Resident Evil: A Cidade Maldita escrita por Lerd


Capítulo 6
Capítulo V – Brave Heart




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  Quando D. matou o terceiro zumbi sua munição acabou. Ela e Alyson estavam há algumas quadras da R.P.D., mas com a cidade cheia de zumbis daquele jeito, elas não conseguiram continuar andando sem proteção.

- Nós temos que encontrar um lugar para nos esconder!

D. ficou pensativa. Ao seu redor não via nenhum zumbi, mas em breve eles apareceriam, atraídos pelo cheiro de carne humana. A delas. De repente o olhar da garota foi atraído para o que parecia ser uma loja de ferramentas.

- Ali! – D. apontou para um estabelecimento há alguns metros das garotas.

- Vamos! – Alyson disse isso já começando a correr, seguida por D. Os zumbis estavam chegando. E eram muitos.

 

O lugar era velho e empoeirado. Parecia que não aparecia ninguém por ali mesmo antes da infecção ter começado. Era também muito pequeno. Com três passos para qualquer direção as garotas conseguiam percorrer todo o ambiente. Pendurados nas paredes estavam serrotes, martelos e outras ferramentas. Muito úteis, diga-se de passagem. Pelo menos na situação em que estavam vivendo.

Alyson foi correndo para o balcão. Subiu em cima deste e estendeu os braços para pegar um machado que havia visto. D. sorriu. “Ela é realmente corajosa”, pensou. Mas seus olhos foram atraídos para algo na parede, ao lado de Alyson. Parecia ser uma aranha. Sim, era uma aranha. Mas não uma comum. Ela era grande, muito grande. Mais ou menos do tamanho das garotas. Suas patas eram enormes. Alyson ficou paralisada. Num instante toda sua vida passou em sua cabeça, como um filme.

 

Alyson sempre teve medo de aranhas. Mas não um medo comum, passageiro. Um medo muito maior. Aracnofobia, como o psicólogo constatou. O pai, sempre duro e inflexível, não conseguia entender que esse era um medo involuntário, muito mais complexo. Em suas tentativas de “tirar” o “medo” da garota, como ele costumava dizer, acabava trazendo os mais asquerosos aracnídeos para casa. Um dia, numa dessas tentativas, o pai colocou uma aranha na mão da garota. Aquilo foi o extremo. A garota desmaiou, e o pai, desesperado em ajudá-la, esqueceu-se da aranha, que acabou por picar a garota. Foram alguns dias internada e o fim do casamento de seus pais. A mãe não podia suportar aquela situação do pai expor a garota àqueles perigos. Alyson sempre se culpou por isso.

Agora, vinte anos depois, a garota estava novamente diante de seu maior medo. E dessa vez, ele viera em tamanho família.

 

D. não sabia o que fazer. A maior parte das ferramentas estava perto de Alyson e, conseqüentemente, perto da aranha. Alyson não se mexia. Em um segundo o pesadelo que a acompanhara por toda vida estava diante de seus olhos, e ela percebia que não era tão corajosa assim.

Com toda cautela D. subiu em cima do balcão junto a Alyson e cochichou para ela:

- Você precisa me passar esse machado.

A outra garota continuava imóvel. D. insistiu:

- Olhe Alyson. Eu te conheci há apenas algumas horas, mas tenho certeza que você é muito corajosa. Muito maior forte que qualquer um nessa cidade. Por isso eu te digo que preciso desse machado. Por favor...

Alyson continuava estática, como a aranha. Ela precisava ganhar aquela batalha... Pelo seu pai...

Num instante a garota jogou o machado contra a parede, atingindo a aranha em cheio. Um liquido amarelado e muito nojento começou a escorrer do corpo do aracnídeo. A garota havia conseguido.

D. ajudou Alyson a descer do balcão. Enquanto pegava duas facas que estavam penduradas na parede, viu a repórter seguindo em direção a aranha, retirando o machado desta e dizendo:

- Eu não tenho mais medo de você. – Alyson cuspiu na aranha.

D. sorriu. Sim, dessa vez ela tinha certeza. Aquela garota era realmente muito corajosa.

 

-

 

Zoe olhou com ternura para Leona, que continuava dormindo. Pobre garota. Sua maquiagem estava borrada, sinal de que havia chorado muito. Pelo que aquela menina havia passado? Não importava. O importante era que Zoe estava ali e iria protegê-la a qualquer custo.

Os pensamentos de Zoe foram interrompidos por uma dezena de corvos que quebraram a janela. Eles invadiram a sala e num instante as duas estavam novamente desprotegidas.


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