Thinking Out Loud escrita por Grace


Capítulo 13
Yellow


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Em nome de Theo James, não desejem a minha morte, por favor! Eu sei que eu demorei MUITO pra postar, mas juro que não foi de propósito. Essa foi minha semana de provas na faculdade e eu realmente me enrolei, porque deixei TUDO pra última hora. Passei a semana dormindo menos de três horas por noite e tal e tava bem foda.
Mas... vamos lá! Capítulo novo e é isso que importa! Espero que gostem!!! (Não sei se eu respondi os comentários do último capítulo, se eu não respondi, vou responder!) Beijão e fiquem na paz! Vlw flw ♥



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"Look at the stars, look how they shine for you,
And everything you do, yeah, they were all yellow"

Eu ergo os olhos e encaro Quatro por alguns segundos. Ele me dá um sorriso maravilhoso, o que me faz sorrir de volta pra ele. Nós nos encaramos dessa forma por mais alguns segundos. Era difícil desviar meus olhos dos dele.

Nós estávamos sentados no Paris Club, cercados por uma visão estonteante de Chicago. Se bem que eu realmente achava a vista que estava na minha frente - Quatro - mais estonteante do que a cidade.

— Você está quieta hoje, pequena — Ele diz, alargando o sorriso e fazendo carinho nas minhas mãos, que estavam em cima da mesa. Deuses, ele realmente estava mais bonito do que o normal. Como se isso fosse possível. Era quase sobre humano, como se ele fosse um deus ou algo assim.

— Eu estou pensando — Eu respondo e ele continua me encarando, como se estivesse esperando eu contar meus pensamentos. Talvez ele estivesse — Pensando em nós dois aqui. E em como eu acho você mais bonito do que a vista da cidade — Eu digo, antes que pudesse segurar a minha língua. Eu sempre tive a língua grande, o que as vezes me deixava morta de vergonha — E olha que a cidade… Uau.

— Acho que nós estamos com os pensamentos conectados — Ele responde — Eu estava pensando agora em como essa vista é bonita. E em como ela não tem graça nenhuma quando comparada a você — Ele diz e eu dou um sorriso. Ele segura a minha mão por cima da mesa e a aperta levemente.

— Antes de te conhecer melhor, eu achava que você era uma pessoa totalmente diferente — Eu digo, fazendo-o sorrir — Eu não podia estar mais enganada.

— Conte-me mais sobre isso, anjo — Ele diz, entrelaçando seus dedos nos meus.

— Sei lá — Eu digo, dando de ombros — Você era o cara gostoso, capitão do time mais badalado da escola, que tinha ido viajar com os amigos e tem toda a pinta de badboy — Eu falo, fazendo-o rir — Eu nunca pensei que você fosse incrivelmente fofo, romântico e carinhoso — Eu falo, arrancando um sorriso dele. Eu sinto meu coração bater mais forte, o que me faz sorrir.

— Eu também não sabia que existia esse lado meu — Ele diz, dando de ombros e olhando fundo nos meus olhos — Acho que você despertou as melhores partes de mim, pequena — Eu abro um sorriso. Eu poderia muito beijá-lo nesse exato momento — Mas sabe, eu nunca achei que poderia, de fato, ter uma chance com você. Pelo menos não naquela primeira semana de aula. Você nunca deu a entender que notava a minha existência, como o resto da escola sempre faz.

— É parte do meu charme — Eu respondo rindo.

— Funcionou, porque eu passei uma semana inteira tentando chamar a sua atenção — Eu ri — E você parecia a única pessoa que era inalcançável — Ele conta, entrelaçando nossos dedos — Até você ir beber do meu lado — Ele ri e pisca pra mim.

— Eu já te disse que eu sempre prestei atenção em você — Eu falo — Muita atenção. Eu só não dava na cara — Eu sorrio pra ele — E não foi por acaso que eu fui beber do seu lado. Foi milimetricamente planejado — Eu mordo o canto dos lábios e ele sorri.

— Eu fico feliz que você tenha ido — Ele diz, me assoprando um beijo. O garçom se aproxima nesse momento, interrompendo a nossa conversa. Nós observamos o cardápio por alguns instantes e fazemos o nosso pedido. Coincidência ou não, nós acabamos pedindo a mesma coisa.

Nós nos encaramos em silêncio por alguns instantes. Pra mim, era bem óbvio que existia alguma coisa muito forte entre nós. Era como se o silêncio dissesse tudo - se é que isso faz sentido. Eu via os olhos dele arderem nos meus e é como se eu conseguisse entender tudo que se passava por trás daquele olhar. Quando é que as coisas tinham chegado a esse ponto?

— Aliás, a galera quer ir acampar no feriado do dia 10, daqui duas semanas — Ele diz, segurando as minhas mãos por cima da mesa. Eu queria muito sair daqui e ir sentar ao lado dele, mas eu conhecia a gente. Era bem capaz das coisas ficarem mais quentes do que deviam para um espaço público — Você vai, pequena?

— Eu tava pensando em ir — Eu digo, sorrindo — Mas a minha confirmação vai depender de uma outra pessoa aí, sabe? — Ele abre um sorriso — A viagem não vai ter a mínima graça se ela não for.

— Falei com essa pessoa hoje — Eu diz — Ela confirmou que se você for, ela definitivamente vai — Ele acrescenta, me fazendo rir.

— Acho que nós dois iremos, então — Eu digo — Apesar de eu odiar mato, árvores, insetos e qualquer outra coisa relacionada a isso — Quatro dá uma gargalhada.

— É bem a sua cara odiar essas coisas mesmo — Ele diz, rindo. O garçom traz nossos pedidos. Quatro me da um sorriso lindo.

— Eu desisto de segurar a minha curiosidade — Eu digo, frustrada — Como foi que você conseguiu uma mesa aqui? — Eu pergunto — Geralmente são necessários meses para conseguir uma reserva — Eu falo e ele ri. Isso estava me intrigando desde o momento que ele tinha sugerido vir aqui.

— Foi a minha mãe quem redecorou esse lugar — Ele conta, dando uma garfada na comida — Ela é amiga dos donos. Pedi um pequeno favor pra ela, que pediu um pequeno favor pra eles e aqui estamos nós — Ele revela, dando uma risada.

— Você é inacreditável — Eu respondo, dando um sorriso. Sério mesmo que ele tinha se dado todo esse trabalho só pra jantar comigo? Quatro realmente era muito surpreendente.

— Nós devíamos sair juntos dessa forma por mais vezes — Ele diz — É tão tranquilo ficar só com você — Ele acrescenta e eu concordo com a cabeça, dando uma garfada na comida — É pacífico — Ele conclui.

— Nosso primeiro encontro está sendo um sucesso — Eu falo e ele concorda, rindo. Era realmente muito tranquilo estar com ele. Chegava a dar a impressão que só existia a gente no mundo.

— Por que foi que eu demorei tanto pra te chamar pra um encontro? — Ele pergunta, rindo e eu dou de ombros — Eu devia ter planejado isso antes.

— O primeiro de muitos — Eu digo e ele concorda com a cabeça.

Nós terminamos de jantar e ficamos mais um tempo jogando conversa fora, até decidirmos ir embora dali. Enquanto nós esperamos o manobrista trazer o carro dele, ele me abraça forte e em seguida me beija em seguida. Nosso beijo é carregado de sentimento e eu consigo perceber o quanto eu gostava dele.

Ele faz um carinho delicado no meu rosto e em seguida abre a porta do carro pra mim. Eu entro e dou um sorriso pra ele, que agradece o manobrista, da a volta e entra no banco do motorista. Eu vejo o relógio do carro marcar um pouco mais de meia noite e meia. Ele acelera o carro e depois segura a minha mão gentilmente.

— O que você quer fazer, pequena? — Ele pergunta, me observando por alguns segundos, mas depois voltando a prestar atenção no trânsito.

— Qualquer coisa — Eu digo — Eu só não queria ir pra casa. Não ainda — Eu digo, suspirando e o vejo abrindo um sorriso.

— Te levar pra casa é a última coisa que eu quero fazer — Ele diz, pegando uma das saídas para a estrada e acelerando o carro. Quatro gostava de velocidade e eu confesso que eu também. Nós abrimos os vidros e deixamos o ar gelado entrar. O vento bagunçava o meu cabelo e o barulho ecoava nos meus ouvidos, mas nada disso importava. Eu estava rindo e Quatro também.

Alguns minutos depois ele pega uma outra entrada para uma parte qualquer da cidade e dirige por mais alguns quilômetros, até encostar o carro em algum lugar. Nós dois descemos, caminhamos alguns metros e eu prendo a respiração com a vista que estava tendo.

Era uma parte alta e descapada da cidade, que dava pra ver todos o resto dela e dava pra ver as estrelas.

— É lindo aqui — Eu digo. Quatro concorda com a cabeça e se aproxima de mim. Nós nos abraçamos e ficamos assim por alguns minutos: sentindo o vento frio contra nós e observando as estrelas. Os braços dele me deixavam aquecida.

Ele se senta no chão de grama e me puxa junto. Nós ficamos observando a vista, em silêncio. Como eu já havia pensado, o silêncio entre nós significava tudo que nós não sabíamos dizer uma para o outro. Eu dou um sorriso involuntário e o vejo fazer o mesmo.

— Eu gosto de te ver sorrir — Ele diz baixinho, me dando um beijo no rosto em seguida. Eu olho pra ele e passo a mão por ser rosto, carinhosamente. Ele sorri. A barba dele estava por fazer, o que o deixava mais bonito ainda, na minha opinião.

— Você, geralmente, é quem me faz sorrir — Eu respondo, o beijando em seguida. Quatro se deita no gramado e eu faço o mesmo. Nós entrelaçamos as mãos e ficamos observando as estrelas por algum tempo.

Vejo quando ele desvia os olhos do céu e olha pra mim. Eu viro o rosto para encará-lo também. Ele sorri e, com a mão livre, toca o meu rosto delicadamente.

— Eu estava certo — Ele diz, me fazendo arquear as sobrancelhas — Você é muito mais bonita do que qualquer outra coisa bonita — Eu dou um sorriso e me aproximo dele, encostando a minha cabeça em seu ombro.

Nós nos beijamos novamente. Dessa vez, é algo mais calmo, mas mais intenso. É como se fosse a primeira vez que nossos lábios estavam se tocando. Eu sabia que era um pensamento estranho, mas era o que eu estava sentindo agora.

Nós ficamos nos beijando ali por mais vários minutos, até o tempo esfriar de vez. Nós voltamos vagarosamente para o carro, ainda de mãos dadas e trocando beijos. Eu realmente nunca tinha me sentindo dessa forma antes, o que tornava tudo assustador e ao mesmo tempo incrível. Ele era incrível.

Ele faz o caminho de volta em velocidade baixa. Nenhum de nós estava com pressa de chegar em casa. Eu não estava com a mínima vontade de ficar longe dele agora. O carro automático facilitava a nossa ideia de ficar de mãos dadas durante o caminho. As vezes ele desviava os olhos da estrada para me observar.

Quando chegamos à porta da minha casa, ele desce e me acompanha até a porta. Nós nos fitamos por alguns segundos, e depois nos beijamos. A minha vontade era ficar com ele pelo restinho da noite, já que era quase quatro da manhã.

— Obrigada pela noite — Eu digo, dando um beijo no rosto dele e o fazendo sorrir pra mim na manira mais fofa possível.

— Foi incrível — Ele diz, roubando mais um beijo, que acaba tomando proporções mais intensas do que no início. Nós nos separamos por alguns segundos, para tomar um fôlego. Eu sentia toda a minha pele formigar — Amanhã, ou hoje, no caso — Eu diz, abrindo um sorriso — É aniversário do meu pai. Você vai, né?

— Eu não perderia a chance de ficar com você por nada — Eu respondo, o abraçando forte. Ele me puxa pra mais perto e depois dá um beijo na minha testa.

— Até amanhã, pequena — Ele diz, me dando um último beijo.

— Até amanhã, Quatro — Eu respondo, dando um sorriso — Me avisa quando você chagar em casa — Eu digo e ele sorri.

— Preocupada comigo, anjo? — Ele pergunta, me abraçando.

— A cidade tá perigosa — Eu respondo, dando um selinho rápido dele, que diz que me avisa quando chegar.

Ele espera eu abrir a porta e entrar pra depois voltar para o carro. Eu me encosto contra a porta de casa, sem conseguir controlar o sorriso enorme que apareceu nos meus lábios. Minha mãe estava certa: eu estava totalmente apaixonada por ele.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou do encontro 4Tris???