Thinking Out Loud escrita por Grace


Capítulo 2
Hands To Myself


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Muito obrigada pelos comentários no último capítulo, obrigada aos que estão acompanhando a fic e aos que favoritaram!
AVISO: capítulo beeeeeeeem hot!
Quero mais comentários nesse, hein??? ♥ <4♥



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"I want you all to myself, you're metaphorical gin and juice.

So come on, give me a taste of what it's like to be next to you.

Won't let one drop go to waste"

Nós chegamos na casa dele minutos depois de ele ter ligado o carro. Ele dirigia como um louco, o que trazia uma sensação boa. As luzes estão todas apagadas. Ele larga o carro em cima do gramado da frente e desce, dando a volta rapidamente e abrindo a porta pra mim. Eu forço minhas pernas a me obedecerem e nós caminhamos até a porta de entrada, que ele destranca rapidamente.

— Sinta-se em casa, pequena — Ele diz, ligando a luz da sala. Eu olho em volta. A casa era absurdamente bonita e sofisticada. Os sofás, de estofado preto, estavam cheios de almofadas coloridas e o resto dos tons da sala eram mais claros, fazendo tudo parecer maior. No outro canto, uma estante enorme e repleta de livros, CDs e garrafas de bebidas — O que você quer beber?

— Qualquer coisa — Eu respondo, embora tivesse consciência que não devia beber mais nada. Minha voz já estava meio arrastada. Jogo minha bolsa em cima do sofá.

Quatro olha as garrafas por alguns segundos e depois escolhe uma delas. Ele abre um armário, pega duas taças e depois liga o aparelho de som e coloca algum CD lá. Uma música mais lenta começa a tocar.

Ele me entrega as taças e abre a garrafa. Nós damos um gole e ele me puxa para uma dança. Ficamos assim por algumas músicas, parando apenas para encher as taças com espumante.

Quatro joga a taça vazia em cima do sofá e me puxa para mais perto dele, beijando meu pescoço em seguida. Eu faço o mesmo com a minha taça, mas não chego a ter certeza se acertei o sofá, já que Quatro não me deixava pensar direito e a música não me deixava escutar direito.

O clima começa a ficar mais quente ainda e nossos beijos cada vez mais vorazes. Eu o queria. E muito. E tinha a impressão que ele me queria também. Eu já tinha percebido que o desafio seria cumprido. Muito bem cumprido. Eu queria aproveitar cada segundo dessa coisa maluca e desse sentimento de desejo.

Me vejo prensada contra a parede, com uma das alças do meu vestido caindo pelo braço. Quatro está com metade da camisa aberta. Nós esbarramos em uma mesinha, fazendo com que algumas coisas caiam e se quebrem. Nenhum de nós liga.

Nós subimos as escadas aos beijos, tropeçando nos degraus e agarrando um no outro. A outra alça do meu vestido cai, me deixando praticamente com o sutiã todo a mostra. Eu deixo meus sapatos no caminho, e Quatro tira a camisa, exibindo seu físico perfeito. Ele joga a camisa para trás.

Nós entramos numa das portas, eu não saberia dizer qual. Quatro bate a porta atrás dele. Vejo quando ele abre o zíper de sua calça jeans justa. Eu deixo meu vestido escorrer pelo meu corpo, ficando só com as roupas íntimas.

Me jogo na cama de Quatro, que praticamente pula em cima de mim. Nós ficamos mais um tempo nos beijando loucamente. Fazemos uma bagunça na cama, nos embaraçando com as cobertas. Ele leva a mão na minha bunda, me provocando, e eu levo minha mão em seu membro, que estava totalmente ereto.

Ele tira meu sutiã com um movimento rápido, me jogando de costas no colchão em seguida. Ele passa a mão em meus seios, fazendo com que meu corpo se arrepie todo. Ele leva a boca em um dos seios, me fazendo suspirar pesadamente. Mais chupões. Eu tenho plena certeza que meus seios também ficarão marcados. Eu fico cada vez mais excitada e minha respiração começa a ficar muito pesada.

Quatro começa a descer pela minha barriga, até arrancar minha calcinha. Ele faz um ótimo trabalho com a língua, me fazendo gemer. Eu começo a pensar que vou ficar louca, se nós ficarmos nesse joguinho por muito mais tempo. Um tempo depois, ele volta a subir, voltando a beijar meu pescoço.

Eu faço um grande esforço para sair de cima dele e jogá-lo de costas para o colchão. Era minha vez de brincar com ele um pouco. Ele não implica nenhum tipo de resistência e me deixa fazer com ele o que eu bem entendo.

Passo a minha mão por seu abdômen sarado e depois tiro sua cueca boxer, deixando seu membro descoberto. Era bem grande. E grosso. Eu passo a mão pelo membro, e começo a fazer movimentos rápidos. Vejo quando ele prende a respiração.

Passo minha língua por seu membro, antes de colocá-lo na boca. Quatro geme. Fico assim por mais alguns minutos, até que eu também não estivesse aguentando mais a preliminar extremamente quente.

Quatro me joga novamente contra o colchão, fazendo com que eu abrisse as pernas. Ele entra em mim com movimentos inicialmente lentos, me fazendo delirar e implorar por mais. Ele vai aumentando o ritmo gradualmente, me fazendo cravar as unhas em suas costas. Os movimentos dele eram precisos, mas não bruscos.

Ele continua com os movimentos enquanto começa a me beijar novamente. Eu uso uma das minhas mãos para segurá-lo pela nuca, também deixando algumas marcas. Ele continua entrando e saindo com movimentos fortes e velozes, me fazendo gemer.

Ele nos muda de posição, ficando de costas para a cama e me deixando por cima dele. Eu sento em seu membro e rebolo, fazendo com que ele morda o travesseiro, reprimindo um gemido. Eu aumento o ritmo das reboladas e ele fala alguma coisa que eu não compreendo, mas depois sorri abertamente.

Nós continuamos transando por um tempo, até que ele não consegue segurar mais e goza dentro de mim. Eu libero um gemido e ele me beija novamente.

— Que tal se a gente ir tomar um banho? — Ele pergunta, mordendo a minha orelha. Eu tinha certeza que ele queria um segundo round. Eu também queria. Concordo com a cabeça e passo a minha mão por seu abdômen. Ele me beija na boca, com vontade, se levantando da cama em seguida e me carregando até o banheiro.

Ele abre a ducha e nós entramos debaixo da água gelada. Eu beijo o pescoço dele, que passa a mão pelo meu corpo. Eu me apoio na parede, de costas pra ele, que chega por trás, beijando meus ombros. Eu empino a bunda um pouco e ele encosta seu membro nela.

Segundos depois ele penetra de novo, me fazendo gemer alto. Eu agradeço por não ter mais ninguém em casa. Não que eu ache que eu teria feito algo assim se os pais dele estivessem aqui. Nós provavelmente teríamos ficado só nos amassos dentro do carro.

Quando nós terminamos, saímos do chuveiro e ele pega toalhas pra nós. Ele me empresta uma de suas cueca boxer e uma camisa, que é grande o suficiente para servir de um vestido mais comportado do que os que eu geralmente uso.

O efeito do álcool já tinha praticamente passado, mas eu ainda estava nas nuvens e completamente anestesiada. Ele também veste uma cueca, mas não coloca mais nada, me fazendo ficar admirando seu físico perfeito.

— Vem aqui, pequena — Ele diz, se jogando na cama e batendo com a mão no espaço ao seu lado — Acho que nós merecemos uma boa noite de sono — Ele diz, olhando o relógio na escrivaninha. São quase seis horas da manhã — Ou uma amanhã de sono — Ele dá de ombros.

Eu me jogo ao lado dele na cama grande. Ele passa os dedos por minhas bochechas e depois segura minhas mão. Nós ficamos nos encarando por alguns minutos, até que adormecemos de mãos dadas, de frente um para o outro.

Eu tenho um sono um pouco agitado, cheio de sonhos esquisitos, onde um Quatro totalmente pelado se insinua pra mim no meio de um restaurante lotado. Não que faça sentido, mas eu não acho nem um pouco ruim.

Quando eu abro os olhos lentamente, dou de cara com Quatro me fitando com os aqueles olhos azuis escuros hipnotizantes. Eu estava praticamente jogada nos braços dele, que não parecia se importar. Nossos rostos estavam muito próximos e os meus braços estavam apoiados em seu abdômen.

— Boa tarde, pequena — Ele diz, me dando um beijo na bochecha.

— Boa tarde, Quatro — Eu respondo, dando um sorriso. Quatro é a única pessoa que me chama de pequena e ele parecia ter aderido permanentemente o apelido — Você está acordado faz muito tempo? — Eu pergunto.

— Alguns minutos só — Ele responde — Eu estava te observando dormir — Ele diz sorrindo pra mim.

— Foi mal eu ter praticamente subido em cima de você — Eu digo, rindo e me afastando um pouco — Eu sou meio descontrolada quando se trata de mexer na cama enquanto estou dormindo.

— Não que eu tenha achado ruim. Seu perfume é maravilhoso — Ele diz, me fazendo rir — Com fome? — Ele pergunta.

— Muita — Eu respondo, rindo e olhando o relógio em seguida. Duas horas da tarde. Ele se levanta da cama e eu faço o mesmo. Nós caminhamos para fora do quarto — Gostei de te observar dormindo. Você parece ter sonhos muito intensos — Ele comenta e eu fico me perguntando se eu tinha falado alguma coisa que não devia enquanto dormia ou se eu só havia me mexido demais, como era de costume, mas antes que eu possa pensar muito, ele acrescenta — Nós devíamos fazer isso mais vezes.

— Plenamente de acordo — Eu digo, rindo. A nossa noite tinha sido sensacional.

Vemos o estrago que havíamos causado ao chegar na escada. Meus sapatos estão jogados, a camisa e os sapatos de Quatro também. Fica pior - muito pior - quando chegamos na sala. A mesinha do canto está no chão, quebrada, e todas as coisas que antes estavam em cima dela também estão no chão, espatifadas.

O som ainda está ligado, com uma música relativamente alta tocando. As taças estavam caídas no chão, aos pedaços. A garrafa estava caída no tapete central, que tinha uma mancha enorme de bebida, que provavelmente não sairia facilmente. Um dos quadros que antes estava devidamente pendurado, estava no chão.

— Acho que nós fizemos um pequeno estrago aqui — Eu digo, fazendo ele rir — É melhor a gente arrumar isso antes dos seus pais chegarem — Acrescento — Embora a maioria das coisas não vão se resolver tão rápido — Eu aponto para a mesinha e os objetos, as taças e o tapete.

— Relaxa — Ele diz, rindo — Eu falo pra minha mãe que eu tropecei, bêbado e com um copo de bebida na mão, sujei o tapete e depois quebrei a mesinha e as coisas — Ele dá de ombros — Ela provavelmente vai achar que é um bom motivo pra ir fazer compras.

Eu começo a rir. Quatro provavelmente também tinha permissão pra fazer o que bem quisesse, desde que não constrangesse os pais ou causasse um escândalo. O pai dele era chefe de gabinete do governador, e a mãe era uma designer de interiores famosa. Ela provavelmente ficaria feliz em redecorar a própria casa.

Nós vamos para a cozinha, evitando os cacos de vidro.

— O que você quer comer? — Ele pergunta, abrindo os armários.

— Qualquer coisa — Eu digo — O que você quer que eu faça? — Eu pergunto, tentando ser útil de alguma forma.

— Você sabe cozinhar alguma coisa? — Ele pergunta e eu nego com a cabeça — Então vamos achar algo comível que não precise ser feito, porque eu também não sei fazer porra nenhuma.

Nós começamos a procurar nos armários e na geladeira. Acabamos achando bolachas e Nutella, assim como pão de forma, leite e achocolatado.

— Ainda bem que Nutella combina com tudo — Eu digo, fazendo ele rir. Nós carregamos as coisas até a sala e nos jogamos no sofá.

Observo uma das fotos na estante. Quatro, Zeke, Shauna, Lauren, Cara e Amah em algum lugar que me parecia a Austrália. Eles eram um ano mais velhos do que eu e meus amigos, mas tinham ficado fora por quase um ano, por isso estavam no mesmo nível que nós na escola. Eu não assistia a muitas aulas com eles, mas algumas coincidiam. Era por isso que eu não tinha muito contato com eles antes, mas estava melhorando agora que estudávamos todos juntos.  Esse era nosso último ano.

— O que você vai fazer quando terminar a escola, Tris? — Ele pergunta casualmente, passando Nutella no pão.

— Direito, em Harvard — Eu respondo prontamente, sorrindo. Essa era uma das poucas coisas que eu não tinha dúvida nenhuma. Desde pequena eu queria me formar em direito e eu tinha enfiado na minha cabeça que tinha que ser em Harvard.

— Você pensa grande, pequena — Ele riu — Gosto assim.

— E você, Quatro? — Eu pergunto, mordendo um pedaço de pão — Vai fazer o que quando terminar a escola?

— Direito, em Harvard — Ele diz, e alguma coisa me alerta que ele está falando sério. Eu mordo o canto da boca. Essa faísca podia virar um incêndio muito maior do que nós poderíamos controlar. Nós tínhamos causado um estrago na casa dele, onde os pais chegariam em breve, imagina o que não faríamos caso morássemos sozinhos?

— Então parece que nós vamos fazer faculdade juntos — Eu digo, rindo — Já estou gostando disso antes mesmo de começar.

— Vai ser sensacional — Ele responde, rindo — Talvez a gente deva manter um apartamento sem mobília nenhuma, só por precaução.

Eu concordo, dizendo que era uma ótima ideia. Nós temos uma crise interminável de riso. A minha barriga doía de tanto rir. Ele era mais divertido do que deixava transparecer diariamente.

Eu sabia que entrar em Harvard não era tão fácil quanto entrar na Disneylândia, mas eu era confiante o bastante para saber que eu passaria. Eu era inteligente o bastante para passar e sabia que Quatro também era. Eu estudava na melhor escola da cidade não era atoa, e mesmo com a vida que eu levava fora dos muros da instituição, eu era uma boa aluna, embora a minha memória fotográfica fosse mais responsável pelo meu brilhantismo do que minha dedicação aos estudos.

Nós terminamos de comer e ficamos jogando conversa fora pelo resto do dia. Os pais dele estavam em algum congresso em Nova York e não voltariam até o meio da semana. Os meus pais provavelmente achavam que eu estava na casa de Uriah, já que era o nosso tradicional “Domingo da Pizza”. Eu preferia deixá-los pensando isso.

— Você é muito mais inteligente do que deixa transparecer — Ele comenta — Eu sempre te achei com um ar inteligente e tal, mas digo, você me surpreende nas aulas. Você nem parece estar acompanhando a aula, mas sempre tem as respostas.

— Transparecer ser inteligente demais deixa as pessoas acuadas — Eu digo, sorrindo — Então eu me contenho. Quando as pessoas acham que você é mais inteligente do que a média geral, elas não se abrem tão facilmente e eu gosto de saber o que as pessoas pensam sobre tudo.

— Ardilosa — Ele diz, rindo.

— Você usa seu charme como método de desarme — Eu digo — Você é misterioso e sofisticado. As pessoas tendem a se abrir com pessoas assim. Elas querem te conhecer melhor, mas acabam falando o que você quer saber e não descobrem sobre você. Isso sim é ser ardiloso.

Minha mãe costumava dizer que a minha mente era divergente. Eu tinha a capacidade de absorver várias coisas ao mesmo tempo e costumava aprender na primeira vez que me explicavam. Quando eu não prestava atenção, era só ler sobre depois, atentamente, e eu aprendia.  

Minha principal diferença com Caleb era essa. Eu aprendia fácil, mesmo que não levasse as coisas muito a sério e conseguia me lembrar de tudo. Caleb era muito CDF. Tudo era sobre estudar e tirar notas altas com ele. E ele vivia irritado comigo porque eu me dava bem sem muito esforço.

— Você é perceptiva — Ele diz, sorrindo pra mim — Conseguiu aprender mais sobre mim em pouco tempo do que muitas pessoas por aí.

— Eu tenho memória fotográfica — Eu digo, rindo — Guardo todas as informações, por mais desnecessárias que elas sejam — Eu dou de ombros —

— Como funciona esse lance de memória fotográfica? — Ele pergunta, parecendo realmente interessado.

— Eu leio alguma coisa e aprendo. Depois que eu aprendo, eu não esqueço. Nunca mais — Eu respondo, dando de ombros.

— Isso deve te permitir prestar mais atenção às pessoas e entendê-las, não? — Ele pergunta — Você deve captar coisas que ninguém mais percebe.

— Exatamente — Eu respondo — Pessoas são interessantes.

— O que você aprendeu sobre mim?

— Você fala baixo sempre e isso faz as pessoas prestarem atenção em você — Eu falo — Você não se abre muito com ninguém e costuma rir das piadas do Zeke, que são péssimas — Eu falo, fazendo-o rir — O que prova que você é um bom amigo. Seus amigos te veem como um líder entre eles e isso é natural pra você — Eu faço uma pausa — E, só para caso você não tenha notado ainda, todas as meninas da escola pagam pau pra você.

— E a senhorita sabe disso como? — Ele pergunta, achando graça.

— Porque eu pago pau pra você — Eu respondo, rindo — E olha que eu nunca quis me envolver com ninguém da escola. Nunca me interessei por ninguém de lá — Faço uma pausa — Mas digo isso porque eu vejo todo mundo se virar para te olhar quando você passa. É meio sinistro.

— E isso é parte do meu charme — Ele ri, dando de ombros. Eu concordo com a cabeça — E não me fala que você não sabe que mexe com as pessoas, porque você mexe e não é legal passar a aula inteira de biologia te imaginando pelada.

— O quê? — Eu pergunto, dando gargalhada.

— A primeira aula do ano — Ele diz — Te vi entrar na sala. Você usava um vestido curto e justo. As suas pernas são um espetáculo. Eu te dei uma secada monstra. Passei a aula toda te imaginando nua. Nem acreditei na minha sorte quando você foi beber justo do meu lado ontem.

— Não foi por acaso que eu fui beber justo do seu lado — Eu digo.

Um filme qualquer começa a passar na televisão. Ele se aproxima de mim, derrubando o controle, os copos, o pote de Nutella e o pacote de bolachas. Ele me beija, me prensando entre ele e o sofá. O beijo vai ficando intenso demais. Ele passa uma das mãos pelas minhas pernas e eu beijo seu pescoço. Ele beija a minha clavícula.

Ouço meu telefone tocar. Eu não queria interromper nosso beijo super quente para atender, mas penso que eu devia dar sinal de vida para os meus amigos. Resgato minha bolsa, jogada no sofá desde a noite anterior. É Caleb.

— Fala — Eu atendo. Quatro ainda está encostado em mim e ele se limita a beijar meu pescoço levemente e dar mordidas na minha orelha.

— Beatrice, onde é que você está? — Caleb pergunta, soando extremamente irritado. Provavelmente a ligação estava interrompendo um importante estudo de física. Eu passo as mãos nas costas de Quatro, sentindo os arranhados que eu tinha feito na noite anterior.

— Na casa de Uriah — eu digo, fazendo Quatro rir. Ele desabotoa dois botões da camisa que eu usava e começa a beijar a região dos meus seios — Dia da pizza.

— Mentira — Caleb diz e eu sufoco um gemido — Christina ligou agora mesmo, falando que não consegue falar com você. Seus amigos estão desesperados.

— Tá — Eu digo — Falo com eles depois.

— Papai e mamãe também estão preocupados — Ele diz, me fazendo suspirar. Quatro coloca a mão na minha perna e vai subindo de vagar, me fazendo perder o fio da conversa com Caleb — Eles querem saber onde e com quem você está.

— Diz pra eles que eu to na casa do Uriah com a galera, mas que porra — Eu digo e Quatro me sopra um beijo, mas depois volta a beijar meu pescoço. Eu dou um sorriso safado pra ele.

— Eu não vou mentir pra salvar a sua pele — Caleb diz, me fazendo mandar ele ir se foder e desligar o telefone. Eu duvidava que meus pais se importassem com onde eu estava ou não. A regra era eu não atrair publicidade negativa. Minha mãe era uma estilista respeitada e meu pai estava no meio político. Eles não estavam nem aí para o que eu aprontava, desde que não causasse um escândalo no nome da família.

Olho meu celular. 7 chamadas não atendidas de Christina, duas de Lynn, três de Marlene, duas de Will, uma de Uriah e cinco de Al.

— Você vai retornar? — Quatro pergunta, encostando a cabeça no meu peito e olhando o tanto de chamadas não atendidas. Algumas chamadas tinham sido feitas de madrugada e o restante hoje no começo da tarde.

— Não — Eu digo — Amanhã falo com eles — Dou de ombros. Vejo Quatro me fitando intensamente — O que foi?

— Nada — Ele me beija nos lábios. Eu me encosto mais ainda no sofá, sentindo o corpo forte dele contra o meu. O gosto da boca dele contra a minha era a melhor sensação que eu podia pedir. O beijo vai aumentando a intensidade.

Eu já havia percebido uma coisa: eu não tinha defesa nenhuma contra Quatro. Eu baixava a guarda todas as vezes que ele se aproximava demais. Tinha sido assim desde ontem a noite. E isso era perigoso. Eu achava que mexia com ele também. Eu quase podia ver as chamas nos olhos dele cada vez que ele me olhava. A atração física era evidente.

— Nós definitivamente devíamos fazer isso mais vezes — Ele diz e eu concordo. Nós dois respiramos fundo, tentando voltar a manter uma respiração normal.

Em seguida, eu falo para ele pegar uma pomada e me deixar passá-la em suas costas. Eu estava com a consciência pesada de tê-lo machucado, mesmo com ele dizendo que não era nada. Ele se deita no sofá com as costas para cima e apoia a cabeça no meu colo. Eu espalho a pomada por todos os arranhões, de um modo cuidadoso, para não machucá-lo mais.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou do capítulo?? Deixe seu comentário!
SPOILER: no próximo, a galera toda cola na casa do Quatro! (quanto mais comentários, mais rápido eu posto!)
Beijão