Resident Evil: A Cidade Maldita escrita por Lerd


Capítulo 4
Capítulo III – Devidas explicações




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/67533/chapter/4

  Sentado na cadeira do diretor, Ky examinava os papéis existentes ali. Eram muitos e estavam todos bagunçados. Leona tentou puxar assunto:

- Mas e então Ky, como você veio parar aqui? Já estamos presos aqui há algumas horas e não sei nada sobre você.

No começo o garoto tentou fingir que não ouvia. Mas o jeito meigo com que a garota havia perguntado amoleceu seu coração. Ele não poderia ser rude com aquela pobre garotinha...

- Bom, já que você quer saber sobre mim vou começar do começo...

Leona sentou na cadeira em frente à Ky, pronta para ouvir toda sua história...

- Meu nome na verdade é Kedar. – começou. – Kedar Yoo.

- Haha, que nome engraçado. – Leona comentou.

- Foi minha irmã quem o escolheu. Era o nome de um personagem que ela gostava de um desenho japonês... – Ky explicou.

Leona perguntou curiosa:

- Sua irmã? Você tem família?

- Todo mundo tem família! – Ky falou num súbito, mas logo se arrependeu por lembrar da trágica história de Leona.

- Eu não tenho mais... – a garota disse com voz mole, pronta para chorar. Ky foi mais rápido e tentou consertar sua burrada:

- Bom, como eu estava dizendo, minha irmã era muito fã de desenhos japoneses.

- E sua mãe? Aliás, me fale sobre o resto de sua família.

Ky ficou pensativo. Deveria contar mesmo àquela garota sobre sua mãe e sua relação com a Umbrella? Por que não? Ela era só uma garota de quinze anos, órfã e desesperada. Não havia mal nenhum em contar sobre sua família e como esta estava relacionada diretamente com a empresa farmacêutica.

- Bom, minha mãe é uma das pesquisadoras da Umbrella Corporation e meu pai, bem... Eu não conheço meu pai. – Ky se conteve. Tudo bem contar sobre sua mãe e sobre ela trabalhar para a Umbrella. Mas falar sobre seu pai era perigoso demais.

- Mas onde eles estão agora? Como você veio parar aqui?

O garoto deu graças por Leona não ter perguntado mais coisas sobre seu pai. Disse:

- Bom como você deve ter percebido eu estudo aqui na Universidade de Raccoon. No momento em que esse caos se instalou na cidade, eu estava aqui, na biblioteca, estudando. Não percebi nada, de início. Mais ou menos às seis horas recebi uma ligação da minha mãe. Ela estava nervosa e me disse para não sair daqui, para me proteger que ela viria me buscar logo, logo. Não entendi muito bem, mas resolvi obedecer. Depois disso a ordem em que as coisas aconteceram me confunde. Só me lembro de o bibliotecário ter ficado estranho e todos os alunos também. Tudo começou a ficar estranho demais, todo mundo estava correndo e gritando, gente comendo gente e muita confusão. Desesperado, me escondi no banheiro e foi lá que você me encontrou...

Leona estava realmente fascinada com tudo aquilo. Mas uma parte da garota estava frustrada por Ky não saber o que exatamente estava acontecendo. Perguntou:

- E sua irmã? Sabe onde ela está?

A resposta foi imediata:

- Não. Ela é enfermeira e trabalha no hospital de Raccoon. Espero que ela esteja bem.

- Bem, eu também espero. Nós temos que sair daqui, não temos? Ir para o hospital me parece um bom plano. – Leona concluiu.

- Sim, é uma boa idéia. Mas antes, - o garoto começou: - Precisamos achar alguma coisa para nos protegermos das criaturas lá de fora. – Ky falou num tom paternal que fez Leona se sentir protegida novamente.

 

-

 

D. e Alyson estavam escondidas dentro de uma garagem de uma das muitas casas presentes em Raccoon. Com muito esforço conseguiram desviar dos muitos zumbis que encontraram no caminho da igreja até ali. A munição era escassa e elas acharam desnecessário gastá-la com aqueles zumbis. Como estavam exaustas decidiram parar um pouco naquela garagem, um lugar seguro e em que poderiam conversar e botar as coisas em ordem.

- Mas então você perdeu a memória, hein? – Alyson perguntou.

- Sim. Eu acordei dentro de um apartamento em chamas e não faço a mínima idéia de quem sou. – D. estava mais confiante em contar sua história para aquela estranha.

- Talvez eu possa te ajudar. Como trabalho no Raccoon Times, conheço muitas pessoas aqui de Raccoon City e sei onde ficam armazenados os dados sobre todas elas.

- É uma boa idéia. Não sei como te agradecer Alyson. Mas onde exatamente fica esse lugar? – D. perguntou, ansiosa.

- Fica no Departamento de Polícia de Raccoon City. Como tenho um amigo que trabalha lá, tenho acesso a todos os computadores e senhas. Se conseguirmos chegar até a R.P.D., o resto vai ser moleza. – Alyson concluiu confiante.

D. sorriu, satisfeita. Não sabia como agradecer aquele tão gentil jornalista. Resolveu agradecer se interessando pela vida desta, o que poderia ser uma boa estratégia.

- Mas e você? Parece-me ser uma jornalista muito bem sucedida. Como foi parar naquela igreja?

- Bom, é bem simples. Hoje é o dia da morte de meu pai. Ele morreu há cinco anos atrás e eu estava na igreja rezando pela alma dele, coisa que faço todos os anos desde que ele faleceu.

- E o resto de sua família? Mãe, irmãos...

Alyson respondeu:

- Nenhum deles mora em Raccoon. Na verdade, nem meu pai morava aqui. Eu vim para cá em busca de serviço... E encontrei. – Alyson sorriu. – Só nunca imaginei passar por uma situação como esta.

D. parecia estar satisfeita com aquelas explicações. Mal sabia ela que aquela gentil repórter não era o que aparentava ser.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Resident Evil: A Cidade Maldita" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.