Resident Evil: A Cidade Maldita escrita por Lerd


Capítulo 16
Capítulo XV – Files




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  Livro #1 – Família Yoo

 

Ky não pensou em nada. Não olhou para os lados, não reparou quem estava ali, não... A única coisa que ele queria naquele momento é dar um caloroso e demorado abraço em sua mãe. Queria dizer que estava com medo, queria que ela o pegasse no colo como quando era pequeno, que o consolasse, que o confortasse, que lhe desse carinho. Queria sentir que era amado, saber que havia alguém que se importava com ele, alguém que iria sofrer se ele sofresse que iria chorar se ele chorasse.

- Meu filho, você está bem... Não está machucado? – Vantia examinava cada centímetro do corpo do filho, enquanto Leona e Tidus olhavam apreensivamente para os dois.

- Não, mãe, eu estou bem. Não aconteceu nada comigo. – O rapaz olhava fixamente para D. Mas aquela não era a hora. Ele deveria falar de Nadia.

- E sua irmã, filho? Você encontrou com ela? Eu preciso ir buscá-la, eu... – Ky abraçou a mãe, que perplexa o via balançar a cabeça negativamente. Ele tinha lágrimas nos olhos. Em pouco tempo, o coração alegre daquela forte mulher estava reduzido a cacos...

 

Livro #2 – Melissa

 

- Então você é Melissa?

D. pensou por alguns instantes enquanto olhava fixamente para aquele alto rapaz. Quem diria que um dia ele havia pegado aquele homenzarrão no colo?

- Pode-se dizer que sim.

Ky sorriu. Abraçou calorosamente sua antiga babá. Ela havia sido mais do que isso para ele. Havia sido uma irmã, uma amiga, confidente de tantos momentos dolorosos... Era bom vê-la de novo.

- Então você não se lembra de nada?

- Não. Lembro-me apenas de pegar você no colo e fazê-lo dormir...

O rapaz tinha novamente lágrimas nos olhos.

- Você pode não se lembrar, mas eu sei o quão importante você é para mim...

 

Livro #3 – Tidus

 

- Não acredito que esse pequeno garotinho salvou sua vida, filho... – Vantia estava mais forte. Ainda não conseguia suportar a perda da filha. Tudo havia acontecido de maneira tão abrupta, tão surreal. A mulher queria acordar e ver que tudo aquilo não havia passado de um pesadelo.

- Meu nome é Tidus. Muito prazer, senhora. – O menininho sorriu ao receber um beijo de Vantia em sua face corada. Cochichou no ouvido de Ky: - Por que você não me contou que tinha uma mãe tão bonita? – Todos naquela sala sorriram. Era incrível como aquele garotinho era vivo, falante. Ele parecia não se abalar com o caos existente ao seu redor.

D. caminhou até ele e se apresentou. Bastion fez o mesmo:

- Haha, não acredito que você também conhece a Becca. Ela é realmente muito especial, não?...

Ky seguiu até Leona enquanto os outros se divertiam com Tidus. Pegou em sua mão e a conduziu para o meio dos outros.

 

Livro #4 – Leona

 

- Bom pessoal, essa aqui é a Leona. Posso dizer que devo o fato de estar aqui vivo, a ela. – Ky passou a mão pelos cabelos louros da garota. Ela estava visivelmente corada.

D. caminhou até a garota e a abraçou, sem dizer nenhuma palavra. Havia alguma coisa naquela menina que lhe trazia calma e paz.

- Bom, eu sou D. Prazer em conhecê-la, Leona!

A garota sorriu. Aquela mulher lembrava vagamente sua mãe... Sua amada mãe...

 

Livro #5 – Rota de Fuga

 

- A única maneira de sairmos vivo daqui é fugindo com o helicóptero que fica atrás daquela porta. Ou... – Vantia suspirou. – Pelos esgotos...

Todos olharam para a porta a qual Vantia se referia.

- Mas não é ali que estão presas boa parte das B.O.W.s? – Ky perguntou assustado. Tidus estava agarrado em sua perna.

A mulher mexeu a cabeça positivamente. D. olhou para a porta com pesar. Era aquilo ou morreriam ali. Ela não podia desistir. Eles tinham uma chance de sobreviver e a garota não jogaria essa chance fora.

- Nós vamos. Você tem algo aí que possa servir de arma? – D. perguntou confiante.

Ky, Bastion, Vantia e Leona olharam para a garota, surpresos.

- Bem, eu tenho apenas essas pistolas e munições... – A cientista abriu uma das gavetas de mesa. Havia duas pistolas ali dentro e muita munição. – Além, é claro, dessa aqui. – A mulher mostrou a arma em sua mão.

- Nós temos essa submetralhadora e a espingarda que está na mão da Leona. – O rapaz respondeu olhando para Leona. A garota imediatamente largou a arma no chão.

Bastion ergueu sua pistola e jogou seu pente no chão.

- Eu só tenho isso aqui...

Era incrível a calma com que D. lidava com aquela situação. Instintivamente ela estava assumindo a liderança daquela situação:

- Bem, acho que isso serve. Temos seis armas e estamos em seis, então...

- Epa, epa, epa! Você acha mesmo que eu vou dar uma arma ao Tidus? – Ky retrucou.

D. olhou seriamente nos olhos do rapaz e disse:

- É isso ou ele morre. A decisão é sua.

Ky encarou a garota por um bom tempo. Tidus estava abraçado a Leona, prestando atenção na discussão dos dois.

- Nós estamos vivendo tempos difíceis e precisamos fazer coisas extraordinárias pra sobreviver, filho. Infelizmente a Melissa...

- D., por favor. – A garota interrompeu Vantia.

- Infelizmente a... – Vantia parecia querer engolir suas próprias palavras. – D. está certa.

Ky se fez de emburrado. Sentou-se ao lado de Leona e Tidus, calado. Vantia suspirou e foi conversar com D.:

- Não ligue, filha. O Ky está contrariado, mas é que... Ele tem essa necessidade de proteger todo mundo.

A garota confirmou com a cabeça. Olhou para Bastion, que tranqüilamente dormia.


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