Thinking Out Loud escrita por Grace


Capítulo 1
What Now


Notas iniciais do capítulo

Oi queridx! Espero, de verdade, que vocês gostem! Escrevi com todo meu coração e carinho! Esse primeiro capítulo foi baseado num sonho que eu tive - sim, eu sonho umas coisas esquisitas as vezes, mas podia ter sido pior! - que acabou me motivando a escrever a fic!
Beijos, aproveitem e boa leitura! ♥



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"And he just happened to come at the right time

I'm supposed to be in love

But I'm numb again"

Eu joguei a cabeça para trás dando uma gargalhada escandalosa. Christina, que estava ao meu lado, também ria. Na verdade, todo mundo estava rindo, com exceção de Al, que estava totalmente sem graça.

— Sensacional, Albert — Will diz batendo palmas. Você devia ter investido na carreira de ator.

Nós estávamos jogando verdade ou desafio, no chão da sala da casa que Uriah. O jogo era regado a bebida, para já ir fazendo um esquenta para a balada que nós íamos depois. Eu já estava bem louca e nem me lembrava o que Al tinha acabado de fazer, que o tinha deixado bem sem graça, mas que tinha nos divertido pra caramba.

Acendi um cigarro e peguei meu copo com uísque, dando um gole generoso e engasgando em seguida. Al tinha acabado de girar a garrafa vazia de vodca. Christina perguntava e eu respondia.

— Verdade ou desafio, Tris?

— Desafio — Eu respondo, com convicção. Ela olha em volta, tentando achar uma inspiração para me desafiar. Nesse mesmo tempo, Uriah dizia que nós já devíamos encerrar o jogo e ir para a festa, antes que estivéssemos bêbados demais para sair do lugar. Vi quando o olhar de Christina parou em um dos porta retrato que estava na estante.

— Eu te desafio a levar Quatro pra cama — Ela diz, sorrindo maliciosamente.

— Chris, Quatro deve ter namorada — Marlene diz, rindo. Quatro era lindo, com o corpo escultural, badboy e melhor amigo de Zeke. Eu localizei a foto que Christina tinha visto. Quatro e Zeke na praia, com pranchas de surfe. A foto me parecia recente.

— Eu não sou ciumenta — Eu respondo Marlene, ao mesmo tempo que Uriah informa que ele não tinha namorada — Desafio aceito — Eu digo a Christina, que bate palmas.

— Zeke disse que eles iam assistir uma partida de alguma coisa que não me interessa, mas que depois do jogo iam para a boate — Uriah informa, me deixando mais exitada ainda.

Quatro era muito gostoso, mas um pouco reservado. Ele não era muito de conversar com a gente, principalmente porque fazia apenas uma semana que nós tínhamos começado a estudar juntos, mas sempre nos tratava com educação e era sempre simpático.

Ele era o astro do time de basquete da escola - quatro era o número da camisa dele, que tinha virado um apelido que tinha se alastrado pela escola inteira. Nem os professores o chamavam pelo nome. Ele provavelmente voltaria ao time esse ano, depois de ter saído ano passado, para ir viajar com os amigos, e provavelmente ganharia  a braçadeira de capitão de volta. O time ano passado tinha sido um lixo sem ele.

Nós nos levantamos com dificuldade e saímos da casa, nos dividindo em dois grupos. Os motoristas esperam a gente entrar e dão partida, seguindo para o endereço da boate.

Esse é o lado bom de ter pais ricos. Você tem o que você quiser, quando você quiser. Meus pais não se importavam com a vida que eu levava, nem com o horário que eu voltava pra casa, desde que eu não os embaraçasse em público, o que eu geralmente não fazia, embora as vezes, quando eu ficava muito bêbada, saísse do meu controle.

Chegamos na boate minutos depois e eu me arrasto para fora do carro, pegando minha identidade falsa, para poder entrar normalmente no bar. Os seguranças todos sabiam que eu não tinha idade pra estar lá - nem eu nem metade das pessoas que frequentavam a boate - mas faziam vista grossa para a nossa carteira de identidade falsa e mal feita.

— Se você ver o Quatro, me avisa — Eu digo pra Christina, que concorda com a cabeça. Nós entramos na boate. Eu vou diretamente para o um dos balções de bar. O mais próximo que eu localizei.

— Você não devia estar bebendo mais, Tris — Al diz, ao se encostar no balcão, ao meu lado — Você já está meio ruim — Eu já estava no quarto copo de bebida.

— Me dá um tempo, Albert — Eu digo, com a voz arrastada — A porra das aulas acabaram de voltar, você devia tentar se divertir e não encher meu saco — Escola também era algo importante para os meus pais, então eu costumava me comportar e estudar durante a semana de provas. Desde que eu não fosse mal nas provas e me dedicasse, eu podia fazer o que eu queria. E eu nunca ia mal nas provas.

Lynn e Christina se aproximam da gente em seguida.

— Quatro está no canto de lá — Lynn diz, apontando indiscretamente — Bebendo sozinho e observando a pista de dança.

— Parece que eu estou com sorte — Eu digo, sorrindo dissimuladamente, pegando meu copo que o barman tinha acabado de encher  e indo em direção ao canto que Lynn tinha apontado.

Avisto Quatro quase que imediatamente. Ele está sozinho, encostado no balcão mais próximo, mais sexy do que nunca. Eu arrumo meu vestido e me concentro para andar normalmente, mesmo estando bêbada e usando um sapato de salto fino que me deixava 15 centímetros maior do que eu realmente sou. Viro a bebida que estava no meu copo e me aproximo da onde ele estava.

— Uísque puro — Eu digo ao barman, entregando meu copo vazio e  me encostando ao lado de Quatro. Ele dá uma olhada em minha direção — Sem gelo.

— Você já não está meio bêbado pra ficar bebendo uísque, Beatrice? — Ele pergunta, dando o sorriso de cafajeste que é simplesmente irresistível. Ele tinha facilitado minha vida ao puxar assunto comigo.

— Só meus pais me chamam de Beatrice — Eu digo, me aproximando da orelha dele e sussurrando — Me chame de Tris, Quatro.

Ele se coloca de frente a mim e arruma uma mecha do meu cabelo, que estava fora do lugar. Eu dou um sorriso ao ver ele me olhar de cima a baixo. Ele aproxima os lábios do meu ouvido.

— Como você quiser, Tris.

O barman me entrega meu copo e eu bebo um gole. A bebida desce queimando minha garganta, mas eu não ligo. Já era uma sensação conhecida.

— Por que você está encostado aqui, sozinho? — Eu pergunto, mas sem realmente me interessar pela resposta. Minha ideia era fazer ele continuar falando, e depois dar o bote.

— Está mais calmo aqui do que no meio desse tanto de pessoas — Ele responde e eu concordo com a cabeça — E você, Tris, o que faz sozinha numa boate lotada?

— Existe várias respostas para a sua pergunta — Eu digo, rindo — Uma delas é que eu me perdi dos meus amigos. A outra é que eu estou afim de beber. A outra é que eu decidi vir conversar com você — Faço uma pausa — Você escolhe em qual quer acreditar.

— E se eu decidir acreditar que a última é a resposta correta? — Ele pergunta, terminando de beber o que tinha em seu copo e pedindo mais um pro garçom.

— Eu te convidaria para me acompanhar até lá fora, para que eu possa fumar um cigarro — Eu digo, acrescentando em seguida — E onde é bem mais calmo e mais fácil de conversar.

— Você fuma, pequena? — Ele pergunta, voltando a brincar com meu cabelo e tocando a minha nuca acidentalmente, o que me deixa totalmente arrepiada.

— Só quando eu estou nervosa. Ou ansiosa — Eu respondo, dando de ombros e fingindo que ele não mexe comigo — É só um mal hábito que eu adquiri nesses últimos tempos — Eu dou de ombros.

— Você está nervosa agora? — Ele me pergunta, passando as mãos pelas minhas costas lentamente, até chegar na minha bunda.

— Você me deixa nervosa — Eu digo, mordendo o canto dos lábios e passando a mão por seu peitoral totalmente definido. Ele dá um sorriso e eu comemoro internamente. Meio caminho já estava andado.

— Vamos lá fora — Ele diz, me puxando pela mão rumo a porta de saída da boate — Quem sabe você fica mais confortável lá?

— Ótima ideia — Eu digo, me agarrando ao braço dele ao desequilibrar um pouco. Eu realmente tentava andar em linha reta e sem tropeçar, mas o nível de álcool no meu sangue provavelmente já era bem alto.

Nós saímos pela porta e somos recebidos pelo vento frio. O segurança nos observa por alguns segundos, provavelmente pensando se devia tentar nos segurar por aqui ou deixar uma garota menor de idade ir pra um canto afastado com um cara que tem o dobro do tamanho dela. Nós nos afastamos um pouco da porta, que estava apinhada de pessoas fumando, conversando ou tentando entrar na boate.

— Você está meio bêbada, pequena — Ele diz, ao me segurar para evitar que eu caísse depois de tropeçar na calçada.

— Infelizmente meu corpo não está respondendo à minha mente — Eu digo, dando uma risada alta.

— O quão consciente você está sobre o que está acontecendo ao seu redor? — Ele pergunta, se encostando na parede e me puxando para perto dele.

— Eu estou totalmente consciente — Eu respondo verdadeiramente. Eu podia estar tropeçando e trocando as pernas, mas minha mente continuava lúcida, graças ao meu costume com bebidas fortes. Era bem difícil me fazer perder a consciência dos meus atos.

— Isso é uma boa notícia — Ele diz, me encostando contra a parede e se aproximando. Sinto suas mãos em meu quadril momentos antes dos lábios dele tocarem os meus. Quatro tinha pegada. Ele tinha muita pegada. Nós continuamos nosso beijo de uma maneira bem quente e provocante, com mãos bobas pra tudo quanto é lado. Eu já estou ficando sem ar, mas me recuso a interromper o beijo.

Segundos depois nós fazemos uma pausa para respirar e Quatro começa a beijar meu pescoço. Eu tenho certeza que vai deixar marcas, mas não ligo. Eu estava aproveitando e me divertindo muito.

— O que você acha da gente ir embora daqui? — Ele pergunta, voltando a me beijar em seguida. Ele enrola uma das mão nos meus cabelos e eu o puxo para mais perto de mim.

— Melhor ideia que você teve hoje — Eu digo, ganhando mais um beijo na boca e mais uns chupões no pescoço.

— Eu estacionei o carro um pouco mais pra frente — Ele diz e eu tento me recompor. Eu não sabia muito bem o que estava acontecendo, mas sabia que ele havia me deixado totalmente desnorteada — Vai ser bom sair desse vento frio.

Eu ia perguntar se ele realmente ia dirigir bêbado, mas percebi que eu não me importava. E ele não parecia estar bêbado. Provavelmente não tinha dado tempo pra ele beber muito. Ou eu que estava tão bêbada que ele me parecia sóbrio.

Nós entramos no carro e continuamos com os amassos. A mão dele fica bem mais boba do que estava antes, e mais uma vez, eu não ligo. Ele passa a mão por debaixo do meu vestido, o que me faz suspirar e faz com que meu corpo se arrepie todo.

— Você e eu, na minha casa, na minha cama, o que você acha? — Ele pergunta, sussurrando no meu ouvido — Vamos estar sozinhos em casa — Ele acrescenta.

— Perfeito — Eu respondo, nem acreditando na minha própria sorte. Eu realmente tinha achado que seduzir Quatro seria um pouco mais difícil. Ele liga o carro e acelera, cantando pneu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem comentários - e façam uma autora feliz - please! Até o próximo!
PS: próximo capítulo as coisas esquentam entre 4Tris!



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