Resident Evil: A Cidade Maldita escrita por Lerd


Capítulo 17
Capítulo XVI – Maldita Rainha Vermelha!




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  Ficara decidido que D. ficaria em posse da espingarda, Ky da submetralhadora, Vantia e Bastion de suas respectivas armas e Leona e Tidus com as pistolas encontradas na gaveta da cientista.

- Bem, vejo que vocês são corajosos. Mas como sabem, não posso permitir que entrem nos laboratórios onde estão presas as B.O.W.s. – Uma voz feminina, aparentemente de uma criança, havia dito aquilo.

- De onde está vindo essa voz? – Bastion perguntou.

- É a... Rainha Vermelha. – Vantia respondeu pesarosa. Ela sabia que era a responsável por aquela maldita AI.

- E quem diabos é essa Rainha Vermelha?

- Permita-me que eu me apresente. – A voz da garotinha ecoou por toda a sala.

- Não, eu não permito. – Vantia respondeu firme. – Eu é que devo lhes contar sobre essa... Maldita.

- Nada de ofensas, Dra. A senhora sabe do que sou capaz. – A voz da menininha era frágil, porém incrivelmente ameaçadora.

Vantia ignorou a fala da AI e continuou:

- A Rainha Vermelha é um sistema de segurança da Umbrella... Criado por mim. – A cara de surpresa de todos naquela sala era aparente. – Ela tem a função de impedir que o vírus se espalhe para outros locais, contaminando outras pessoas.

- Coisa que já aconteceu. Será que essa Rainha Vermelha é mesmo tão inteligente assim? – D. criticou.

- Bem, como todo bom computador, ela só sabe seguir ordens. E, nesse momento, suas ordens são de impedir que o contágio do T-Vírus se espalhe. Mesmo que isso custe nossas vidas.

- Merda! – Foi a única coisa que Ky conseguiu dizer antes que ouvisse um barulho estrondoso atrás do grupo.

 

A porta atrás deles, por onde Ky e outros haviam entrado havia sido devidamente lacrada.

- A primeira medida de segurança já foi tomada. Acho que agora posso permitir que vocês entrem nos laboratórios, já que tenho certeza de que não sairão vivos de lá.

D. pensou por alguns instantes e depois disse:

- Então abra logo essa porta!

A Rainha Vermelha começou a rir da frase da garota.

- Do que você está rindo?

- De você. Acha mesmo que as coisas são tão fáceis assim? Acredito que vocês são fortes demais juntos. Não posso permitir que continuem andando em grupo. Desse jeito podem acabar conseguindo sair daqui, e minha missão falhará.

Ky riu. Um riso de raiva e desespero. O garoto não podia acreditar que eles teriam novamente de se separar. Aquilo parecia ser um grande pesadelo. Leona e Tidus continuavam abraçados, sem dizer nenhuma palavra.

- E o que você sugere? – O garoto falava num tom de completa loucura. Ele estava perdendo sua sanidade.

- Vocês devem se dividir em dois grupos. Ao abrir essa porta, vocês verão outras duas. A primeira é uma passagem direta para o laboratório onde estão presos os Cerberus, Lickers e a nossa maravilhosa Black Tiger. Já na segunda porta, encontrarão Hunters, Corvos e o Neptune. Ambos os trajetos culminam no local onde está localizado nosso helicóptero de emergências.

- Afinal, porque está nos contando o que enfrentaremos? – Leona abriu sua boca pela primeira vez.

- Porque é meu dever informá-los do perigo que estão correndo. Assim vocês poderão decidir se querem ou não enfrentá-los.

- Quer dizer que temos outra opção? – Ky perguntou.

- Na verdade não, mas... Vocês podem preferir ficar por aqui ao invés de enfrentarem as B.O.W.s. – A garotinha tinha um tom irônico em sua voz.

Ky sentou-se. Ele estava cansado de lutar, cansado de tudo. Já não tinha mais paciência pra ficar discutindo, pra buscar uma solução. Já não sabia mais se queria ou não sobreviver. Seus olhos foram ficando pesados. Ele não conseguia ver muita coisa. De repente apagou.

 

- Ky! Ky! Acorda! – O rapaz abriu os olhos e viu um rosto já conhecido. Na verdade, viu até mesmo uma situação já conhecida. Leona tentava acorda-lo com tapas no rosto.

- Filho, que bom que você acordou. Já estava começando a ficar preocupada. – Vantia abraçou Ky, que continuava deitado no chão.

Todos estavam em volta do rapaz, enquanto Tidus ficava encolhido em um canto da sala. Bastion se aproximou dele e disse:

- Hei, Tidus, o que está fazendo aqui sozinho?

O garoto começou a chorar baixinho. Disse:

- É que isso tudo me lembrou... De meu pai.

Bastion enxugou as lágrimas do garoto, dizendo:

- Ué, mas... Você me disse que não conheceu seus pais, que eles morreram em acidente na fazenda onde moravam e...

O garotinho colocou o dedo na boca de Bastion, dizendo:

- Eu não sei. Há uma semana atrás um homem foi ao orfanato dizendo ser meu pai. Ele disse que minha mãe havia me abandonado, mas ele não faria isso. Ele disse que viria me buscar. E eu... Acreditei... – Lágrimas saltavam dos olhos do menino. Bastion o abraçou com força e disse:

- Não se preocupe. Quando sairmos daqui eu o ajudarei a encontrar seu pai. Pode confiar em mim. – O rapaz sorriu para Tidus, que retribuiu o sorriso.

 

- Então... Você não se importa em ir com a D. e o Bastion? – Ky perguntou a Leona, segurando sua mão.

A garota sorriu e disse:

- Não. Eu sei que a gente vai se encontrar no fim disso tudo.

O rapaz sorriu e abraçou a garota. Ele não podia ficar longe de sua mãe e nem do pobre garotinho. Restava a Leona seguir com os outros.

 

- Sistema de Defesa desativado. – A voz da AI era fria e indiferente.

D. suspirou e olhou para os outros. Todos pareciam confiantes. A porta metálica se abriu, revelando outras duas portas. A primeira tinha a inscrição:

 

Sessão 001 – Canil. Sessão 002 – Aracnídeos. Sessão 003 – Sala de Arquivos.”

 

Já na segunda porta havia a inscrição:

 

Sessão 004 – Aves. Sessão 005 – Anfíbios. Sessão 006 – Piscina.”

 

- E então? Por qual das portas entraremos? – Leona perguntou, amedrontada.

- Preciso mostrar algo a Ky antes de irmos. – Vantia disse, abrindo a primeira porta. Ky e Tidus seguiram-na.

D. sorriu para Leona e Bastion e disse:

- Bom, agora é com a gente.

Os outros dois confirmaram com a cabeça, seguindo D. que já havia sumido porta a dentro.


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