Thinking Out Loud escrita por Grace


Capítulo 12
Feelings


Notas iniciais do capítulo

Hello! Perdão por ter demorado um pouquinho. Eu me enrolei com as coisas da faculdade e o resultado final foi várias noites sem dormir, mas supero!
Espero que gostem desse capítulo! Dona Natalie dando show de simpatia!
Beijão e boa leitura!
PS: queria agradecer a toda a galera que está acompanhando a fic, a todos que favoritaram e a todos que sempre comentam! Amo vocês ♥



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"I got these feelings for you, and I can't help myself no more

Can't fight these feelings for you. No, I can't help myself no more"

O táxi para em frente à minha casa e Quatro desce, me acompanhando até a porta. Ele me dá um sorriso e depois um beijo calmo, mas significativo. Eu sorrio pra ele, que me abraça forte.

— Obrigado pelas últimas horas, pequena — Ele diz, me dando um selinho.

— Eu quem agradeço — Eu respondo, dando um sorriso.

— Tá… Vou perguntar antes que eu perca a coragem — Ele diz, rindo e me parecendo envergonhado. Eu o acho a pessoa mais fofa do mundo — Quer sair comigo hoje, anjo?

— Claro que sim — Eu respondo, dando um abraço nele — Onde vamos?

— Tem um restaurante… Paris Club, conhece? — Ele pergunta e eu conformo com a cabeça. Eu também sabia que era um local que vivia lotado — Acho que podemos ir lá — Ele sorri.

— Perfeito — Eu digo, dando um beijo nele.

— Até a noite, pequena — Ele diz, me dando mais um beijo — Te busco às nove.

— Até a noite, Quatro — Eu respondo, ganhando mais um beijo. Ele volta para o táxi e eu entro em casa, com um sorriso enorme no rosto.

Assim que entro em casa, dou de cara com a minha mãe. Ela estava jogada no sofá, assistindo a algum filme que me parecia bem ruim.

— Boa tarde, Beatrice — Ela diz, se sentando no sofá e me olhando intensamente — Fico feliz que tenha decidido voltar pra casa.

— Ah, vê se para de drama — Eu digo, rindo e me sentando ao lado dela — Você disse pra eu voltar antes do fim de semana. É sábado a tarde — Não era nem muito depois do almoço. Ela me joga uma almofada.

— Você me parece muito feliz — Ela diz, rindo e me encarando de um modo estranho — Essa felicidade tem nome?

— Nome, sobrenome e endereço — Eu respondo, jogando a almofada nela e fingindo que estou prestando atenção no filme tosco que estava passando.

— A felicidade atenderia pelo apelido de “Quatro”? — Ela pergunta, fazendo aspas com os dedos no momento em que fala o nome dele. Eu reviro os olhos, mas abro um sorriso involuntário.

— Talvez — Eu respondo, dando de ombros, mas sabendo que eu tinha me enregado totalmente ao tentar reprimir o sorriso que me veio aos lábios quando ela disse o nome dele.

— Meu Deus, Beatrice — Ela diz, batendo palmas e dando um sorriso enorme — Você está apaixonada — Ela afirma, me fazendo fazer uma careta pra ela — Você está totalmente apaixonada por ele.

— Não… Não é assim, tá legal? — Eu digo, rindo.

— Como você tem coragem de falar que não é assim? — Ela pergunta, rindo — Eu percebi desde ontem a noite, quando vocês se abraçaram, na hora que ele chegou. Vocês estão totalmente apaixonados. Vocês mal conseguem manter os olhos longe um do outro. E quando se olham da pra perceber a intensidade. A conexão — Ela faz uma pausa — E é só a gente tocar no nome dele que você abre um sorriso lindo.

— Mãe, eu não… — Eu falo, mas sem saber como continuar — Eu não sei explicar o que eu estou sentindo — Eu digo, percebendo pela primeira vez que eu estava totalmente confusa em relação aos meus sentimentos.

— Isso se chama amor, minha querida — Ela diz, suavemente.

— Eu nunca amei ninguém antes — Eu digo, entrando em pânico e tentando me convencer mais do que convencer a ela — Eu não…

— Você não sabe explicar porque o sentimento é novo — Ela diz, rindo e me dando um abraço — Você está apaixonada sim e pare de tentar lutar contra isso. Não adianta. Nunca adiantou. Pra ninguém. Aceita e pula de cabeça.

— Você sabe que eu nunca pulo de cabeça em nada — Eu resmungo.

— Beatrice, pelo amor dos deuses, amor nunca foi racional. Nunca vai ser — Ela diz, me olhando fixamente — Para de tenta entender, racionalizar e catalogar como você faz com o resto das coisas. Amor não é pra ser entendido, é pra ser sentido. Vivido.

— Nós estamos nos conhecendo melhor — Eu digo, abrindo um sorriso tímido — Eu não quero arriscar estragar tudo o que eu estou sentindo. Tudo o que nós estamos vivendo.

— Já é um bom começo, minha querida — Ela diz, apertando as minhas bochechas e dando um sorriso.

— Eu vou sair com ele hoje — Eu conto, imaginando porque é que eu estava tendo uma conversa dessas com a minha mãe. Geralmente eu evitava conversar com ela sobre qualquer frase que envolvesse a palavra relacionamento. Ela dá um sorriso — Eu digo, só com ele — Eu concluo, pensando que esse seria, oficialmente, nosso primeiro encontro.

Na primeira vez que ficamos juntos, tinha sido o acaso que tinha nos unido. Depois, quando tínhamos saído da escola e ido fazer uma tatuagem e almoçar, não podia ser considerado um encontro. Ontem a noite, nós estávamos na festa com todo mundo e tínhamos ido embora juntos - para um hotel - mas também não era um encontro. Era uma ida à um hotel.

— Ai meu Deus, que coisa mais fofa — Ela diz, rindo e me abraçando — Onde vocês vão? — Ela pergunta, desligando a TV e parecendo realmente interessada no rolo que era a minha relação com Quatro.

— Vamos jantar — Eu conto.

— Isso é tão romântico — Ela diz, me abraçando. Eu começo a ficar com vergonha. Minha mãe podia ser muito efusiva com as coisas o que me fazia ficar apavorada.

— Mãe, é só um jantar — Eu digo, tentando minimizar a situação.

— Tris, ele já te viu pelada, se ele não quisesse algo mais sério com você, nunca te convidaria pra jantar — Ela diz, me fazendo ficar com mais vergonha ainda — Assim como se você não quisesse algo a mais com ele, nunca estaria com cara de quem vai vomitar de tanto nervosismo por conta de um jantar com um cara que você já viu nu.

— Você podia ser um pouco mais discreta, né? — Eu pergunto, escondendo o rosto nas minhas mãos, morrendo de vergonha.

— Onde vocês vão? — Ela pergunta, me dizendo em seguida que eu não precisava ter vergonha de conversar com ela sobre meus relacionamentos. Eu quase menciono a parte do “ele já te viu pelada” mas decido não trazer esse assunto a tona novamente.

— Paris Club — Eu respondo, dando um sorriso. Esse restaurante era incrível e até um pouco romântico. Sem contar que tinha vista para toda a paisagem de Chicago. Minha mãe abre um sorriso.

— Sofisticado, chique e romântico — Ela diz e bate palmas — Vai tomar um banho AGORA que eu vou procurar o vestido perfeito pra você.

— Mãe, são três horas da tarde — Eu digo, olhando pra ela — E ele vem me buscar às nove.

— E você acha que cabelo, maquiagem e ajustes no vestido vão ficar prontos em quanto tempo, bonitinha? — Ela pergunta, revirando os olhos — Anda, vai agora tomar um banho. Eu tenho algumas peças exclusivas em casa e nós podemos fazer alguns ajustes caso não fique perfeito em você.

Eu ia dizer que não precisava de um vestido exclusivo, mas eu era louca por essas criações especiais da minha mãe e nunca diria não para elas - sem contar que não era todos os dias que ela resolvia me dar uma das peças. Ela geralmente só me dava as que desenhava especialmente pra mim ou as que eu literalmente chorava, implorando para ganhar.

Eu entro debaixo da água gelada e por alguns minutos, só sinto o frio contra a minha pele e tento relaxar e desligar a mente.

Depois lavo o meu corpo e os meus cabelos. Eu uso meu shampoo favorito, que tem um cheiro doce de morango. Não tão doce a ponto de se tornar enjoativo, mas que era maravilhoso.

Saio do chuveiro enrolada em uma toalha e depois visto um shorts velho e rasgado e uma camiseta de banda. Penteio o meu cabelo e volto à sala, me jogando no sofá. Minha mãe não estava em nenhum lugar que eu conseguia ver, então eu ligo a TV e procuro alguma coisa pra assistir.

Minha mãe aparece na sala minutos depois, carregando várias peças de roupa e me mandando ajudá-la a carregar tudo para o meu quarto. Eu faço o que ela pediu.

— Bem, tem esse… Não. Muito old pra você — Ela diz, franzindo a testa, resmungando um “pra que foi que eu desenhei isso?” e jogando a peça na poltrona do canto — Tem esse — Ela diz, me mostrando um vestido longo e vermelho.

— Mãe, é lindo, mas eu não vou usar um longo vermelho vivo em um jantar — Eu digo, dando uma risada. Ela faz uma careta pra mim.

— Ia ficar lindo — Ela resmunga, jogando a peça em cima da cama, como se a intenção dela ainda fosse me convencer a usar aquele vestido. Eu pego um vestido preto em cima da cama. Ele tinha o decote em V e era curto.

— Eu gostei desse — Eu digo, sorrindo.

— Nossa, que dúvida que você gostou desse — Ela fala, resmungando e revirando os olhos — Oitenta por cento do seu guarda-roupa deve ser formado por preto, branco e qualquer outra cor básica.

— É o que fica bom em mim — Eu digo, colocando o vestidinho preto.

— Meu bem, qualquer coisa fica bem em você. Mesmo se for amarelo berrante — Ela me olha — Ou vermelho vivo.

Eu fito a minha imagem refletida no espelho. Era esse vestido.

— Eu fico com esse — Eu respondo, dando um sorriso pra ela. Minha mãe se aproxima de mim, verificando se a peça precisava de algum ajuste

— Tudo bem — Ela diz, sorrindo — Ficou lindo em você, de qualquer forma. E o bom é que não vamos ter que ajustar nada. Caiu certinho — Ela faz uma pausa — Qual sapato você está pensando em usar?

Eu era obcecada com sapatos. Eu abro umas das portas do meu guarda roupas e começo a procurar uma das minhas sandálias de salto mais nova. Ela era preta e delicada e daria certo com aquele vestido. Eu finalmente a encontro e minha mãe concorda com a cabeça.

Ela vai até seu quarto e depois volta com uma clutch preta na mão e me entrega.

— Eu estou me sentindo como se eu estivesse indo pro meu casamento — Eu digo, fazendo-a rir. Minha mãe raramente me ajudava com os meus looks de sábado a noite ou qualquer outra coisa assim. Hoje ela se recusava a me deixar escolher alguma coisa sem seu aval de aprovação.

— Vocês formam um casal bonito — Ela diz.

— Quando você percebeu que… — Eu começo, mas deixo a frase morrer. Ela tinha entendido e eu não sabia definir o que era a minha relação com Quatro.

— Quando ele chegou e vocês se abraçaram, eu percebi que alguma coisa a mais tinha ali — Ela diz. Minha mãe era a pessoa mais perceptiva que eu conhecia — Depois Evelyn me entregou o vestido e eu o reconheci na hora — Ela conta — Depois eu entrei no seu quarto e seu batom estava todo borrado e ele cheio de marcas vermelhas pelo rosto. Não precisa ser muito perceptiva pra juntar os fatos — Ela ri — E vocês dois tem uma química incrível.

— Ele é incrível — Eu digo, mais para mim do que para ela, mas ela abre um sorriso do mesmo jeito.

— Eu nunca achei que ia ouvir você falar dessa forma sobre homem nenhum — Ela ri — Você sempre ligou o foda-se pra tudo e pra todos. Ele te pegou de jeito, né Beatrice?

— Confesso que eu nunca pensei que ia falar uma coisa dessas — Eu digo, rindo.

— E falando em homens da família Eaton — Ela diz, abrindo a minha caixa de joias e procurando algumas coisas — Amanhã Marcus e Evelyn vão dar um almoço — Ela conta — É aniversário de Marcus. E nós todos estamos na lista de convidados — Ela abre um sorriso, me fazendo sorrir também — Ou seja, você vai se derreter nos braços de Quatro hoje e amanhã.

Eu jogo um travesseiro nela e tento reprimir um sorriso. Deus, eu realmente estava começando a me sentir como uma menininha apaixonada. E isso me assustava muito. Mesmo que o alvo da minha paixonite fosse Quatro. Eu sempre tinha me blindado justamente por ter medo de me deixar levar e acabar sendo machucada. Eu queria muito ter forças para recuar e me afastar de Quatro, antes que fosse tarde demais, mas eu não achava que conseguiria. Eu me importava demais pra fazer isso.

Minha mãe deixa o quarto depois de me mandar terminar de me arrumar. Eu seco o meu cabelo, me maquio com algo bem leve e coloco algumas joias. Nada demais, mas tinha ficado perfeito. Eu bato o olho no relógio e vejo que já era quase nova horas.

Coloco o meu sapato e passo perfume. Nesse mesmo instante ouço a campainha tocar. Pego a minha bolsa e saio do quarto. Infelizmente, minha mãe chega na porta antes de mim.

— Boa noite, senhora Prior — Eu escuto a voz de Quatro. Minha mãe o cumprimenta — Eu, hã… Vim buscar Tris.

— Eu vou chamá-la, querido — Ela diz e se afasta um pouco da porta. Os olhos dele pregam nos meus. Ele estava maravilhoso. Eu dou um sorriso involuntário ao mesmo tempo que minha mãe nos deseja uma boa noite. Eu respondo-a rapidamente, sem conseguir desviar meus olhos de Quatro. Minha mãe fecha a porta de casa assim que eu passo por ela.

— Você está deslumbrante — Ele diz, me dando um sorriso e em seguida se aproximando de mim, me dando um beijo delicado.

— Você também — Eu digo, segurando a mão dele enquanto nós andamos para o carro dele. Quatro usava uma calça jeans clara justa, mas não apertada. A camisa preta estava com as mangas dobradas até o cotovelo. Ele estava muito cheiroso.

Quatro abre a porta do carro pra mim e em seguida a fecha. Ele dá a volta e entra no carro. Nós seguimos para o restaurante.


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Notas finais do capítulo

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