Thinking Out Loud escrita por Grace


Capítulo 17
Tunnel Vision


Notas iniciais do capítulo

Aloha! Como estão, amores? Espero que bem!
Mais um capítulo pra vocês, espero que gostem, de verdade!
Beijos e mahalo por todos os comentários no cap anterior!



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"A crowded room everywhere

A million people around all I see is you

And everything just disappears, disappears, disappears"

— Oi Evelyn — Eu a cumprimento assim que ela abre a porta. Eu dou um sorriso fraco pra ela, que sorri de volta, abertamente. Era uma terça feira gelada. Talvez fosse só porque eu estava nervosa.

— Oi Tris, querida — Ela me dá um abraço — Faz um tempinho que eu não te vejo. Continua linda, como sempre — Ela acrescenta e eu agradeço o elogio.

— Quatro está? — Eu pergunto, na dúvida se queria que ela falasse que sim e me desse a oportunidade de resolver o que é que estivesse acontecendo entre a gente, ou falasse que não e me desse a chance de voltar pra casa e deixar tudo isso morrer. Ou pelo menos tentar deixar tudo morrer.

— Está sim — Ela diz, me fazendo sinal pra entrar na casa. Ela fecha a porta assim que eu passo pra dentro — Está no quarto dele. É só subir as escadas e entrar na quarta porta — Ela me instrui e eu acho mais delicado não comentar que eu sabia onde ficava o quarto dele porque já tinha passado a noite aqui. Com ele — Fique a vontade, meu bem.

Eu a agradeço e subo as escadas lentamente, pensando na melhor maneira de conversar com ele e entender o que estava acontecendo. Respiro fundo assim que paro diante da porta dele e bato levemente, girando a maçaneta em seguida.

— Posso entrar? — Eu pergunto assim que ele olha em direção a porta. Ele estava jogado em sua cama, sem camisa, lendo um dos livros obrigatórios da escola. Ele me fita por alguns segundos e depois faz sinal para que eu entre.

— No que eu posso ajudar? — Ele pergunta friamente, se sentando na cama. Eu paro em frente a ele, ainda de pé perto da porta.

— Eu quero saber o que está acontecendo com você — Eu digo, suspirando em seguida — Ou o que foi que eu fiz, já que você não fala mais comigo.

Quatro estava me dando um gelo desde ontem a tarde. Ele mal tinha olhado na minha cara hoje pela manhã, mal me respondia e evitava ficar perto de mim. Eu já tinha acessado às minhas memórias milhões de vezes e não tinha percebido nada de errado. Eu queria saber porque ele estava me afastando e me evitando dessa forma.

— Talvez seja porque Uriah deixou escapar, no treino de ontem, que não imaginava que você fosse me levar a sério por mais de uma noite, como Christina propôs num jogo de verdade ou desafio — Ele diz friamente — Talvez seja porque eu não fui nada mais do que um desafio pra você, como o treinador vem me alertando desde semana passada. Bem que ele me disse pra não te levar a sério, porque você não me levaria.

— Nada mais do que um desafio? — Eu pergunto, balançando a cabeça e batendo a porta atrás de mim. Eu sinto meu sangue fervendo — Eu só topei essa porra desse desafio porque era numa noite que eu sabia que todo mundo ia encher a cara e que era a melhor maneira de me aproximar de você, já que eu nunca teria coragem de fazer isso na escola — Eu faço uma pausa — Eu nunca ia ter coragem de te paquerar tão abertamente no meio do intervalo ou na aula de biologia — Eu concluo, suspirando — Era a porra da minha chance de me aproximar de você. De me aproximar do famoso e desejado Quatro.

— Por que você não me contou? — Ele pergunta, se colocando de pé e me encarando. Eu olho bem nos olhos dele — Você sabe que podia ter aberto o jogo comigo.

— Porque eu não levei esse desafio a sério — Eu digo duramente — Eu não ia contar para os meus amigos o que tinha rolado entre a gente, justamente porque as coisas ficaram íntimas demais, desde aquele primeiro dia — Eu falo, despejando as palavras em cima dele. Nossas vozes estavam alteradas, mas eu não me importava com isso nesse momento — Ou você já se esqueceu que todo mundo descobriu por infelicidade do destino? Eu ia esperar eles esquecerem isso. Mas parece que nada disso importa mais — Eu respiro fundo, deixando meus braços caírem ao lado do corpo.

— Por que não importa mais? — Ele pergunta, se aproximando de mim lentamente. A minha vontade era bater nele, por acreditar que eu estava brincando com ele esse tempo todo. Ele me parecia mais calmo, mas eu ainda estava irritada.

— Porque você está dando ouvidos ao treinador — Eu falo, deixando todo minha frustração sair pela minha voz — Você está acreditando que isso foi só um jogo pra mim. Só uma noite e nada mais. Você está simplesmente ignorando todos os dias que nós passamos juntos — Eu despejo, começando a andar de um lado para o outro — Você está ignorando tudo. Desde o primeiro dia até a porra da semana passada arrumando a merda daquela biblioteca.

— Então eu não fui só um desafio pra você? — Ele pergunta mais suavemente.

— Você realmente acha que foi só um desafio pra mim? — Eu devolvo a pergunta pra ele, que segura o meu pulso delicadamente, me impedindo de continuar andando de um lado para o outro — Você acredita, de verdade, que eu fiquei com você esse tempo todo por conta de um desafio que supostamente duraria uma noite? — Eu pergunto, indignada — Você realmente não me conhece de maneira…

Ele me beija antes que eu possa concluir a minha frase. As mãos dele param na minha cintura, me trazendo para mais perto. Eu jogo meus braços ao redor de seu pescoço, diminuindo ainda mais o espaço entre nós. Nós nos beijamos por mais alguns minutos e depois simplesmente ficamos de pé, abraçados, no meio do quarto.

— Foi a única forma que eu achei de te interromper — Ele diz no meu ouvido, rindo. Eu dou um sorriso. Fazia tempo que eu não o escutava rindo. Eu já estava com saudades dessa risada que me deixava feliz e completa.

— Me desculpa por isso — Eu digo, depois de alguns minutos — Eu devia ter te contado desde o começo, mas não achei que seria relevante. Eu realmente não tive a intenção de fazer disso um jogo e sinto muito se pareceu assim.

— Tudo bem — Ele responde, fazendo carinho na minha cabeça — Eu não devia ter sido tão criança a respeito disso — Ele me olha carinhosamente — Muito menos ter dado ouvidos ao treinador ou fazer qualquer julgamento antecipado.

— Só não faz mais isso, tá legal? — Eu digo, em voz baixa.

— Me desculpa por te deixar chateada — Ele responde, me dando um beijo em seguida. Quatro me carrega até a cama dele e nós ficamos jogados lá, frente a frente, nos encarando em silêncio. Um tempo depois ele fica com as costas pra cima, ainda fitando o meu rosto, e eu percorro os desenhos em sua pele com os dedos, delicadamente. Ele me dá um sorriso.

— Então quer dizer que a senhorita sente alguma coisa por mim? — Ele pergunta, sorrindo mais ainda. Eu encaro os olhos azuis dele, que me pareciam profundos e serenos.

— Como se você não soubesse que sim — Eu respondo, olhando fixamente para ele — Eu… Eu não sei explicar. Eu nunca me senti dessa forma antes — Eu dou um sorriso e ele se mexe na cama, de modo que seu rosto fica muito próximo do meu.

— Se te serve de consolo, eu também nunca me senti assim antes — Ele diz, me dando um beijo em seguida — E também não consigo explicar o que eu estou sentindo agora —  As mãos dele param em minha cintura novamente e ele me puxa para mais perto dele. Nós continuamos nosso beijo de uma forma desejosa e só nos separamos porque uma batida na porta do quarto dele nos interrompe.

Nós nos sentamos na cama rapidamente, um pouco mais separados do que normalmente e ele grita pra pessoa da porta entrar. Evelyn entra no quarto segundos depois.

— Queridos eu preparei um café da tarde pra gente — Ela diz, dando um sorriso e não fazendo nenhum comentários sobre o que nós estávamos fazendo no quarto antes. Tanto na gritaria que nós tínhamos arrumado quanto no silêncio que tinha se seguido — Tobias, querido, sua avó está aí e você sabe o quanto ela detesta que sentem na mesa para comer sem camiseta, então, por favor, poupe nossos ouvidos e coloque uma camiseta antes de descer — Ela pisca pra gente e sai do quarto, fechando a porta em seguida. Quatro revira os olhos e pega uma camiseta qualquer na gaveta e nós saímos do quarto.

Quando nós chegamos na sala, somos surpreendidos pelo número de pessoas que estavam espalhados por lá - as avós, as tias e as primas de Quatro. Eu me lembrava delas do almoço de aniversário de Marcus. Não que eu tivesse conversado, só visto de longe mesmo. Eu começo a pensar que eu devia inventar que tinha que ir pra casa.

As convidadas de Evelyn me encaram por alguns segundos e eu começo a me sentir desconfortável. Pela cara delas, com certeza elas tinham ouvido as vozes alteradas minutos antes. Olho em volta rapidamente e vejo a prima de Quatro que estudava na escola. Ela era um ou dois anos mais nova do que eu.

— Não vai nos apresentar sua namorada, Tobias? — Uma das senhoras pergunta, e eu presumo que era uma das avós dele. Eu gostaria de saber como esse tanto de gente tinha chegado e nós não tínhamos escutado. Provavelmente porque estávamos absortos no nosso mundinho particular. Seja discutindo ou trocando beijos.

Eu percebo que elas também tinham me reconhecido, do aniversário de Marcus, mas tinham resolvido se fingir de desentendidas.

— Essa é Tris e… ela é uma amiga — Ele diz simplesmente, parecendo sem saber o que falar. Eu murmuro um oi bem tímido, um pouco desconfortável com todos os olhares em cima de mim. Amigos era um pouco menos do que nós realmente éramos, mas nenhum de nós sabia como definir a nossa relação.

Vejo a prima que estudava na mesma escola que a gente comentando alguma coisa com uma outra menina, um pouco mais velha que eu.

— Quatro eu acho que já vou indo — Eu digo, jogando o meu cabelo para o lado — Eu ainda tenho algumas coisa pra…

— De jeito nenhum, querida — Evelyn diz, me interrompendo — Faço questão que você fique para o café. Você é praticamente da família — Ela sorri e eu murmuro alguma coisa incompreensível, com um sorriso no rosto. Quatro segura uma risada — Aliás, o café já está pronto. Venham todos pra mesa — Ela praticamente me empurra até lá. Quatro se joga na cadeira ao lado da minha.

— O que está acontecendo? — Eu pergunto entredentes.

— Não faço a menor ideia — Ele responde da mesma forma e nós dois seguramos uma risada. Evelyn provavelmente era o tipo de mulher que gostava de dar vários cafés da tarde, com um monte de comida, só pra reunir todo mundo e jogar conversa fora.

As pessoas começam a se servir e a conversar sobre vários assuntos. Eu me limito a pegar uma caneca e colocar café. Quatro enche o prato de bolo.

— Você vai ficar gordo comendo desse jeito — Eu digo, fazendo-o  desviar os olhos do prato de bolo, olhar pra mim e rir.

— Só vou ficar mais gostoso — Ele diz, dando uma garfada no bolo.

— Vai nessa — Eu respondo, tomando um gole do café.

— Tris, querida, você não vai comer nada? — Evelyn pergunta. Eu ia começar a responder, mas Quatro é mais rápido.

— Ela não come nada que não seja saudável durante a semana — Ele diz, me oferecendo o prato de bolo dele —  Ela é chatinha assim mesmo — Ele acrescenta e eu reviro os olhos pra ele.

— Quem não precisa segue uma dieta certinha — Uma das tias dele fala, rindo — Já eu, que quero perder peso, como tudo quanto é bobeira em qualquer hora do dia.

— Você sabe que não precisa de dieta, né querida? — Evelyn pergunta, rindo.

— É mais um hábito do que dieta — Eu respondo, dando de ombros — Mas eu engordei um pouco depois que parei de… — Eu me interrompo no meio da frase. Elas todas me encaram — Depois que eu parei de fumar — Eu concluo. Que me julguem por meu antigo hábito. As pessoas sempre me julgavam por isso.

Eu tinha parado de fumar justamente por conta de Quatro. O avô dele tinha falecido por conta de um câncer no pulmão e cigarro era um assunto delicado pra ele. Eu tinha feito uma promessa à ele.

— E ela parou de fumar porque eu pedi — Quatro diz, tirando a atenção de cima de mim — Logo, a culpa de ela ter engordado é minha — Ele ri depois de terminar a frase — Embora eu não ache que você tenha engordado nenhum pouco.

— Era só um mau hábito. Um péssimo hábito — Eu respondo reflexiva, dando de ombros e dando um sorriso em seguida e ignorando os olhares das tias de Quatro.

— Você devia experimentar esse bolo — Quatro diz, mudando de assunto e ignorando o resto das pessoas na mesa — Está maravilhoso — O bolo estava realmente parecendo muito bom. Eu até estava pensando em comer um pedaço. Ele pega um pedaço do bolo em seu garfo e me oferece. Eu aceito, experimentando um pedaço. Estava divino.

— Sensacional — Eu digo, tomando mais um pouco de café — Eu queria saber fazer bolo. Ou qualquer outra coisa na cozinha.

— É só seguir a receita — Quatro diz, dando de ombros e sorrindo, como se ele soubesse fazer alguma coisa. Eu dou uma risada.

— Eu sei as receitas. De cabeça — Eu digo, dando de ombros — Assim como sei todas as instruções do modo de fazer. Mas não consigo fazer nada que preste — Eu olho pra ele — Nada que é manual funciona comigo. Mas se você quiser, posso te ditar a receita e você tenta fazer alguma coisa, chefe.

— Desafio aceito — Ele diz rindo — Você escolhe qualquer receita que te der na telha e eu faço. Aposto que fica bom.

— O que nós estamos apostando? — Eu pergunto, mordendo o canto dos lábios e fazendo ele sorrir. Eu já tinha uma boa ideia em mente.

— Nós podemos decidir isso depois — Ele diz, dando mais uma garfada no bolo — E aliás, eu preciso da sua ajuda — Ele diz e eu o encaro, esperando ele contar o que precisava — Tenho prova de matemática avançada amanhã e não tenho noção de qual é a matéria. Você bem que podia me dar um apoio intelectual, né?

— Suave — Eu respondo pra ele — Fiz a prova dele ontem e embora eu ache que ele vai mudar os valores e números dos exercícios, posso te passar os moldes da prova e te explicar.

— Quanto você tirou na prova? — Ele pergunta.

— Com certeza dez — Eu respondo, rindo. Mesmo sem ter visto a devolutiva, eu tinha certeza que tinha feito a prova toda corretamente. Ele ri e me chama de nerd. Eu bebo mais um gole de café e observo as pessoas que estavam à mesa. Evelyn me fita fixamente, me fazendo querer desviar o olhar, mas sem conseguir.

— Tris, meu anjo, como está a sua mãe? — Ela pergunta, me dando um sorriso — Faz tempo que eu não a vejo — Ela acrescenta.

— Ela tá ótima — Eu digo, fazendo uma pausa — Um pouco neurótica, mas ótima — Eu digo rindo — Ela está em processo criativo da sua nova coleção. Devo dizer que ela está me deixando louca. Eu tô evitando ao máximo ir pra casa — Eu falo e ela da risada.

— Mal posso esperar para ver a nova coleção dela — Evelyn diz, batendo palmas.

— Ela não me deixou ver muita coisa, porque ela acha que dá azar, mas parece que está ficando sensacional — Eu digo, sorrindo.

Quando Quatro termina seu bolo e eu termino o café, nós dois pedimos licença e subimos para o quarto dele.

— Você realmente nem começou a estudar ainda? — Eu pergunto, me jogando na cama dele enquanto ele procurava a mochila.

— Não — Ele responde — Eu nem sei por onde começar. Acho que dormi em todas as aulas — Ele diz, parando de repente, com os cadernos na mão — O que significa que eu não tenho anotação de nada aqui.

— Não tem problema — Eu digo, pedindo o caderno e um lápis — Me deixa escrever a teoria pra você e depois eu te explico.

Eu anoto tudo que era relevante e tudo que o professor tinha cobrado na minha prova, e depois começo a explicar parte da matéria pra ele. Em seguida, reescrevo os exercícios que tinham caído na minha prova e entrego pra ele resolver. Eu então me lembro que eu tinha combinado de passar na casa de Lynn. Decido ligar pra ele pra avisar que não ia dar tempo, e percebo que eu havia deixado o telefone na mesa. Aviso Quatro e saio do quarto.

Eu desço as escadas da casa de Quatro e me dirijo para a sala de jantar, que era onde estava sendo servido o café da tarde. Vozes se misturavam. Eu estava com a mão na maçaneta, para empurrar a porta entreaberta quando escuto o meu nome.

— O nome dela é Beatrice, vó — Alguém fala e eu tenho uma boa noção que é a prima de Quatro que estudava no mesmo colégio que a gente — Ela é brilhante. Tem tudo que o resto da escola quer ter: inteligência, beleza, popularidade e o Quatro, é claro.

— Eles são tão fofos juntos — Alguém comenta e eu dou um sorriso involuntário — Aliás, foi impressão minha ou os dois estavam discutindo na hora em que nós chegamos aqui?

— Eles estavam discutindo desde um pouco antes de vocês chegaram — Evelyn confirma — Mas pelo jeito se acertaram. Devia ser alguma bobeira.

— O único problema da Tris é ser metida pra caralho — A prima dele continua, me fazendo revirar os olhos — Ela não conversa com quase ninguém de fora de sua turma de amigos e se limita a desfilar pela escola com seu salto alto e suas peças de roupa exclusivas.

— Tris é uma boa menina, Ann — A voz de Evelyn chega aos meus ouvidos — Ela se parece muito com a mãe. E eu confesso que estou muito feliz com esse relacionamento dela com Tobias.

— Faz quanto tempo que eles estão juntos? — Alguém pergunta.

— Desde o início do ano letivo — A tal Ann responde.

— Pelo jeito eles ainda não se assumiram, né? — Alguma outra pessoa pergunta — Eu realmente fiquei surpresa por ele a ter apresentado só como uma amiga.

— Natalie me disse que Tris disse pra ela que eles decidiram ir devagar com as coisas — Evelyn conta e eu amaldiçoo a minha mãe por estar espalhando as nossas conversas por aí. E depois me amaldiçoo por ter contado essas coisas pra ela.

— Ir devagar com as coisas? — Ann pergunta, rindo — Pelo o que a gente escuta naquela escola, eles são bem rapidinhos, isso sim — Uma risada se espalha no local e eu sinto o rosto corar — Eles são um grude um com o outro. E eu sei que eles estavam cumprindo uma detenção até esses dias atrás. Também tem a história do dia da piscina, que...

Ann começa a falar e eu ajo rapidamente para impedí-la de contar qualquer história nossa que seja. Eu faço barulho, como se tivesse tropeçado em alguma coisa e em seguida empurro a porta, entrando no local.

— Tris, querida, está tudo bem? — Evelyn pergunta.

— Eu tropecei — Eu digo, resmungando que eu tinha dois pés esquerdos e dando um sorriso apático em seguida. Pego o meu celular em cima da mesa e me preparo para sair da sala, mas a voz de Evelyn me impede.

— Tris, porque você e Tobias estavam cumprindo advertência na escola? — Ela pergunta, me fazendo amaldiçoar a prima de Quatro.

— Nós matamos a aula da tarde no dia que decidimos fazer uma tatuagem — Eu respondo simplesmente. Ela não precisava saber que nós tínhamos nos agarrado dentro da escola e matado aula da manhã e da tarde — O diretor não ficou muito feliz com a gente e nos fez colocar os livros da biblioteca em ordem — Eu resmungo — Particularmente, vou passar o resto do ano sem entrar naquele lugar.

Eu peço licença e saio dali o mais rápido possível, antes que outras histórias surgissem e eu tivesse que explicar. Entro no quarto de Quatro, ligo pra Lynn e depois me jogo na cama dele, que estava concentrado resolvendo os exercícios.


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Notas finais do capítulo

Deixem vários comentários! (Esse capítulo ficou grande, eu mereço! Hahahaha)
Mahalo! *-*