Não vi o Harry depois do Beco Diagonal, eu fiquei por aqui durante as férias todas, Ced veio praticamente todos os dias e quando não ficávamos no Beco, íamos até sua casa, a senhora Diggory me adorava.

Faltavam alguns dias até o embarque na Plataforma, e eu me via ansiosa, eu estava preocupada com Harry, e com o que aqueles trouxas poderiam estar fazendo com ele.

–Sophia – chamou minha tia.

–Sim?

–Vou fazer uma visita aos Dursley, quer vir comigo? – perguntou.

–Por mim tudo bem – me levantei, vestindo casaco.

Ela pegou minha mão e aparatou. Aparatar não é a melhor coisa do mundo, é uma sensação estranha.

Dei de cara com a Rua dos Alfeneiros nº4, minha tia seguiu para a porta, tocou a campainha.

O Valter Dursley abriu a porta.

Abaixei meus óculos e abri um sorrisinho.

Ele me olhou assustado.

–Você! – apontou para mim, irritado - E a senhorita quem é? – ele olhou para minha tia.

–Sou tia do Harry, poderíamos conversar?

Valter nos olhou, desconfiado.

– Não sou de pedir duas vezes – disse tia Helo.

–Rápido – disse dando espaço para passar-mos.

–Fico grata – disse tia Heloisa entrando, a segui.

Petúnia entrou na sala, olhou-nos.

–Olá Petúnia – minha tia sempre educada.

–He-he-he-loisa? – parece que ela reconheceu a visita.

–Gostaria de falar um assunto sério com vocês...

–Sente-se – disse Valter, estranho o fato de eles estarem nos tratando razoavelmente bem – E então, sobre o quê? – Valter perguntou.

–Sobre Harry ficar por aqui – respondeu tia Helo. – Infelizmente Dumblendore não me deixa ficar com o garoto, por isto, terão que ficar com ele, pois o tal feitiço que o protege foi lançado aqui, e não tem mais volta.

–Feitiço Dumblendore? – Valter olhou para ela, confuso.

–Não é pelo fato de estar usando está roupa normal, que eu não sou bruxa, pelo contrário, sou sim! Só passamos aqui para avisar que enquanto Harry estiver aqui, embaixo deste teto, quero que seja bem cuidado! Ele é filho do meu irmão e não admitirei que seja maltratado por trouxas, se ouvir reclamações do tratamento ou outras coisas... Não irei gostar nada – minha tia concluiu e se levantou.

Os Dursley nos fitavam assustados, espero que tenham entendido o recado ou faria o querido filho deles não ter só um rabo de porco, mas um focinho também.

–Fico grata com a falsa educação de vocês, espero não ter que voltar aqui novamente, boa noite – minha tia logo se levantou não queríamos nos prolongar ali.

–Você conhece esses trouxas, eles odeiam magia – lembrei-a.

–Eu fiz minha parte, Sophia, não posso ignorar o tratamento que dão a Harry... Ele é meu sobrinho esqueceu? Ele é um Potter – disse ela, olhando para trás, chateada. – Eu teria cuidado dele com todo amor e carinho, como um filho... Eu só queria abraçá-lo e nem ao menos o vi.

–Não faço idéia de onde ele estava.

–Ótimo o fato dele não ter me visto, iria quebrar uma regra de Dumblendore – disse ela, tornando a ficar séria, como uma máscara uma armadura.

E desaparatamos dali direto para o Caldeirão Furado.