Sweet Devil escrita por Carcata


Capítulo 2
Pontos para o time Murdock


Notas iniciais do capítulo

ooOOOOOHH ESSA NOVA TEMPORADA TA BEM APIMENTADA HEIN GALERA
hmmmhm foggy ta mt foda nessa serie espera ae q eu preciso d um tempo pra meu cerebro carregar

ok desculpe ter deixado isso parado por um tempo, é q aconteceu a 2° temporada, e dps a vida... É... kkkkkkkkk



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 O resto da manhã passou como um borrão. Simples e rápida, Foggy agradeceu aos céus quando tinha chegado a hora do almoço. Ele saiu do escritório antes que alguém (principalmente Matt) o convidasse para almoçar, e embora Foggy fosse alguém muito social e gostasse das pessoas, não estava preparado emocionalmente para qualquer coisa que Matt tivesse a oferecer.

 Ele foi a uma lanchonete perto dali, pediu qualquer coisa que estava no menu e, ao pegar o celular do bolso, começou a escrever uma lista.

 Foggy não tinha certeza se aquilo fazia sentido, mas precisava expelir seus sentimentos ou então ficaria louco. Uma lista dos prós e contras.

 Motivos para prender Matt:

 Matt matou pessoas. Isso é assassinato. Assassinato é crime. O maior crime dos crimes. Chame o Brett, confesse tudo. Prenda o Matt. Matt é um assassino!

Motivos para não prender Matt:

 Ele é seu melhor amigo e está apaixonado por você.

 Foggy torceu o nariz.

 Ele gostava de Matt, claro. Foggy sempre teve uma atração pelo cara, mas quem não tinha? Com aqueles lábios vermelhos, os olhos cor de avelã que podiam ver mais do que deixavam transparecer, o corpo forte e delineado que Foggy sempre quis tocar.

 Estremeceu. Sim, ele sempre teve uma quedinha por Matt, mas foi só uma quedinha. Não era como se ele estivesse perdidamente apaixonado, como Murdock agora sempre exclamava a cada 5 minutos quando estava com ele.

 Foggy amava Matt, mas não tinha certeza se era daquele jeito.

 Provavelmente.

 Depois de mais algum tempo pensando no quão errado tudo aquilo era, e como sua vida tinha se resumido a isso, seu pedido chegou. Foggy olhou com desgosto; Era um sanduíche estranho de alguma coisa que ele não estava a fim, e um café.

 Cansado de dúvidas e inseguranças, discou para Brett. Um poilicial. Que —provavelmente — saberia o que fazer.

 — É bom você não estar perdendo o meu tempo, Nelson. — Brett exclamou do outro lado da linha ao atender.

 Foggy abriu a boca para falar, mas nenhuma palavra saiu. Tentou de novo, porém algo estava preso em sua garganta, e o silêncio pareceu durar mais do que sua sanidade.

 — Nelson...? Olha, se isso for um trote, estou desligando—

 — Não! Brett. — Foggy quase pulou ao pensar em Brett o deixando sozinho. Claro, os dois eram arqui-inimigos, mas Brett sempre fora seu amigo. Sempre esteve lá por ele. Assim como Matt.

 Matt.

 — Brett, eu... Eu estou encrencado, e preciso da sua ajuda.

 Por favor, eu não sei se posso confiar em mais alguém.

 — ...Foggy? — O outro soou surpreso, e então preocupado. — Foggy, você está bem? Aconteceu alguma coisa?

 Sim.

 — Não. — Foggy engoliu em seco. Merda. Por que ele não conseguia fazer isso? Era tão fácil. Quatro palavras. Ele só precisava dizer quatro palavras.

 Matt é um assassino.

— Eu preciso de uma lista de todas as vítimas que o Diabo de Hell's Kitchen é suspeito por assassinar. Err… Você tem isso, não tem? — indagou, nervoso. Houve um silêncio do outro lado da linha, provavelmente Brett se perguntando se Foggy estava com um parafuso a menos.

 — Sim, a polícia tem um documento assim… — Brett falou devagar, como se tentasse achar algum sentindo naquilo tudo.  — Por que você quer isso? Não vai me falar que está envolvido com esse cara, Nelson.

 — Só...Me ajude, ok? — Foggt fechou os olhos e rezou para que o outro o acudisse. Suspirou e passou uma mão pelos cabelos — Desculpa, isso foi um erro. — E então desligou.

 Okay, então. Isso foi simplesmente idiotice. Mandou bem, Nelson, agora Brett acha que você é mais idiota ainda.

 Matt havia confessado para ele sobre todas as suas vítimas, mas Foggy não tinha certeza se confiar em Matt Murdock era uma boa escolha a esse ponto. Ele queria saber a verdade, de uma vez por todas. Sem mais distrações ou mentiras.

 Sem mais máscaras.

 Diabo de Hell's Kitchen ou não, Matt ainda era seu parceiro e ainda havia trabalho a ser feito. Havia ainda mais gente como Fisk por aí e pessoas como Sra Elena precisavam de ajuda. Foggy ajudaria onde o Diabo não podia.

 Deixando seu almoço intocado, saiu e foi para a delegacia em busca de Brett. Talvez ele o ajudasse em alguma coisa. Chegando lá, Brett só ergueu uma sobrancelha ao avistá-lo.

 — Seu namorado está aqui.

 Hã?

 —…Quê?

 — Murdock veio entrando e pedindo por uns arquivos. Eu assumo que você esteja aqui pela mesma razão...?

 Matt estava ali?

 — Que arquivos ele está procurando?

 Brett só o encarou.

 — Sobre o Diabo de Hell's Kitchen. Lista de assassinatos, paradeiros, esse tipo de coisa. Foggy, tá escondendo alguma coisa? — Ele estreitou os olhos e o fitou com um olhar suspeito.

 Foggy sentiu seu sangue gelar. O que Matt pretendia fazer com aquiles arquivos? Espera, se os sentidos de Murdock conseguiam captar até alguém a centenas de metros de distância, ele também podia ouvir o coração de Foggy batendo que nem asas de beija-flor, não é?

Provavelmente.

 O que significava que Matt sabia que Foggy estava lá.

 Nelson não teve mais tempo de pensar sobre o quão desconfortável aquilo era, pois o que veio depois o colocou em estado de pânico.

 Tiros.

 Saindo de uma sala de questionamento. Tiros de revólver, depois gritos. Segundos depois, os dois foram correndo para a fonte do som. Brett, porque era um policial e tinha que verificar o que tinha acontecido. Foggy, porque-- Bem, porque era um idiota.

 (Porque e se fosse algo com Matt? E se alguém descobriu que ele era o Diabo e decidiu por uma bala na cabeça dele?)

 Ao entrar no corredor na direção da sala, Foggy avistou Matt no meio da confusão.

 Ele estava em choque. Rosto pálido, ombros tensos e olhos tão arregalados que era possível vê-los através dos óculos.  Sem pensar duas vezes, Nelson foi até ele e cutucou levemente seu ombro.

 Era um gesto só deles. Foggy normalmente fazia aquilo para anunciar onde estava, ou como uma forma de permissão para tocá-lo ou guiá-lo. Como um código. Matt sempre foi sensível com toques, e Foggy… Bom, Foggy sempre foi um amigo atencioso.

 Murdock quase pulou ao perceber o ato, e depois pegou a mão de Foggy com força, como se estivesse com medo. Pareceu muito mais relaxado.

 — Foggy. — disse, simplesmente, e era incrível como Matt fez aquela única palavra ter tantos significados. Foggy. Que bom. Que alívio. Você está bem.

 Era como se só o nome de Foggy fosse o suficiente para expressar tudo o que ele estava sentindo.

 — Vamos, Matt. Vamos sair daqui. — anunciou, agitado. Começou a guiar o moreno até a saída, Foggy com o coração batendo tão rápido quanto seus passos, e Matt o seguindo, ouvindo ambos.

 Chegaram até um lugar seguro. Nelson nem teve tempo de começar a falar, pois seu corpo já estava envolvido nos braços de Matt.

 — ...Matt?

 — Foggy. — Okay, parecia que aquela era a única palavra no vocabulário de Murdock. Okay, beleza. Sem problemas. Não é como se toda vez que seu nome saía dos lábios do outro em um suspiro carregado de emoções Foggy não tivesse um arrepio percorrido por todo o seu corpo.

 Foggy devolveu o abraço.

 — Tá tudo bem, Matt. Estamos seguros. — Ele assegurou. Isso é, se Brett e os outros conseguiram resolver o que quer que tinha sido aquilo.

 — Eu... Eu ouvi o seu coração quando você entrou na delegacia — Matt começou, sua voz rouca falando em seu ouvido. — Mas tinha muita gente, não sabia exatamente onde você estava. E então ouvi o tiro, e eu não sabia onde você estava

 Matt o abraçou mais forte, engolindo em seco.

 — Eu tentei te alcançar, mas não consegui distinguir o seu coração dos outros, não sei, eu deveria ser capaz de fazer isso, mas eu—

 — Matt — Foggy chamou sua atenção. — Respira. Tá tudo bem. Acabou.

 Depois de um tempo, quando Matt estava se sentindo mais calmo, Foggy tentou quebrar o abraço, mas o outro não deixou.

 — Não — Murdock soou um pouco desesperado. — Agora não. Só mais alguns minutos. Por favor.

 E como um assassino era capaz de soar tão carente assim?

 Então minutos se passaram. Longos minutos. Pessoas estavam encarando. Foggy decidiu agir.

 — Matt, o que você estava fazendo aqui?

 Ele ficou tenso e desfez o abraço. Plano cumprido. Pontos para o time Nelson.

 — Pegando uns arquivos — Deu de ombros.

 — Arquivos sobre o Diabo de Hell’s Kitchen...? — Foggy cruzou os braços. Matt fez uma careta, mas depois revidou.

 — O que você estava fazendo aqui? — Dessa vez foi ele quem deu de ombros.

 — Pegando uns arquivos.

 Nelson ergueu uma sobrancelha em vitória, porém logo em seguida fora surpreendido com os doces lábios de Matt nos seus. Foggy soltou um gemido involuntário e depois sentiu Matt sorrir através do beijo. Ops.

 Pontos para o time Murdock.

 Matt suspirou, contente, e Foggy cutucou seu ombro. O pequeno código deles.

 Tocar?

Nelson sentiu o outro aprofundar o beijo, aparentemente entusiasmado com a ideia. Foggy considerou aquilo como um “sim”.

 Passou suas mãos pelos seus cabelos escuros, bagunçando-os, e depois os puxou um pouco. Matt pareceu gostar muito daquilo, se o gemido que ele fez fosse alguma indicação.

 A falta de ar fez com que Foggy quebrasse o beijo, e o outro fez um pequeno grunhido descontente. Foggy ignorou o efeito que aquele som tinha feito com algumas de suas partes baixas.

 Ele deu uma olhada em Matt, que agora estava lambendo os lábios com uma cara angelical, seus óculos desengonçados em seu rosto. Foggy tentou não pensar nas coisas sujas que vinham à sua cabeça com a imagem de Murdock daquele jeito.

 Matt sorriu, como se estivesse lendo sua mente.

 

 Enquanto estavam no apartamento da Senhora Cardenas, Foggy e Karen faziam de tudo para ajudar a pobre mulher. Consertar aqui, limpar lá, dar uma de mecânico faxineiro. Trabalho simples.

 Foggy não parava de pensar no que tinha acontecido com Matt perto da delegacia. Aquele beijo não foi como os outros, com sabores doces e amargos. Tinha mais sentimento, mais significado. Matt estava sentindo um turbilhão de emoções naquele momento, e quis expressar tudo naquele beijo.

 Ele estremecia toda vez que se lembrava do rosto radiante de Murdock depois do gesto. Bochechas coradas, dentes brancos aparecendo através de um sorriso gentil e puramente alegre. Não o sorriso que ele deixava aparecer quando era o homem mascarado.

 Mas o sorriso de um homem apaixonado.

 Nelson teve que pigarrear para se livrar do gosto amargo que estava em sua garganta. Nunca tinha pensado daquele jeito. Para ele Murdock agora era um assassino, um criminoso que era construído através de penumbras e mentiras.

 Porém ele não era só isso. Matt era um advogado simples e honesto que ajudava pessoas, mas também era o diabo que ajudava as pessoas das quais o advogado não conseguia.

 Foggy balançou a cabeça. Não. Aquela não era a hora de deixar pensamentos nebulosos entrarem em sua cabeça. Afinal, Matt ainda estava cheio de mistérios. O que ele foi fazer na delegacia? Por que pegar arquivos dobre o Diabo de Hell’s Kitchen? O que mais ele estava escondendo?

 Virou para observar Karen conversar com a Senhora Cardinas e rir baixinho. Deus, como ela era bonita. Linda e perfeita, uma pessoa boa, gentil e altruísta. Tão doce...

 Por que Foggy não pôde se apaixonar por ela?

 Ele suspirou. Finalmente aceitando sua derrota, abriu o celular para completar sua lista.

Motivos para prender Matt:

 Matt matou pessoas. Isso é assassinato. Assassinato é crime. O maior crime dos crimes. Chame o Brett, confesse tudo. Prenda o Matt. Matt é um assassino!

Motivos para não prender Matt:

 Ele é seu melhor amigo, está apaixonado por você, e você também está apaixonado por ele.

 Não havia mais como negar.

 Momentos depois houve uma explosão. A janela quebrou perto de Foggy, e Hell’s Kitchen tinha se tornado um inferno.

 Um mundo em chamas.


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Notas finais do capítulo

oooooohohohoho mais tragedia ta pra acontecer, hein *da uma piscadela*
ugh, a narrativa ta muito enrolada? não revisei antes de postar. Vou consertar oq tiver errado quando tiver mais tempo
mano, eu realmente preciso melhorar meus diálogos. Q isso, parece conversa nada a ve, tem q ter mais afinco >:/ n sei vei
(nao sei quando eu vo postar outro cap, mas n pretendo abandonar)
((reviews? ;-;))