Thinking Out Loud escrita por Grace


Capítulo 6
Love Hurts


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!!!! Inspirada porque fui assistir Convergente, posto esse capítulo! Hahahahaha sério, vejam o filme (rápido). Na minha opinião, o melhor da saga até agora. Minha única critica é que poderia ter mais Theo James sem camisa, mas eu supero! ♥
Beijão, espero que gostem do cap! Não deixem de comentar, please!
PS: amo vocês, seus lindos ♥



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Love hurts, love scars, love wounds and marks

Any heart not tough, or strong enough

Take a lot of pain

A maioria dos alunos ocupava os jardins da escola, na espera pela próxima aula. Eu odiava as aulas da tarde, embora fosse só uma e depois estávamos dispensados para ir praticar esportes, nos dedicar a alguma atividade extracurricular ou simplesmente ir embora, que era o que eu sempre fazia. Eu até estava pensando em me voluntariar pra alguma atividade que não envolvesse habilidade física, só pra ganhar pontos no currículo, o que me colocaria mais dentro de Harvard ainda.

Eu estava sentada com a galera na sombra de uma árvore, tentando desenhar a paisagem que estava vendo. Amah narrava, aos risos, a explosão acidental que ele tinha causado na aula de química, divertindo a todos. Ele tinha dificuldades em concluir a história, de tanto que ria.

— E acontece que até agora eu não sei o que eu fiz de errado — Ele diz, rindo e dando de ombros — Sério, e coloquei os ingredientes corretamente e dessa vez eu nem inventei nada demais. Eu nem queria causar a porra de uma explosão. Binns ficou furioso comigo.

— Você não colocou tudo corretamente — Eu informo, desviando o olhar do desenho e o encarando, com as sobrancelhas arqueadas — Você colocou sódio puro enquanto devia ter usado cloreto de sódio. Por isso que causou uma explosão. Sódio puro, dependendo da reação, é altamente explosivo. Era só ter lido as instruções com atenção — Eu digo, dando de ombros e voltando a prestar atenção no meu desenho. Vejo que alguns deles decidem me encarar, estupefatos — O quê?

— Você é extremamente irritante — Amah diz, me jogando água — Não sei nem porque você se dá ao trabalho de vir pra escola, já que não precisa das aulas pra aprender porra nenhuma. É só ler e você lembra da porra toda, não é justo isso.

— Gosto de passar os dias com vocês — Eu digo, rindo e dando de ombros — Seria meio chato ficar em casa o dia todo e perder as suas narrações hilárias, Amah.

Lauren ia fazer algum comentário, mas nesse mesmo instante os auto falante espalhados pela escola começam a funcionar, informando aos alunos do último ano para comparecerem no pavilhão da piscina.

Eu jogo as minhas coisas dentro da mochila e nós nos levantamos, nos dirigimos para lá vagarosamente, assim como o restante das pessoas do terceiro ano. O treinador de natação estava no pavilhão, junto com o diretor e o coordenador do colégio.

— Como o time de natação ainda não está completo, queremos achar alguns atletas do terceiro ano para compor o time — O coordenador informa quando finalmente consegue silêncio — Todos vocês estão intimados a fazerem os testes. Podem se dirigir ao vestiário. O material que cada um vai precisar está no corredor, com seu devido nome.

— Eu acordei mais cedo hoje para fazer escova no cabelo e vão me obrigar a entrar na água? Sacanagem isso — Christina reclama, me fazendo rir. O lado bom disso é que nós provavelmente seríamos dispensados depois do teste — Como se eu tivesse pagando escola pra ser obrigada a fazer a merda de um teste de natação. Eu nem gosto de nadar.

— Eu não acho que eu quero fazer parte do time. Ou melhor, eu tenho certeza que não quero fazer parte do time — Eu resmungo, suspirando. Olho em direção aos nossos superiores — Eu preciso mesmo fazer a porra desse teste?

— Precisa, Beatrice — O treinador da natação grita — E vê se controla essa boca suja. Você está em uma escola.

— Lembrem-se que ser parte de algum time ajuda a entrar nas melhores universidades — O diretor diz, por conta do alto número de reclamações. Eu resmungo um “como se eu precisasse”, mas paro de teimar. Eu entraria na água só pra não causar um tumulto, mas sabia que não precisava disso pra entrar numa boa faculdade.

Acho o pacote com maiô, chinelo e touca com o meu nome e sigo rapidamente para o vestiário. Acho um canto mais vazio e me troco rapidamente, evitando que qualquer pessoa veja as marcas nos meus seios e na minha barriga. Por sorte, nada fica aparecendo e eu não tenho que pensar numa desculpa mirabolante para me safar do teste.

Volto para a beira da piscina com Shauna e Cara. Faço um coque no meu cabelo e tento colocar a toca de uma maneira correta. Os meninos estão parados a alguns metros de nós, ainda zoando Quatro por conta dos arranhões nas costas, que estavam novamente a mostra. Eles usam uma bermuda e touca apenas.

— Zeke, vem aqui me ajudar com essa touca — Shauna pede e ele vem rapidamente e manda ela fazer um coque com o cabelo. Os outros meninos também se aproximam da onde eu estava com Shau e Cara. Amah discutia alguma coisa com Will. Eles pareciam estar falando sobre algum jogo de basebol de ontem. Quatro estava ajudando a inflamar a discussão, fazendo Zeke, Uriah e Al chorarem de rir.

— BU — Alguém grita, bem perto de mim, me assustando e me fazendo dar um passo para trás. Infelizmente, eu estava mais próxima da beirada da piscina do que imaginava, e me desequilibro. Alguém ainda tenta me segurar, mas não dá tempo. Eu caio na água e ainda carrego a pessoa comigo.

Quando volto a superfície, vejo Quatro boiando do meu lado. Ele tinha tentado me segurar. As pessoas estão olhando pra nós, achando graça da situação. Ele sussurra pra mim que quem me assustou foi Lauren. O treinador se aproxima da borda da piscina.

— Beatrice e Quatro — Duck, o treinador, nos chama, parecendo muito irritado. Pelo jeito ele não queria ninguém na água antes que ele mandasse — O que vocês pensam que estão fazendo aí dentro, seus irresponsáveis?

— Testando a temperatura da água para ver se está propícia para nossos colegas nadarem — Eu respondo, fazendo o grupo de alunos cair na risada. O treinador revira os olhos e nos manda sair da água.

Quatro sai e depois me puxa para fora da piscina. Eu dou risada da situação, pensando que essas coisas só aconteciam comigo. Eu ia fingir que estava brava com Laurel, mas não tenho tempo.

— Beatrice Prior — Shauna grita, me assustando — O que, pelo amor e misericórdia de Buda, é isso no seu pescoço? — Eu paraliso. Eu não tinha pensado que a água tiraria a maquiagem tão facilmente assim. Eu não tinha prestado atenção e levado em conta os altos níveis de cloro que continham na água do ginásio.

— Eu… Nada demais— Eu digo, dando de ombros e tentando esconder o meu pescoço em seguida, tirando a touca e jogando meu cabelo para encobrir as marcas — Alergia.

— Alergia? — Cara diz, dando gargalhada — Você realmente acha que nós não reconhecemos marca de chupão quando vemos uma? E pelo jeito esse foi O CHUPÃO né?— Ela faz uma pausa — Menina, quem que fez isso com você?

Zeke e Amah se aproximam de mim e eu não posso nem recuar para tentar escapar sem cair na água novamente. Eu estava acuada e não podia gritar pra Quatro - que estava ao meu lado - me ajudar sem despertar mais atenção ainda.

Vejo Caleb parado com seu grupo de amigos a alguns passos de mim e sei que ele está prestando atenção. Ótimo, eu realmente não precisava do meu irmão sabendo que eu estava com um chupão enorme no pescoço.

— MEU DEUS, OLHEM ISSO — Zeke grita, me fazendo corar — A sua noite deve ter sido muito quente, Tris. Da pra perceber só pelos hematomas. Eu não quero nem imaginar como foi que você ganhou todas essas marcas.

Amah se limita a olhar de Quatro pra mim, parecendo em choque. Ele bate palmas e fala para os outros se aproximarem. Eu percebo que ele sacou que nós tínhamos ficado.

— Para tudo — Ele diz — Vocês estão pensando a mesma coisa que eu? — Ele pergunta, apontando para as costas de Quatro e para o meu pescoço. O resto das meninas se aproximam de nós. Christina, Lynn e Marlene já sacaram que fomos desmascarados e começam a dar gargalhada — Digo, noite quente, violência sexy, marcas da paixão, hematomas de ato sexual violento, depravado e conturbado…

Quanto mais ele fala, mais vermelha eu vou ficando. Quatro olha pra mim parecendo sem saber o que fazer. Eu não sabia se era melhor assumir de uma vez ou negar. Eu estava morrendo de vergonha. Eu sabia que Amah e Zeke nunca parariam de me zoar e eu morreria de vergonha todas as vezes que eles me vissem.

— Deixa ela em paz, Amah — Quatro diz, olhando para o amigo de uma forma serena — Você está constrangendo a moça.

— Fala pra mim que não foi você quem fez essas marcas nela que eu não falo mais nada — Amah diz, arqueando as sobrancelhas — Mas tem que falar olhando nos meus olhos e jurar pela sua vaga na faculdade.

Nós dois trocamos um olhar. Ele dá um sorriso. Nós dois sabíamos que não adiantaria negar nada uma hora dessas. Todo mundo já tinha ligado os pontos e sacado que nós tínhamos ficado. Mentir só faria eles zoarem mais ainda.

— Não vou negar que fui eu que fiz essas marcas — Quatro diz, rindo. Ele me abraça e me dá um beijo na testa. Eu enterro o rosto em seu peito, ainda morrendo de vergonha — Agora chega desse assunto. Parem de constranger ela, sério.

— Vocês são dois mentirosos de marca maior — Cara diz, estupefata — Toda aquelas desculpas, todas as invenções… Você estava na casa dele quando a gente chegou, não estava, Tris? Por isso ele demorou a abrir a porta. E ainda estava todo animadinho quando finalmente nos deixou entrar.

— Estava — Eu respondo — E vocês me custaram uma decida pela sacada, segurando em lençóis. Não foi nada fácil — Eu faço uma pausa — Valorizem meu trabalho duro.

— E nós só descobrimos por causa de eventualidades acidentais — Uriah acrescenta, rindo — E eu aqui, achando que o flerte de ontem a noite era casual. Tris você acabou de me surpreender, mais do que eu achei que fosse possível. Vocês são ardilosos pra caralho.

— Teria sido melhor termos contado ontem — Quatro diz, dando de ombros — Agora o terceiro ano inteiro está sabendo que nós ficamos e daqui a pouco a escola inteira está sabendo. Nós só queríamos uma noite tranquila.

Caleb está sabendo que eu tinha dormido com Quatro. E pior ele tinha visto as marcas que isso tinha deixado. Em mim e nele. A minha vontade é de me jogar na piscina novamente e me afogar, mas me limito a rezar para que ele não abra a boca e espalhe isso pra família inteira. Eu não achava que merecia minha vida sexual exposta pra todo mundo da família. Já bastava todo mundo da escola.

— Sorry querido, mas tranquila foi a única coisa que a noite de vocês não foi — Lauren acrescenta, dando uma risada e fazendo os outros rir — Selvagem talvez seja a definição apropriada. Vocês destruíram a sala da sua casa, você marcou o pescoço dela inteirinho, e isso é, se foi só o pescoço né? Porque do jeito que as coisas aparentam ter sido, não sei não — Ela faz uma pausa — E ela cravou as garras em você. Nunca, em mundo nenhum, pode-se chamar isso de tranquilo.

— Esperem só chegar a aula de educação sexual em Biologia — Zeke diz, enquanto Amah fazia gestos e movimentos obscenos pra nós, dando gargalhadas e me fazendo corar mais ainda — Eu vou fazer vocês passarem tanta vergonha, que vocês vão me implorar para parar. De joelhos — Ele faz uma pausa e olha pra gente — Se preparem.

— Ou melhor, se prepare agora, porque daqui pra frente, eu não vou dar paz pra nenhum de vocês — Amah diz e Zeke concorda com a cabeça.

Eu me sinto muito aliviada quando o treinador nos manda fazer filas pra poder começar o exercício. Eu saio de perto de Zeke e Amah rapidinho.


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Notas finais do capítulo

Quem aí prevê muita zoeira ainda???



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