demétrio conseguiram escapar da emboscada, mas havia alguma coisa no ar, alguma coisa que Lily não conseguia determinar.

—Acho que nós temos que informar a clave. –Revela, incerta.

—Nós temos o quê? –Pergunta Demétrio, abismado.

—Informar a clave. Eu posso ser cabeça dura, mas sei quando algo de muito ruim está prestes a acontecer. –Responde, engolindo em seco.

Lily pode observar Maia afastar-se dos dois, ficar a beira do telhado e observar a ruía, a movimentação dos mundanos.

—Vou colocar a matilha atrás do que é que tenha nós seguido. –Afirma, segura.

—Já deveria ter feito isso. –Afirma Lily, discando mais uma vez para Alec, mas o mesmo atende.

—Nada ainda? –Pergunta Demétrio, preocupado.

—Essa deve ser a milionésima ligação que ele ignora. –Responde, irritada.

—Devemos ir ao instituto. –Revela Maia, aproximando-se dos dois e soltando um suspiro.

—Sabe que vampiros não podem pisar em solo sagrado. –Acusa Demétrio, revirando os olhos.

—Não precisamos entrar, só precisamos chamar a atenção. –Afirma Maia, virando-se, no mesmo segundo que uma sombra negra começa a tomar forma de uma garra, garra esta que se enterra no corpo da lobisomem, fazendo-a gritar.

O sangue da lobisomem começava a fazer poça, quando a criatura jogou o corpo sem vida da mesma no chão, sumindo logo em seguida.

—Maia. –Chama Lily, agachando-se ao lado da amiga, tentando de alguma forma acorda-la. –Demétrio, vá procurar ajuda. –Manda, nervosa.

—Não adianta, Lily. –Garante, tocando no ombro da companheira. –Ela está morta. –Garante, com pesar.

...

Will estava sentado na cama olhando para a janela sem realmente ver nada, sua mente rodava com perguntas, lembranças e incertezas, estava tudo embaralhado em sua mente, tentava se lembrar o que realmente acontecera, como conheceu Sebastian, Valentim e o menino que ele lembrou se chamar Max. Mas sua mente teimava em voltar para Tessa e Jem, realmente haviam se passado tanto tempo assim? E como Jem havia se curado? Tessa e Jem, toda vez que pensava nisso seu coração doía, ao mesmo tempo em que ficava feliz pelas duas pessoas que mais amava no mundo, também ficava triste, pois seu tempo já havia passado. 

Outra coisa que o estava levando a loucura era saber que seus filhos já haviam morrido, era um baque, apesar de saber que já haviam morrido a muito tempo, sentia uma dor aguda no peito, nenhum pai deveria saber o que era ter um filho morto, pensou o rapaz com lagrimas nos olhos. Seu Jamie com maravilhosos olhos dourados, seu jeito tímido de ser, nem parecia ser filho de quem era, seu garotinho, mesmo depois de grande Will vivia chamando-o de Cariad. E Lucie, sua princesinha, com seus lindos cabelos castanhos e incríveis olhos azuis herdados dele, a pequena vivia escrevendo, amava escrever, a paixão pela escrita exalava de cada poro de seu corpo.  Will sentiu uma lagrima solitária escorrer pelo rosto, sentiu que seu mundo havia desmoronado, não pertencia aquele lugar, seu lugar era com seus filhos, com sua família, com Tessa, mas não essa Tessa, sua Tessa.

Jem entrou no quarto nesse momento e viu uma lagrima silenciosa correr pelo do parabatai e interpretou erroneamente o motivo, seu coração se quebrou, nunca quis magoar Will, sempre amou Tessa, desde a primeira vez que a viu, mas quando soube que Will também a amava não pensou duas vezes em abrir mão da mulher que amava para que seu tão sofrido parabatai pudesse ter um pouco de felicidade na vida. Mas ao que parecia, acabara magoando-o, podia ver a tristeza que exalava de Will.

— Will? - Chamou com voz suave, ainda estava se acostumando com o fato de Will estar de volta.

Will rapidamente secou o rosto com as mãos e olhou para Jem que estava parado na entrada do quarto indeciso se entrava ou não.

— Sim? 

Jem olhou com angustia para o irmão, que tinha os olhos vermelhos e o rosto mais pálido que o normal, se aproximou de Will e se sentou no canto da cama.

— Will, sinto muito, nunca quis te magoar Will, p-pensei q-que o fato de ter me curado da minha doença e deixado de me tornar um irmão do silêncio, fosse um presságio de que eu p-poderia ser feliz novamente Will, desde que você morreu um vazio se instalou dentro de mim, me faltava um pedaço Willian, minha outra metade. Sinto muito, se e-eu soubesse que o fato deu ter me casado com Tessa fosse te magoar tanto, eu juro que nunca teria me casado. - Disse Jem angustiado.

Will o olhou fixamente por um tempo, em seus olhos incrivelmente azuis podiam se ler claramente a batalha interna do garota, dor, saudade, amor, frustração e confusão. O rapaz respirou fundo e encarou seu parabatai.

— James, como pode achar que estou infeliz por você ter finalmente achado a  felicidade? Você sabe que eu nunca teria me oposto se você tivesse ficado com Tessa, James eu me afastaria, nunca me colocaria entre vocês, vocês dois são as pessoas que mais amo, daria tudo pra ver vocês felizes, entenda James Carstairs, você é e sempre será a minha melhor metade! 

— Então por que essa tristeza tão grande em seus olhos meu irmão? 

— Porque me dei conta que meus filhos estão mortos, Jamie e Luce estão mortos James, como eu não poderia ficar triste? Nenhum pai deveria ter que enfrentar a morte de seus filhos! 

Jem finalmente entendeu a confusão que estava a mente do parabatai e se amaldiçoou por ter sido tão estúpido e não perceber que Will sofreria ao saber que já havia passado mais de um século desde sua morte. Soltou um suspiro cansado e abraçou seu parabatai.

— Sinto muito Will, se pudesse tiraria essa tristeza em seu coração. 

Will se afastou se recompondo e encarou Jem. 

— Já decidiram o que vão fazer a respeitos dos outros que saíram comigo?  - Pergunto recomposto, era sempre melhor se focar no trabalho do que em suas emoções, nunca fora bom em lidar com elas, seu histórico não era dos melhores, Jem que não o deixava mentir.

— Sim, mandei uma mensagem para Jace no instituto de Nova York, avisei que estamos indo para lá amanhã, quanto mais rápido informarmos a Clave, mais rápido podemos conter Sebastian e Valentim e seja lá qual for seu plano macabro. - Disse Jem com um suspiro notando a manobra de Will em mudar de assunto, era sempre assim, Will nunca gostou de falar de seus sentimentos. 

— Esse Jace, você disse antes que seu nome era Jace Herondale, ele tem algum parentesco comigo? 

Jem sorriu, um sorriso sincero e feliz. 

— Will, Jace é um cópia fiel de você, nunca vi alguém se parecer tanto! 

— Ele deve ser um cara e tanto em então. - Disse Will com um sorriso de canto. 

Jem soltou uma gargalhada daquelas que só Will conseguia arrancar.

— Ah Willian, como senti sua falta meu parabatai! 

— Eu também James, eu também. - Disse Will segurando a mão de Jem com força, talvez se sentisse deslocado estando ali, mas uma coisa era certa, Jem sempre seria sua melhor metade. 

...

Rafael acreditava, piamente, que as coisas no instituto estavam ruins, mas agora descobriu que elas estavam péssimas, pelo menos em certo ponto.

O julgamento de Max foi cancelado devido a novas provas, ou seja, Clary havia mentido para acobertar Max, seu avo Robert estava com o filho para cima e para baixo, Maryse estava cantarolando, em contra partida Jocelyn estava catatônica, Clary estava fugindo dos sentimentos que deveria ter pela morte de Luke e Mia só fazia chorar e quebrar tudo o que via pela frente.

No fim...

Entre mortos e feridos todos salvos!

Ou pelo menos estariam caso Serena pudesse mentir, como ela não podia, as coisas viriam a se complicar e muito.

—Tio Jace. –Chama, aproximando-se do loiro.

—O que aconteceu desta vez? –Pergunta, nervoso.

—A rainha Seelie declarou guerra à clave. –Responde, cruzando os braços para trás.

—Como? –Pergunta, gritando e caminhando pelos corredores.

—Se ela ainda não comunicou, vai comunicar em poucas horas. –Responde, apressadamente, sentindo que estava sendo seguido por Gabriella.

—O que eu posso fazer? –Pergunta Gabi, preocupada.

—Avise ao papa e ao Blue. –Manda Rafa, apontando em direção a Gabriella, que sai correndo na direção oposta.

—Como pode ter tanta certeza de que não é um truque? –Pergunta, olhando Rafael nos olhos.

—Ela falou com todas as palavras, até onde me conta fadas não podem mentir. –Responde, parando Jace e olhando-o nos olhos. –Ela estava falando sério, acredito que tenha sido ela que tenha aberto a fenda. Ela queria libertar Sebastian. –Afirma, categórico.

—Por quê? –Pergunta, confuso.

Rafael engole em seco, ele tinha uma teoria, mas ela era, extremamente, bizarra e provavelmente não tinha nenhum fundo de verdade.

—Acredito que Sebastian seja pai de Serena. –Responde, deixando Jace pálido.

 


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