À Espada Pelo Sangue escrita por LahChase


Capítulo 52
Capítulo 42 - A Sala Da Coleção


Notas iniciais do capítulo

Oiee ^^
Gente, perdoem-me por não ter postado no fim de semana, como prometido. Ultimamente meus fins de semana me cansam mais que os dias de semana, e eu não tive tempo, de verdade.
Anyway, aqui está o capítulo ^^ Agradecimentos a Minoran, Leta Le Fay e Ary pelos comments lindos e maravilhosos que me deixam com um sorriso besta na cara ♥
Bom, vejo vocês no final :3



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Por que demoraram tanto? — a reclamação de Hiro nos alcançou assim que ligamos os comunicadores.

Para que a bateria não se esgotasse mais rapidamente do que o tempo que precisávamos, o garoto nos instruiu a só ligar os aparelhos quando saíssemos do salão principal para procurar a adaga, e nós agora os colocávamos enquanto caminhando até o quarto que eu procurava.

— Alguém ficou de conversinha com os priminhos. – Ian acusou.

— Na verdade, lembro-me de alguém estar cochilando. – devolvi.

Pelos deuses, vocês dois. — a voz de Izumi soou – Foco.

— Matt, vocês já entraram no prédio? – perguntei.

— Sim. — ele respondeu – e nos escondemos com sucesso em um quarto desocupado.

— Vocês têm cinco minutos até o momento para entrar na festa. – Izumi lembrou – É necessário que já tenhamos tudo pronto quando formos entregar a Adaga.

Algum sinal de Himeko Nee-sama? – Hiro perguntou.

— Eu observei bem quando chegamos. – Ian respondeu – Ela não está aqui.

— Aliás, se estivesse — Charlotte acrescentou – daria para sentir a presença dela antes mesmo de enxergá-la.

Eu me desconectei da conversa, por alguns instantes confusa sobre que direção tomar. “Direita?” perguntei a mim mesma “Não... Tenho quase certeza de que é um corredor sem saída... Droga. Quem inventou de deixar as luzes apagadas?”.

— Oi, novata. – Ian chamou e eu pensei que ele realmente precisava parar de usar expressões japonesas. “Oi” não soa exatamente como “ei”, sabia? – Sabe para onde estamos indo, certo?

— Cala a boca, cérebro de camarão. – rebati – Claro que sei, só preciso me lembrar...

May-chan, se precisar, tenho a planta da casa aqui. — Hiro ofereceu.

— Obrigada, Hiro, mas eu duvido que nessa planta tenha uma etiqueta dizendo “sala da coleção de antiguidades”. – respondi, levando a mão ao queixo.

Encarei o corredor, chegando a uma conclusão. “Esquerda, com certeza”, e virei à esquerda, com Ian me seguindo. Abri a primeira porta que encontrei. Sala de música. Assim como as três salas seguintes. A quarta tinha uma sinuca e uma TV grande com um videogame conectado. A quinta era um quarto de hóspede, e a sexta também. Em seguida, havia mais dois corredores, novamente para a esquerda ou direita.

— E agora? – Ian perguntou, já revirando os olhos.

— Calado. – mandei, fazendo minha mente trabalhar para lembrar o caminho.

Muito bem, vamos a um fato sobre mim que eu evitei revelar até aqui: não tenho uma noção muito boa de direções. Se não repetir o caminho várias vezes, em algum momento meu cérebro vai decidir que aquela informação é irrelevante e eu simplesmente esquecerei como chegar em tal lugar. Qualquer outro tipo de informação podia ficar gravada em minha mente por anos, mas direções eram algo que os meus neurônios decidiam jogar fora só para implicar. Sério, comprove isso assistindo Divertida Mente. Bom, até este ponto eu tive a sorte de sempre ter alguém que sabia o caminho me acompanhando, nem que fosse Pandora ou Link. Então, mesmo que eu ficasse em dúvida às vezes, dava para dar um jeito.

Mas ali a situação era outra. E eu estava, literalmente, pagando um grande mico diante de toda a equipe. O pior é que saber o caminho era um dos motivos de eu ter acompanhado Ian nessa missão.

Juntei as sobrancelhas, decidida, e mentalizei aqueles corredores, tentando relacioná-los à alguma memória da minha infância, quando eu costumava correr por ali.

“Certo, atrás de mim, as salas de música onde eu e os meninos costumávamos tocar... Quando fazíamos bagunça, podíamos ouvir os passos de tio Henry vindo e então corríamos para nos esconder na sala onde ele guarda as arrecadações para doações, que fica...” sorri “...que fica à direita, perto da sala da Coleção!”

— Por aqui. – apontei, em seguida marchando aquela direção.

— Por que parece tão satisfeita ao indicar a direção? – Ian provocou.

Eu devolvi com um olhar afiado, e resolvi alfinetar de volta:

— O que vai pedir se ganhar a aposta, Ian?

Que aposta?— a voz de Kess soou em seguida, como eu esperava, interessado.

— Aposta nenhuma. – o neto dos mares respondeu, fuzilando-me com os olhos.

Ah, ele não quer contar. — Kess continuou pressionando – Diz pra mim, May. Estão apostando os lábios um do outro?

— Eh?!

— Eu já disse que não estamos apostando nada. – Ian falou novamente, apressando o passo.

Aah, Nii-sama! — Charlotte também insistiu – Eu também quero saber! O que estão apostando?

— Nada.

— Mas...

— Novata, até quando vamos andar para chegar nesse bendito quarto?

Hmm... Um quarto...

— Kess, se não calar a boca, desligo esse comunicador.

Gente, foco. — Izumi repreendeu – Preciso lembra-los da seriedade da missão? Não estamos de brincadeira, parem de gracinhas.

Matt, Tori-chan.— Hiro disse – Já encontraram Henry-sama?

— Estou prestes a abordá-lo. – Matt respondeu – Tori ficará mais distante, observando. Minha conversa com ele será particular, se não se importarem.

Respirei fundo, sem segurar o nervosismo. Já havíamos conversado sobre isso, e eu queria muito ouvir o que tio Henry dissesse, mas Matthew pediu confiança, e, com a concordância da líder, eu não podia fazer mais nada. Afinal, eu mesma pedira a ele que fizesse aquilo. E além disso, tinha minha própria parte para cumprir, não podia ficar me distraindo.

— Seja gentil com ele, Matt. – pedi, estendendo a mão para a maçaneta da porta que dava apara a sala que procurávamos.

— Até onde for possível, May. – ele respondeu, e então desligou.

Abri a porta, revelando a sala ao acender a luz. Armaduras, vasos antigos, espadas, quadros, e até jogos de tabuleiros da antiguidade estavam dispostos em pedestais, mesas e pregados às paredes. Mas, apesar de algumas peças estarem organizadas, havia outras tantas entulhadas em um canto, ou espalhadas pelo chão. O ar empoeirado deixava claro que fazia algum tempo desde que alguém limpara o local.

“Não entendo como tio Henry tem tanto ciúmes dessa coleção, e ainda a deixa nesse estado” pensei, revirando os olhos.

Adentrei no recinto, ponderando que achar a Adaga ali não seria difícil, partindo do princípio de que ela era um item importante, então imaginei que não estaria entre os menosprezados.

— Começaremos a procurar agora. – informei à equipe.

Lembrem-se, é uma arma rudimentar, sem enfeites ou pedras encrustadas ao cabo, mas sua lâmina pode ser facilmente identificada pelo brilho da Prata Olimpiana. — Hiro disse – Cuidado para não confundir com outra adaga qualquer. Ainda que Prata, o feitiço lançado nela faz com que sua aparência seja mais sombria, ao contrário das nossas, mais vívidas.

— Sim, senhor. – murmurei, já me dirigindo aos objetos mais conservados.

Uma das mesas era como uma vitrine: havia uma redoma de vidro cobrindo as armas ali exibidas sobre uma grande almofada de veludo. Meu tio não sabia exatamente que tipo de antigo preferia. Vi armas de fogo da Primeira Guerra, Katanas do período imperial japonês, arcos gregos e até um capacete romano.

— Ele não facilita mesmo. – resmunguei, passando para a próxima exibição.

Ignorei os quadros e as armaduras, inspecionando as armas com mais cuidado, enquanto Ian procurava atentamente do outro lado da sala.

— Uma flauta encantada... – eu o ouvi murmurar pelo comunicador – Sério?

Suspirei.

— Tio Henry apenas comprava o que gostava. – respondi – Eu já disse que ele não levava realmente a sério isso de colecionador. Foi apenas um hobbie por algum tempo.

E mesmo assim ele manteve todas essas coisas numa sala em casa.— Hiro ponderou — Entre elas alguns itens encantados. May-chan, seu tio deve ter tido algum motivo para isso, sendo ele inimigo ou não.

Não respondi, pegando entre as mãos uma adaga embainhada. Eu descobri a lâmina, apenas para ver que estava quebrada, e que seu fio era completamente cego. Coloquei de volta e passei para a próxima arma, sem realmente estar com a cabeça ali.

“Hiro está certo” pensei, ainda sendo capaz de ouvir os sons ecoantes do violino e do piano no salão. Se tio Henry não havia levado a sério isso de colecionar coisas antigas, como estava estampado ali, não deveria haver um motivo para manter todas aquelas coisas em casa, nem para ser cuidadoso com quem entra na sala.

Eu me lembrava de alguns anos atrás, um incidente que o fez quase soltar fogo pelas narinas. Eu, sapeca como sempre, estava entediada na casa, já que meus primos estavam treinando para uma apresentação, e decidi fazer algo de divertido. Por algum motivo vim parar na sala da coleção. E, claro, não me contentei em olhar, como tio Henry e meu pai exigiam que fizéssemos. Eu vesti uma armadura – incrivelmente pesada, por sinal – e saí pela casa, assustando as duas empregadas e quebrando algumas coisas no caminho.

Meu pai e tio Henry só faltaram morrer do coração quando me viram. Levei três broncas – uma a mais de Layla, quando ela soube de tudo – e papai me deixou de castigo por um mês inteiro. Também fui proibida de entrar na sala sem a companhia de mais alguém. Na época eu não entendi toda a confusão, mas também não questionei. O fato de ter irritado os três adultos que mais me amavam já era o suficiente para me fazer jurar que seria obediente e não faria aquilo de novo. Mas agora eu realmente queria saber: qual era o motivo de tanto cuidado com aquelas bugigangas?

Franzi a testa, de repente me dando conta de algo naquela história. Não era só tio Henry que estava envolvido com a coleção. Meu pai e Layla também ficaram consideravelmente preocupados com aquele episódio, de forma até maior que meu tio.

— Gente... – chamei – Eu acho que meu pai e Layla sabiam que a Adaga estava aqui. Ou pelo menos tinham algo de muito importante aqui nessa coleção.

— Por que acha isso, May-san? — Izumi perguntou, e eu fitei Ian do outro lado da sala, que havia parado de observar as armas para me encarar.

Contei a eles a situação, e sobre como meus pais haviam reagido diante do ocorrido. Meu pai costumava ser tolerante com minhas travessuras, isso porque, apesar de eu ter uma tendência meio rebelde, eu não gostava de o decepcionar. Sendo assim, mesmo quando eu brigava na escola, ele apenas sentava, conversava comigo e me fazia ir pedir desculpas aos envolvidos. Mas aquele um mês de castigo fora uma medida um tanto radical para algo tão simples. Tá, eu quebrei uma televisão e fiz a empregada derrubar alguns pratos no susto, mas mesmo assim.

— Eu acho que eles não queriam que eu mexesse nas coisas aqui para não encontrar nada perigoso. – concluí.

Ou talvez seja por que há espadas e armas de fogo aí. – Kess contrapôs – Um mês de castigo é o argumento que tem para sustentar a teoria de que seu pai sabia disso?

— Não podemos ignorar a vidência dele, também. – Ian falou – Coisas importantes como uma adaga capaz de quebrar nossos feitiços normalmente não passavam desapercebidas por ele. E, estando tão próximo como na casa de seu irmão, o mais provável é que ele realmente tinha ciência disso.

— Ian está certo. — Hiro disse – Seria mais seguro assumir que ele sabia de tudo.

— Mas o ponto é — Izumi disse – se JJ-sama sabia sobre a Adaga, ele a teria deixado aqui se seu irmão fosse nosso inimigo?

Senti meu coração dar um pulo. Ali estava um forte argumento a favor de tio Henry.

— Creio que não. – Ian respondeu – Mas os passos dele sempre foram imprevisíveis de mais.

Não creio que seu senso de dever permitiria...

— Nee-san. – Hiro interrompeu – A barreira acabou de oscilar por alguns segundos.

— Barreira? – perguntei.

Não ouviu o que eu disse mais cedo? Há uma barreira mágica ao redor da mansão. Como um feitiço para afastar os demônios.

Consegui evitar ficar surpresa. É, talvez eu estivesse me acostumando com fatos inesperados relacionados à minha família.

— E ela acaba de oscilar? O que isso quer dizer?

— É como se ela tivesse sido desativada por alguns segundos. Talvez isso signifique que vocês precisam se apressar.

Franzi a testa, tentando dividir a atenção entre a busca e a linha de raciocínio que seguia antes, mas a voz de Izumi interrompeu meu esforço:

May-san, tente não se preocupar de mais. Matt-kun já está com seu tio, não está? Confie nele agora, e concentre-se em sua missão.

Suspirando, fechei os olhos por alguns segundos para voltar minha atenção novamente para o assunto que importava. De um jeito ou de outro, não havia nada que eu pudesse fazer sobre tio Henry agora, mas realmente tínhamos que conseguir aquela maldita adaga logo.

O grande problema era... ela não estava em lugar algum.

— Droga, novata, tem certeza de que essa coisa está aqui? – Ian reclamou, após vasculhar a última pilha de entulho sem resultado.

Chutei um capacete enferrujado para longe, limpando da testa o suor que caía devido ao calor que fazia na sala. Ele quicou e bateu na parede do fundo. Sentei no chão e comecei a arrancar os saltos altos que calçava, e que já estavam me dando nos nervos.

— Eu não sei! – respondi, frustrada – Esse me parecia ser o único lugar da casa onde eles a esconderiam!

Vocês olharam tudo? — Hiro perguntou.

— Olhamos. – Ian respondeu – Mas não está aqui.

Senti minha mão mexer inconscientemente no colar que estava usando, enquanto minha mente trabalhava em uma solução. Passei os olhos pela sala mais uma vez: armaduras reluzentes contrastando com escudos decadentes, ou quadros famosos ao lado de pinturas que podiam ser remetidos a alguma criança no maternal. Nem uma única arma naquele quarto tinha alguma similaridade com as características que Hiro e Matt haviam descrito sobre a adaga.

Ela poderia estar em outro lugar...? Eu havia instantaneamente suposto que ela estaria ali por que fora o que me parecera lógico assim que uma arma antiga foi citada. Mas, até aí, era apenas uma suposição. Só que agora eu tinha fortes motivos para pensar que ela de fato ficava ali.

— Ian, ela tem que estar aqui. – falei – Caso contrário, o que explicaria o esforço dos meus pais para me manter longe dessa sala?

— Eu não sei, mas não podemos fazer muita coisa se não a vemos em lugar algum!

Eu lhe lancei um olhar, querendo perguntar “seria esse o momento para usar o Livro?”, mas ele pareceu entender a mensagem e já estava negando com a cabeça.

— Vamos procurar mais uma vez. – “e então recorremos a isso” ele completou silenciosamente.

Suspirei, ficando de pé e caminhando até a parede dos fundos, que tinha lanças e espadas suspensas por ganchos. Eu já havia checado aqueles, mas não tinha nenhuma escolha lógica a se fazer de qualquer jeito, então novamente fiquei na ponta dos pés e tentei alcançar uma adaga que estava localizada mais alto que os demais, apoiando a mão na parede. A próxima coisa que vi foi o chão contra o meu nariz. O que seria impossível já que à minha frente só havia uma parede que... agora não estava mais lá.

Gemendo de dor, eu massageei o nariz enquanto erguia meu corpo, tentado entender o que havia acontecido. Minha conclusão exigiu algum tempo para ser aceita pelo mesmo cérebro que a formulou.

A parede em que eu havia me apoiado ao tentar alcançar a faca no alto havia se movido, como uma daquelas portas para passagens secretas que a gente vê em filmes, e eu agora estava de cara com uma sala menor e com o teto mais baixo, que tinha uma luz fraca piscando, mal iluminando os poucos artefatos que se dispunham ali dentro. Bem no centro da sala, uma pilastra de gesso apoiava uma estrutura de ferro que erguia uma adaga empunhada. Mas, mesmo com a lâmina coberta, aquela arma fez meu coração tremer, como se eu pudesse sentir seu caráter abjeto só de olhar.

Fiquei paralisada por alguns momentos, encarando a adaga, o que deu tempo para que Ian se aproximasse, com o mesmo olhar apreensivo no rosto.

— Igual aos filmes... – murmurei, em seguida percebendo que estava falando coisas desnecessárias. No comunicador, as vozes de Charlotte, Izumi e Kess soavam ansiosas, querendo respostas.

— Nós a achamos. – Ian informou, entrando na salinha e, com um certo ar de repulsa, pegando a adaga e a trazendo para fora – Vamos colocar o rastreador nela agora.

Consegue se lembrar de como fazer? — Hiro perguntou.

— Sim. – Ian respondeu, e eu me ajoelhei à sua frente, pegando a bolsa e tirando de lá o equipamento.

Ele colocou a arma no chão diante de si, tirou a bainha, revelando a lâmina de aspecto ameaçador, e pegou de minha mão o aparelho que não passava de um pequeno botão praticamente transparente com cola adesiva no verso. Segurando a adaga pelo cabo, ele colou o rastreador no guarda-mão, no lado virado para a lâmina, onde seria difícil de Himeko perceber. Em seguida, pegou um terminal magnético e o passou sobre o aparelho, que apitou duas vezes para sinalizar o funcionamento e se calou, invisível naquela posição.

Soltei a respiração, só então me dando conta de que estivera tensa, e assisti Ian embainhar novamente a arma e a guardar dentro do paletó (onde ele também, de alguma forma que me era impossível de compreender, escondia sua espada embainhada nas costas).

— Bom, não foi tão difícil. – consegui dizer – Devemos voltar para a festa agora?

— Não fale isso ainda. – repreendeu – A parte mais difícil vem agora.

Revirei os olhos, mais pelo hábito de fazê-lo que por realmente desprezar sua fala.

— Estraga prazeres. – murmurei.

Ele ficou de pé, limpando da roupa a poeira. Pude ouvir ao longe as notas de Dance Macabre começarem a tocar, em uma melodia que fazia jus ao nome.

— De qualquer forma, vamos ind... – sua fala se interrompeu e ele lançou um olhar súbito em direção à porta.

— Ian? – chamei, levantando – O que acon...

Ele colocou a mão sobre meus lábios, impedindo-me de falar, e então fazendo o sinal de silêncio com o indicador. Seus olhos tinham um brilho feroz.

— Ela está aqui – sussurrou – Está vindo pelo corredor.

Arregalei os olhos, percebendo que ele devia se referir a Himeko. Tirei sua mão da minha boca.

— Por que ela veio até nós? – sussurrei de volta – Pensei que teríamos que nos encontrar com ela na festa.

Ele negou com a cabeça, também sem entender. O rádio estava silencioso, sem sinal de nenhum dos outros membros, exceto por Hiro, que disse:

Gente, temos um problema. – sua voz soou como se ele estivesse correndo.

Franzi a testa.

— Hiro, o que está acontecendo?! – perguntei, ainda com a voz baixa.

— Demônios. — ele respondeu – Há demônios na mansão.

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí? The Treta is coming?
Críticas, expectativas, erros, pedidos, incentivos? Escreve um comentário me contando tudo! É maravilhoso poder saber o que se passa na cabecinha de vocês quando leem o que escrevo ♥ Ah, e um oi pros fantasminhas por aqui ^^ Sério, percebi que estamos no capítulo 52, gente, 52!! Quem está acompanhando até aqui me faz imensamente feliz.
Ah, recadinho: estarei postando as imagens da Lizzy e do Liam no capítulo anterior para satisfazer quem tiver curiosidade ^^
O que vem por aí é: Capítulo 53 - Dance Macabre, e devo postar no fim de semana (se Deus permitir e o universo cooperar).
Até mais ♥