Resident Evil: A Cidade Maldita escrita por Lerd


Capítulo 8
Capítulo VII – Bem-Vindas à R.P.D.!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/67533/chapter/8

  Com muito esforço Alyson e D. conseguiram chegar ao Departamento de Polícia de Raccoon sem nenhum arranhão. As facas que D. segurava em suas mãos estavam totalmente ensangüentadas. O mesmo podia ser dito do machado da repórter. Pelo caminho elas tiveram que se livrar de muitos, muitos zumbis. A sorte delas foi que a rua que dava acesso a R.P.D. era larga, assim elas podiam desviar das criaturas com facilidade.

- Bom, essa é a R.P.D.! – Alyson disse isso abrindo o grande portão do local. D. olhava maravilhada para a fachada do local. Realmente era um monumento grandioso. Lembrava muito um museu. E ela nem tinha visto a parte interna...

Alyson gritou. Em frente a porta que dava acesso ao hall da R.P.D., estava o corpo de um homem. Ele estava ensangüentado, mas não apresentava sinais de mordidas. D. olhou em seu crachá e leu o nome: Brad Vickers.

- Eu o conhecia. Ele era meu grande amigo. A gente apelidou-o de “coração de galinha”, pois ele estava sempre com medo ou assustado. Coitado... – Alyson se ajoelhou e passou as mãos sobre os cabelos de Brad. D. não achou aquilo correto, pois a qualquer momento ele poderia se levantar e mordê-la. Puxou a repórter pela mão, obrigando-a a levantar. Mas não antes da repórter retirar o crachá de Brad e colocar em seu bolso.

- Vamos. – D. foi firme. Abriu a grande porta da R.P.D. e se assustou. O local era imenso. A sua frente a garota pôde ver uma fonte, com uma estátua de uma mulher segurando uma jarra. Atrás desta estava um grande balcão, que contornava todo o centro do hall. Atrás deste estava um computador e algumas outras coisas. D. avistou algo que lhe chamou a atenção.

- Olhe! Uma mão, Alyson! – A garota apontou para uma mão que estava em cima do balcão. Mas ela não estava solta. Alguém estava escondido ali atrás. D. seguiu lentamente até o local, prestando atenção em toda a amplitude do hall. Do lado direito da porta de entrada havia uma pequena porta. Já ao lado da fonte havia uma grande porta e mais para frente, defronte o balcão, mais uma porta. A garota continuava caminhando até o local onde estava a mão.

- Hei! D.! – Alyson a chamou, assustando-a. O som da voz da repórter fez eco.

A garota virou-se. Alyson prosseguiu:

- Tome cuidado.

D. confirmou com a cabeça e segurou fortemente uma das facas. Ao chegar perto da mão, pôde ver o que se escondia atrás do balcão. Era um homem. Ele parecia ser um pouco mais velho que Alyson. Seus cabelos louros estavam bagunçados. Ele não apresentava sinais de mordidas nem arranhões. A garota colocou a mão no pescoço do homem e constatou: ele ainda estava vivo.

- Alyson! Venha cá, achamos mais um sobrevivente!

A repórter correu até onde D. estava e soltou um grito de surpresa:

- Oh meu Deus! É o Roy!

D. estranhou:

- Você o conhece?

Alyson suspirou e disse:

- Sim, ele é meu ex-noivo.

D. sorriu. Alyson começou a examinar Roy, mexendo em seu corpo. Retirou a gravata deste, dizendo:

- Poxa, o que ele está fazendo aqui?

Roy estava usando um terno. Alyson retirou seu paletó e jogou ao lado da gravata. De repente alguém gritou:

- Saiam de perto dele ou eu atiro!

As duas olharam para trás para ver quem havia dito aquilo. Era um homem de cabelos castanhos e olhos verdes. Ele vestia quase a mesma roupa que Roy, a única diferença era pelo fato de estar usando um suspensório e luvas. O homem repetiu sua frase apontando uma arma para as duas:

- Saiam de perto dele!

D. ergueu as mãos e disse:

- Espere, não atire. Nós não somos zumbis. Veja, podemos conversar com você. – A garota já tinha certa experiência em ser confundida com um zumbi.

O homem suspirou aliviado e abaixou a arma. Alyson continuou a auxiliar Roy enquanto o homem se apresentava para D.:

- Meu nome é Bastion. Esse aí no chão é meu... Bem, ele é meu...

- Companheiro. – Alyson completou a frase do homem. – Olá Bastion. É bom ver que você está bem.

Epa! Por essa D. não esperava. Os dois homens de terno eram... Gays? E Alyson os conhecia?

- Vocês se conhecem?

Bastion e Alyson responderam ao mesmo tempo:

- Sim!

- Não!

D. estava confusa. Perguntou:

- Expliquem-se.

Alyson sorriu. Sentou-se ao lado de Roy e D. Bastion também o fez. A garota começou a ouvir atentamente a explicação da repórter:

- Bem, vou começar do princípio. Quando cheguei a Raccoon há alguns anos atrás eu vim sem grana alguma. Estava pobre e durante alguns dias eu tive de dormir na rua. Por acaso, na entrada da Umbrella Corporation. Foi lá que o Roy me encontrou. Ele estava tendo problemas com o pai que não o aceitava. Ao me conhecer ele foi gentil comigo. Acolheu-me em sua casa e me disse que se eu o ajudasse ele me arranjaria um emprego. Eu aceitei prontamente. O plano era simples: eu me fazia passar por sua namorada para impressionar o pai. Depois de algum tempo do nosso namoro eu terminaria com ele. Depois disso eu não sei bem o que o Roy faria... Mas foi graças a ele que eu arranjei esse emprego de repórter no Raccoon Times.

D. sorriu ao ouvir a história. Poxa, ela ainda não havia trocado nenhuma palavra com o tal Roy, mas já o admirava. Ele era o homem com quem qualquer mulher havia sonhado. Parecia ser gentil, carinhoso, sincero, corajoso... Bastion tinha realmente muita sorte. Alyson retirou D. de seus devaneios:

- Ele está acordando.

Roy abriu os olhos e sorriu ao ver Bastion. Ao olhar para o lado viu Alyson e D. Disse:

- Alyson?

A repórter estava com a cabeça do rapaz em seu colo. Respondeu:

- Sim, Roy. Que bom que está bem...

O rapaz olhou atentamente para D. Perguntou:

- E você? Qual seu nome, querida?

O sotaque irlandês de Roy paralisou D. Ela estava realmente encantada com aquele homem.

- Na verdade nem eu sei...

Alyson riu. Passou a mão pelos cabelos de Roy e com calma explicou a história de D. Bastion ouvia a tudo atentamente:

- Bom, então vocês estão aqui para descobrir quem você é de verdade senhorita D.?

- Sim. – A garota respondeu atônita. Ela não conseguia parar de olhar para o tal Roy...

Roy continuou o dialogo iniciado por Bastion:

- Então eu acho que posso ajudá-las. Como sabem eu trabalho para a Umbrella. Tenho acesso à boa parte das senhas dos computadores de Raccoon. Não garanto nada, mas...

D. deu um gritinho de alegria. Alyson e Bastion sorriram. Enfim saberiam quem era aquela misteriosa garota.

 

-

 

Foi relativamente fácil sair da Universidade. Leona e Ky corriam o mais rápido que podiam pelas ruas de Raccoon. Eles seguiam em direção ao Hospital de Raccoon City, atrás da irmã de Ky. Ela saberia o que fazer...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Resident Evil: A Cidade Maldita" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.